Dentre as novas lideranças empresariais em nosso país, sem a menor dúvida, Alexandre Birman é uma das mais consistentes. Pela formação, pelo seu desempenho, pelas suas ideias, pela maneira que age empresarialmente.

Hoje Alexandre é o CEO da Arezzo Co, empresa fundada no ano de 1972, por seu pai, Anderson Birman, na cidade de Belo Horizonte (MG).

No início, a Arezzo produzia calçados masculinos, mas, rapidamente, migrou para os femininos. O primeiro gol de placa da Arezzo aconteceu em 1979, com o lançamento do modelo Anabela, revestido de juta.

Os primeiros 20 anos da empresa foram dedicados ao fortalecimento de sua área industrial, maior controle nos processos de produção, e seleção criteriosa da matéria-prima. Os anos 1990 foram dedicados a presença no varejo e a construção e fortalecimento da marca. E uma primeira flagship aberta na Rua Oscar Freire, na cidade de São Paulo, a rua que batizamos aqui na Madia de BEST – Brand Experience Street.

Novas marcas na sequência são adicionadas ao portfólio no final da década, como e principalmente Schutz, e as exportações ganham participação expressiva nos resultados. Em 2008 uma nova marca, AnaCapri passa a fazer parte do grupo. Mais adiante a empresa ingressa na bolsa, abre uma primeira loja da Schutz em Nova York, mais adiante outra em Los Angeles, e depois outra no Soho, em NYC.

E, no ano de 2000, anunciou a compra da Reserva, marca carioca fundada pelos empresários Rony Meisler e Fernando Sigal, com 78 lojas próprias e 32 franquias… Esse o retrospecto da Arezzo, de seu fundador, e agora do CEO Alexandre Birman.

No ano passado, em entrevista ao Meio & Mensagem, Alexandre Birman, acabou naturalmente produzindo uma espécie de Manifesto ao responder a primeira pergunta, definindo sua estratégia a partir de agora, e diante de uma nova realidade que vai se esboçando pós-pandemia.

Disse Alexandre: “Daqui para frente a primeira prioridade é a integração da Reserva, nossa última aquisição. É um novo mercado em que estamos ingressando e, portanto, tudo o que pretendemos fazer é o roll-out para o mercado feminino, a expansão para o segmento de tênis, reforma e padronização das lojas atuais e abertura de novas. Assim, é prioridade a integração e consolidação do business plan da Reserva. Depois, continuação de nosso processo de transformação digital, que tem como base, e em primeiro lugar, a integração de canais e uma evolução constante em TI, sistemas, e aplicativos. Não são entregas que você finca a bandeira no topo da montanha e acabou. É um processo vivo, e que evolui todo dia. Nossa empresa alcançou um estágio maduro na integração de canais, mas e agora são quase 900 lojas incluindo a Reserva, e é preciso ter uma leitura online real do tempo dos estoques para direcionar vendas da internet a serem entregues pela loja, e, simultaneamente dar acesso ao estoque do e-commerce ao vendedor que não tem o produto na loja. Toda a integração de estoque é fundamental, assim como a gestão do que é hoje nosso capital mais valioso: nossa base de dados.

São quase 11 milhões de clientes, quatro deles que realizaram compras nos últimos 12 meses, e o marketing mudou. Plano de mídia não é mais e apenas a disponibilidade de dinheiro para. Tem que saber realmente como ganhar awareness e em moda isso está cada vez mais difícil, porque, as revistas impressas que eram o grande meio de comunicação, perderam atração e as revistas online não têm o mesmo grau de alcance. E TV aberta, pelo valor do ticket, não é sustentável, muito especialmente no segmento premium onde atuamos. Assim, e voltando as prioridades, sintetizam-se em Transformação Digital, e Busca Resultados na Base de Clientes. E, em paralelo, procurarmos consolidar nossa operação nos Estados Unidos. E por último, mas não em último lugar, e simultaneamente, precisamos consolidar a nossa cultura empresarial, desafio permanente numa empresa que se forma a partir de diferentes marcas, de diferentes origens…”.

É isso, amigos. Poucas vezes vimos uma espécie de manifesto com incomum clareza e determinação. Absolutamente completo e admirável. E que brotou de forma natural, diante de uma simples pergunta. Às vezes, poucas vezes, acontece…

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