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ABRIL 2024

BUT PRESS 31 Como de hábito separamos 10 temas da maior importância, e que se traduzem em lições e aprendizados para todos nós. E no final e sempre, a lição do mês de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER. O PRIMEIRO ASSUNTO DE HOJE, É, 1 – O ESTADÃO E OS IMÓVEIS O grande jornal para as empresas do mercado imobiliário sempre foi o ESTADÃO. Décadas atrás praticamente os demais jornais, muito especialmente a FOLHA eram ignorados pelas incorporadoras e imobiliárias. Hoje essa realidade mudou por completo, incorporadoras e imobiliárias pouco recorrem aos anúncios de jornais como no passado, mas, e mesmo assim, quando o fazem, por técnica ou hábito, ainda preferem o ESTADÃO. E, semanas atrás, o ESTADÃO publicou um estudo que realizou, levando em consideração o índice FipeZAP+. E os resultados, mais que preocupantes, são devastadores para os imóveis, levando-se em consideração o que aconteceu num período de 10 anos, 2012 a 2022. Todas as demais formas de investimento ganharam de goleada em relação a investir-se em imóveis. Sem levar em conta a liquidez, o que, definitivamente, é o grande inconveniente dos imóveis. A conclusão foi a seguinte. Nesses 10 anos, “o investidor que comprou um imóvel em 2012 e o alugou ganhou menos com os aluguéis em relação aos investimentos atrelados à inflação – como é o caso do título público Tesouro IPCA+, ou fundos que seguem o IGP-M.” E para agravar essa constatação, o momento em que vivemos de pessoas reconsiderando os espaços que dispõem hoje absolutamente desnecessários diante das conquistas decorrentes da tecnologia, e, ao mesmo tempo, empresas adotando em parte ou no total o HOME OFFICE. Curto, grosso e direto, o mercado imobiliário aproxima-se de sua maior crise estrutural de todos os tempos.  É o que testemunharemos a partir de meados desta década. 2 – TEMPOS DE RESSACA E ENCOLHIMENTOS Durante anos, e no território da NOVA ECONOMIA, a ordem era PÉ NO ACELERADOR. Mas… não tem mais, é preciso ocupar espaço, conquistar terreno e fincar a bandeira da marca. Todas, sem exceção, tinham esse mesmo pensamento e vontade. Não necessariamente, todas recorreram à estratégias semelhantes. Algumas adotaram esse pensamento desde que dentro do PHOCUS estabelecido. Outras, mergulharam na onda do JÁ QUE – JÁ QUE FAÇO ISSO FAÇO AQUILO TAMBÉM – e partiram para uma diversificação inconsequente e insustentável. Isso posto, e agora, todas em maiores ou menores proporções, procedendo a reajustes. Algumas vezes, radicais. A AMAZON sempre foi uma das referências dentre as novas empresas. Pensada, planejada e digitada durante uma longa viagem de JEFF E MACKENZIE BEZOS de automóvel pelos ESTADOS UNIDOS, nasceu, cresceu, prosperou, ganhou fama e fortuna e construiu sua marca vendendo livros. Num país onde as pessoas compravam livros como compram arroz e feijão. E foi um megasucesso. Lá se encontravam todos os livros, a preço competitivo, com entrega em casa, e com poucos anos de existência cria o KINDLE, o livro eletrônico. Com tudo o que aprendeu com a venda de livros foi agregando outros produtos, converteu-se em marketplace, passou a ser um dos gigantes dos negócios de CLOUD, e já que vendia no analógico decidiu ser loja – AMAZON GO – e comprou uma das mais emblemáticas redes de supermercados – WHOLE FOODS – pela bagatela de R$13,7 bi. E aí foi perdendo o PHOCUS, o controle, sua AMAZON GO revelou-se uma bobagem monumental, uma experiência de compras simplesmente constrangedora, gelada, entediante, e… pé no breque com os dois pés. Isso posto, a semelhança de outras BIG TECHS mergulha em forte ressaca e faz reajustes radicais. De certa forma, na corrida desenfreada e irracional que se estabeleceu entre as BIG TECHS a ordem era essa. Ocupar o máximo de terreno possível, e depois se dava um jeito. E agora chegou a derradeira hora do dar um jeito. Hoje a mega gigante AMAZON tem mais de 1,2 milhão de funcionários, mas já iniciou a temporada de cortes. Até o meio do ano passado terminou com mais de 100 mil postos de trabalho, fechou negócios como a entediante AMAZON GO, e segue mergulhada em profunda reflexão tentando definir com a mais rigorosa precisão seu PHOCUS, e o decorrente POSITIONING. E tudo seguiria ainda no modelo original não fosse a pandemia que colocou todas variáveis em reconsideração, e obrigando uma espécie de antecipar da hora da verdade. Guardadas as devidas proporções e as especificidades de cada uma das BIG TECHS, a situação é semelhante em maiores ou menores proporções. E depois da pandemia, devastadora, agora a INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL que possibilita uma redução muito maior dos postos do que se julgava possível no início desta década. É isso, amigos. A hora da verdade, ressaca, redução, encolhimento, reposicionamento, chegou. O primeiro tempo das BIG TECHS encerra-se. Poderiam ter evitado este momento. Sim, poderiam, mas pouco provável.  Durante duas décadas a ordem era avançar, crescer, ocupar territórios, fincar a bandeira, e resolver e ajustar depois. E assim procederam. 3 – FOTOGRAFIA DA CHINA 2023 CLAUDIA TREVISAN, jornalista do ESTADÃO, esteve na CHINA em 2018, e voltou no mês de março de 2023. E transformou parte de seus sentimentos e constatações em uma grande matéria no ESTADÃO. Observadora e mais que preparada sintetizou, em meia página as diferenças mais que sensíveis, no curto espaço de 5 anos. Agora, compartilhamos e comentamos com vocês mediante síntese das 3 principais constatações: – BRASIL X CHINA – em 2017 o PIB PER CAPTA do BRASIL era superior ao da PER CAPTA da CHINA.  Já em 2018 a CHINA ultrapassou o Brasil, e fechou 2022 com 40% acima. O PIB PER CAPTA de um país com 1,4 bi de habitantes é maior do que o PIB nosso, Brasil, com 210 milhões de habitantes. – SENTIMENTO – traduzindo seu sentimento pouco mais de 5 anos depois CLAUDIA, sintetiza, – “A CHINA está mais próspera, mais cara, mais digitalizada, mais chinesa e mais silenciosa… Ônibus e carros elétricos em número cada vez maior… hoje a CHINA responde por 60% do mercado global de veículos movidos à eletricidade… – “A digitalização da economia segue avançando. O uso de dinheiro é cada vez mais raro e pagamentos realizam-se através das grandes plataformas digitais – ALIPAY e WECHAT. Assim, se um país das dimensões da CHINA – 6 vezes maior que o nosso país em população conseguiu sair da quase idade da pedra e caminhar para o topo da modernidade e da inovação, em poucas décadas, por que o Brasil não consegue sair do atraso, ignorância e mediocridade? É a pergunta que todos temos que responder, urgente, e dar início a virada. 4 – UMA EXCEÇÃO No momento em que o negócio de livros derrete em nosso país, uma exceção chamou a atenção de todos, e acendeu uma luz de esperança. TAG – CLUBE DE LIVROS criado por 3 amigos, TOMÁS Susin, ARTHUR Dambros e GUSTAVO Lembert –. E que fechou 2022 com o faturamento espetacular de US$35 milhões. No exato momento em que as MEGASTORES mergulhavam em crise irreversível: FNAC, CULTURA, SARAIVA, LASELVA, O clube de livros TAG é a certeza que os livros em papel ainda sobreviverão por, no mínimo, mais 20 anos… Sob a inspiração de sucessos passados, como o do CÍRCULO DO LIVRO, e referenciando-se na experiência de sucessos de clubes em outros territórios – como o dos vinhos e onde pontifica o WINE CLUB – o TAG caminhou até o ano de 2016 conformando-se com os livros publicados pelas principais editoras, e que enviavam para seus primeiros associados. Tendo como referência, repito, o sucesso do CÍRCULO DO LIVRO que chegou a ter 800 mil sócios nos anos 1970 e 1980, procurou criar um repertório de livros próprio e exclusivo na impressão, capa, e obras de difícil acesso. A premissa que o livro, antes dos serviços específicos que prestam, precisava encantar e individualizar-se pelo DESIGN. E assim foi feito. E nesse sentido, outra experiência, mas que acabou fracassando, da COSAC NAIFY, foi importante referência pela qualidade de suas edições. Com todos esses diferenciais, e exclusividades, se não chegou a ser uma benção, a pandemia soprou a favor. Aliás, um dos raros territórios em que isso aconteceu. Porém, e já na volta de parte das pessoas ao trabalho presencial, e com menos tempo para leitura, o TAG vem sofrendo nos dois últimos anos. Muitas e grandes expectativas em relação aos próximos anos da TAG. Mas, e desde já, a certeza que ainda existem boas perspectivas para os livros, ainda que num território bem menor, mas para empresas que tenham a capacidade de traduzir em realidade e serviços, as melhores expectativas dos muitos velhos e ainda poucos jovens adoradores dos livros. 5 – INDIFERENÇA AO CRIME Diante da irresponsabilidade do atual governo em combater e punir exemplarmente criminosos, 21 organizações sociais representando dezenas de milhões de brasileiros decidiram denunciar publicamente a leniência e cumplicidade do atual governo com bandidos e saqueadores de propriedades privadas. Publicaram nos principais jornais do país um manifesto com o título: “DIREITO DE PROPRIEDADE É UMA CLÁUSULA PÉTREA DA CONSTITUIÇÃO”. Onde dizem, “Nas democracias as leis são fundamentais para reger o Estado e a vida em sociedade. São elas que estabelecem a organização e as condutas que sustentam o desenvolvimento coletivo e garantem a paz social. Os brasileiros que obedecem às regras, em seu nome estabelecidas pelos poderes legislativos, confiam nos poderes constituídos. Deles esperam a adoção de medidas repressivas aos que, em clara afronta à ordem e aos cidadãos de bem, descumprem as normas. Invasão e depredações tanto rurais quanto urbanas, não são permitidas pela lei. São inaceitáveis no estado democrático de direito. Sua transgressão é crime. O Direito de Propriedade, um direito fundamental, é cláusula pétrea de nossa Constituição. Um dispositivo que não pode ser alterado nem mesmo por meio de emenda constitucional. Atos ilícitos devem ser devidamente apurados, julgados e exemplarmente punidos. Não há argumento ou justificativa que possa se sobrepor à regra comum. Não há narrativa que se imponha ao que estabelece a lei. A sociedade brasileira deve ser afirmativa no que se refere ao rigoroso respeito à ordem jurídica. Nossa democracia e nossas instituições oferecem meios republicanos para regular e pacificar conflitos e interesses de grupos. Obedecer às regras e contribuir para um país mais justo é dever de todos. É isso que defendemos, em nome dos brasileiros e brasileiras que trabalham na construção de um País mais digno e igualitário.” Definitivamente, inaceitável continuarmos assistindo pacificamente a invasão da propriedade privada como se isso fosse natural e irrelevante. Trata-se de crime inafiançável e como tal deve ser tratado. Com total e absoluto rigor e justiça. 