BUT PRESS 30
Março 2024
Como de
hábito separamos 10 temas da maior importância, e que se traduzem em lições e
aprendizados para todos nós.
E no final
e sempre, a lição do mês de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER.
O PRIMEIRO
ASSUNTO DE HOJE, É,
1 – DENOMINAÇÕES
INADEQUADAS
Empresas e
seus profissionais de marketing e branding jamais poderiam se esquecer, ao
batizarem um serviço, que uma das maiores virtudes de uma denominação é
conseguir passar exatamente de que serviço se trata. Graus básicos e essenciais,
entendimento e compreensão.
Às vezes, a
denominação original corresponde ao propósito específico de um serviço no
momento de sua criação.
Mas, com o
passar do tempo, esse serviço multiplica-se em mais serviços, aumenta sua abrangência,
e como mantém sua denominação original, cria na cabeça das pessoas um processo
esquizofrênico.
Pegando
carona em suas raízes, o banco digital do MERCADO LIVRE – originalmente uma
simples plataforma de pagamentos – denominou-se MERCADO PAGO.
Uma escolha mais ou menos óbvia para quem trabalhava no MARKETPLACE.
Na cabeça
dessas pessoas, e como clientes, imediatamente vão associar MERCADO PAGO a
MERCADO LIVRE.
Mas, e como
era mais que óbvio, também, isso não aconteceu. E até hoje, parcela expressiva
dos clientes do gigante dos marketplaces em nosso país, desconhecem que o
MERCADO PAGO é o banco do MERCADO LIVRE.
Assim, meses
atrás, e através da comunicação, mas mantendo a denominação, procurou passar
para as pessoas que o MERCADO PAGO, muito especialmente para seus clientes, que
o MERCADO PAGO é o BANCO DO MERCADO LIVRE.
Respeitamos
a decisão. Mas faltou coragem e determinação para tomar a decisão mais que
necessária, e que em algum momento terão que fazer.
A
denominação MERCADO PAGO remete a outra coisa. Não traduz e jamais traduzirá de
que serviço se trata.
Assim, tudo
o que deveriam fazer é uma correção de verdade e mudado de denominação.
Mas…
2 – EMPRESAS INQUEBRÁVEIS
E de
repente, o mundo vive décadas de calmaria, e as pessoas vão se esquecendo que
não existe, repito, não existe EMPRESA INQUEBRÁVEL.
Sim, todas
são QUEBRÁVEIS, e isso acontece sempre que decisões erradas são adotadas de
forma recorrente até que, o que era aparente e supostamente inquebrável,
quebra.
Portanto e
sempre, todo cuidado é pouco, muito especialmente quando vamos escolher a
instituição financeira que vai cuidar e guardar nossas poupanças e economia.
Semanas
atrás, o supostamente inquebrável CREDIT SUISSE – isso mesmo, um banco
legendário – precisou de poucos dias para arrebentar de forma monumental,
exigindo a rápida movimentação da SUÍÇA para conter uma crise de dimensões
inimagináveis.
Em poucas
horas e com o apoio do governo, o CREDIT SUISSE foi comprado pelo grupo UBS,
sendo essa operação de emergência e socorro tratada pelo presidente daquele
país, ALAIN BERSET, como, “um grande passo para a estabilidade das finanças
internacionais”.
E pensar
que durante décadas a grande maioria das pessoas acreditava que jamais um banco
suíço quebraria.
QUEBROU!
3 – AIR
FRYER EFFECTS
E aí nasceram
as panelas,
as
frigideiras,
a
revolucionária panela de pressão,
as pessoas
iam aprendendo a usar,
e a forma
de fazer os mesmos pratos de sempre com mais qualidade e praticidade.
Em menos de
duas décadas foram ganhando vida, conhecimento e aprendizado pela prática, as
chamadas AIR FRYERS, talvez a mais radical das novidades nas cozinhas do mundo,
depois das panelas de pressão,
dos
microondas,
e das
máquinas de café.
Patenteadas
há pouco mais de uma década, chega ao mercado em 2010 num lançamento da
PHILIPS, na Alemanha.
