Autor: Francisco Madia

Negócio

FAD – Franqueado de Alto Desempenho

Hoje o assunto é Franquias, mas com aprendizados que valem para todas as demais empresas. Na última edição da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, edição anual sobre Franquias, uma mais que preciosa síntese das 10 melhores práticas dos melhores franqueados. Vamos a essas 10 Melhores Práticas, com os comentários dos consultores da Madia… 1 – Vestir a camisa – Para que um franqueado alcance os melhores resultados para as franquias, e para suas unidades específicas de negócios, é condição essencial vestir a camisa, mergulhar fundo, viver a marca. E para tanto precisa revelar-se preparado e atualizado permanentemente. 2 – Seguir as regras e as diretrizes – Se os franqueados não seguirem ipsis literis, ao pé da letra, o que dizem os manuais das franquias, e decidirem ou começar a improvisar, ou mesmo sem se darem conta, negligenciar, fraquejar, não vai dar certo. 3 – Pertencimento – o franqueado, por suas manifestações, gestos, atitudes, ações, comportamentos, precisa transparecer permanentemente uma relação de pertencimento mútuo. Dele em relação a franquia/marca, e passar a todos a sensação que é o dono da marca num território específico, tais são seus zelos e cuidados. 4 – Empenho – Definitivamente, no exercício e na prática do Franchise não existe almoço grátis. Tem que ralar. Franquias em shopping não têm nem sábado, nem domingo, nem carnaval, nem Natal, nem férias… 5 – Liderança – Ser líder é adotar, mediante doses consistentes de empatia e cordialidade, um comando natural de todas as situações envolvendo os três “Ps” da franquia, People, equipe interna, Providers, fornecedores, e Partners, parceiros. 6 – Objetivos – Sem saber onde se pretende chegar e o que e como fazer qualquer lugar é qualquer lugar ou nada. Sem referências, paradigmas, targets, os comandados desorientam-se pelo caminho e perdem a eficácia por completo. 7 – Dados – nenhuma decisão e estratégia nasce do nada. Muito menos todas as táticas decorrentes. Os franqueados de sucesso conhecem seus mercados de atuação de trás para frente e na ponta da língua. E se preservam rigorosamente atualizados. No mínimo reservam um dia da semana para bisbilhotar toda a concorrência vizinha. E nos finais de semana atualizam-se sobre o ambiente político, econômico, social e tecnológico. 8 – Resiliência – existirão dias de glórias e dias de terríveis e graves lições. Dias de glórias são para qualquer um. Os verdadeiros líderes revelam-se nas crises. 9 – Aprendizado Intermitente – O franqueado de excepcional qualidade desenvolve um terceiro olhar. Que aplica em tudo o que vê, observa, testemunha. O olhar do aprendizado. Enquanto uma parte de seu cérebro age em funções a tomar, a outra, a do aprendizado, separa o joio do trigo, converte em conhecimento e armazena. 10 – Família – Ser ótimo e irretocável nas nove primeiras práticas é essencial, mas não suficiente. Sem a 10ª mais cedo ou mais tarde o leite coalha, a pipoca vira piruá, a maionese desanda. Sem o equilíbrio e suporte da família toda a conquista está sob permanente e total risco. É isso, amigos. Essas regras ou práticas valem para as empresas franqueadas, e, também, para todas as demais. Como se encontra você dentro das 10?
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Amazon segue correndo atrás do Mercado Livre

