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Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 08/08/2024

A importância única e essencial dos TESTES A CEGA.
Negócio

Cenas do fim do emprego

No Estadão de quarta-feira, 19 de junho de 2024, mais e novas cenas do fim dos empregos. Nada de errado. Rigorosamente como previsto pelos principais pensadores do mundo dos negócios, em especial Jeremy Rifkin com seu antológico e fundamental livro O Fim dos Empregos. Em grande matéria, o Estadão revela os investimentos que o Mercado Livre vem fazendo para poupar os seres humanos do trabalho pesado, os substituindo por Robôs. Repito, nada, absolutamente nada de errado. Rigorosamente o mesmo que vem acontecendo no mundo há dois séculos com a migração gradativa das pessoas dos trabalhos nas terras e campos, para as cidades, para os escritórios, e, mais recentemente, para as nuvens. Assim caminha a humanidade. Isso é sinal de progresso e de redenção do ser humano. Onde está o erro? Que não, nós, sociedade, nos preparamos para esse momento, e não criamos um suporte, anteparo, ou colchão social. E assim assistiremos milhões de pessoas desempregadas no mundo, aguardando, para e mais adiante, um novo rearranjo social resgatar um mínimo de dignidade a todos. O Mercado Livre segue contratando. Mais robôs, e mais pessoas. Pela razão que segue crescendo e prosperando. O fim dos empregos vem acontecendo de 10 anos para cá nas milhares de empresas do varejo que foram fechando lojas, armazéns, escritórios, e, cortando pessoas. O Mercado Livre não faz absolutamente nada de errado. Cumpre sua obrigação social de melhorar seu desempenho, oferecer os melhores serviços pelos melhores preços, e rentabilizar todos os recursos que empresta da sociedade. Inclusive e principalmente, oferecer melhores condições de trabalho para seu capital humano que não para de crescer. Falando na matéria, Fernando Yunes, presidente da operação brasileira do Mercado Livre, declarou, “A adoção de robôs reduz a necessidade de força de trabalho na separação de pedidos, mas o plano do Mercado Livre é continuar contratando no Brasil. Havíamos prometido 6,5 mil contratações neste ano, e terminaremos contratando 11 mil, 70% a mais que o previsto. Assim, nosso quadro funcional subirá de 22 mil para 33 mil até o final deste ano…”. É isso, amigos. Uma nova realidade. Olhando sob outro ângulo, podemos afirmar que, para cada um dos novos empregos que o Mercado Livre vem oferecendo, três, indiretamente, são perdidos em diferentes empresas em decorrência de seu avanço e sucesso. Como sempre foi e será na medida em que a inteligência humana vá prevalecendo, e a eficácia seja o código de sucesso. Mas, e repito, não nos preparamos para esse momento. E conviveremos com muita dor durante bons anos, talvez décadas… Em tempo, com os 100 robôs do Centro de Distribuição SP04 do Mercado Livre, a empresa estima que seus funcionários reduzirão em 70% seus deslocamentos…
Negócio

De quatro cadernos, quase 100 ou mais páginas, a quatro pequenos anúncios…

Domingo, Estadão, 9 de junho de 2024. Vou aos Cadernos de Empregos. Não tem mais. Tudo o que restou foi 1/16 de página com 4 pequenos anúncios. Definitivamente, acabou… Minha mãe, saudosa e querida mãe Julieta Madia de Souza, destinou minha vida num anúncio do Estadão, de agosto de 1966. Lá estava escrito, no título, uma palavra estranha. Marketing. E assim se passaram 58 anos e nunca mais fiz outra coisa na minha vida. Neste mesmo Estadão deste domingo outra crônica de nova morte anunciada. Página B12, Caderno Link, em manchete, e com a fotografia do Zuckerberg, diz, “Facebook passa a atrair os mais jovens” e diz para que: “Plataforma digital de venda de itens de segunda mão transforma-se em concorrente dos gigantes do comércio na internet, como a Amazon… E pensar, também, que muitas outras páginas do Estadão dos domingos dos anos 1970, 1980, 1990, eram ocupadas pelos classificados… Os números dos “Classificados do ‘Feice’” são patéticos, para dizer o mínimo. De seus 3,07 bilhões de usuários mensais, e segundo a plataforma, 1,2 bi são usuários ativos e que compram no marketplace. Desbancou todos os demais portais especializados, e hoje já ocupa a segunda colocação, perdendo, por enquanto, e apenas, para o Ebay… E a razão do sucesso monumental do “Feice” no varejo das quinquilharias é o Já Quê… Já Quê estou lá, Já Quê é legal, Já Quê é fácil de usar, fico por lá mesmo e faço minhas compras… E aí as pessoas comentam, o “Feice” é velho e decadente… será? Depende de, e para quê… Seu irmão mais novo, o Insta, é melhor para muitas outras coisas, mas, o “Feice”, ainda e seguirá imbatível para muitas mais coisas… E até mesmo a Geração Z que torce o nariz e faz biquinho para o “Feice”, na hora de comprar ou vender quinquilharias… É isso, amigos. Paro por aqui. A mudança de lugar de classificados de empregos e usados mais que consumada. Fica a pergunta, qual será a próxima mudança…
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Diário de um Consultor de Empresas – 17/05/2024