E
institucionalizadas no Brasil pela comunicação intensa e intermitente de seu
principal disseminador, a POLISHOP…
As
literalmente FRITADEIRAS A AR – são traduzidas, reposicionadas e entendidas no
Brasil como as fritadeiras que dispensam o óleo…
E com a
chegada, compra, aprendizados de uso, e muito mais, OS EFEITOS da chegada da
AIR FRYER não param de se suceder.
E dentre
outras redescobertas, a partir de sua chegada, a multiplicação na venda de
batatas pronta para aproveitar ao máximo as virtudes e competências das AIR FRYERS.
Antes da
chegada das AFs a necessidade já existia e alguns gigantes até hoje prevalecem
no território das batatas prontas para a “fritura” como a gigante McCain que e
neste momento investe US$150 milhões numa nova fábrica na capital desse tipo de
produto, a cidade de ARAXÁ, e onde cresce e prospera outras das grandes
empresas desse território, a BEM BRASIL, da família ROCHETO, e que diz possuir
47% do mercado nacional desse tipo de batatas.
Todos os
produtores do território da batata seguem mais que otimistas, referenciando-se
no que acontece em outros países e continentes, como por exemplo, na Europa,
onde o consumo per capta passa dos 15 Kg, e no Brasil ainda não chega nos 4,0
Kg.
E assim, e
uma vez mais, um novo produto muda de forma radical os hábitos de consumo e
alimentação das pessoas.
O Brasil,
por exemplo,
década de
1950,
nunca mais
foi o mesmo com o advento dos liquidificadores, e da mais que tradicional e
legendária ESCOLINHA WALITA, a grande atração de cada ano de algumas das
principais cidades do país. Ensinava como usar o liquidificador…
4 –
RESSUSCITAÇÃO DE MARCAS
Esse é um
belíssimo desafio. É possível ressuscitar-se, voltar a dar vida, a uma marca
que permaneceu ausente por um determinado tempo?
Impossível,
claro que não é, muito especialmente se foi uma marca de grande presença, e se
as pessoas que se relacionavam com essa marca ou não morreram, ou não mudaram
radicalmente de visão e perspectiva.
Sempre
lembrando, a marca é uma propriedade de empresas, produtos e pessoas, mas
habita a cabeça e o coração de seus seguidores e admiradores e clientes. Seres
humanos vivos, em permanente mudança, e assim conhecer-se sua percepção e
reconhecimento atual é da maior importância.
Durante
anos MODESS foi, talvez, o melhor amigo dos dias mais ruins de todos os meses
das mulheres brasileiras de classes A, B, e um pouquinho da C. As mais pobres
jamais tiveram acesso a MODESS ou qualquer outro absorvente. Recorriam ao velho
e bom paninho.
E um dia a
JOHNSON & JOHNSON, dona da marca MODESS, num processo de revisão de
categoria colocou MODESS no banco, e escalou para ocupar esse e todos os demais
espaços outras marcas. E deu certo.
E, sabe-se
lá por quais razões, cochilou e não renovou seus direitos sobre MODESS, e, em
tese, espertamente, a EVER GREEN, empresa brasileira, foi lá, conseguiu o
registro, e meses atrás trouxe MODESS de volta ao mercado.
Explicando
sua estratégia à MARCIA DE CHIARA do ESTADÃO, AMAURI HONG, CEO da EVER GREEN
declarou, “O recall de MODESS é impressionante, existe uma lembrança afetiva
muito forte entre as mulheres com mais de 30 anos…”.
Não é
suficiente… avós não menstruam, de um lado, e as jovens provavelmente ou não
conhecem MODESS, ou devem olhar para marca com pouca curiosidade, e, quem sabe,
indiferença.
A EVER
GREEN espera que a ressuscitação de MODESS, agora sob nova propriedade e
fabricação, represente inicialmente uma receita inicial/ano de R$100 milhões.
Impossível
não é, mas são mínimas as possibilidades.
5 –
PERPLEXIDADE
O mundo
sabia e teve todos os sinais e indicativos que deveria se preparar para a maior
dentre todas as disfunções. A tal da
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL ilimitada.