6 – QUEM DIRIA, SAN FRANCISCO, DURANTE DUAS DÉCADAS, A CAPITAL DA TECNOLOGIA, CONVERTENDO-SE EM CIDADE FANTASMA No correr dos últimos dois anos a decadência da CIDADE DA TECNOLOGIA, SAN FRANCISCO, onde segundo a música WE LEFT OUR HEARTS, salta aos olhos. E agora, em matéria do FINANCIAL TIMES, assinada por GEORGE HAMMOND e TABBY KINDER, a decadência é exibida e exposta em sua totalidade. GEORGE e TABBY iniciam seu relato da decadência dizendo, depois de passarem por uma agulha hipodérmica descartada, que, “parte integrante da paisagem de uma cidade em que o uso de drogas a céu aberto se tornou comum”. Estavam próximos da estação CIVIC CENTER, que vem assistindo seu movimento despencar em mais de 65% a partir de 2019. Revelam, “Os sem-teto pela cidade deixaram de ser a novidade. Agora a novidade é a vacância monumental de espaços de escritório depois da pandemia e com o trabalho a distância. E, concluem, de mais que destacado polo de tecnologia global, San Francisco hoje é uma cidade de escritórios vazios e elevados índices de criminalidade…”. A debandada das empresas dos escritórios é geral. Uma SALESFORCE deixou os últimos seis andares que ocupava e de um prédio que leva seu nome… na sequência, quem diria, o WHOLE FOODS fechou sua principal loja no centro da cidade incapaz de conter a onda de saques e furtos, e temendo pela segurança de seus funcionários. É isso. Existe um novo mundo decorrente do tsunami tecnológico e do vendaval pandemia. E onde, a insegurança vai tomando conta das principais cidades do mundo. E as pessoas, com dor no coração, não cantam mais I LEFT MY HEART IN SAN FRANCISCO, e muito menos dizem, “When I come home to you, SAN FRANCISCO, Your Golden sun will shine to me…” Quase tudo o que sobrou, é, medo… 7 – OS NOVOS PERFUMES DO MEIO Era mais ou menos assim, existiam os perfumes globalmente reconhecidos, hoje na faixa de preço no Brasil, entre R$400 e R$600, de grifes consagradas – RALPH LAUREN, PIERRE CARDIN, GUCCI, dentre outros, e os perfumes ou colônias de entrada. Onde, no Brasil, por exemplo, pontifica uma COLÔNIA DE ALFAZEMA da PHEBO. Sem falarmos nos perfumes de preço absurdo, na faixa de até US$1 milhão, como é o caso do DONNA KARAN NEW YORK, em embalagem criada pelo joalheiro MARTIN KATZ, feita com ouro amarelo e branco, cristais polidos, e decorado com 2.909 pedras preciosas procedentes de diferentes lugares do mundo. Ou como o IDYLLE, em frasco no formato de gota, e que custa a bagatela de US$45 mil. Voltando ao Brasil e a realidade, agora muitas empresas apostando na faixa do meio. Perfumes e colônias entre R$100 e R$200. Quase todas as casas de perfumes apostando nesse território. E dentre essas, a mais que tradicional COTY, fundada no ano de 1904 na França, por FRANÇOIS COTY. E que no Brasil, em 2015, comprou todas as marcas de cosméticos da HYPERMARCAS, como, MONANGE, BOZZANO, RISQUÉ, CENOURA & BRONZE e outras mais. Agora a COTY decide cerrar armas e esforços e conquistar o território do meio, e passar a vender seus perfumes nas farmácias. Em entrevista para O GLOBO, NICOLAS FISCHER, CEO para a AMÉRICA LATINA da empresa, disse, “Queremos criar um novo canal para a categoria. Sabemos que é uma jornada de décadas, não de um só ano. Mas a farmácia vai se tornar um canal relevante para a COTY. E acredito que o mesmo acontecerá com outros fabricantes.” Nos ESTADOS UNIDOS, por exemplo, as maiores redes de farmácias e drugstores como CVS e WALGREENS vendem perfumes há décadas. “Se, com a evolução do varejo, a farmácia está virando uma loja de conveniência, tem que ter a categoria de beleza. E o perfume é fundamental nisso” finaliza NICOLAS. Conclusão, as farmácias dia após dia, e diante da revolução genérica no varejo, e forte nas farmácias, passa a ter suas vitrines e gôndolas super valorizadas. Talvez, a primeira e grande consequência, antes de mais brasileiros terem acesso aos perfumes da COTY e demais casas de perfumes. Apenas lembrando, em algumas lojas de O BOTICÁRIO, e outras como as da PHEBO e da GRANADO, cada pessoa pode fabricar, no ato, seu próprio e exclusivo perfume.  8 – A SURPRESA DO RANKING DA ABRAS – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SUPERMERCADOS Ao ser divulgado o ranking das organizações supermercadistas do Brasil, e referente ao ano de 2022, uma surpresa. O terceiro lugar não pertencia mais ao PÃO DE AÇÚCAR, e sim, ao GRUPO MATEUS. Tudo bem que o dono do Pão de Açúcar vem numa decadência em todos os países em que atua sem precedentes – GRUPO CASINO – mas, o feito do GRUPO MATEUS mais que merece ser celebrado. Antes de comentar sobre o GRUPO MATEUS, vamos conferir o ranking: 1º CARREFOUR – R$108 bi 2º ASSAÍ ATACADISTA – 59,7 bi 3º GRUPO MATEUS – R$24,6 bi 4º PÃO DE AÇÚCAR – R$18,5bi 5º SUPERMERCADOS BH R$14,0 bi. O ano era o de 1980 e ILSON MATEUS RODRIGUES ganhava a vida garimpando em SERRA PELADA, PARÁ, onde chegou com 21 anos de idade. Interessou-se por uma cidade chamada BALSAS, distante 800 quilômetros da capital, e decidiu investir por lá, abrindo uma pequena mercearia. Comprava em IMPERATRIZ e vendia em BALSAS. Como dispunha de recursos provenientes do garimpo decidiu investir na compra de produtos, aproveitando-se da inflação existente na época, e acabou capitalizando-se. Em pouco tempo a mercearia de 50 metros quadrados virou uma atraente loja de supermercado. Em paralelo decide investir também no atacado e cria o ARMAZÉM MATEUS. Dessa base foi crescendo e conquistando novos territórios. Multiplicando as lojas, e… 40 anos depois, 2020, abria seu capital na BOVESPA, captando R$4,63 bilhões… E em 2022, supera o PÃO DE AÇÚCAR. Planeja inaugurar mais 50 lojas neste ano, aproximando-se rapidamente no total de 300 lojas. Mesmo, a semelhança do que aconteceu com a totalidade das empresas, registrando forte queda em suas ações após a abertura de capital, continua na lista das principais indicações para investimentos dos gestores das instituições financeira. Hoje, ILSON MATEUS RODRIGUES figura na lista dos bilionários de FORBES, e ao lado de ALEXANDRE GRENDENE, na 21ª posição dos bilionários brasileiros, com uma fortuna de US$1,7bi. Em recente matéria para a revista DINHEIRO, MATEUS, disse, “fui garimpeiro, mas jamais achei ouro… nascemos como uma empresa familiar. Ao longo do tempo, soubemos nos profissionalizar e os resultados entregues reforçaram a confiança do mercado em nossa empresa”. Hoje o GRUPO MATEUS emprega 47 mil funcionários, possui diferentes bandeiras – MIX MATEUS, MATEUS SUPERMERCADOS, HIPER MATEUS, ELETRO MATEUS, e CAMIÑO, mais uma plataforma de comércio eletrônico, e um aplicativo de descontos, MATEUS MAIS. As lojas encontram-se espalhadas por cidades do MARANHÃO, BAHIA, CEARÁ, PARÁ, PERNAMBUCO, PIAUÍ, SERGIPE E PARAÍBA. GRUPO MATEUS, confirmando sua trajetória de competência e sucesso, e alcançando a 3ª posição do ranking da ABRAS. Com total merecimento. 9 – O EFEITO METRÔ Um METRÔ leva décadas para converter-se em alternativa consistente e essencial de transporte nas grandes cidades do mundo. No mínimo, algumas linhas prontas, 6 a 10, e, muito rapidamente, essas cidades vão ganhando outra configuração e formato. O efeito transformação do METRÔ. É o que acaba de constatar factualmente, mesmo porque visualmente todos já estavam registrando, estudo realizado pelo LABORATÓRIO ARQUITETO DO FUTURO DO INSPER. Temos, finalmente, uma NOVA SÃO PAULO. Onde as transformações decorrentes da chegada e acesso ao METRÔ é mais evidente, é o BROOKLIN. Como descreve matéria do ESTADÃO assinada pela PRISCILA MENGUE, “Onde antes estavam lojas variadas, revenda de carros, postos de gasolina, e pequenas casas, hoje multiplicam-se os edifícios de apartamentos.” De certa forma, o mesmo vem acontecendo com o BUTANTÃ, SUMARÉ, JURUBATUBA, OSCAR FREIRE, ANA ROSA, VILA MADALENA, e até mesmo onde a presença do METRÔ não aconteceu, mas as linhas encontram-se em processo de construção, já se constata o fenômeno, como PERDIZES, HIGIENÓPOLIS, e outros bairros. Enfim, tudo o que se previa em 1972, quando uma primeira viagem foi realizada entre as estações JABAQUARA-SAÚDE, e no dia 14 de setembro de 1974 esse primeiro trecho entrou em operação regular, levou, coisas do Brasil, quase 50 anos para converter-se em realidade. Pelas idiossincrasias, mazelas, incompetência, corrupção, tudo é mais caro e leva mais tempo para acontecer, mas, um dia acontece, e é o que testemunhamos hoje com o redesenho natural da cidade pela existência de um METRÔ. 10 – VELHOS TRUQUES, MÁGICAS IMPROVÁVEIS Anos atrás, num momento triste da economia brasileira, um presidente pediu e a indústria de forma medíocre e criminosa, atendeu. Naquele momento nascia o tal do CARRO POPULAR, mais conhecido como PÉ DE BOI. Um carro absolutamente pelado. De acessórios, de peças essenciais, e, especialmente, de segurança. Uma temeridade. Jamais a indústria deveria ter estimulado e embarcado numa aventura irresponsável e criminosa. Por uma série de circunstâncias e razões, e movida a desespero, parte da indústria volta a provocar o governo que hoje comanda o Brasil, acenando e pedindo pela volta do carro popular. Por uma série de razões estamos diante de uma estupidez. Pela experiência anterior que pelo jeito não deixou nenhum aprendizado, e como lembra GEORGE SANTAYANA, “Os que desconhecem os erros cometidos estão condenados a repeti-los”. Na presente situação não se trata de desconhecer, trata-se de, criminosamente, voltar como disse ALCKMIN à CENA DO CRIME, e, mais estúpido ainda, dar um tiro no pé, mais que no pé, na cabeça. Ao invés de reconhecer que entorpecidos por um sucesso desprovido de fundamentos, a indústria toda caiu na patética ilusão que alcançaria uma produção de 7 milhões de unidades no final da década passada. Mal e porcamente bateu nos 2 milhões. E é essa a realidade de um país que insiste em ignorar as oportunidades que o tsunami tecnológico vem oferecendo a todos os países, e segue, como disse SCOTT FITZGERALD em GREAT GATSBY, “Barco contra a corrente, remando incessantemente para o passado”. Mais que na hora de fortalecermos uma indústria automobilística sensível, consistente, verdadeira, absolutamente concentrada no mais que interessante mercado que é o Brasil, e que passe a considerar o real e verdadeiro potencial desse mercado. E esqueça de vez essa estultice de CARRO POPULAR que só consegue iludir os que querem matar de vez essa indústria, e os que acreditam em espasmos pontuais para o brilho e felicidade efêmera de meia dúzia de ignorantes e irresponsáveis. Carro popular nunca mais. Preferível não fabricar carro algum do que produzir manifestações industriais insignificantes que só fazem puxar mais o Brasil para trás, em direção aos anos 50, como por sinal é o divertimento preferido dos partidos que hoje comandam o Brasil. E agora, a lição de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER desta edição de ABRIL/2024. Hoje, nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER, Reitera a importância das empresas, em seus crescimentos, concentrarem-se no que se traduz por MÚSCULOS, e jamais no que resulta em GORDURA. Diz DRUCKER, “Todo o gestor tem de cuidar para que sua empresa sempre alcance um desempenho mínimo. Sem esse tamanho mínimo a empresa perde força, vigor e capacidade de agir; quem sabe, sobreviver. Assim, sempre que o mercado cresce, a empresa precisa crescer junto, um crescimento mínimo que garanta sua sustentabilidade. Mais ainda, tendo sempre o cuidado de crescer na musculatura, e não ou eventualmente por inchaço. Quando, num crescimento, a empresa registra ganhos de produtividade proporcional, isso é músculo. Quando isso não acontece, é gordura”.