Quanto custa criar um filho, nas diferentes classes sociais, nos dias em que vivemos.
Negócio

Um nome, e, basta!

No Estadão de um domingo de 2022, página C3 do Caderno de Cultura e Comportamento, mais que um anúncio de página inteira, um pequeno, discreto e sutil lembrete. Que a Brioni tem uma loja no piso térreo do Shopping Cidade Jardim. No anúncio lembrete, o ator David Jude Heyworth Law – Jude Law – ator coadjuvante cujo ponto alto em sua carreira foi no filme “The Talented Mr. Ripley. Que agora virou série e com grande sucesso na Netflix… Vestindo Brioni, e, nada mais. Não era preciso. Uma maneira sutil e eficaz de lembrar a alguns homens elegantes que existe uma loja Brioni na cidade de São Paulo, Brasil. A Brioni nasce na cidade de Roma, no ano de 1945, pela sociedade de Nazareno Fonticoli e Gaetano Savini. Foi a primeira empresa do território fashion a realizar um primeiro desfile de moda exclusivamente com roupas masculinas, no ano de 1952. Em 1985 a marca converte-se numa escola de moda – Scuola di Alta Sartoria na cidade de Penne, Itália. E no ano de 2011 foi comprada pelo Grupo Kering (leia-se Bottega Veneta, Boucheron, Yves Saint Laurent, Stella McCartney, Balenciaga, Magasins Du Printemps, FNAC, entre outras propriedades). Muitos até hoje têm curiosidade de saber de onde os dois sócios fundadores tiraram a marca Brioni. E a resposta, é, uma referência as Ilhas Brioni, hoje parte da Croácia, e que era um dos pontos de encontros preferidos dos frequentadores do que se chamava na época de Jet Setters, e, mais recentemente, Socialites… Para esses poucos, elegantes e milionários homens, é suficiente lembrá-los numa única página de jornal que a Brioni segue viva e presente com sua loja no Shopping Cidade Jardim. Grandes marcas comportam-se apenas e tão somente assim.
Negócio

Etna – nascimento, vida e… De uma empresa que jamais revelou consistência…

A Etna abriu as portas de sua primeira mega loja no dia 11 de agosto de 2004. Ao completar 18 anos, onde supostamente alcançaria a maioridade, era um organismo em decomposição… No dia 25 de março 2022 fechou as portas. Sob a liderança de Nelson Kaufman, Grupo Vivara, que visitou 7 países em busca de inspiração. Durante poucos anos a Etna deu algum sinal de vida. Depois estacionou e muito rapidamente mergulhou em decadência irreversível. Talvez, as tais das mega lojas, com a aceleração monumental do e.commerce, tenham perdido ainda mais a razão de ser. As grandes livrarias, todas, naufragaram – Cultura, Saraiva, Laselva – e a Tok&Stok procede revisão radical em seu modelo e parte para lojas de porte médio, com menos de 1000 metros quadrados. No Estadão, matéria a da Coluna Broadcast, antecipando o fechamento, trouxe uma sucessão de interrogações. Uma atrás da outra. Textos do tipo, “Fechando lojas desde o ano passado a Etna vive um momento melancólico de sua operação física. Em seu site uma relação desatualizada de suas lojas, sem canais de comunicação oficial, e por aí vai…” Ou seja, o sintoma, ou, os sinais eram, de abandono total. Aparentemente, a família Kaufman jogara a toalha e esperava por alguém interessado em arrematar o que sobrou. Não apareceu. A Etna, se tivesse analisado o mercado a fundo, teria descoberto e constatado que o momento em que decidiu decolar, era o momento que os demais players consideram a retirada e revisão radical do modelo. Nem lições como as da FNAC que já agonizava quando a Etna decolou, foram suficientes para chamar a atenção dos investidores para o desatino. Pela dimensão da loja, e o foguetório no lançamento, a Etna em sua loja de 12 mil metros quadrados – equivalente a dois campos de futebol – era o grande comentário da cidade de São Paulo durante alguns e poucos finais de semana. De tão grande, muitas famílias deixavam para conhecer a nova loja no sábado ou domingo. Terminada a fatídica Síndrome da Experimentação, o esvaziamento aconteceu no mesmo ritmo e velocidade. No portal o Mundo das Marcas, a última atualização sobre a Etna é de fevereiro de 2020, vésperas da pandemia. Naquele momento ainda mantinha 13 lojas e comércio eletrônico. Meses atrás, nem mesmo os funcionários remanescentes da Etna sabem responder quantas eram as lojas. Mas, e no máximo, talvez, restassem 5, com produtos faltando nas prateleiras… Dentre os grandes equívocos da história do varejo no Brasil, a Etna merece um capítulo especial. E, triste. O otimismo dos fundadores era de tal ordem que decidiram escolher como denominação do novo negócio, a mesma do maior vulcão da Europa. Etna. Originário do grego, da palavra Aitna seu significado é “Eu Queimo”. Exatamente o que aconteceu com a Etna.
Negócio