De certa
forma, em dois livros do mais que visionário e brilhante JEREMY RIFKIN, essa
advertência foi feita.
E em dois
livros que foram publicados há mais de 20 anos, um e quase 10, outro –
respectivamente O FIM DOS EMPREGOS e SOCIEDADE COM CUSTO MARGINAL ZERO –. Mas,
muitas vezes uma ficha demora para cair, e finalmente despencou agora na frente
de todos com o chatGPT e irmãos.
Tendo a
possibilidade de testar o aplicativo, as pessoas gelaram. Caíram em total
perplexidade. Enquanto e simultaneamente, milhares de empresas pelo mundo, em
especial as da nova economia incluindo as BIG TECHS, deram início ao processo
de CORTES DESMESURADOS, CRESCENTES E INFINDÁVEIS DE EMPREGADOS.
E aí bateu
o pânico, fazendo com que semanas atrás empresários, intelectuais, cientistas,
assinassem uma primeira carta pedindo, AI STOP. Pedindo um tempo para medidas
urgentes procurando conter a devastação decorrente da Inteligência Artificial.
A carta
veio a público no portal futureoflife.org, e foi assinada por uma série de
celebridades, como ELON MUSK, YUVAL NOAH HARARI, STEVE WOZNIAK, EMAD MOSTAQUE,
dentre outros…
O tom do
manifesto, como não poderia deixar de ser, é de tirar o sono da maioria das
pessoas, tipo, criamos um monstro e não sabemos o que fazer com ele antes que
nos devore a todos…
Em seu
texto, diz,
“Devemos
permitir que as máquinas inundem nossos canais de informação com propaganda e
mentira? Devemos automatizar todos os trabalhos incluindo os gratificantes?
Devemos
arriscar perder o controle de nossa civilização? Decisões como essas não
deveriam ser delegadas a líderes de tecnologia não eleitos…”.
A gota d´água
para bater o desespero foi o fato de a MICROSOFT disponibilizar em seu programa
universal praticamente presente em parcelas substanciais dos computadores em
todo o mundo, o chatGPT, e do qual e no qual é a principal investidora, ou
seja, arma pesada na mão das mesmas pessoas – nós – que inundam o mundo e as
redes sociais com bilhões de bobagens.
Por
enquanto é isso.
Depois do
COVID-19, e agora, sem qualquer vacina a vista, o chatGPT e seus similares
invadem nossas praias, cidades, corações e mentes…
6 – E A
GLOBO, COMO ANDA A GLOBO, OU, VER TV, E VER NA TV
Durante décadas
víamos na TV. Girávamos o botãozinho, ou acionávamos o remoto e saímos em busca
dos canais. Depois veio o cabo, o streaming, a internet, e agora não VEMOS MAIS
TV, APENAS VEMOS NA TV.
No tempo em
que VIAMOS TV, a GLOBO reinou de forma brilhante e esplendorosa durante 4
décadas. Da 4ª em diante a concorrência não das demais emissoras, mas de novas
alternativas não mais para VER TV, mas para VER NA TV foram se multiplicando, e
hoje, nós todos, proprietários de uma SMART TV – que bom que as TVS ficaram
inteligentes –, passamos a deter além da propriedade, a posse e o uso do
aparelho que compramos. E o mundo escancara-se em nossas novas telas.
E o que
aconteceu com a líder absoluta e imbatível GLOBO diante de tudo isso, e além da
concorrência ter se multiplicado ao infinito? Segue firme e forte na liderança.
Primeiro,
vamos nos situar no que é a GLOBO hoje, nas palavras de MANZAR FERES, diretora
de negócios integrados, e falando a JANAINA LANGSDORFF do PROPMARK:
“O processo
de transformação começou com o projeto UMA SÓ GLOBO, que uniu TV GLOBO,
GLOBOSAT, GLOBO.com, GLOBO PLAY, e, SOM LIVRE em uma única empresa. Novas
formas de produzir e distribuir conteúdo com potencial de convergência entre os
meios consumidos pelas pessoas diariamente, serviços digitais para o público e
soluções publicitárias para o mercado dão continuidade ao plano… Estamos na
TV ABERTA, TV POR ASSINATURA (com mais de 20 canais) e STREAMING (GLOBOPLAY).
