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Um nome, e, basta!

No Estadão de um domingo de 2022, página C3 do Caderno de Cultura e Comportamento, mais que um anúncio de página inteira, um pequeno, discreto e sutil lembrete. Que a Brioni tem uma loja no piso térreo do Shopping Cidade Jardim. No anúncio lembrete, o ator David Jude Heyworth Law – Jude Law – ator coadjuvante cujo ponto alto em sua carreira foi no filme “The Talented Mr. Ripley. Que agora virou série e com grande sucesso na Netflix… Vestindo Brioni, e, nada mais. Não era preciso. Uma maneira sutil e eficaz de lembrar a alguns homens elegantes que existe uma loja Brioni na cidade de São Paulo, Brasil. A Brioni nasce na cidade de Roma, no ano de 1945, pela sociedade de Nazareno Fonticoli e Gaetano Savini. Foi a primeira empresa do território fashion a realizar um primeiro desfile de moda exclusivamente com roupas masculinas, no ano de 1952. Em 1985 a marca converte-se numa escola de moda – Scuola di Alta Sartoria na cidade de Penne, Itália. E no ano de 2011 foi comprada pelo Grupo Kering (leia-se Bottega Veneta, Boucheron, Yves Saint Laurent, Stella McCartney, Balenciaga, Magasins Du Printemps, FNAC, entre outras propriedades). Muitos até hoje têm curiosidade de saber de onde os dois sócios fundadores tiraram a marca Brioni. E a resposta, é, uma referência as Ilhas Brioni, hoje parte da Croácia, e que era um dos pontos de encontros preferidos dos frequentadores do que se chamava na época de Jet Setters, e, mais recentemente, Socialites… Para esses poucos, elegantes e milionários homens, é suficiente lembrá-los numa única página de jornal que a Brioni segue viva e presente com sua loja no Shopping Cidade Jardim. Grandes marcas comportam-se apenas e tão somente assim.
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Etna – nascimento, vida e… De uma empresa que jamais revelou consistência…

A Etna abriu as portas de sua primeira mega loja no dia 11 de agosto de 2004. Ao completar 18 anos, onde supostamente alcançaria a maioridade, era um organismo em decomposição… No dia 25 de março 2022 fechou as portas. Sob a liderança de Nelson Kaufman, Grupo Vivara, que visitou 7 países em busca de inspiração. Durante poucos anos a Etna deu algum sinal de vida. Depois estacionou e muito rapidamente mergulhou em decadência irreversível. Talvez, as tais das mega lojas, com a aceleração monumental do e.commerce, tenham perdido ainda mais a razão de ser. As grandes livrarias, todas, naufragaram – Cultura, Saraiva, Laselva – e a Tok&Stok procede revisão radical em seu modelo e parte para lojas de porte médio, com menos de 1000 metros quadrados. No Estadão, matéria a da Coluna Broadcast, antecipando o fechamento, trouxe uma sucessão de interrogações. Uma atrás da outra. Textos do tipo, “Fechando lojas desde o ano passado a Etna vive um momento melancólico de sua operação física. Em seu site uma relação desatualizada de suas lojas, sem canais de comunicação oficial, e por aí vai…” Ou seja, o sintoma, ou, os sinais eram, de abandono total. Aparentemente, a família Kaufman jogara a toalha e esperava por alguém interessado em arrematar o que sobrou. Não apareceu. A Etna, se tivesse analisado o mercado a fundo, teria descoberto e constatado que o momento em que decidiu decolar, era o momento que os demais players consideram a retirada e revisão radical do modelo. Nem lições como as da FNAC que já agonizava quando a Etna decolou, foram suficientes para chamar a atenção dos investidores para o desatino. Pela dimensão da loja, e o foguetório no lançamento, a Etna em sua loja de 12 mil metros quadrados – equivalente a dois campos de futebol – era o grande comentário da cidade de São Paulo durante alguns e poucos finais de semana. De tão grande, muitas famílias deixavam para conhecer a nova loja no sábado ou domingo. Terminada a fatídica Síndrome da Experimentação, o esvaziamento aconteceu no mesmo ritmo e velocidade. No portal o Mundo das Marcas, a última atualização sobre a Etna é de fevereiro de 2020, vésperas da pandemia. Naquele momento ainda mantinha 13 lojas e comércio eletrônico. Meses atrás, nem mesmo os funcionários remanescentes da Etna sabem responder quantas eram as lojas. Mas, e no máximo, talvez, restassem 5, com produtos faltando nas prateleiras… Dentre os grandes equívocos da história do varejo no Brasil, a Etna merece um capítulo especial. E, triste. O otimismo dos fundadores era de tal ordem que decidiram escolher como denominação do novo negócio, a mesma do maior vulcão da Europa. Etna. Originário do grego, da palavra Aitna seu significado é “Eu Queimo”. Exatamente o que aconteceu com a Etna.
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Vendendo o que jamais será entregue