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Março 2024

BUT PRESS 30 Março 2024 Como de hábito separamos 10 temas da maior importância, e que se traduzem em lições e aprendizados para todos nós. E no final e sempre, a lição do mês de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER. O PRIMEIRO ASSUNTO DE HOJE, É, 1 – DENOMINAÇÕES INADEQUADAS Empresas e seus profissionais de marketing e branding jamais poderiam se esquecer, ao batizarem um serviço, que uma das maiores virtudes de uma denominação é conseguir passar exatamente de que serviço se trata. Graus básicos e essenciais, entendimento e compreensão. Às vezes, a denominação original corresponde ao propósito específico de um serviço no momento de sua criação. Mas, com o passar do tempo, esse serviço multiplica-se em mais serviços, aumenta sua abrangência, e como mantém sua denominação original, cria na cabeça das pessoas um processo esquizofrênico. Pegando carona em suas raízes, o banco digital do MERCADO LIVRE – originalmente uma simples plataforma de pagamentos – denominou-se MERCADO PAGO. Uma escolha mais ou menos óbvia para quem trabalhava no MARKETPLACE. Na cabeça dessas pessoas, e como clientes, imediatamente vão associar MERCADO PAGO a MERCADO LIVRE. Mas, e como era mais que óbvio, também, isso não aconteceu. E até hoje, parcela expressiva dos clientes do gigante dos marketplaces em nosso país, desconhecem que o MERCADO PAGO é o banco do MERCADO LIVRE. Assim, meses atrás, e através da comunicação, mas mantendo a denominação, procurou passar para as pessoas que o MERCADO PAGO, muito especialmente para seus clientes, que o MERCADO PAGO é o BANCO DO MERCADO LIVRE. Respeitamos a decisão. Mas faltou coragem e determinação para tomar a decisão mais que necessária, e que em algum momento terão que fazer. A denominação MERCADO PAGO remete a outra coisa. Não traduz e jamais traduzirá de que serviço se trata. Assim, tudo o que deveriam fazer é uma correção de verdade e mudado de denominação. Mas… 2 – EMPRESAS INQUEBRÁVEIS E de repente, o mundo vive décadas de calmaria, e as pessoas vão se esquecendo que não existe, repito, não existe EMPRESA INQUEBRÁVEL. Sim, todas são QUEBRÁVEIS, e isso acontece sempre que decisões erradas são adotadas de forma recorrente até que, o que era aparente e supostamente inquebrável, quebra. Portanto e sempre, todo cuidado é pouco, muito especialmente quando vamos escolher a instituição financeira que vai cuidar e guardar nossas poupanças e economia. Semanas atrás, o supostamente inquebrável CREDIT SUISSE – isso mesmo, um banco legendário – precisou de poucos dias para arrebentar de forma monumental, exigindo a rápida movimentação da SUÍÇA para conter uma crise de dimensões inimagináveis. Em poucas horas e com o apoio do governo, o CREDIT SUISSE foi comprado pelo grupo UBS, sendo essa operação de emergência e socorro tratada pelo presidente daquele país, ALAIN BERSET, como, “um grande passo para a estabilidade das finanças internacionais”. E pensar que durante décadas a grande maioria das pessoas acreditava que jamais um banco suíço quebraria. QUEBROU! 3 – AIR FRYER EFFECTS E aí nasceram as panelas, as frigideiras, a revolucionária panela de pressão, as pessoas iam aprendendo a usar, e a forma de fazer os mesmos pratos de sempre com mais qualidade e praticidade. Em menos de duas décadas foram ganhando vida, conhecimento e aprendizado pela prática, as chamadas AIR FRYERS, talvez a mais radical das novidades nas cozinhas do mundo, depois das panelas de pressão, dos microondas, e das máquinas de café. Patenteadas há pouco mais de uma década, chega ao mercado em 2010 num lançamento da PHILIPS, na Alemanha. E institucionalizadas no Brasil pela comunicação intensa e intermitente de seu principal disseminador, a POLISHOP… As literalmente FRITADEIRAS A AR – são traduzidas, reposicionadas e entendidas no Brasil como as fritadeiras que dispensam o óleo… E com a chegada, compra, aprendizados de uso, e muito mais, OS EFEITOS da chegada da AIR FRYER não param de se suceder. E dentre outras redescobertas, a partir de sua chegada, a multiplicação na venda de batatas pronta para aproveitar ao máximo as virtudes e competências das AIR FRYERS. Antes da chegada das AFs a necessidade já existia e alguns gigantes até hoje prevalecem no território das batatas prontas para a “fritura” como a gigante McCain que e neste momento investe US$150 milhões numa nova fábrica na capital desse tipo de produto, a cidade de ARAXÁ, e onde cresce e prospera outras das grandes empresas desse território, a BEM BRASIL, da família ROCHETO, e que diz possuir 47% do mercado nacional desse tipo de batatas. Todos os produtores do território da batata seguem mais que otimistas, referenciando-se no que acontece em outros países e continentes, como por exemplo, na Europa, onde o consumo per capta passa dos 15 Kg, e no Brasil ainda não chega nos 4,0 Kg. E assim, e uma vez mais, um novo produto muda de forma radical os hábitos de consumo e alimentação das pessoas. O Brasil, por exemplo, década de 1950, nunca mais foi o mesmo com o advento dos liquidificadores, e da mais que tradicional e legendária ESCOLINHA WALITA, a grande atração de cada ano de algumas das principais cidades do país. Ensinava como usar o liquidificador… 4 – RESSUSCITAÇÃO DE MARCAS Esse é um belíssimo desafio. É possível ressuscitar-se, voltar a dar vida, a uma marca que permaneceu ausente por um determinado tempo? Impossível, claro que não é, muito especialmente se foi uma marca de grande presença, e se as pessoas que se relacionavam com essa marca ou não morreram, ou não mudaram radicalmente de visão e perspectiva. Sempre lembrando, a marca é uma propriedade de empresas, produtos e pessoas, mas habita a cabeça e o coração de seus seguidores e admiradores e clientes. Seres humanos vivos, em permanente mudança, e assim conhecer-se sua percepção e reconhecimento atual é da maior importância. Durante anos MODESS foi, talvez, o melhor amigo dos dias mais ruins de todos os meses das mulheres brasileiras de classes A, B, e um pouquinho da C. As mais pobres jamais tiveram acesso a MODESS ou qualquer outro absorvente. Recorriam ao velho e bom paninho. E um dia a JOHNSON & JOHNSON, dona da marca MODESS, num processo de revisão de categoria colocou MODESS no banco, e escalou para ocupar esse e todos os demais espaços outras marcas. E deu certo. E, sabe-se lá por quais razões, cochilou e não renovou seus direitos sobre MODESS, e, em tese, espertamente, a EVER GREEN, empresa brasileira, foi lá, conseguiu o registro, e meses atrás trouxe MODESS de volta ao mercado. Explicando sua estratégia à MARCIA DE CHIARA do ESTADÃO, AMAURI HONG, CEO da EVER GREEN declarou, “O recall de MODESS é impressionante, existe uma lembrança afetiva muito forte entre as mulheres com mais de 30 anos…”. Não é suficiente… avós não menstruam, de um lado, e as jovens provavelmente ou não conhecem MODESS, ou devem olhar para marca com pouca curiosidade, e, quem sabe, indiferença. A EVER GREEN espera que a ressuscitação de MODESS, agora sob nova propriedade e fabricação, represente inicialmente uma receita inicial/ano de R$100 milhões. Impossível não é, mas são mínimas as possibilidades. 5 – PERPLEXIDADE O mundo sabia e teve todos os sinais e indicativos que deveria se preparar para a maior dentre todas as disfunções.  A tal da INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL ilimitada. De certa forma, em dois livros do mais que visionário e brilhante JEREMY RIFKIN, essa advertência foi feita. E em dois livros que foram publicados há mais de 20 anos, um e quase 10, outro – respectivamente O FIM DOS EMPREGOS e SOCIEDADE COM CUSTO MARGINAL ZERO –. Mas, muitas vezes uma ficha demora para cair, e finalmente despencou agora na frente de todos com o chatGPT e irmãos. Tendo a possibilidade de testar o aplicativo, as pessoas gelaram. Caíram em total perplexidade. Enquanto e simultaneamente, milhares de empresas pelo mundo, em especial as da nova economia incluindo as BIG TECHS, deram início ao processo de CORTES DESMESURADOS, CRESCENTES E INFINDÁVEIS DE EMPREGADOS. E aí bateu o pânico, fazendo com que semanas atrás empresários, intelectuais, cientistas, assinassem uma primeira carta pedindo, AI STOP. Pedindo um tempo para medidas urgentes procurando conter a devastação decorrente da Inteligência Artificial. A carta veio a público no portal futureoflife.org, e foi assinada por uma série de celebridades, como ELON MUSK, YUVAL NOAH HARARI, STEVE WOZNIAK, EMAD MOSTAQUE, dentre outros… O tom do manifesto, como não poderia deixar de ser, é de tirar o sono da maioria das pessoas, tipo, criamos um monstro e não sabemos o que fazer com ele antes que nos devore a todos… Em seu texto, diz, “Devemos permitir que as máquinas inundem nossos canais de informação com propaganda e mentira? Devemos automatizar todos os trabalhos incluindo os gratificantes? Devemos arriscar perder o controle de nossa civilização? Decisões como essas não deveriam ser delegadas a líderes de tecnologia não eleitos…”. A gota d´água para bater o desespero foi o fato de a MICROSOFT disponibilizar em seu programa universal praticamente presente em parcelas substanciais dos computadores em todo o mundo, o chatGPT, e do qual e no qual é a principal investidora, ou seja, arma pesada na mão das mesmas pessoas – nós – que inundam o mundo e as redes sociais com bilhões de bobagens. Por enquanto é isso. Depois do COVID-19, e agora, sem qualquer vacina a vista, o chatGPT e seus similares invadem nossas praias, cidades, corações e mentes… 6 – E A GLOBO, COMO ANDA A GLOBO, OU, VER TV, E VER NA TV Durante décadas víamos na TV. Girávamos o botãozinho, ou acionávamos o remoto e saímos em busca dos canais. Depois veio o cabo, o streaming, a internet, e agora não VEMOS MAIS TV, APENAS VEMOS NA TV. No tempo em que VIAMOS TV, a GLOBO reinou de forma brilhante e esplendorosa durante 4 décadas. Da 4ª em diante a concorrência não das demais emissoras, mas de novas alternativas não mais para VER TV, mas para VER NA TV foram se multiplicando, e hoje, nós todos, proprietários de uma SMART TV – que bom que as TVS ficaram inteligentes –, passamos a deter além da propriedade, a posse e o uso do aparelho que compramos. E o mundo escancara-se em nossas novas telas. E o que aconteceu com a líder absoluta e imbatível GLOBO diante de tudo isso, e além da concorrência ter se multiplicado ao infinito? Segue firme e forte na liderança. Primeiro, vamos nos situar no que é a GLOBO hoje, nas palavras de MANZAR FERES, diretora de negócios integrados, e falando a JANAINA LANGSDORFF do PROPMARK: “O processo de transformação começou com o projeto UMA SÓ GLOBO, que uniu TV GLOBO, GLOBOSAT, GLOBO.com, GLOBO PLAY, e, SOM LIVRE em uma única empresa. Novas formas de produzir e distribuir conteúdo com potencial de convergência