Vendendo o que jamais será entregue

Na medida em que faltam terrenos, na medida em que supostamente as pessoas querem – claro, as que têm dinheiro – morar nos melhores lugares da cidade, ou, aquela região que vai da Santos, desce a Pamplona, pega a Estados Unidos, e sobe o chamado Jardins, Consolação, passa pelo último pente fino das incorporadoras, e em menos de cinco anos estará completamente desfigurada. É isso, e é isso. E assim, aquilo que é realidade hoje, o cenário maravilhoso onde corretores levam compradores desatentos e que gostam de ser enganados, mostrando as maravilhas de morar, finalmente, num lugar tanto encantador e descolado, não passa de um estelionato. Jamais entregarão os sonhos. No lugar do sonho, torres de concreto onde esses incautos e delirantes morarão… Depois de venderem o sonho irrealizável, levam pra tomar um café no acolhedor e legendário Cristallo… Corta para o Estadão, 9 de janeiro, caderno Metrópole, matéria quase crônica assinada por Ítalo Lo Re. “Despedida da Cristallo da Oscar Freire reune clientes…”. “Era por volta de 17 horas quando a aposentada Leni Colaferri, de 71 anos, se acomodou em uma mesa de calçada da confeitaria Cristallo, quase esquina da Rua Oscar Freire com a Bela Cintra… A unidade da Cristallo da Oscar Freire, aberta por ali há 46 anos, viveu seu dia de despedida do número 914, em tarde marcada por comoção entre funcionários e frequentadores assíduos… e conclui Ítalo, “A confeitaria, assim como outros estabelecimentos vizinhos, será demolida para a construção de um residencial de alto padrão…”. É isso, amigos. Corretores mais que necessitados – só ganham se venderem e precisam comer – vendem um paraíso onde passará a existir um inferno ainda que presumivelmente chique. Ou, no mínimo, um purgatório. Vendem o que jamais será entregue porque as encantadoras ilhas de alegria, prazer e felicidade, todas, serão despejadas e depois demolidas para a construção das tais torres… Pessoas que compraram, como descreve Alberto Dines em seu clássico Morte no Paraíso. A Tragédia de Stefan Zweig, terminar seus dias rodeado de prazeres, alegrias e felicidade, e descobrirá, tardiamente, que comprou gato por lebre, com todo respeito aos gatos que não têm nada a ver com essa história, com esse estelionato emocional…
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Negócio

Síntese das sínteses

Em todos os últimos anos muito se tem discutido sobre a possibilidade do excesso de tecnologia estar fazendo mal para as pessoas. Tornado todos mais acomodados, e, de quebra, alterando a maneira como raciocinamos. Por esse pensamento, todas as inovações dos últimos séculos e milênios, precisariam ser reconsideradas porque determinaram mudanças profundas no comportamento dos seres humanos. Em decorrência das inovações, no correr os séculos, passamos a produzir dezenas de vezes mais, e, na outra ponta, comer sentados em cadeiras e em volta de uma mesa, com pratos de louça, faca e garfo, mais guardanapos. Caso contrário, continuaríamos nos alimentando com as mãos… Porém, as fantásticas facas, que nos possibilitaram um salto civilizatório monumental, nas mãos de desequilibrados provocam as maiores barbaridades. É exatamente isso que testemunhamos acontecer com a tecnologia e seu uso. Daniel Schacter, psicólogo americano e professor da Universidade de Harvard, autor do clássico The Seven Sins Of Memory: How The Mind Forgets And Remembers, do ano de 2001, relançado agora em versão atualizada e mais completa, em entrevista à Giovanna Wolf do Estadão, explica, “A tecnologia pode ser útil para nossa memória, como as agendas digitais que nos notificam sobre compromissos… o perigo reside na desinformação que povoa a internet que, e sem que as pessoas se deem conta, vai se incorporando às suas memórias…”. Ainda em sua entrevista Schacter falou sobre uma espécie de Síndrome do Fotógrafo. E que é mais ou menos a seguinte, a pessoa que numa viagem de família cuida dos registros fotográficos, não guarda nem uma melhor recordação, e nem uma maior lembrança da foto que tirou. Pela simples razão que sua atenção se concentra na luminosidade, no foco, no ângulo, de todas as fotos que tira no correr da viagem. E ainda Schacter reflete sobre uma espécie de Síndrome de GPS. Com o GPS tudo ficou mais fácil, e raramente erramos a direção. Em compensação, nos tornamos dependentes, e se no passado guardávamos e sabíamos os caminhos, hoje se precisarmos refazê-los sem GPS será praticamente impossível. De verdade, Schacter apenas nos recorda do sentido da evolução. Diante de uma alternativa melhor em todos os sentidos, teríamos imensa dificuldade em retroceder, em recorrer a uma solução antiga, substituída magnificamente por uma solução melhor.
Negócio