Na medida em que faltam terrenos, na medida em que supostamente as pessoas querem – claro, as que têm dinheiro – morar nos melhores lugares da cidade, ou, aquela região que vai da Santos, desce a Pamplona, pega a Estados Unidos, e sobe o chamado Jardins, Consolação, passa pelo último pente fino das incorporadoras, e em menos de cinco anos estará completamente desfigurada. É isso, e é isso. E assim, aquilo que é realidade hoje, o cenário maravilhoso onde corretores levam compradores desatentos e que gostam de ser enganados, mostrando as maravilhas de morar, finalmente, num lugar tanto encantador e descolado, não passa de um estelionato. Jamais entregarão os sonhos. No lugar do sonho, torres de concreto onde esses incautos e delirantes morarão… Depois de venderem o sonho irrealizável, levam pra tomar um café no acolhedor e legendário Cristallo… Corta para o Estadão, 9 de janeiro, caderno Metrópole, matéria quase crônica assinada por Ítalo Lo Re. “Despedida da Cristallo da Oscar Freire reune clientes…”. “Era por volta de 17 horas quando a aposentada Leni Colaferri, de 71 anos, se acomodou em uma mesa de calçada da confeitaria Cristallo, quase esquina da Rua Oscar Freire com a Bela Cintra… A unidade da Cristallo da Oscar Freire, aberta por ali há 46 anos, viveu seu dia de despedida do número 914, em tarde marcada por comoção entre funcionários e frequentadores assíduos… e conclui Ítalo, “A confeitaria, assim como outros estabelecimentos vizinhos, será demolida para a construção de um residencial de alto padrão…”. É isso, amigos. Corretores mais que necessitados – só ganham se venderem e precisam comer – vendem um paraíso onde passará a existir um inferno ainda que presumivelmente chique. Ou, no mínimo, um purgatório. Vendem o que jamais será entregue porque as encantadoras ilhas de alegria, prazer e felicidade, todas, serão despejadas e depois demolidas para a construção das tais torres… Pessoas que compraram, como descreve Alberto Dines em seu clássico Morte no Paraíso. A Tragédia de Stefan Zweig, terminar seus dias rodeado de prazeres, alegrias e felicidade, e descobrirá, tardiamente, que comprou gato por lebre, com todo respeito aos gatos que não têm nada a ver com essa história, com esse estelionato emocional…
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Síntese das sínteses

Em todos os últimos anos muito se tem discutido sobre a possibilidade do excesso de tecnologia estar fazendo mal para as pessoas. Tornado todos mais acomodados, e, de quebra, alterando a maneira como raciocinamos. Por esse pensamento, todas as inovações dos últimos séculos e milênios, precisariam ser reconsideradas porque determinaram mudanças profundas no comportamento dos seres humanos. Em decorrência das inovações, no correr os séculos, passamos a produzir dezenas de vezes mais, e, na outra ponta, comer sentados em cadeiras e em volta de uma mesa, com pratos de louça, faca e garfo, mais guardanapos. Caso contrário, continuaríamos nos alimentando com as mãos… Porém, as fantásticas facas, que nos possibilitaram um salto civilizatório monumental, nas mãos de desequilibrados provocam as maiores barbaridades. É exatamente isso que testemunhamos acontecer com a tecnologia e seu uso. Daniel Schacter, psicólogo americano e professor da Universidade de Harvard, autor do clássico The Seven Sins Of Memory: How The Mind Forgets And Remembers, do ano de 2001, relançado agora em versão atualizada e mais completa, em entrevista à Giovanna Wolf do Estadão, explica, “A tecnologia pode ser útil para nossa memória, como as agendas digitais que nos notificam sobre compromissos… o perigo reside na desinformação que povoa a internet que, e sem que as pessoas se deem conta, vai se incorporando às suas memórias…”. Ainda em sua entrevista Schacter falou sobre uma espécie de Síndrome do Fotógrafo. E que é mais ou menos a seguinte, a pessoa que numa viagem de família cuida dos registros fotográficos, não guarda nem uma melhor recordação, e nem uma maior lembrança da foto que tirou. Pela simples razão que sua atenção se concentra na luminosidade, no foco, no ângulo, de todas as fotos que tira no correr da viagem. E ainda Schacter reflete sobre uma espécie de Síndrome de GPS. Com o GPS tudo ficou mais fácil, e raramente erramos a direção. Em compensação, nos tornamos dependentes, e se no passado guardávamos e sabíamos os caminhos, hoje se precisarmos refazê-los sem GPS será praticamente impossível. De verdade, Schacter apenas nos recorda do sentido da evolução. Diante de uma alternativa melhor em todos os sentidos, teríamos imensa dificuldade em retroceder, em recorrer a uma solução antiga, substituída magnificamente por uma solução melhor.
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A nova cultura no trabalho