entre os meios consumidos pelas pessoas diariamente, serviços digitais para o público e soluções publicitárias para o mercado dão continuidade ao plano… Estamos na TV ABERTA, TV POR ASSINATURA (com mais de 20 canais) e STREAMING (GLOBOPLAY). No ambiente digital reúne G1, gshow, ge, globo.com, Receitas.com, Cartola, e, Podcasts…. assim, e além do profundo conhecimento dos brasileiros, esse ecossistema é o que nos torna únicos…”. Tudo bem, muitos poderão seguir empolgados, mas, os mais críticos e céticos, perguntando, WHERE IS THE BEEF, ou, ONDE ESTÃO OS RESULTADOS… No ano de 2022, fechados o balanço e consolidados os números, a GCP – GLOBO COMUNICAÇÃO E PARTICIPAÇÕES, terminou o ano com um LUCRO LÍQUIDO de R$1,253 bi, após um prejuízo de R$173 milhões em 2021. Receitas totais de vendas de R$15,1 bi, com um salto de 33% especificamente nas receitas decorrentes do ambiente digital. No ano passado, repetiu a performance e dispõe de um caixa, segundo declarou seu presidente PAULO MARINHO, da ordem de R$14,2 bi. Ou seja, e concluindo, e salvo acidentes de percurso ou tropeços de última hora, pode se afirmar que a GLOBO já superou com relativa tranquilidade os momentos mais difíceis da transição. Diferente do que segue acontecendo com outras empresas desse e de outros territórios, onde o futuro continua sendo uma mega interrogação, a GLOBO pode afirmar que está com os dois pés solidamente fincados no ADMIRÁVEL MUNDO NOVO. 7 – O QUE PRETENDEM FAZER OS NOVOS MÉDICOS Um dia, por razões que a própria razão além de desconhecer – se conhecesse ignoraria –, o Brasil sai desembestado multiplicando os cursos de direito. De duas, originalmente, 1827, a FACULDADE DE DIREITO DE OLINDA e a do LARGO SÃO FRANCISCO, a da USP, hoje o Brasil tem mais faculdades de direito do que saúvas. E, lembram, ou o Brasil acaba com a saúva ou a saúva acaba com o Brasil e é o que vem acontecendo. Viramos o país onde tudo é judicializado, até bom dia. No final do ano de 2022, o Brasil registrava 1,3 milhão de advogados inscritos na OAB. Sem contar as centenas de milhares de bacharéis que optaram em parar no diploma e não fizeram o exame da ordem. Hoje o Brasil tem um advogado para cada 164 brasileiros, de longe, a maior concentração do mundo. E dos 380 cursos de direito de 1999, hoje são quase 2.000. No último dado disponível, o BRASIL, sozinho, tinha mais faculdades de direito do que todos os demais países do mundo somados. Agora a iogurteria, boliche, paleteria da vez, são as faculdades de medicina. Todas as instituições de ensino disputando a tapa as faculdades/vagas existentes, e pressionando o MEC para a concessão de novas faculdades. Nas últimas compras de vagas realizadas – já que durante cinco anos estava proibida a abertura de novas faculdades – a medida para uma instituição comprar a outra era o valor de cada vaga. R$10 milhões por vaga. Mas, em tese, e a partir de agora as possibilidades de novas concessões pelo MEC estão escancaradas e a pressão é total. Durante os cinco anos de proibição, e mediante ordem judicial algumas instituições passaram a oferecer o curso de medicina, e/ou novas vagas, e os processos aguardando aprovação totalizam o número de 225, o que representaria a abertura de 20 mil novas vagas, um aumento de quase 50% nas 42 mil vagas hoje existentes. A pergunta que todos deveriam fazer, mas não fazem, é quais as perspectivas dos médicos a partir de 2030, já tendo a saúde incorporado todos os avanços e conquistas decorrentes do tsunami tecnológico, e com o nascimento de duas novas medicinas: a CORRETIVA, e a PREDITIVA? Mais ou menos como acontece quase tudo neste Brasil velho. Seguimos decidindo com os olhos grudados no retrovisor e ignorando, por falta de sensibilidade, por desconhecimento, ou burrice mesmo, o que será a medicina como um todo, já no final desta década. E o que essas fornadas de novos médicos irão fazer…??? Assim, e em outras proporções, a medicina no Brasil estava se convertendo no novo direito. E quando se formam profissionais em excesso dentro de uma mesma especialização, e como todos comem, dormem, consomem, têm família, gastam, precisam ter alguma renda, e aí, como acontece hoje com os advogados de porta de cadeia, aeroporto, salão de festas, velório, e tudo mais, assistiremos perplexos, mas não por falta de avisos, a invasão dos médicos. Hoje o valor médio da mensalidade nas faculdades de medicina é de R$9 mil. Em 10 anos, menos de R$3 mil, e sobrarão vagas… 8 – ATACAREJO É UM TÉDIO. QUANDO A ECONOMIA DO PAÍS MELHORAR, RETORNARÁ A MEDIOCRIDADE Nos últimos anos temos testemunhado o apogeu, clímax, e elogios desmesurados a uma aberração, um pequeno grande monstro, batizado de ATACAREJO. Uma excrecência. O pior lugar para se fazer compras. Claro, nós, cidadãos, que compramos para nosso consumo e nossas casas. Já para os comerciantes e ambulantes em geral, talvez, faça algum sentido. O modelo ATACAREJO repete, em outras proporções, o sucesso dos HIPERMERCADOS, nos anos que antecederam o PLANO REAL, e num momento onde a inflação não parava de crescer. O CARREFOUR de hoje, por exemplo, cresceu e prosperou nesse momento. Nos dias em que as pessoas recebiam o pagamento corriam para comprar e se sujeitavam a tudo, entrando e ficando em filas monumentais nos HIPERMERCADOS da época, e onde prevalecia, repito, o CARREFOUR. Esse tempo, por enquanto, e felizmente, ficou para trás. Mas se o atual governo depois do primeiro ano continuar fazendo o que fez até agora – NADA – e com projetos medíocres e reciclados de fracassos do passado, governando com os olhos grudados no retrovisor, seguiremos correndo elevadíssimos riscos da inflação retornar com tudo. E, talvez e quem sabe, dando uma sobrevida pros deploráveis ATACAREJOS. Independente do comentário específico que acabamos de fazer sobre essa praga de péssimo gosto chamada ATACAREJO, as mudanças em como a família brasileira se abastece todos os meses para suas necessidades de alimentação, higiene, limpeza, seguem em processo de intensa mudança. E assim, ainda levaremos mais alguns anos para termos definido quais são esses novos hábitos e comportamentos. Por enquanto, tudo o que se sabe é que parte das compras que hoje são realizadas presencialmente passarão a ser realizadas a distância. Quem sabe, em algum momento mais adiante, a maior parte. 9 – AU e DU – Antes e depois do UBER Sim, o negócio de entregas sempre existiu, mas, a chegada do UBER ao Brasil é um marco divisório. Mesmo tendo como origem o transporte de pessoas, mas, gradativamente passou a fazer serviços de entrega, institucionalizando um novo elo na cadeia de valor. E isso aconteceu no ano de 2014 e a partir da cidade do RIO DE JANEIRO. Um pouco antes, em 2011, 4 sócios na cidade de São Paulo criavam o DISK COOK, que recebeu investimentos em 2013 da MOVILLE, unificou a denominação para iFOOD, e desde 2022 seu controle acionário pertence a MOVILLE sob o comando de FABRICIO BLOISI. Assim, UBER e iFOOD os dois grandes nomes do negócio de transportes – de alimentos, e de pessoas. Voltando ao UBER, que de certa forma converteu-se em designação genérica de um determinado tipo de serviço, e seu modelo legal também se converteu em designação legal de um certo tipo de negócio – UBERIZAÇÃO – e as demais empresas desse território, acabam de ter uma primeira e mais completa fotografia do setor revelada pelo CEBRAP – CENTRO BRASILEIRO DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO, a partir dos dados fornecidos pelas principais empresas do setor. Os números traduzem a seguinte realidade: – Hoje 1,6 milhões de pessoas vivem ou complementam a renda como motoristas ou entregadores de aplicativos. Segundo o levantamento, são 1,274 milhão de motoristas e 385,7 mil entregadores, portanto, mais de 1,5 milhão de pessoas. Trabalham na média 4,2 dias por semana os motoristas, e 3,3 dias os apenas entregadores. Não obstante todas as matérias publicadas nos últimos meses relatando a insatisfação de motoristas e entregadores, a maior parte deles disse que pretende seguir no negócio de entregas… Dos motoristas, 63% trabalham exclusivamente com os aplicativos, e 37% complementam a renda com os aplicativos. Trabalham de 22 a 31 horas semanais, ganham com o trabalho entre 3 a 6 salários mínimos, e os que performam melhor retiram em média R$ 4,7 mil/mês, já descontados custos de combustível e manutenção. A decisão de migrarem para o UBER e demais empresas, para quase 50% dos motoristas, é a que se encontravam desempregados… É isso, mais um balanço do novo elo da cadeia de valor dos serviços de entrega… 10 – MUDANÇAS, NAS PREFERÊNCIAS Com todo orgulho, pompa e circunstância, a HEINZ publicou uma página de publicidade no ESTADÃO, comemorando a vitória de sua MAIONESE, no TESTE A CEGA que o caderno PALADAR do jornal faz com frequência. E é verdade, superou aquela que foi durante décadas a rainha das maioneses, a HELLMANN’S. Ou seja, HEINZ jamais teve o que quer fosse a ver com maioneses. HEINZ é a marca mundialmente consagrada de KETCHUP, a inventora do KETCHUP há mais de 100 anos. No entanto, no mesmo TESTE À CEGA do caderno PALADAR, quando o produto testado foi o KETCHUP, a grande vencedora foi uma marca que nasceu no varejo, a QUALITÁ, e a inventora do KETCHUP, a HEINZ, sinônimo de KETCHUP, chegou na terceira colocação. Curto e grosso, esqueçam os TESTE À CEGAS para aferir A MELHOR MARCA de determinada categoria. Os testes à cegas servem exclusivamente para medidas de qualidade, no sentimento dos pesquisados, do produto em si. Cor, sabor, consistência, e tudo mais. E isso é muito importante, mas não, o mais importante. E agora, a lição de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER desta edição de MARÇO/2024. Hoje, nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER, refere-se ao nascimento da ADMINISTRAÇÃO e o quanto impactou, espetacularmente, o desenvolvimento da humanidade. E ainda sobre a condição essencial para que se revele eficaz, em sua prática. Disse DRUCKER, “Raramente, na história da humanidade, uma instituição surgiu tão rapidamente ou causou um impacto tão profundo como a administração. Em menos de 150 anos, a gestão transformou a estrutura social e econômica dos países do primeiro mundo. Criou uma economia global e estabeleceu novas regras para os países que participariam dessa economia em condições de igualdade. Mas não há dúvida de que o desafio fundamental da administração permanece o mesmo: tornar as pessoas capazes de apresentar um desempenho de qualidade face a desafios, objetivos e valores comuns, proporcionando-lhes a estrutura correta, treinamento e desenvolvimento contínuos de que necessitam para desempenhar suas funções e reagir às mudanças”. Celebremos, pois, o advento da administração, talvez, e sob a ótica social, uma das mais importantes conquistas de todos os tempos.