A nova cultura no trabalho

Ainda estamos muito distantes de um entendimento e compreensão sobre uma nova cultura no formato e no ambiente de trabalho. Mas, algumas considerações podem ser feitas com total e absoluta consistência. A primeira, mais óbvia, e já presente na cabeça da maioria dos dirigentes de empresas, que nunca mais o trabalho presencial será mandatório, exclusivo, único. E, por decorrência, conclusão, daqui para frente cada setor de atividade, cada ramo de negócio, e no limite, cada empresa, considerando as especificidades do território em que atua, modulará, com sensibilidade e inteligência mesmo porque essa determinante será poderosa na apuração da performance e resultado, o novo modelo de trabalho – na forma, e na dosagem. Em algumas situações, nas duas pontas, claro, e dependendo de cada atividade, conviveremos com algumas exceções. Empresas trabalhando exclusivamente no formato presencial, e empresas trabalhando exclusivamente no a distância. E a partir daí, e repetindo, em função das especificidades e características de cada negócio, a modulação para mais ou menos presencial, e mais ou menos a distância. Mas, o a distância é, a nova realidade. Em matéria recente no Estadão, assinada por Luciana Dyniewicz, onde a jornalista procurava investigar as preocupações dos profissionais responsáveis pelo comando das empresas, o tema do presencial e/ou a distância foi tratado. E, uma vez mais, e dependendo da especificidade de cada negócio, as opiniões revelam-se diferentes. Por exemplo, Fernando Modé, que hoje é o presidente do Grupo Boticário, que adiou por mais alguns dias a volta do presencial, disse, “Não temos nenhuma grande emergência que precise hoje do presencial… As coisas estão funcionando com regularidade satisfatória. Porém, não queremos ter nenhum problema por ter mantido assim por muito tempo”. Ou seja, a distância sim, mas com sensibilidade e cuidado, e reconsiderando sempre. Já Lídia Abdalla, presidente do Sabin, não esconde e é enfática: “Temos resultados mais rápidos e melhores com os times presencialmente”. Roberto Jatahy, do Grupo Soma (Hering, Dzarm, Farm, Animale, Maria Filó e Fábula), levanta uma conquista, em seu entendimento, decorrente da pandemia e trabalho a distância: “O home office implantou, exponenciou a cultura da autonomia”. E complementa, “Havia uma falsa percepção que a pessoa a seu lado fisicamente estava trabalhando. A gente hoje trabalha por indicador. A pessoa tem que entregar independente se vai trabalhar dia de semana ou no fim de semana”. Ou seja, Roberto Jatahy inclui um dado novo na discussão. Todos têm direito a uma maior flexibilidade, desde que o negócio permita, em sua forma de trabalhar. Mas, isso vale para os dois lados, para a empresa e para seu capital humano. Portanto, amigos, mudamos. Existe uma nova forma de trabalhar daqui para frente e para todas as empresas. Em maiores ou menores dosagens. Muito especialmente neste momento da história que vai nascendo e ganhando tração e consistência Sociedade do Conhecimento, e com o prevalecimento irreversível da Sharing Economy – economia por compartilhamento, onde empresas e profissionais vão ganhando a consistência que o chamado trabalho exclusivo, o prestar-se serviço ou trabalhar para ou numa única empresa chegou ao fim.
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Diário de um Consultor de Empresas – 14/09/2023

No teste cego do Estadão, LINDT, disparado, o melhor chocolate. 3 vezes mais caro que a média dos demais chocolates.