O Mercado Livre chegou poucos anos antes – 12 – e que, no mundo de hoje, é uma eternidade –vindo da Argentina, e sob o comando de Marcos Galperin, argentino, e seu sócio brasileiro, Stelleo Tolda. Rápida e competentemente ocupou espaço e segue, relativamente tranquilo, na liderança. Mas sem se descuidar um instante que seja em relação a Amazon, que por aqui chegou em 2012, com o lançamento do Kindle. Assim, o chegar bem antes do Mercado Livre, e claro, a forma competente e sensível como continua sendo tocado, mais que sustentar, dá consistência à liderança. Hoje o comando da Amazon Brasil é de Daniel Mazini, carioca, que em edição de semanas atrás de O Globo, resgata toda a trajetória em nosso país, do segundo do ranking no Brasil, e de olho na liderança. Segundo Daniel, Amazon põe os pés no Brasil em 2012 a propósito do lançamento do Kindle. Em 2014 passa a comercializar livros físicos. Os primeiros passos do marketplace datam de 2017, começando pela venda de eletrônicos para casas. E, finalmente, em 2019, a Amazon decide mergulhar de cabeça no Brasil, e constrói seu primeiro centro de distribuição; até então, só usava centros de distribuição terceirizados. Nesse mesmo ano lança o Amazon Prime, o Alexa – assistente virtual – falando português…”. Assim, e segundo Daniel, a Amazon considera seu ano zero no Brasil 2019, quando se revelou preparada para competir. De lá para cá saltou de um centro de distribuição para dez, de um polo logístico para mais de 100. E 90 estações de entrega – menores – e que permitem entregas no mesmo dia… De duas ou três centenas de funcionários de 2019 para 18 mil em 2024. Assim e hoje, no território dos marketplaces, e na disputa da liderança, apenas dois players, com consistente vantagem para o Mercado Livre. Todos os demais marketplaces, a considerável distância e brigando pela “liderança” do terceiro lugar”. Há quase 100 anos, Gertrude Stein, disse, “Não existe lá mais ali”. É o que podemos dizer em relação ao comércio que por aqui prevalecia, antes da virada do milênio. Até mesmo os antigos players de gênese analógica, e que sobrevivem, com dificuldades, tiveram que se reinventar. O amanhã é ontem Definitivamente, a grande maioria dos especialistas e articulistas não tem consciência ou não se sensibilizaram da devastação que a Inteligência Artificial já provocou. Num dos artigos da semana passada, no Estadão, o articulista diz, “o amanhã é hoje”. Não, não é, o amanhã foi ontem e centenas de milhares de pessoas em todo o mundo já perderam seu emprego para a Inteligência Artificial. Nada, absolutamente nada contra a IA, Inteligência Artificial, repito, que em infinitos territórios já vem se revelando uma dádiva, muito especialmente na saúde, onde, e nos próximos anos, salvará milhões de vida. Mas, e no mundo corporativo, se todos os cuidados não forem tomados, e como já comentei, seu efeito, que já é mais que preocupante, será devastador. De qualquer maneira, faço mais este comentário sobre o tema IA consciente que poucos lerão porque ainda estão embriagados pelas maravilhas da Inteligência Artificial. Mas, sigo fazendo, por absoluto e total dever de consciência. No final do artigo do Estadão o comentarista especializado em tecnologia e educação, pergunta, “Você confiaria a uma Inteligência Artificial o controle de seu computador…?” Não teve resposta… a pessoa já fora demitida… Em tempo, Martin Sorrell, em visita ao Brasil e entrevista ao O Globo, ex- WPP e hoje a frente da S4 Capital, falou sobre o impacto da Inteligência Artificial na publicidade, “As empresas clientes das agências não vão mais depender de um planejador de mídia de 25 anos de idade, mas de um algoritmo mais eficiente para analisar informações e fazer escolhas certeiras. A parte ruim é que você não precisará mais de 10 mil, 15 mil pessoas na rede de planejamento e compra de mídia. Mas, a eficiência, será muito maior…” Socorro! Na mesma página da entrevista de Sorrell, a notícia que uma empresa de Pix Global, a Nium, com um time local aqui no Brasil, de duas pessoas, viabilizou a transferência de US$2,5 bilhões entre o Brasil e o exterior no ano passado… Com sensibilidade, compaixão, e decisões, ainda é possível salvar milhões de humanos…
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Arenas, o boliche da vez