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Jan/Fev 2024

BUT PRESS 29JAN/FEV 2024 Como de hábito separamos 10 temas da maior importância, e que se traduzem em lições e aprendizados para todos nós. E no final e sempre, a lição do mês de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER. O PRIMEIRO ASSUNTO DE HOJE, É, 1 – ERA SÓ O QUE FALTAVA. AGORA NÃO FALTA MAIS Cresce, absurdamente, o número de pessoas com dor nas costas. E para metrificar as dores nas costas a OMS – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE foi atrás e sentenciou, 80% das pessoas no mundo, têm, tiveram ou terão dor nas costas…!!! E os jovens? Também. Nos últimos levantamentos, metade dos homens e mulheres que procuraram solução em seus médicos para a tal da dor nas costas eram pessoas com menos de 50 anos. Isso posto, e embora não mortal, a nova pandemia se chama DOR NAS COSTAS. Não mata, mas dói pra burro… Em entrevista para o jornal O GLOBO, FRANCISCO SAMPAIO JUNIOR, especialista em coluna vertebral do hospital SÍRIO LIBANÊS, disse, “Vivemos uma epidemia de problemas na coluna. Minha geração brincava na rua jogando futebol, pulando amarelinha, pega-pega, esconde-esconde, piques, e subindo em árvores. As crianças hoje brincam ligadas a milhões de outras crianças espalhadas pelo mundo através de um smartphone, sentada em um sofá ou cadeira de jogo, na pior posição possível… isso posto, a pandemia só poderá ser atenuada se corrigirmos a maneira como nos postamos para usar o celular, tablets e laptops…”. Dentre todas as comprovações sobre o tema, uma das mais creditadas e comentadas aconteceu no ano de 1976 e com cadáveres. Deitados, a pressão dos discos, que funcionam como se fossem amortecedores existentes entre cada vértebra, é de 25. De pé é 100 e sentado 250… Isso posto, quanto mais tempo as pessoas passam sentadas aumenta exponencialmente as chances de terem problemas nas costas… Mas, não para por aí. Tem o tal do pescoço de smartphone. Aquele movimento que todos fazem com a cabeça, 25 graus, para mexer no aparelho… o desgaste vai se revelar, ao invés do a partir dos 60, como era antes dos CELULARES, a partir dos 30… Isso posto, e agora o mal já está consumado, apenas as novíssimas gerações poderão adotar medidas preventivas, todos nós a caminho de um fim de vida abarrotado de dores. Premonitoriamente algumas pessoas, e antes da virada do milênio, já anunciavam o que aguardava pelos cinquentinhas e mais. A tal da IDADE DO CONDOR. Alguns até esboçavam um sorriso de vaidade, CONDOR é um pássaro bonito, elegante… Não era CONDOR pássaro, era COM DOR nas costas e em muitas outras e várias partes do corpo… 2 – ACORDA, JACK DANIEL´S O mais conhecido e admirado uísque Bourbon do mundo, JACK DANIEL’S, diante de seu maior desafio. E tudo começa com um escravo do Tennessee, que ensinou JACK DANIELS a fazer aquele tipo de uísque. Descoberta recente de autoria de uma escritora afro-americana, FAWN WEAVER. Em férias em CINGAPURA, FAWN leu sobre NEAREST GREEN, um escravo que passou a receita do JACK DANIEL’S a JACK DANIELS. Decidiu passar a limpo. Pegou um avião em LOS ANGELES e foi para NASHVILLE. Inscreveu-se em 3 tours na destilaria, e, nada… nada de se falar de NEAREST GREEN… Foi atrás, recorreu a livros, bibliotecas e mais documentações, resgatou a linha do tempo entre GREEN e DANIELS, e concluiu: GREEN não apenas ensinou a ciência e a arte de produzir um determinado tipo de uísque a JACK DANIELS, como foi o primeiro mestre destilador negro dos Estados Unidos, trabalhando para JACK. Conclusão, e devidamente contratada pela destilaria, FAWN segue escrevendo a verdadeira história de um dos uísques mais emblemáticos do mundo. Porém, como diria PAULINHO DA VIOLA, “AI, PORÉM” – sempre tem um porém – … nos ensinamentos de GREEN, para aquela cor e gosto, a presença de um… FUNGO. Isso mesmo, FUNGO. E neste exato momento, o hoje conhecido FUNGO DO ETANOL, mais conhecido como fungo do uísque, é figura presente em muitas destilarias. E a gritaria que repercute e reverbera em todo o mundo localiza-se no CONDADO DE LINCOLN, TENNESSEE. Onde os moradores, cansados e revoltados, reclamam de uma crosta escura que foi tomando conta de residências, carros, placas de estradas, comedouros de passarinho, e tudo o mais que fica ao ar livre. Águas das piscinas, também, cheirando a JACK DANIEL’S… Para envelhecer seu famoso e consagrado uísque, cuja produção não para de crescer, a destilaria precisa construir mais e mais BARRELHOUSES – casas de barris – e que as novas BARRELHOUSES trariam para a cidade – mais de US$ 1 milhão em impostos… E aí instalou-se uma mega confusão. Segue a briga, cresce a fama de JACK DANIEL’S, e mais alguns dias e ninguém fala mais nisso. Mas, e se for uma empresa competente e madura, e consciente do valor de sua MARCA, certamente a JACK DANIEL’S encontrará uma outra forma de envelhecer seu uísque, sem precisar disseminar seu “flavor” por toda a comunidade e vizinhança. Desafio de BRANDING que empresas maduras e consistentes superam com relativa facilidade. 3 – O FIM DOS EMPREGOS Na virada do milênio JEREMY RIFKIN sentenciou, através de um livro emblemático, O FIM DOS EMPREGOS. Quem quiser mergulhar de cabeça no tema dos empregos e tiver fôlego para mais de 900 páginas recomendamos outro livro lançado no ano passado por DOMENICO DE MASI, O TRABALHO NO SÉCULO XXI. E a conclusão é rigorosamente a mesma: o trabalho como um dia conhecemos chegou ao fim. Mais que isso, finalmente caiu a ficha e as pessoas concluíram que ser EMPREGADO é humilhante, e talvez, o último estágio da escravidão. Isso posto, o mundo assiste hoje, devidamente empurrada pela pandemia, o que decidiu-se denominar de A GRANDE RENÚNCIA. RENÚNCIA, e pedido de demissão em massa muito especialmente de jovens que querem ser livres para voar, e, se possível, empreender. Jovens conscientes que ingressamos na SHARING ECONOMY, onde as novas empresas e negócios nascerão mediante parcerias. Muitos negócios com finalidade específica. Os dados de todo o mundo mais que comprovam essa realidade e no Brasil não fica atrás. No ano de 2020 a demissão voluntária bateu os 25,7%. No pós-pandemia, 2022, o percentual bateu em 33%. Especificamente entre os jovens que têm pós-graduação, as demissões superam os 50%. Assim, e no ano passado, 6,8 milhões de brasileiros pegaram o boné e deram adeus às empresas onde trabalhavam. Chega de ser empregado! 4 – TERCEIRIZAR NÃO SIGNIFICA TRANSFERIR PARA TERCEIROS SUAS RESPONSABILIDADES. Se uma empresa confia a outra empresa agir em seu nome, demonstra apenas que foi sensível e responsável na escolha que fez. Apenas isso. Mesmo que todos os atos venham a ser praticados por um terceiro, o são por delegação, ordem e contratação de uma empresa. Em nome dessa empresa. Isso posto, é indesculpável e patético uma empresa alegar ignorância a respeito do que a empresa terceirizada fazia em seu nome. Terceiriza-se a ação, o trabalho, a execução, e até mesmo outras componentes dos negócios. O que é absolutamente interceirizável é a responsabilidade. Assim, faz todo o sentido as punições decorrentes do TAC – Termo de Ajuste de Conduta – assinados pelas vinícolas AURORA, GARIBALDI e SALTON, pelas condições degradantes e inaceitáveis de trabalho aos terceiros contratados em seus nomes, pela prestadora de serviços FÊNIX. Falando em nome de sua empresa, 72 horas depois, MAURICIO SALTON, declarou, “Fica certamente uma mancha que nunca será esquecida. Como vamos demonstrar integridade e boa-fé para as pessoas a partir de agora? Nossas próximas ações vão demonstrar o quanto vale a pena dar voto de confiança para a empresa. Foi uma falha dolorosa, não poderia ter acontecido… mas acredito que o tempo trará a resposta se nossos consumidores voltarão a confiar na gente. Esse julgamento não cabe a mim fazer…”. 5 – A VELHA PERGUNTA DE SEMPRE QUE DE TEMPOS EM TEMPOS VAI EMBORA, MAS, DEPOIS, VOLTA: “DINHEIRO TRAZ FELICIDADE?” CHRYSTINA BARROS é uma pesquisadora brasileira, certificada e especializada em FELICIDADE, pela Universidade de BERKELEY, USA, e que agora em sucessivas entrevistas à imprensa brasileira vem colocando novos e sensíveis temperos ao tema. Numa entrevista para ROBERTA JANSEN do ESTADÃO, por exemplo, disse que,  “FELICIDADE é um fenômeno individual, da pessoa, um saldo de que, na sua avaliação, a vida vale a pena. Vai ter tristeza, desespero, todas essas emoções, mas a questão é o saldo. O ranking da felicidade da Organização Mundial da Saúde considera ainda outros fatores para a FELICIDADE, como seguridade social, saúde, percepção de corrupção e liberdade para escolhas. A economia precisa fazer parte dessa equação. Muita gente fica buscando na filosofia argumentos que romantizam a pobreza. É hipocrisia deixar a economia de fora…”. Segundo CHRYSTINA BARROS, e do ponto de vista neurológico, a felicidade é um evento químico, uma série de substâncias que promovem uma sensação de bem-estar. A felicidade é uma tempestade elétrica, mediada por substâncias químicas, que a gente inclusive pode reproduzir através de exercícios físicos, por exemplo…”. E conclui, a pesquisadora brasileira, que, “A felicidade é tudo o que a humanidade almeja. Mas não é só por isso. Para termos o perfeito funcionamento das instituições, as pessoas precisam estar felizes. Pessoas felizes movem o mundo, não o contrário. A busca pela felicidade deveria nortear as políticas públicas. Mais que provado que pessoas que trabalham em ambientes melhores são mais felizes, geram experiências melhores para seus clientes. Os clientes, por decorrência, aumentam seu apreço em relação a marca, o que significa melhores resultados para as empresas”. E sobre e se o DINHEIRO TRAZ FELICIDADE, CHRYSTINA disse, “O dinheiro sozinho não traz felicidade. Mas é condição fundamental para garantir as precondições para uma vida feliz. SEM DINHEIRO NÃO DÁ PARA SER FELIZ…”. E incluiria nesta última declaração de CHRYSTINA a contribuição definitiva de TOM JOBIM, numa das músicas brasileiras que segue correndo o mundo, a canção WAVE, onde o maestro soberano diz, “É impossível ser feliz sozinho”. Isso posto, e somando a pesquisadora ao maestro, concluímos que, “SEM DINHEIRO NÃO DÁ PRA SER FELIZ, LEMBRANDO SEMPRE SER IMPOSSÍVEL SER FELIZ SOZINHO”… E, a receita para ser feliz, segundo TOM, é uma palavrinha, pequena, de 4 letras, e tem poder de mudar a vida de todos para melhor: AMOR. “Fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho…”. 