Sheryl Sandberg partiu. O “Feice” nunca mais será o mesmo

A notícia já vinha sendo aguardada há alguns anos. Consumou-se. Em 2022, Sheryl Sandberg, depois de 14 anos, deixou o “Feice”, e, Zuck. Pretende, dependendo de como as despedidas evoluírem, seguir no conselho das empresas de Mark Zuckerberg. Razão principal, e mesmo jovem, pretende dedicar os próximos anos de sua vida à filantropia.

Sheryl sempre foi considerada uma espécie de voz de consciência do “Feice”. A ela, os demais e jovens executivos referiam-se como “uma adulta na sala”.

Ao comunicar a saída de Sheryl, Zuck escreveu, “É incomum que uma parceria de negócios dure tanto tempo… Sheryl arquitetou nosso setor de anúncios, contratou ótimas pessoas, forjou nossa cultura de gestão e me ensinou como administrar uma empresa”.

Em síntese, e até hoje, Zuck revela, Sheryl fez praticamente tudo. E reforça ao dizer, forjou uma cultura de gestão. A cultura Facebook!

Em maio de 2016 Sheryl concedeu uma entrevista a Filipe Vilicic, no exato momento em que seu livro era lançado no Brasil pela Companhia das Letras – Faça Acontecer – Mulheres, Trabalho e a Vontade de Liderar. Separamos para compartilhar com vocês os três momentos que mais chamaram nossa atenção.

  • As razões de procurar-se ter mais mulheres em cargos de liderança
    Segundo Sheryl, “Não existe um único país em todo o mundo que tenha 5% de suas empresas sob o comando de mulheres. Na América Latina o percentual é menor ainda. Menos de 2%. Mas, e como é do conhecimento de todos, temos um pouco mais de mulheres do que homens no mundo. Certa feita, brincando, mas falando sério, Warren Buffett atribuiu parcela expressiva de seu sucesso ao fato de ter sempre competido com metade da população, a masculina. Imaginem se homens e mulheres trabalhassem por igual…”.
  • Como mudar essa situação – “Num determinado momento minha geração começou a sentir que o trabalho estava completo. Não estava, a batalha apenas tinha começado. Por infinitas razões, especialmente de ordem cultural, homens sentem-se mais confiantes no trabalho do que as mulheres. Sempre se sentam ou no centro ou na ponta das mesas. Já as mulheres sempre em posições secundárias ou desfavoráveis. Nas reuniões homens falam mais alto e são mais ouvidos. Daqui para frente as mulheres sempre devem se sentar nos melhores lugares, e, se enquanto estiverem falando forem interrompidas, apenas parar de falar…”.
  • Se mulheres devem largar a carreira para se dedicar a família “Mulheres têm de ter o poder de decidir sobre suas vidas. Se querem seguir trabalhando devem fazê-lo. Se optam por cuidar da família, idem. Se querem fazer as duas coisas, sigam em frente. Chega de estereótipos. Mulheres podem trabalhar e alcançar a liderança. Homens devem ter a opção de abandonar a carreira e cuidar da casa. Ou, ambos dividirem as responsabilidades…”.

Neste exato momento, um dos ícones do mundo moderno, prepara-se, ela, Sheryl Sandberg, para mergulhar de cabeça na filantropia.

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2 thoughts

  • As mulheres cuidando da casa e da família fazem uma atividade muito mais importante do que se forem trabalhar em empresas

    Sem as mulheres para cuidar da casa da família com certeza as empresas se enfraquecerão e os homens idem

    A certeza é que homem é homem e mulher é mulher e cada um neste planeta tem a sua atividade prioritária

    A do homem é de trabalhar para sustentar a família e dar segurança e a da mulher é para gerar um equilíbrio dentro de casa

    Se não for assim nós estaremos perdendo a humanidade pois não pode ambos trabalharem fora

    Essa ideia que mulher tem que trabalhar é uma ideia anti natural e isso prejudica as famílias por isso que vemos hoje principalmente no Brasil muitas mulheres nos pontos de ônibus indo trabalhar logo cedo e voltando tarde e assim suas famílias são prejudicadas onde temos separações filhos abandonados e mal preparados

    Temos que parar com essa ideia de que a mulher ficando em casa isso é demérito e não é a verdade quer sair atividade da mulher é essencial

  • Nossa, que postagem bacana Madia.
    Ao ler, lembrei da minha própria experiência há quarenta anos.
    Minha esposa era secretária do vice presidente do Bank of Boston e depois se tornou presidente mundial do mesmo banco e depois presidente do Banco Central do Brasil. Estava muito bem empregada, ganhando um ótimo salário e naquela época o banco dava até 15º salário de gratificação. Daí engravidou da nossa primeira filha e me perguntou: ” O que faço? Paro de trabalhar? Cuido do bebê e etc.”
    Eu fiquei “doido” sem saber o que responder, por mais que pensasse. E a resposta foi: “O que você decidir eu te apoio” Estamos juntos para o que der e vier.
    Poxa, se já existisse a Sheryl teria sido bem mais fácil. Concordo com ela em respeitar a decisão da mulher.
    Acredito que para qualquer decisão pode se montar uma estratégia para ajudar a resolver os problemas familiares.
    Apareça sempre Sheryl!

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