No ambiente digital reúne G1, gshow, ge, globo.com, Receitas.com, Cartola, e,
Podcasts…. assim, e além do profundo conhecimento dos brasileiros, esse
ecossistema é o que nos torna únicos…”.
Tudo bem,
muitos poderão seguir empolgados, mas, os mais críticos e céticos, perguntando,
WHERE IS THE BEEF, ou, ONDE ESTÃO OS RESULTADOS…
No ano de
2022, fechados o balanço e consolidados os números, a GCP – GLOBO COMUNICAÇÃO E
PARTICIPAÇÕES, terminou o ano com um LUCRO LÍQUIDO de R$1,253 bi, após um
prejuízo de R$173 milhões em 2021.
Receitas
totais de vendas de R$15,1 bi, com um salto de 33% especificamente nas receitas
decorrentes do ambiente digital.
No ano
passado, repetiu a performance e dispõe de um caixa, segundo declarou seu
presidente PAULO MARINHO, da ordem de R$14,2 bi.
Ou seja, e
concluindo, e salvo acidentes de percurso ou tropeços de última hora, pode se
afirmar que a GLOBO já superou com relativa tranquilidade os momentos mais
difíceis da transição.
Diferente
do que segue acontecendo com outras empresas desse e de outros territórios,
onde o futuro continua sendo uma mega interrogação, a GLOBO pode afirmar que
está com os dois pés solidamente fincados no ADMIRÁVEL MUNDO NOVO.
7 – O
QUE PRETENDEM FAZER OS NOVOS MÉDICOS
Um dia, por
razões que a própria razão além de desconhecer – se conhecesse ignoraria –, o
Brasil sai desembestado multiplicando os cursos de direito.
De duas,
originalmente, 1827, a FACULDADE DE DIREITO DE OLINDA e a do LARGO SÃO
FRANCISCO, a da USP, hoje o Brasil tem mais faculdades de direito do que
saúvas.
E, lembram,
ou o Brasil acaba com a saúva ou a saúva acaba com o Brasil e é o que vem
acontecendo. Viramos o país onde tudo é judicializado, até bom dia. No final do
ano de 2022, o Brasil registrava 1,3 milhão de advogados inscritos na OAB. Sem
contar as centenas de milhares de bacharéis que optaram em parar no diploma e
não fizeram o exame da ordem.
Hoje o
Brasil tem um advogado para cada 164 brasileiros, de longe, a maior
concentração do mundo. E dos 380 cursos de direito de 1999, hoje são quase
2.000. No último dado disponível, o BRASIL, sozinho, tinha mais faculdades de
direito do que todos os demais países do mundo somados.
Agora a
iogurteria, boliche, paleteria da vez, são as faculdades de medicina.
Todas as
instituições de ensino disputando a tapa as faculdades/vagas existentes, e
pressionando o MEC para a concessão de novas faculdades.
Nas últimas
compras de vagas realizadas – já que durante cinco anos estava proibida a
abertura de novas faculdades – a medida para uma instituição comprar a outra
era o valor de cada vaga. R$10 milhões por vaga.
Mas, em
tese, e a partir de agora as possibilidades de novas concessões pelo MEC estão
escancaradas e a pressão é total.
Durante os
cinco anos de proibição, e mediante ordem judicial algumas instituições
passaram a oferecer o curso de medicina, e/ou novas vagas, e os processos
aguardando aprovação totalizam o número de 225, o que representaria a abertura
de 20 mil novas vagas, um aumento de quase 50% nas 42 mil vagas hoje
existentes.
A pergunta
que todos deveriam fazer, mas não fazem, é quais as perspectivas dos médicos a
partir de 2030, já tendo a saúde incorporado todos os avanços e conquistas
decorrentes do tsunami tecnológico, e com o nascimento de duas novas medicinas:
a CORRETIVA, e a PREDITIVA?