6 – inDRIVE, OU, ESTRATÉGIA SUICIDA Uma nova empresa – inDrive – de origem russa e com sede nos Estados Unidos, no concorrido mercado de aplicativos de automóveis, onde a empresa referência, sinônimo e inventora desse território denomina-se UBER. Hoje, presente em 48 países, e que diz ser hoje o Brasil seu quinto maior mercado, e onde está desde o final de 2018 começando pelos estados do nordeste. E agora concentra seu foco no RIO DE JANEIRO. Os carros que aderirem a proposta da empresa têm um adesivo inDRIVER na porta do motorista e outro – OFFER YOUR PRICE – faça sua oferta – na porta do passageiro, estimulando os passageiros a barganharem com os motoristas… E para crescer depressa, ainda dá uma grana aos motoristas. Tem um caixa recém levantado de US$ 150 milhões para bancar essas extravagâncias… Chegou tarde demais, em primeiro lugar. E, depois, é das piores estratégias a de – para crescer – comprar mercado… Vai ficar pelo caminho… Tudo errado. Os recém US$ 150 milhões captados vão virar pó… 7 – CONSELHOS? PARA QUÊ? Conselhos de verdade, formado por sêniors, especialistas, seres humanos que têm uma contribuição de verdade para oferecer e entregar, segue sendo da maior importância para as empresas. Desde que, claro, esses conselheiros tenham, além do conhecimento adquirido e somado no correr de suas trajetórias, preservando-se atualizados, e absolutamente inserido nas novas realidades de um MUNDO NOVO e disruptado pelo tsunami tecnológico. Essa é a premissa e o pressuposto. E de certa forma é isso que se constata nas empresas privadas. Já nas empresas públicas ou sob controle do Estado isso é uma ficção. A última e irrelevante questão que se coloca é se o escolhido, se o conselheiro, tem de verdade conselhos para dar no negócio específico de cada estatal. Tudo o que se leva em consideração são as negociações e barganhas de apoio, cujo pagamento é oferecer um assento no conselho de uma estatal. Pergunta, pra que servem os conselhos das estatais? Objetivamente, para nada que tem a ver com os verdadeiros conselhos. Ou se regula de verdade todo o processo ou, melhor acabar com esses conselhos. Na situação atual a única certeza que existe é que nós, cidadãos e contribuintes seguiremos pagando a conta de todas essas negociatas e barganhas. 8 – ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL… Foi-se o tempo que as pessoas, nós, brasileiros, tínhamos tempo para parar, ler ou ouvir, que precisávamos migrar para uma alimentação mais saudável. Continuamos, imagino, absolutamente convencidos da importância de revermos nossos hábitos de alimentação. Mas, e para tanto, duas condições fazem-se necessárias: tempo, e, dinheiro, não necessariamente pela ordem. E assim seguimos ingerindo alimento, para nos preservarmos vivos, ainda que não necessariamente da melhor forma possível. Em quantidade, em qualidade, e, velocidade, também. Quase sempre, engolindo antes da mastigação mínima necessária. O instituto KANTAR divulgou recentemente os resultados de suas pesquisas e monitorias sobre hábitos alimentares em sete das principais regiões metropolitanas do país. No período imediatamente anterior a pandemia, 2019, e no ano retrasado, final de pandemia, 2022. Os grandes números revelam que, – Parcela expressiva dos brasileiros trocou o tal do prato feito, de antes, para um salgado pronto. De 11 milhões de unidades por dia de salgados de 2019 para 15 milhões em 2022. Enquanto os pratos prontos caíram de 7 para 4 milhões. E na terceira posição, entram os salgadinhos em pacote que saltaram de 4 para 5 milhões. Mas, e ainda, o maior quebrador de galhos e engana fome seguem sendo os snacks doces, que mantêm a liderança disparada, e ainda ficam na primeira colocação somando-se os pratos prontos, os salgados, e os salgadinhos de pacote. Os snacks doces, ou apenas doces como a maioria dos brasileiros chama, totalizaram 33 milhões por dia em 2019 e 34 milhões em 2022. A falta de tempo e de dinheiro é de tal ordem que o tal do SALGADO PRONTO – tipo coxinha – hoje é mais consumido do que sanduíches e pizzas… Todos os dias, em milhares de esquinas do Brasil, nas madrugadas das cidades, pessoas reúnem-se ao redor de bancas de café da manhã, onde tomam um café, um pingado, comem uma fatia de bolo, uma tapioca, e conversam e reencontram-se com os mesmos amigos de ontem e de amanhã. É por onde começa o dia de milhares de brasileiros, e assim seguirá enquanto não mudarmos de vez a história de nosso país. Sim, precisamos nos alimentar melhor… 9 – DO DOUTOR GOOGLE AO DOUTOR CHATGPT Primeiro dia da SXSW – SOUTH BY SOUTHWEST, auditório de dois mil lugares no quarto andar do Centro de Convenções de Austin. No palco, GREG BROCKMAN, trinta e poucos anos, cofundador e presidente da OpenAI, empresa dona do ChatGPT e Dall-E. Lotação mais que esgotada. Diante de uma indisfarçável tensão na e da plateia, GREG começa a falar. Silêncio. E, para descontrair decide contar uma história. “Minha mulher teve uma doença misteriosa, foi a vários médicos ao longo de três meses até descobrir o que era. Aí eu fiz um teste no ChatGPT, sinalizando os sintomas e perguntando o que poderia ser. Recebi como resposta algumas opções e a segunda era a correta… não, definitivamente, não pretendemos substituir os médicos…”, e o silêncio, que já era grande, ainda aumentou. No final da entrevista, e com as pessoas já saindo, GREG retomou o microfone e para tranquilizar a todos, disse, com calma e sensibilidade, “Nosso objetivo, ao fundar a OpenAI em 2015, à época sem fins lucrativos, foi justamente de direcionar o potencial da inteligência artificial para amplificar as capacidades humanas… Não se trata de substituir funções ou capacidades humanas, mas, potencializá-las…”. Quase todos, retiraram-se aparentemente tranquilos. Mas, à noite, e recolhidos, foi difícil, quase impossível, pegar no sono… 10 – MORTE EM MOEMA A situação de descalabro do Estado Brasileiro é, simplesmente, brutal. Nós, cidadãos e contribuintes, que mantemos esse monstro incompetente, temos sido omissos, covardes, ou, irresponsáveis. Cada um escolhe e veste sua carapuça. Por omissão, ou covardia, ou incompetência crônica, contribuímos duplamente – por dinheiro e falta de cobrar como deveríamos – para que esse SERVIDOR PÚBLICO que deveria ser o ESTADO BRASILEIRO, tenha chegado ao pior nível de toda a sua existência. E nos custa mais de 40% de tudo o que produzimos. CHEGA! E agora, e com o novo governo, há mais de dois meses que esse ESTADO PAQUIDÉRMICO só faz crescer mais e mais. Para inaugurar o novo governo a primeira MP – Medida Provisória 1154/23 aumentou o número de ministérios. E no festival de barganhas em busca de apoio na Câmara e o Senado, executivo e legislativo brincam com o dinheiro dos impostos que pagamos de uma forma sórdida e criminosa. Enquanto isso, e para a revolta de todos, uma senhora de 88 anos morreu afogada num dos pontos mais nobres da cidade de São Paulo. No bairro de Moema, na rua Gaivota. Desde o ano de 2016 seguia um inquérito instaurado pelo Ministério Público para investigar as inundações da RUA GAIVOTA, esquina com IBIJAÚ. E nada foi feito. E assim, dezenas de pessoas, sem nada poderem fazer, testemunharam o afogamento de uma senhora que desesperadamente pedia socorro em Moema… É isso, amigos. Um ESTADO que nos custa mais de 40% de tudo o que produzimos e é incapaz de cuidar de nossas vidas minimamente. Vamos continuar aceitando essa absurda realidade? Enquanto isso mais e novos ministérios são criados, e novos impostos considerados, além do aumento de alíquotas em alguns dos já existentes. E agora, a lição de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER desta edição dupla de JAN/FEV 2024 Hoje, nosso adorado mestre recomenda todos os cuidados em relação aos impulsos que recorrentemente ocorre em nossas vidas, e nas organizações, também. Seguramente o pior momento ou condição para se decidir o que quer que seja. Diz o mestre, “Em toda organização administrada por impulsos, ou as pessoas negligenciam suas tarefas para poder seguir o impulso do momento, ou organizam-se tacitamente para sabotar coletivamente o impulso. Tal qual a “administração por gritaria e ameaças”, a administração por impulsos é uma admissão de incompetência. Sinal de que a administração é incapaz de planejar e definir com precisão o que espera de seus gestores e colaboradores”.
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Nov/Dez 2023

BUT PRESS 28 NOV/DEZ2023 Como de hábito separamos 10 temas da maior importância, e que se traduzem em lições e aprendizados para todos nós. E no final e sempre, a lição do mês de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER. O PRIMEIRO ASSUNTO DE HOJE, É, 1 – A FALÊNCIA DOS CONSELHOS Mais de 50% dos conselhos das empresas em todo o mundo, e muito especialmente no Brasil, são tóxicos e deletérios. Claro, óbvio, ninguém fez e faz por mal. Mas o mundo velho segue acabando, o mundo novo ganhando formas mais definidas no horizonte, e a maioria dos conselheiros das empresas TEM CABEÇA VELHA. Vivem e sobrevivem de suas realizações, experiências e conhecimentos de um mundo que vai ficando cada vez mais distante no horizonte. Todas as empresas deveriam adotar infinitos pentes e filtros na escolha de seus conselheiros. E tudo o que afirmamos até aqui tem a ver com o momento que vivemos. Da disrupção, da abertura de um grande buraco daqui para frente, e de um mundo novo e que tem pouco a ver com o que se despede. E a experiência de quase 70% dos conselheiros de empresas no Brasil refere-se ao passado. Profissionais e empresários da melhor qualidade que, sem se darem conta, empurram cada vez mais as empresas para trás. O que dá para aproveitar da experiência dos 50/60 e mais anos de hoje? O que sabem dentro da especialização que têm, e muito especialmente a sensibilidade desenvolvida depois de no mínimo 30 anos de práticas, estudos, experimentos, mão na massa, e poder de filtro. Abastecer-se quase que exclusivamente da essência do aprendizado, de moléculas, de princípios ativos. E ter a coragem e determinação de jogar fora todo o ferramental, ainda que muitos tenham sido anexados ou adotados há menos de 10 anos. E as leituras equivocadas vão se sucedendo, e supostas renovações de conselho adotam uma visão absolutamente equivocada. Por exemplo, lemos no jornal VALOR de um final de semana que o GRUPO ULTRA decidiu renovar mais de 50% do Conselho. Segundo a matéria, “com um perfil mais financeiro e mais alinhado ao propósito da ULTRAPAR de atuar como holding e foco em retorno de capital…”. Não vai dar certo, ULTRAPAR e dezenas de outras empresas estão buscando respostas para a pergunta errada. E se tudo der certo – ou melhor ERRADO – vão encontrar a resposta. E nada pior do que se encontrar a resposta certa para a pergunta errada. Neste específico momento, de 2020 a 2050, a pergunta certa é exclusivamente única: De que cabeças e conhecimentos nossa empresa precisa para fazer a travessia do mundo velho para o mundo novo? E só depois cair no detalhamento. Isso posto, e parafraseando o que certa feita disse o genial THEODORE LEVITT, “você pode chamar o coveiro da denominação que quiser. A única coisa que muda é que o enterro vai custar mais caro…”. As empresas, o que precisam de verdade hoje, é de cabeças que tenham uma visão – a melhor, mais clara, iluminada e consistente possível – sobre o mundo novo em processo de construção intermitente e em decorrência do tsunami tecnológico. E ainda, e além dessa virtude e preparo, alma de prático de portos, de cão guia, radar, biruta, gps, fundamentais para uma travessia de qualidade. Assistiremos nos próximos 32 anos, e à medida que as empresas acordarem, a maior troca de conselheiros de todos os tempos. 