Tudo começou com as dark kitchens. Restaurantes na denominação e proposta, mas em verdade apenas cozinhas, fechadas ao público, e só atendendo pedidos pelos aplicativos. Na sequência chegaram as dark farmacies. E agora as dark boutiques, dark brechós, dark watches, dark bicycles, dark toys, dark gadgets, e muito mais.

Agora tudo virou dark stores… Além das máscaras na boca, estamos nos conformando com máscaras nos olhos. Será que isso é ser, humano? Assim, dark stores, a síntese.

Lembram, começou com as dark kitchens. Restaurantes na denominação e proposta, mas em verdade apenas cozinhas, fechadas ao público, e só atendendo pedidos pelos aplicativos.

Depois vieram as dark pharmacies, e muito especialmente as redes de fora dos grandes centros do País, rapidamente se posicionaram como darks nesses grandes centros e para concorrer com as grandes redes.

E, antes que tivesse darks para tudo, e naturalmente, a imprensa foi reconsiderando e dando uma ordem na bagunça. Hoje existe uma designação genérica para todas essas iniciativas. São as Dark Stores. E dentre as dark stores, temos as dark kitchens, pharmacies, boutiques, brechós, watches, bicycles, toys, gadgets, e muito mais.

Há cinco anos as pessoas compravam todo o tipo de produto na China e esperavam, pacientes, meses. Hoje não conseguem esperar. Toleram no máximo uma ou duas semanas em situações excepcionais, na falta de alternativa, ou devido a um preço extremamente competitivo.

Dependendo da característica e valor de um produto, dispõe-se a pagar entre 3% a 10% a mais desde que a entrega aconteça em no máximo 24 horas. Como é absolutamente impossível realizar-se algumas mágicas, a única solução é procurar localizar-se o mais próximo possível.

E daí a multiplicação das dark stores. Além das farmácias fechadas que estão invadindo as grandes cidades, e das cozinhas, também, o hortifruti Natural da Terra também aderiu.

E gigantes na distribuição, que se encarregavam da entrega de parte dos produtos da Ambev, Motorola, Nike, Mondelez, Unilever, dentre outros, a Infracommerce, acelerando na construção de uma rede de 80 dark stores no Brasil. Três já estão funcionando em São Paulo, e até o mês de junho do ano que vem todas as 80 estarão funcionando. E aí surge um outro desafio. Como abastecer com prontidão e eficácia 80 dark stores?

Criando minis CDs. E assim, e em paralelo, cinco minis CDs também estão em processo de construção. No final da década mais precisamente no ano de 2030, concluiremos que o Brasil, e o mundo, em duas décadas, resolveram os desafios de transportes.

De produtos, e, pessoas. Para a surpresa de todos, e perplexidade de muitos, nós, seres humanos, pelos nossos comportamentos, pela infinita pressa que tomou conta de todos nós, pela exigência que fazemos de tudo agora, já, imediatamente, sinalizamos para as empresas que valorizamos mais a instantaneidade da entrega, tipo, pensei, pedi, recebi, do que a qualidade do que compramos.

Talvez, e mais adiante reconsideremos, mas, por enquanto, em tempos darks, ou é fast ou preferimos não comprar.

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