Ainda estamos muito distantes de um entendimento e compreensão sobre uma nova cultura no formato e no ambiente de trabalho. Mas, algumas considerações podem ser feitas com total e absoluta consistência. A primeira, mais óbvia, e já presente na cabeça da maioria dos dirigentes de empresas, que nunca mais o trabalho presencial será mandatório, exclusivo, único. E, por decorrência, conclusão, daqui para frente cada setor de atividade, cada ramo de negócio, e no limite, cada empresa, considerando as especificidades do território em que atua, modulará, com sensibilidade e inteligência mesmo porque essa determinante será poderosa na apuração da performance e resultado, o novo modelo de trabalho – na forma, e na dosagem. Em algumas situações, nas duas pontas, claro, e dependendo de cada atividade, conviveremos com algumas exceções. Empresas trabalhando exclusivamente no formato presencial, e empresas trabalhando exclusivamente no a distância. E a partir daí, e repetindo, em função das especificidades e características de cada negócio, a modulação para mais ou menos presencial, e mais ou menos a distância. Mas, o a distância é, a nova realidade. Em matéria recente no Estadão, assinada por Luciana Dyniewicz, onde a jornalista procurava investigar as preocupações dos profissionais responsáveis pelo comando das empresas, o tema do presencial e/ou a distância foi tratado. E, uma vez mais, e dependendo da especificidade de cada negócio, as opiniões revelam-se diferentes. Por exemplo, Fernando Modé, que hoje é o presidente do Grupo Boticário, que adiou por mais alguns dias a volta do presencial, disse, “Não temos nenhuma grande emergência que precise hoje do presencial… As coisas estão funcionando com regularidade satisfatória. Porém, não queremos ter nenhum problema por ter mantido assim por muito tempo”. Ou seja, a distância sim, mas com sensibilidade e cuidado, e reconsiderando sempre. Já Lídia Abdalla, presidente do Sabin, não esconde e é enfática: “Temos resultados mais rápidos e melhores com os times presencialmente”. Roberto Jatahy, do Grupo Soma (Hering, Dzarm, Farm, Animale, Maria Filó e Fábula), levanta uma conquista, em seu entendimento, decorrente da pandemia e trabalho a distância: “O home office implantou, exponenciou a cultura da autonomia”. E complementa, “Havia uma falsa percepção que a pessoa a seu lado fisicamente estava trabalhando. A gente hoje trabalha por indicador. A pessoa tem que entregar independente se vai trabalhar dia de semana ou no fim de semana”. Ou seja, Roberto Jatahy inclui um dado novo na discussão. Todos têm direito a uma maior flexibilidade, desde que o negócio permita, em sua forma de trabalhar. Mas, isso vale para os dois lados, para a empresa e para seu capital humano. Portanto, amigos, mudamos. Existe uma nova forma de trabalhar daqui para frente e para todas as empresas. Em maiores ou menores dosagens. Muito especialmente neste momento da história que vai nascendo e ganhando tração e consistência Sociedade do Conhecimento, e com o prevalecimento irreversível da Sharing Economy – economia por compartilhamento, onde empresas e profissionais vão ganhando a consistência que o chamado trabalho exclusivo, o prestar-se serviço ou trabalhar para ou numa única empresa chegou ao fim.
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 14/09/2023

No teste cego do Estadão, LINDT, disparado, o melhor chocolate. 3 vezes mais caro que a média dos demais chocolates.
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Ovo tem marca?

