A descoberta, finalmente, das scooters

Meses atrás, uma revelação do gerente de marketing da Honda Brasil, causou perplexidade a quase todas as pessoas que continuavam alimentando-se de crenças nascidas a partir de realidades que vão ficando pelo caminho.

Desde o início da pandemia, a venda de motocicletas não parava de crescer. Apenas no primeiro semestre de 2021, o setor de duas rodas apresentou um crescimento de 47,7% em relação ao mesmo período de 2020.

Mas, e por trás desses números, a surpresa: o grande destaque, face ao pouco apreço que os brasileiros revelavam até então por essa alternativa, eram as scooters. O volume de vendas dessa alternativa de duas rodas, desde então, vem crescendo a uma velocidade maior que o do mercado em geral.

Assim, e para a surpresa de todos, do total das motocicletas emplacadas no ano passado, as scooters já responderam por mais de 10%.

A segunda surpresa é que muitas pessoas imaginavam que os responsáveis por esse crescimento eram os entregadores. Não, não eram e não são.

Segundo entrevista do gerente de marketing da Honda ao Estadão, Odair Dedicação Jr., “trata-se, majoritariamente, de um comprador que vem do automóvel. O consumidor brasileiro descobriu as scooters como uma opção de mobilidade fácil e econômica…”.

Hoje, segundo Odair, e na Honda, as scooters registraram um crescimento de 55% nas vendas. A concentração das vendas é nas grandes cidades do País, e onde pontifica a cidade de São Paulo com 50% de todas as vendas de scooters.

Ou seja, e até mesmo para as scooters, a pandemia constituiu-se no empurrãozinho que faltava para que mais pessoas aderissem a essa modalidade de transporte, e alternativa de veículo.

E a cidade de São Paulo, que era conhecida em passado distante como terra da garoa, agora vai se convertendo em terra das scooters.

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