2 – FALAM, PROMETEM, E NÃO RESOLVEM Nos países mais modernos e avançados do mundo, e em até 10 anos, o ESTADO consumirá no máximo e exagerando 10% do PIB desses países. Infelizmente, no Brasil, esse percentual gravita em torno dos 40%. Quando conseguirmos, finalmente, revolucionar nosso país – reformar é insuficiente – nos aproximaremos desses mesmos índices e sobrarão 30% ou mais do PIB para investimentos na economia. Em sua totalidade, o chamado ESTADO BRASILEIRO – governos federal, estaduais e municipais, possuem dezenas de milhares de imóveis ociosos e abandonados. Abandonados na utilização mas, e ainda, gerando despesas. Assim, o Brasil joga no lixo todos os anos centenas de milhões de reais para a manutenção de inutilidades absolutas e definitivas. E pela carga de formalismo e burocracia, tentando prevenir ou evitar a corrupção, qualquer movimento de desovar essas inutilidades passa por uma série de formalismos e burocracia da grossa. Numa das edições do ESTADÃO da semana do Carnaval deste ano um exemplo clássico dessa patologia. Diz a notícia, “A EBC – EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO – vai vender 16 imóveis que consomem R$238 mil por ano aos cofres públicos nas despesas de manutenção, impostos e condomínio… alguns sem uso há mais de 10 anos…”. É isso, amigos. Precisamos proceder a uma revolução em nosso país. A mais radical e abrangente possível. Precisamos rever, reposicionar e replanejar o BRASIL. O próximo BRASIL, MODERNO, TECNOLÓGICO, e SOCIALMENTE MAIS JUSTO. 3 – PAGAMENTOS POR APROXIMAÇÃO: ESTRANHA SENSAÇÃO. COM O TEMPO ACOSTUMA A primeira vez que um portador de cartão descobre que realiza pagamentos sem precisar digitar a senha, muitas vezes, causa pânico. Pra variar, os bancos seguem com uma comunicação precária, e a maior parte dos portadores de cartões de crédito quando isso aconteceu se assustou. Foram atrás, entenderam, e muitos decidiram optar pela novidade, mesmo e ainda com a possibilidade de inserirem o cartão e digitarem a senha. Hoje o número de transações por aproximação é mais que consistente e não para de crescer. Em 2022 o volume de transações por aproximação totalizou R$572 bi, quase três vezes mais que em 2021. E segue crescendo. Vai se convertendo em líder de movimentações para transações de até R$200. Mesmo a FEBRABAN garantindo que a possibilidade de fraude é menor do que o digitar da senha, a sensação das pessoas não é a mesma. A cultura da senha condicionou as pessoas a se sentirem, hipoteticamente mais segura, quando digitam a senha. E muitas vezes, é no digitar da senha que mora o perigo. Mas faltou comunicação. Por enquanto, as denúncias de golpe, mínimas, sinalizam na maior segurança da alternativa pela aproximação. Mas a cultura de décadas segue inibindo uma adesão maior a nova possibilidade. Uma vez mais, e repetindo, faltou comunicação de qualidade no lançamento da alternativa. Se comunicação não é tudo, é quase tudo. 4 – FOTO IRRETOCÁVEL DO ESTADO BRASILEIRO Como temos reiterado em nossos comentários, mais que reformar, o ESTADO BRASILEIRO precisa de uma revolução, ser revolucionado, ser reinventado. Matéria de excepcional qualidade de O GLOBO, e assinada por FELIPE GRINBERG, traz uma amostra mais que significativa do sorvedor e gastador de dinheiro em que se converteu o ESTADO em nosso país. O exemplo vem do RIO DE JANEIRO, e de uma iniciativa da POLÍCIA MILITAR, que decidiu considerar a possibilidade de deixar de produzir a alimentação de seus policiais internamente, e terceirizar. Na situação atual, produção interna, nos diferentes “ranchos” da polícia militar trabalha quase um exército. 20 oficiais, 242 segundos-sargentos, 148 primeiros-sargentos, 98 subtenentes, 84 terceiros-sargentos, 120 cabos e 20 soldados. Que deveriam estar alocados exclusivamente nas funções da polícia, e não cozinhando, lavando arroz, escolhendo feijão, e lavando pratos… Pra não alongar mais esse tema constrangedor, e somando todos os demais custos de matéria-prima, preparação, limpeza, etc, chega-se a um valor mensal de R$11,3 milhões. Devidamente terceirizado, o custo seria num primeiro momento com tendência a cair mais com o correr do tempo, de R$8 milhões. O que significaria uma economia de R$40 milhões por ano, e mais ainda a liberação de quase 800 militares para cuidarem daquilo para que ingressaram na carreira, e que, definitivamente, não é cozinhar. Em maiores ou menores proporções isso acontece em todo o ESTADO BRASILEIRO, tanto em âmbito federal, como estadual e municipal. Se agregarmos todas as possibilidades decorrentes do tsunami tecnológico e construirmos, finalmente, um novo e moderno Brasil, os atuais mais de 40% do PIB que esse ESTADO custa, cairia para 10%. Ou seja, 30% seriam destinados para ganhos extraordinários de crescimento, prosperidade, e, principalmente inclusão e justiça social. O que estamos esperando para, mais que reformar, revolucionar o Brasil? 5 – SAM´S CLUB, O CONCEITO RESISTE? O ano era de 1983. SAM WALTON, na cidade de BENTONVILLE, USA, decide criar o SAM´S CLUB. Um híbrido de varejo e atacado – uma espécie de atacarejo – com todos os produtos do dia a dia das pessoas, mais produtos exclusivos e marca própria, mas alguns serviços adicionais, e principalmente, e por pagar uma anuidade como se fosse um club, a teórica sensação que as pessoas se sentem associadas. A vida do SAM’S CLUB no Brasil não tem sido fácil, em decorrência do fracasso monumental do WALMART por aqui. Assim, em 2018 o WALMART jogou a toalha diante da impossibilidade de competir com os grupos franceses CARREFOUR e CASINO, vendeu toda a operação para o fundo ADVENT INTERNATIONAL. Em 2018 é criado o GRUPO BIG que assume toda a operação, e no dia 24 de março de 2021 o GRUPO BIG é comprado pelo CARREFOUR. Ou seja, hoje o SAM’S CLUB, assim como o ATACADÃO, e o próprio CARREFOUR, são tentáculos do maior grupo de varejo do Brasil. Para se ter uma ideia do domínio do CARREFOUR no varejo do país, seu faturamento do ano passado foi da ordem de R$81,1 bi, seguido de longe pelo ASSAÍ com quase a metade, R$45,6 bi; Depois LUIZA com R$42,9 bi; VIA VAREJO 36,3 bi; AMERICANAS 32,2 bi e só então aparece o PÃO DE AÇÚCAR com R$29 bi. Isso posto, e retornando ao SAM´S CLUB, o CARREFOUR segue acreditando no modelo, não obstante a disputa com outro de seus braços, o ATACADÃO. Mas, e segundo a velha regra, melhor perder para dentro do que para fora, do que perder para um concorrente. Assim tem como planos para o SAM´S mais 40 novas unidades do CLUB nos próximos 5 anos. E tudo começa internamente, com a conversão de 6 unidades do antigo BIG, já escolhidas, e que se converterão em novas unidades do SAM´S CLUB. Isso posto, e durante os próximos anos, ainda que fustigado por concorrentes, a briga do CARREFOUR é fraterna, entre dois irmãos. SAM´S e ATACADÃO. A virtude de se preservar forte nas duas alternativas é o quanto mais conseguir tangibilizar o posicionamento, conceito e entendimento. Claro, a partir do FOCO. Mesmo voltado para mesmas pessoas e famílias, o SAM´S destina-se a todos aqueles que gostam de se sentir integrantes de uma comunidade, ainda que de compras, e ser recompensado por isso. Já o ATACADÃO é aberto, para outras pessoas que preferem não pertencer a clubes, mas buscam melhores preços ainda que abrindo mão de alguns serviços. No longo prazo, em termos de essência, a do SAM´S tem potencial maior de longevidade. Mas as duas alternativas ainda têm um monumental desafio e que é o advento dos marketplaces, que atropelam essas eventuais vantagens, oferecendo praticidade, rapidez e conforto das compras a distância. Isso posto, segue o jogo… 6 – DOS DEVERES DA LIDERANÇA Quando se chega a liderança de um determinado território – mesmo que um novo território – compete aos verdadeiros líderes rapidamente assumirem o comando de iniciativas que tenham por objetivo valorizar todos os players desse território, assim como aperfeiçoar toda a cadeia de valor. Nos chamados novos territórios, o dos serviços de entrega de refeições, a grande referência e liderança com todas as razões e motivos é o iFOOD. Como sempre deveriam proceder os verdadeiros líderes, a estratégia principal do iFOOD hoje é, exatamente, e na condição de líder dos serviços que presta, como aprimorar toda a cadeia de valor. Assim, e neste momento, toma uma iniciativa rigorosamente dentro desse entendimento. Em seus cadastros, o iFOOD registra hoje 225 mil pequenos e médios restaurantes. E decidiu criar um grupo de trabalho formado pelo conjunto desses pequenos e médios empresários, na busca por melhorias em toda a cadeia de valor… Hoje, no universo iFOOD, os pequenos e médios respondem por 75% de todos os estabelecimentos. Segue, portanto, e como vem procedendo desde o início, consciente que a melhor forma de preservar a liderança merecidamente conquistada, é tornar-se cada vez mais relevante para todos os que integram sua base de clientes. 7 – COLAPSO E RECUPERAÇÃO Cumprindo o seu papel de alertar e tentar prevenir a tempo, o BANCO MUNDIAL produziu um estudo denominado COLAPSO E RECUPERAÇÃO, onde estima alguns dos maiores danos da COVID 19 na população do Globo. Segundo o relatório, “A pandemia causou um colapso, muito especialmente no capital humano dos jovens em momentos críticos do ciclo de vida”. Estava se referindo muito especialmente aos jovens na fase de estudo e formação, e que, segundo o BANCO MUNDIAL, “poderão perder até 10% dos ganhos futuros por causa dos choques na educação… e que se agrava nas crianças, onde a queda pode ser de até 25%…”. E enfatiza que nos países menos desenvolvidos, isso resulta em “salários mais baixos, mais pobreza, mais desigualdade e menos crescimento… uma mistura, segundo o Banco, EXPLOSIVA…”. Segundo o BANCO MUNDIAL, “o grande impacto e reflexo do que aconteceu entre 2020 e 2022 será sentido em 2050, quando esses jovens de hoje representarão mais de 90% da força de trabalho…”. O BANCO MUNDIAL cumpriu sua missão de alertar, agora compete aos países, cada um considerando sua realidade e possibilidades, cuidar para que esse impacto seja atenuado o máximo possível. Quem se sair melhor nesse desafio, poderá ter em sua GERAÇÃO PANDEMIA, o diferencial positivo, em futuro próximo. Ou, os demais, o diferencial negativo… 8 – COCO BAMBU UM SUCESSO EM MEIO A UM QUASE CAOS GENERALIZADO Depois de definir um padrão médio de qualidade, a preços acessíveis – ou justos na cabeça dos consumidores – a COCO BAMBU, e também depois de um fracasso em suas incursões internacionais – voltou a concentrar sua atenção no Brasil, e sob uma mesma e inadequada marca, mas que caiu no gosto da classe média baixa, passou a fazer de tudo. Desde de pratos à base de frutos do mar – sua origem – e agora atacando no território das pizzas, café, e com um pequeno derivativo para uma segunda marca, VASTO, no território do café. Hoje, e depois de voltar a concentrar sua atenção no país, a COCO BAMBU tem 73 casas pelo Brasil, e usando em muito o pensamento e modelo do OUTBACK, com sócios em cada uma das casas. Em todas as novas casas, brinquedoteca em espaços para eventos. Apenas lembrando, a COCO BAMBU nasceu no ano de 2001, a partir de uma pastelaria na cidade de Fortaleza, com uma fritadeira, uma masseira, uma máquina de chope e dez mesas com quatro cadeiras. A DOM PASTEL. Obra de monumental sucesso do casal AFRÂNIO e DANIELA BARREIRA, ele engenheiro, ela administradora de empresas, e que intuíram faltar numa das paixões dos brasileiros, os FRUTOS DO MAR, uma alternativa BBB Boa, Bonita e Barata. E decolaram… Como é do conhecimento de todos, e nesses mais de 20 anos de sucessos, um percalço. A tentativa mais que fracassada na Flórida. Diz AFRÂNIO, “Abrimos em 2017 e fechamos em 2018. Vimos que aquele investimento não valia a pena e que eu teria que me endividar se quisesse crescer por lá. Preferi concentrar no Brasil…”. É isso, amigos, não obstante as dificuldades e equívocos em sua política de marca, na utilização exagerada e descabida de COCO BAMBU para quase tudo, inclusive para vinho, o desempenho de AFRÂNIO e DANIELA é espetacular. E um exemplo magnífico de definir um foco, e tornar-se relevante e encantador para esse foco. Classe média baixa. 