Haja Merthiolate, Band-Aid e Penicilina para o setor da saúde

Não obstante a espetacular evolução dos últimos anos, não obstante a multiplicação da concorrência, não obstante a modernização radical do território, o negócio da saúde continua sendo o recordista em fraudes e contravenções.

Estudo realizado pela Ernest Young para o IESS – Instituto de Estudos de Saúde Suplementar, registra, no total, uma perda no conjunto das empresas de plano de saúde, da ordem de R$12,70 para cada R$100 reais. Ou seja, um vazamento, uma perda de sangue permanente da ordem de 12,7%. Muito acima do que acontece com outros setores de atividades, onde as quebras quase nunca excedem a 3%.

Considerando o tamanho do mercado, e traduzindo em reais, estamos falando de um sangramento por ano de R$ 34 bilhões, para um faturamento total em 2022 de R$ 270 bilhões. Esse vazamento ou sangramento pode ser organizado em duas grandes causas: fraudes, e, desperdícios.

Dentre as fraudes, os destaques vão para:
A – Adulteração de Procedimentos.
B – Superutilização.
C – Ocultação de Doença Pré-Existente.
D – Fornecimento de Dados de Acesso a Terceiros.
E – Reembolso Sem Desembolso.
F – Falsificação de Laudos de Exame.
G – Atendimento Falso.
G – Fracionamento de Recibos.
H – Reembolso Duplicado.
I – Boleto Falso.

E nos desperdícios,

A – Pagamento de Preço Excessivo.
B – Desperdício de Materiais Utilizados.
C – Uso Excessivo de Insumos de Elevado Custo.
D – Atendimento Ineficaz ou Inapropriado.
E – Eventos Adversos que Poderiam ter sido Prevenidos.
F – Duplicação de Serviços.

Comentando sobre os resultados do estudo, o superintendente executivo do IESS declarou ao Estadão, que, “Os impactos dessas fraudes e desperdícios recaem sobre todos os pagadores dos planos de saúde. Provoca, inexoravelmente, um aumento nas mensalidades. Que poderiam ser significativamente menores caso conseguíssemos diminuir de forma consistente esse tipo de ocorrência…”

É isso, amigos. Enquanto não nos convertermos num país sério, com consumidores – nós – conscientes, éticos e responsáveis – e como diz a bíblia, “os inocentes seguirão pagando pelos pecadores”; E que são em grande número… Seguramente, em maior número… ou não?

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