Nos próximos meses uma grande discussão tomará conta do mundo.

Nos últimos 20 anos, as chamadas big techs mais que mandaram ver no tocante aos dados de seus clientes. Mesmo com advertências, e estabelecendo regras para que seus clientes concordassem, mais de 90% dos “De Acordo” foram dados no embalo, na emoção, no escuro, pessoas concordando sem informarem-se sobre o que estavam fazendo, e a utilização dos dados pelas big techs foi num crescendo absurdo.

Conclusão, até as pessoas mais distraídas e desligadas incomodam-se com a invasão ostensiva de uma intimidade que um dia tiveram.

Mas, e por outro lado acostumaram-se e tornaram-se dependentes das redes sociais, dos aplicativos de relacionamento, e não gostariam de abrir mão.

Como não existe free lunch, almoço grátis, e as empresas da nova economia precisam desenvolver novas formas de se monetizar para preservarem-se vivas e lucrativas, seguramente caminhamos para duas alternativas, como hoje algumas plataformas já oferecem.

A versão gratuita, onde as pessoas não pagam nada, mas concordam com tudo, ou seja, devassam seus comportamentos, caminhadas, compras, decisões, opiniões, e que as redes comercializam para seus anunciantes e para uma publicidade mais precisa.

Ou, as pessoas optam por uma versão paga, onde não fornecem os dados, e nem aceitam publicidade.

Todas as redes sociais neste momento com estudos adiantados sobre esse encaminhamento. Nas próximas semanas o Twitter anuncia sua versão paga, assim como o YouTube já oferece sua versão paga desde setembro de 2018, sem publicidade, mas ainda onde utiliza os dados.

Ou seja, o YouTube terá brevemente uma segunda alternativa paga, mais cara, onde compromete-se a não usar qualquer tipo de dados de seus clientes, assim como não bisbilhotar suas movimentações e processar todos esses dados com a utilização e recursos da inteligência artifical.

Novos tempos pela frente. Serviços custam. Ou você paga, ou alguém paga por você, ou você concorda em ter sua intimidade e todas as suas movimentações registradas, documentadas, aferidas, e, comercializadas.

A decisão será, quando isso acontecer, de cada um de nós.

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