Os mais novos não se lembram, mas, e de uma única casa onde se praticava o boliche, na cidade de São Paulo, do dia para noite, entre 1963 e 1969, abriram mais de 100. Menos de 10 anos depois dois terços tinham fechado as portas, e o terço sobrevivente tinha dificuldades de parar em pé. Não e apenas os pinos, as casas de boliche… Depois vieram as iogurterias, paleterias, e outros modismos que foram ficando pelo caminho. Agora, a bola da vez, ou a onda são, as Arenas! De uma única ARENA de megassucesso, a do Palmeiras, a Allianz, o Morumbi acabou convertendo-se em arena, também, com algumas adaptações, o mesmo acontecendo com o estádio do Corinthians, mais alguns meses com o Pacaembu, e agora acaba de ser anunciado que o Canindé, também, se converterá numa Arena. São Paulo comporta, em menos de 20 anos, cinco arenas? Certamente não, por maior que seja a população da cidade, e por mais que parte de seus moradores, até agora, tenham revelado grande apreço pelos shows de suas bandas e cantores preferidos, e outros derivativos. Mas, e assim, e uma vez mais, o perigo das coisas não darem certo no Brasil e muitos correrem atrás e descobrirem que o suposto pote de ouro não tinha tanto ouro assim… É como as coisas funcionam, como a cabeça das pessoas “raciocinam” e, daqui a 10 anos, dessas cinco arenas, três, de forma alternada, permanecerão vazias… Não obstante todas as lições recentes, empresários e profissionais repetem os mesmos erros, e ingressaremos na próxima década com notícias sobre uma mais que certa “Crise nas arenas…” Como ensinou o filósofo George Santayana, “aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo”, ou, na versão do filósofo Edmund Burke, “Um povo que não conhece sua história está fadado a repeti-la.”
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Diário de um Consultor de Empresas – 13/11/2024

Cenas, mais do que de um tsunami, de um dilúvio tecnológico…
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Diário de um Consultor de Empresas – 12/11/2024

A verdadeira e monumental revolução nos serviços de saúde em curso…
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Diário de um Consultor de Empresas – 09, 10 e 11/11/2024

Versuni, você já ouviu falar?…
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Diário de um Consultor de Empresas – 08/11/2024

DE 5 CANAIS DE TV, a MILHARES, a PFTV – Pessoa Física TV -, ao YOUTUBE Depósito de milhões de Vídeos e Conteúdos diversos, ao esmigalhamento e pulverização, da audiência…
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Diário de um Consultor de Empresas – 07/11/2024

Grifes a distância é uma bobagem…
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Diário de um Consultor de Empresas – 06/11/2024

Planos Diretores das Cidades, Todos, Deveriam ser Revistos. Foram Feitos sob as Luzes do Passado…
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Quando o ser humano é detalhe

Leio no Estadão a cobertura da Futurecom, que, segundo o jornal, “um dos principais encontros de tecnologia da América Latina, que ocorreu no Expo São Paulo”, e que teve a participação de pelo menos 33 mil pessoas… Um sucesso de patrocinadores. 8 Premium, 4 Diamond, 36 Masters, e mais de 100 Standards. Sintetizando, sucesso de público e de venda. Pena que tenham se esquecido do Ser Humano. A síntese da matéria traduz a miopia cruel que tomou conta dos entusiasmados: “Na Futurecom, executivos dizem que empresas têm de orientar trabalhadores para conseguir mais benefícios de ferramentas”. E concluem, “Sozinha, inteligência artificial não faz milagre…”. Sem a menor dúvida a IA é uma conquista monumental. Que vai mudar para melhor a história da civilização. Mas antes, irá, ou melhor, já está provocando a maior sangria de todos os tempos nos empregos. Tudo o que os iludidos e insensíveis ou tolos fazem até agora, é celebrar a fantástica conquista, esquecendo-se dos milhões de empregos que estão sendo destruídos, e onde brevemente, muito brevemente, irá, também, e inexoravelmente, destruir os empregos dos iludidos… Olhando a distância, e me atento aos comentários em diferentes publicações e plataformas, e à matéria do Estadão, todos mais que eufóricos, com milhões de cadáveres potenciais do lado. Não me lembro de ter lido ou ouvido uma única manifestação das providências sociais urgentes para – já que não dá mais para evitar –, atenuar a tragédia. Todos mais que eufóricos na festa, sem se darem conta que a cada novo dia o salão vai ficando mais vazio… E a matéria começa de forma deplorável, pra não dizer ingênua, “A inteligência artificial talvez tire o emprego de alguns profissionais…”. Repetindo, amigos, considerando a obviedade da situação que só insensíveis e idiotas de todo o gênero não registram. Não se trata de alguns, de milhões… Em síntese, a inteligência artificial é uma conquista monumental da humanidade. Mas que, e como todas as conquistas dessa dimensão, tem que ser ministrada com sensibilidade e parcimônia. Para não matar de vez os maiores beneficiados, nós, habitantes da terra. Mas, neste momento de euforia, todos só querem se divertir, ignorando os milhares, hoje, e milhões, amanhã, tombando dia após dia ao seu lado. A tecnologia em si é fria, gelada, insensível. E nós?