Mais ou
menos como acontece quase tudo neste Brasil velho. Seguimos decidindo com os
olhos grudados no retrovisor e ignorando, por falta de sensibilidade, por
desconhecimento, ou burrice mesmo, o que será a medicina como um todo, já no
final desta década. E o que essas fornadas de novos médicos irão fazer…???
Assim, e em
outras proporções, a medicina no Brasil estava se convertendo no novo direito.
E quando se formam profissionais em excesso dentro de uma mesma especialização,
e como todos comem, dormem, consomem, têm família, gastam, precisam ter alguma
renda, e aí, como acontece hoje com os advogados de porta de cadeia, aeroporto,
salão de festas, velório, e tudo mais, assistiremos perplexos, mas não por
falta de avisos, a invasão dos médicos.
Hoje o
valor médio da mensalidade nas faculdades de medicina é de R$9 mil. Em 10 anos,
menos de R$3 mil, e sobrarão vagas…
8 –
ATACAREJO É UM TÉDIO. QUANDO A ECONOMIA DO PAÍS MELHORAR,
RETORNARÁ
A MEDIOCRIDADE
Nos últimos
anos temos testemunhado o apogeu, clímax, e elogios desmesurados a uma
aberração, um pequeno grande monstro, batizado de ATACAREJO.
Uma
excrecência.
O pior
lugar para se fazer compras. Claro, nós, cidadãos, que compramos para nosso
consumo e nossas casas. Já para os comerciantes e ambulantes em geral, talvez,
faça algum sentido.
O modelo
ATACAREJO repete, em outras proporções, o sucesso dos HIPERMERCADOS, nos anos
que antecederam o PLANO REAL, e num momento onde a inflação não parava de
crescer. O CARREFOUR de hoje, por exemplo, cresceu e prosperou nesse momento.
Nos dias em
que as pessoas recebiam o pagamento corriam para comprar e se sujeitavam a
tudo, entrando e ficando em filas monumentais nos HIPERMERCADOS da época, e
onde prevalecia, repito, o CARREFOUR.
Esse tempo,
por enquanto, e felizmente, ficou para trás.
Mas se o
atual governo depois do primeiro ano continuar fazendo o que fez até agora –
NADA – e com projetos medíocres e reciclados de fracassos do passado,
governando com os olhos grudados no retrovisor, seguiremos correndo elevadíssimos
riscos da inflação retornar com tudo. E, talvez e quem sabe, dando uma
sobrevida pros deploráveis ATACAREJOS.
Independente
do comentário específico que acabamos de fazer sobre essa praga de péssimo
gosto chamada ATACAREJO, as mudanças em como a família brasileira se abastece
todos os meses para suas necessidades de alimentação, higiene, limpeza, seguem
em processo de intensa mudança.
E assim,
ainda levaremos mais alguns anos para termos definido quais são esses novos
hábitos e comportamentos.
Por
enquanto, tudo o que se sabe é que parte das compras que hoje são realizadas
presencialmente passarão a ser realizadas a distância.
Quem sabe,
em algum momento mais adiante, a maior parte.
9 – AU
e DU – Antes e depois do UBER
Sim,
o negócio de entregas sempre existiu, mas, a chegada do UBER ao Brasil é um
marco divisório.
Mesmo tendo
como origem o transporte de pessoas, mas, gradativamente passou a fazer
serviços de entrega, institucionalizando um novo elo na cadeia de valor.
E isso
aconteceu no ano de 2014 e a partir da cidade do RIO DE JANEIRO.
Um pouco
antes, em 2011, 4 sócios na cidade de São Paulo criavam o DISK COOK, que
recebeu investimentos em 2013 da MOVILLE, unificou a denominação para iFOOD, e
desde 2022 seu controle acionário pertence a MOVILLE sob o comando de FABRICIO
BLOISI.
Assim, UBER
e iFOOD os dois grandes nomes do negócio de transportes – de alimentos, e de
pessoas.