Aparentemente, o pior que pode acontecer, caso o negócio não dê certo, é o Ovo ganhar uma marca. A marca da Granja Faria. Vou desde logo dizendo que eu, Madia, e que escrevi este comentário, detesto ovo. Não como ovo. Ainda na juventude, e para matar a fome, quando ia às aulas do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, no centrão velho da cidade, comia um bolinho de ovo, hoje mais conhecido como Bolovo, ou, numa versão mais sincera verdadeira, uma espécie de ovo empanado. Era o que cabia no dinheiro curto. Mas, vamos ao comentário e análise de uma decisão. Uma das maiores Granjas do país, a Granja Faria, que fechou 2022 com um faturamento de R$1,2 bi na venda de ovos, decidiu apropriar-se da proteína. Está lançando a primeira unidade de um restaurante cujo tema é o ovo, o Eggy, primeira unidade já funcionando e localizada no bairro do Itaim, em São Paulo, pretende abrir mais 30 lojas nos próximos cinco anos, e muito rapidamente colocar-se em campo para enfrentar as hamburguerias de todos os gêneros e marcas. Pelas declarações de amor que ouço de muitas pessoas minha primeira sensação ou tentação é dizer, tem tudo para dar certo. Mas, minha experiência de consultor, fala mais alto e corrige, claro, desde que planejado e realizado com qualidade. Em entrevista ao Estadão, a André Jankavski, Denilson Derigoni, declarou, “Queremos colocar o ovo como protagonista e também pretendemos entender os hábitos de consumo para criar novas receitas…” É essa a novidade. Uma novidade obvia, que até agora ninguém ousou, e que a Granja Faria toma a frente. Mas sempre lembrando que nem tudo são flores – claro, apenas ovos – na produção de ovos. No último ano, enquanto os produtores de ovos conseguiram aumentar os preços em 30%, os custos de produção, em decorrência de uma série de motivos e em especial a pandemia, subiram, 200%. Conseguirá, finalmente, a Granja Faria, colocar o negócio de Eggs Restaurants em pé, como um dia conseguiu Colombo? Difícil, mas não improvável e jamais impossível. Mas, um baita desafio…
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Esmola, bacia das almas, cala boca…

Sem pompas e muito menos circunstâncias, 20 organizações da imprensa brasileira fecharam, meses atrás, parceria com o Facebook. Briga que vinha de longe termina num troco de R$13,7 milhões a serem divididos entre as 20 organizações, e o que resulta num valor pífio para cada uma delas. Dentre outras organizações, no acordo onde “literalmente entregam a alma ao demo”, figuram, Estadão, Folha, Abril, Bandeirantes, RBS e UOL. Três explicações para: A primeira é que com acordo ou sem acordo o “Feice” continuaria a se apropriar do conteúdo editorial dessas empresas, e assim, melhor um mau acordo que uma interminável e péssima contenda. A segunda é que em tempos de seca, qualquer dinheiro ajuda. E a terceira é que se trata de uma trégua provisória, enquanto se aguarda por um maior e melhor acordo. Seja como for, é simplesmente patético testemunharmos organizações centenárias acordarem com redes sociais que nasceram anos atrás, e pela simples razão que foram míopes, em todas as dimensões, possibilitando que as novas plataformas de comunicação chegassem à importância e relevância que têm hoje. Especificamente em relação ao valor acertado, e diante dos números de um Facebook, por exemplo, repetimos, uma singela e patética esmola. Dinheiro de pinga… Quem acreditava que um dia testemunharíamos tamanha decadência?
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Vergonha. Assim jamais seremos um país de verdade

