Na soma de todos os shopping centers do País, e apenas nos primeiros 50 dias desde que fecharam suas portas, a atividade perdeu R$ 25 bilhões de receitas. O equivalente a 13% do que faturou em 2019.

E assim, e através de sua associação, a Abrasce – Associação Brasileira de Shopping Centers – cobrou, naquele momento, um plano de reabertura gradual dos shoppings, assim como uma linha de crédito de R$ 8 bi para socorrer os lojistas.

Hoje, na maioria das cidades e um ano e pouco depois, segue uma abertura parcial limitada a poucas horas e pessoas. Assim, esse passou a ser o problema e o desafio de curtíssimo prazo dos Shopping Centers.

Já os desafios estruturais, diante da pandemia, foram provisoriamente relegados a uma segunda posição. Mas terão que ser enfrentados.

A relação das pessoas com os shoppings vem mudando radicalmente nos últimos anos. E cada vez mais essa instituição, caminha muito mais para uma praça coberta para lazer e entretenimento, socialização, do que para compras. Compras, também, mas, não mais, principalmente.

As pessoas continuarão comprando porque estão lá, mas não estão lá para realizar compras. E sim para divertirem-se e confraternizarem-se. E como estarão lá, comprarão. Ou seja, e como temos comentados com vocês, saem os Shopping Centers, e, em seus lugares, ingressam os living centers.

Assim, e superada a gravíssima crise conjuntural do coronavírus, poucas semanas ou meses para respirar e ganhar algum folego, para mergulhar na sequência no enfrentamento da crise estrutural.

Um reposicionamento radical, depois de mais de 50 anos, de uma instituição ou aparelho essencial da vida moderna, os shopping centers. Muito brevemente, living centers.

De certa forma, o mesmo desafio que enfrentam todas as demais empresas e negócios. Conseguindo sobreviver à coronacrise, retomar, ou iniciar, um reposicionamento radical, considerando um novo e admirável mundo, em processo de construção.

Lembrando-nos sempre da advertência da intelectual Gertrude Stein, que, ao olhar em direção ao novo, disse, no final da 2ª Grande Guerra, “Não existe lá mais ali”, e assim, e por decorrência, como tem nos ensinado a vida e a sabedoria popular, “O que nos trouxe até aqui não nos levará mais a canto algum…”. Reinventar-se ou virar fantasma.

Tags:

2 thoughts

  • Após mais de meio milhão de mortes, além das subnotificadas, tem gente que ainda fala em “farsa pandemia”, pqp…
    E eu pergunto: a quem possa interessar uma falsa pandemia se até o governo do Genocida e seus milicos estão lucrando alto com ela? Uma facada pode ser falsa; inaugurações de obras já inauguradas podem ser falsas; geração de empregos após reforma trabalhista pode ser falsa; necessidade de aprovar a reforma da previdência para que o país não quebre, mas deixando de fora militares, juízes e políticos, pode ser falsa; país quebrado antes da era fascista pode ser falso, é só apertar que o preço do gás de cozinha e o combustível cairão pela metade do preço, pode ser falso, a Petrobrás ser saqueada violentamente e diariamente, ser a causa dos altos preços dos combustíveis, ou os impostos estaduais, pode ser falso; voto eletrônico poder ser falsificado, enquanto o impresso é seguro, pode ser falso e, por fim, mas não menos importante: mamadeira de piroca pode até ser falsa, mas uma pandemia mundial ser falsa, só no Brasil de Bolsonaro…

Deixe uma resposta