Voltando ao
UBER, que de certa forma converteu-se em designação genérica de um determinado
tipo de serviço, e seu modelo legal também se converteu em designação legal de
um certo tipo de negócio – UBERIZAÇÃO – e as demais empresas desse território,
acabam de ter uma primeira e mais completa fotografia do setor revelada pelo
CEBRAP – CENTRO BRASILEIRO DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO, a partir dos dados
fornecidos pelas principais empresas do setor.
Os números
traduzem a seguinte realidade:
– Hoje 1,6
milhões de pessoas vivem ou complementam a renda como motoristas ou
entregadores de aplicativos. Segundo o levantamento, são 1,274 milhão de
motoristas e 385,7 mil entregadores, portanto, mais de 1,5 milhão de pessoas.
Trabalham
na média 4,2 dias por semana os motoristas, e 3,3 dias os apenas entregadores.
Não
obstante todas as matérias publicadas nos últimos meses relatando a insatisfação
de motoristas e entregadores, a maior parte deles disse que pretende seguir no
negócio de entregas…
Dos
motoristas, 63% trabalham exclusivamente com os aplicativos, e 37% complementam
a renda com os aplicativos. Trabalham de 22 a 31 horas semanais, ganham com o
trabalho entre 3 a 6 salários mínimos, e os que performam melhor retiram em
média R$ 4,7 mil/mês, já descontados custos de combustível e manutenção.
A decisão
de migrarem para o UBER e demais empresas, para quase 50% dos motoristas, é a que
se encontravam desempregados…
É
isso, mais um balanço do novo elo da cadeia de valor dos serviços de entrega…
10 –
MUDANÇAS, NAS PREFERÊNCIAS
Com
todo orgulho, pompa e circunstância, a HEINZ publicou uma página de publicidade
no ESTADÃO, comemorando a vitória de sua MAIONESE, no TESTE A CEGA que o
caderno PALADAR do jornal faz com frequência.
E é
verdade, superou aquela que foi durante décadas a rainha das maioneses, a HELLMANN’S.
Ou seja, HEINZ jamais teve o que quer fosse a ver com maioneses. HEINZ é a
marca mundialmente consagrada de KETCHUP, a inventora do KETCHUP há mais de 100
anos.
No entanto,
no mesmo TESTE À CEGA do caderno PALADAR, quando o produto testado foi o
KETCHUP, a grande vencedora foi uma marca que nasceu no varejo, a QUALITÁ, e a
inventora do KETCHUP, a HEINZ, sinônimo de KETCHUP, chegou na terceira
colocação.
Curto e grosso, esqueçam os TESTE À CEGAS para aferir A MELHOR MARCA de determinada categoria.
Os testes à
cegas servem exclusivamente para medidas de qualidade, no sentimento dos
pesquisados, do produto em si. Cor, sabor, consistência, e tudo mais. E isso é
muito importante, mas não, o mais importante.
E agora, a lição de nosso
adorado mestre e mentor PETER DRUCKER desta edição de MARÇO/2024.
Hoje, nosso adorado mestre e
mentor PETER DRUCKER, refere-se ao nascimento
da ADMINISTRAÇÃO e o quanto impactou, espetacularmente, o desenvolvimento da
humanidade.
E ainda
sobre a condição essencial para que se revele eficaz, em sua prática.
Disse DRUCKER,
“Raramente,
na história da humanidade, uma instituição surgiu tão rapidamente ou causou um
impacto tão profundo como a administração.
Em menos de
150 anos, a gestão transformou a estrutura social e econômica dos países do
primeiro mundo.
Criou uma
economia global e estabeleceu novas regras para os países que participariam
dessa economia em condições de igualdade.
Mas não há
dúvida de que o desafio fundamental da administração permanece o mesmo: tornar
as pessoas capazes de apresentar um desempenho de qualidade face a desafios, objetivos
e valores comuns, proporcionando-lhes a estrutura correta, treinamento e
desenvolvimento contínuos de que necessitam para desempenhar suas funções e
reagir às mudanças”.
Celebremos,
pois, o advento da administração, talvez, e sob a ótica social, uma das mais
importantes conquistas de todos os tempos.