A cada dois ou três anos nos estarrecemos com a relação mais que promíscua que existe entre algumas empresas, e alguns juízes, e alguns territórios deletérios, tóxicos e pornográficos da Justiça brasileira. E, de novo, constata-se que nada mudou. Não obstante todos os escândalos mais que escancarados nos últimos 10 anos, parece que as empresas e um determinado tipo de magistrado acreditam que nada irá acontecer com eles, porque sempre foi assim aqui no Brasil e assim seguirá sendo. Muitos dos juízes que hoje integram o Supremo foram patrocinados em eventos de toda a sorte por algumas das grandes e corruptoras empresas. Que encontram nesses juízes corruptos – corruptos sim, na medida em que aceitam trocos – o caminho mais rápido, econômico e eficaz, para conseguirem decisões que contemplem seus interesses. Desgraçadamente, a corrupção culposa ou dolosa, ainda segue sendo a característica preponderante em parcela expressiva da Justiça do Brasil. Inclusive, e talvez principalmente, nas decisões das instâncias superiores… Acordamos no domingo, 5 de março, com a seguinte manchete no Estadão, em matéria assina por Luiz Vassalo: “Empresas com causas que somam R$158 bi pagam eventos a juízes…”. Vergonha!!! Cadeia neles. Corruptores e corruptos. Diz, Luiz Vassalo, “O Estadão levantou 30 grandes processos que têm patrocinadores com partes nos autos ou interessados nos julgamentos. Empresas e entidades com interesses em causas que tramitam na Justiça e envolvem, pelo menos, R$158,4 bilhões em multas, indenizações e dívidas, e patrocinam seminários e fóruns no Brasil e no exterior. Eventos com shows de artistas renomados, jantar em cassinos, baladas, e passeios de lanchas…” Os poucos magistrados que atenderam a Vassalo ponderaram tratar-se de “atividades acadêmicas…”. É isso, amigos. não existe justiça no Brasil! Ponto. E se não existe Justiça não existe segurança jurídica. Dentre as farras, bebedeiras e comilanças, expondo de forma escatológica o desprezo que tem pelos demais brasileiros, membros do Supremo deixaram se patrocinar, por exemplo, pela Febraban – Federação Brasileira de Bancos – em eventos em Portugal e Estados Unidos. Onde, estiveram presentes com todas as despesas pagas, e jetons, os seguintes ministros do STF: Luiz Fux, Ricardo Lewandowski, Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, e o chorão, Gilmar Mendes. O ministro do STF que se comoveu com o advogado do maior bandido e ladrão da história da política de nosso país. Ou damos um jeito na justiça, ou a justiça vai condenar nosso país à miséria total e definitiva. Em tempo, e segundo o autor da matéria histórica, Luiz Vassallo, apenas dois juízes do Supremo – Rosa Weber e Edson Fachin recusam-se a comparecer nesses eventos. E todos os procurados, Ministros do STF, e STJ, preferiram manter-se calados. O tal do direito de permanecerem em silêncio, diante de tanta escatologia. O odor é insuportável. No dia 1 de maio de 62a.C, a segunda esposa de Júlio Cesar, Pompeia Sula, jovem, bonita, realizou uma festa em seu palácio exclusivamente para mulheres. Apaixonado por Pompeia, Publius Clodius não resistiu e disfarçou-se em tocadora de lira e entrou de forma clandestina na festa. Foi descoberto, maior escândalo, e Júlio Cesar, no dia seguinte, divorciou-se de Pompeia Sula. No final de sua petição de divórcio, termina dizendo, “a mulher de Cesar não basta ser honesta, deve parecer honesta”. Exatamente o oposto e de como procede parcela expressiva dos magistrados do País.
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A descoberta, finalmente, das scooters

Meses atrás, uma revelação do gerente de marketing da Honda Brasil, causou perplexidade a quase todas as pessoas que continuavam alimentando-se de crenças nascidas a partir de realidades que vão ficando pelo caminho. Desde o início da pandemia, a venda de motocicletas não parava de crescer. Apenas no primeiro semestre de 2021, o setor de duas rodas apresentou um crescimento de 47,7% em relação ao mesmo período de 2020. Mas, e por trás desses números, a surpresa: o grande destaque, face ao pouco apreço que os brasileiros revelavam até então por essa alternativa, eram as scooters. O volume de vendas dessa alternativa de duas rodas, desde então, vem crescendo a uma velocidade maior que o do mercado em geral. Assim, e para a surpresa de todos, do total das motocicletas emplacadas no ano passado, as scooters já responderam por mais de 10%. A segunda surpresa é que muitas pessoas imaginavam que os responsáveis por esse crescimento eram os entregadores. Não, não eram e não são. Segundo entrevista do gerente de marketing da Honda ao Estadão, Odair Dedicação Jr., “trata-se, majoritariamente, de um comprador que vem do automóvel. O consumidor brasileiro descobriu as scooters como uma opção de mobilidade fácil e econômica…”. Hoje, segundo Odair, e na Honda, as scooters registraram um crescimento de 55% nas vendas. A concentração das vendas é nas grandes cidades do País, e onde pontifica a cidade de São Paulo com 50% de todas as vendas de scooters. Ou seja, e até mesmo para as scooters, a pandemia constituiu-se no empurrãozinho que faltava para que mais pessoas aderissem a essa modalidade de transporte, e alternativa de veículo. E a cidade de São Paulo, que era conhecida em passado distante como terra da garoa, agora vai se convertendo em terra das scooters.