10! 9 – GUERRA DECLARADA Resistiram enquanto foi possível. Não conseguindo mais suportar o preço de uma concorrência, no entender deles, desleal, diferentes entidades representando o varejo pressionam o governo para encostar os marketplaces gringos, muito especialmente o SHEIN, SHOPEE e ALIEXPRESS na parede. Segundo os grandes do varejo brasileiro, os gringos sonegam impostos, e não respeitam as normas de segurança e antipirataria do Brasil. Segundo os varejistas brasileiros, a sonegação fiscal dos três e outros mais é superior a R$14 bi. Pelo lado deles, dos 3, seus representantes não entram no mérito das acusações. Apenas rebatem dizendo que seguem rigorosamente as leis e regulamentos do país. Ouvidas as duas partes, conclui-se que os varejistas brasileiros estão certos, mas seguirão tendo uma enorme dificuldade em bloquear a atuação dos internacionais. Pelas características do comércio eletrônico, pelo quanto já avançaram em nosso país, e que, em muito pouco tempo, o chamado varejo virtual caminha para se converter na nova realidade, e o analógico na velha e decadente realidade. Curto e grosso, o futuro remete aos globais, e aumenta os desafios nos nacionais e de cultura e índole analógica, mesmo que também sejam marketplaces. 10 – METAVERSO ‒ ALIMENTANDO INTERROGAÇÕES Em visita ao Brasil, NICOLA MENDELSOHN, VP GLOBAL de NEGÓCIOS da META, realizou alguns encontros e concedeu entrevistas. Numa das melhores matérias, dada a AMANDA SCHNAIDER de MEIO & MENSAGEM, muitas respostas e poucos esclarecimentos. Ou seja, e a partir das declarações de AMANDA, ainda remanescem muitas dúvidas nos caminhos que levarão a uma MIGRAÇÃO SEGURA, GRADATIVA E CONSISTENTE de todas as propriedades de MARK ZUCKERBERG, em direção a uma espécie de TERRA PROMETIDA, o METAVERSO. Como de hábito, e nas entrevistas dos diretores da META, números exuberantes, como os revelados pela AMANDA, “No conjunto das plataformas, 3,7 bilhões de pessoas acessando todos os meses… dois bilhões de pessoas por dia no “FEICE”, o WHATSAPP não fica atrás com também mais de 2 bilhões de usuários, e desculpou-se, ou, tentou explicar as demissões, repetindo as explicações de MARK ZUCKERBERG… “No início do ano MARK disse que 2023 era o ano da eficiência. Crescemos muito rápido e quando você cresce assim, há uma oportunidade para as empresas ficarem mais lentas. Assim, estamos trabalhando num processo de como podemos ser mais eficientes, ágeis e enxutos…”. MARK, isso não é ser eficiente, é ser EFICAZ. Faltou a MARK explicar melhor a seus diretores os movimentos que está fazendo. E especificamente em relação ao METAVERSO foi clara e precisa: “A versão completa do METAVERSO ainda está a uma distância entre 5 a 10 anos a partir de hoje… Se o “FEICE” continuar demorando, muito provavelmente algum player saltará a sua frente… Podem escrever! E agora, a lição de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER desta edição dupla de NOV/DEZ 2023, desejando a todos um FELIZ NATAL e um ÓTIMO 2024. A falta de compromisso com os prazos definidos, era um dos comportamentos que mais incomodava nosso adorado mestre. Profissionais que construíam e se comprometiam nos processos de planejamento, com a conclusão de certas missões em prazos específicos. E depois, num comportamento inaceitável, e sem nenhuma justificativa minimamente consistente, não cumpriam com o combinado. Nesse momento, e sempre, DRUCKER repetia a mesma lição, dizendo, “Quem não é capaz de administrar o seu tempo não é capaz de administrar nada” E é isso mesmo. Tudo tem prazo a ser respeitado e cumprido, salvo evento de força maior. Não faz o menor sentido comprometer-se, e, depois, pular fora. FELIZ ANO NOVO! CUMPRINDO TODOS OS PRAZOS EM 2024 E SEMPRE!
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Outubro 2023

BUT PRESS 27OUTUBRO/2023 Síntese mensal das principais movimentações, acontecimentos, registros no ambiente de negócios do Brasil e do mundo. Um trabalho de pesquisa, coleta de dados, análises e reflexões da equipe de consultores do MadiaMundoMarketing ― a única empresa de consultoria em todo o mundo que tem em seu DNA a ideologia da Administração Moderna, o Marketing. Sempre sob a orientação e mentoria do maior dos mestres da gestão e dos negócios, Peter Ferdinand Drucker. 1 – AP, e, PP Isso mesmo, a maioria das pessoas ─ e muito especialmente dos gestores públicos e representantes da população ─ não se deram conta que tudo o que fazia sentido AP – ANTES DA PANDEMIA, precisa de uma reconsideração e provavelmente redirecionamento radical no PP – PÓS-PANDEMIA. Qual a grande força da pandemia? Em verdade, pouco mudou no que já estava inoculado nas pessoas e na sociedade. E que mais adiante iria acontecer. Apenas e tão somente foi o fator detonador, ou, se preferirem, acelerador. Antecipou… Qualquer outro entendimento diferente desse, pode determinar erros monumentais. Em paralelo, e sempre, não existe nada pior em qualquer situação que seja, que ENCONTRAR-SE A RESPOSTA CERTA PARA A PERGUNTA ERRADA. Talvez, um dos melhores exemplos seja o que acontece agora na cidade de São Paulo. Discute-se, acaloradamente, uma revisão no chamado PLANO DIRETOR da cidade. Segundo a FOLHA, matéria assinada por CLAYTON CASTELANI, “Há quase uma década a cidade de São Paulo tenta por meio de seu PLANO DIRETOR estimular o setor imobiliário a construir moradias para a parcela mais pobre da população em áreas com acesso a transporte e oferta de empregos…”. Isso fez, segundo CLAYTON, que “entre as distorções que a prefeitura diz tentar combater com a revisão está a proliferação de apartamentos com menos de 35 metros quadrados… O número de unidades licenciadas por ano desses microapês avançou de 1.150 para 11.461 entre 2013 e 2021…”. E por aí segue o raciocínio e as supostas necessidades de uma revisão no PLANO DIRETOR da cidade de São Paulo. Não se deram conta que existe uma outra e nova realidade. Essa realidade, que segue alimentando esse raciocínio, é AP, anterior a pandemia. Já nova, crescente e irreversível realidade, a PP, sinaliza em outra e total diferente direção. Até o final de 2025, a maior parte dos profissionais e trabalhadores de SÃO PAULO, não precisarão mais sair de suas moradias para trabalhar. E o desafio das prefeituras das GRANDES CIDADES do mundo, não é mais regular e nem se preocupar com esses milhares de microapês que foram construídos ao lado das estações de ônibus e metrô, ou próximos das empresas. O grande desafio é o que fazer com os milhares que permanecerão vazios. Esse é o desafio que todos teremos que enfrentar e alertados pelo adorado mestre e mentor PETER DRUCKER há mais de 50 anos. A grande dificuldade e desafio não é acessarmos a todos os novos e sensacionais gadgets, ferramentas e informações de um mundo novo e em processo de construção. É, antes de qualquer outra providência, descartarmos as velhas molduras que possuímos em nossas cabeças. E se não o fizermos, e como também nos ensinou DRUCKER, continuaremos encontrando as respostas certas para as perguntas erradas. Desastre na certa. Como o que estamos assistindo, perplexos, em diferentes países e cidades do mundo… 2 – PENSE TRÊS VEZES ANTES DE DIZER IMPOSSÍVEL Lemos, CONSULTORES DA MADIA, com admiração, carinho e muita emoção, a matéria do ESTADÃO assinada por ANA LOURENÇO sobre dona ASPASIA D´AVILA, 95 anos. A certeza que impossível é uma palavra, um pensamento, que jamais deveríamos considerar. O que aparentemente é impossível hoje, é porque e apenas ainda não encontramos uma forma de tornar possível. ASPASIA, que, segundo ANA LOURENÇO, “depois da perda do marido e com alguns dias de tédio durante a pandemia, aos 92 anos, transformou um hobby recente em seu primeiro trabalho”. E, no depoimento, infinitas lições. Por exemplo, jovens terem paciência, amor, compaixão, e estenderem suas mãos e conhecimentos para os mais velhos. E se resolverem estender mãos e conhecimentos, terem paciência. Quem estendeu as mãos e escancarou o coração para ASPASIA foi sua neta FABIANA. Apresentou e ajudou ASPASIA a ter acesso a uma técnica japonesa de fabricação de bonecos. Os AMIGURUMI – AMI, trançado, e GURUMI, de pelúcia. Superado o medo, ASPASIA foi atrás, mergulhou na internet, e foi descobrindo e assimilando a técnica. Revela-se ASPASIA, “Sou uma pessoa muito feliz, tenho uma família maravilhosa. Meus filhos cuidam de mim, preocupam-se comigo e é importante se sentir assim… Tenho uma vontade de fazer as coisas. Sou muito positiva, não fico me lamuriando. Tudo o que acontece tem que acontecer…”. Em poucos meses, ASPASIA contabiliza a venda de centenas de seus bonecos… inclusive para outros países como JAPÃO, CANADÁ e PORTUGAL…”. ASPASIA conta que desde os 17 anos foi sustentada pelo marido. “Eu ficava bem zangada quando ele me perguntava porque eu precisava de dinheiro quando eu pedia…”. E conclui, “A sensação de comprar uma coisa com meu próprio dinheiro é libertadora…”. Sem a digisfera, sem o admirável mundo novo ainda em processo de construção, ASPASIA terminaria seus dias sem jamais aferir factualmente, o valor de seu talento, competência, capacidade, energia e vontade. Partiria com seu sonho. 3 – DE REPENTE, NEWCOMMERS NA PAISAGEM Sim, e hoje, os novatos chegam na maioria das situações pelo digital, e muitos deles, em algum momento, inserem-se, também, no analógico. No ano de 2019 chegou ao Brasil mais uma manifestação do chamado e-commerce, a SHOPEE, iniciativa do bilionário de Singapura FORREST LI, do ano de 2015, e que tem como maior virtude respeitar os hábitos e costumes de cada região ou país onde se instala. A palavra SHOPEE era utilizada por jovens em países da Ásia, e significa produtos baratos, acessíveis, muitas vezes falsificados, pechinchas, sem maiores expectativas de grande duração… Assim, e em poucos anos – 3 – a SHOPEE já é uma realidade por aqui. Segundo FELIPE PIRINGER, head de marketing da empresa, hoje a SHOPEE BRASIL já possui mais de 2 milhões de vendedores cadastrados, e 85% das vendas são de empreendedores do Brasil. Em entrevista para o PROPMARK, para a editora-chefe, KELLY DORES, FELIPE revelou o posicionamento e políticas da plataforma SHOPEE: “Somos um marketplace que conecta consumidores e vendedores de todos os tamanhos. Oferecemos os melhores recursos para que nossos vendedores possam ter maior competitividade. Dentre outros, LEVE MAIS, PAGUE MENOS, OFERTAS RELÂMPAGOS, PROMOÇÕES E CUPONS DE VENDEDOR, COMBOS, SHOPEE ADS…”. E o perfil e número de consumidores: “O nosso consumidor é, em sua maioria, jovem, mas dirigimos promoções e benefícios a todas as idades… Sabemos que as pessoas compram no e-commerce pela conveniência e variedade… Já somos a número 1 na média de usuários ativos mensais na categoria de compras no Brasil, e líderes no tempo em que as pessoas permanecem no aplicativo. E acumulamos mais de 14 milhões de seguidores em todas as redes sociais…”. E sobre o FUTURO, disse: “Pretendemos seguir apoiando o crescimento do comércio eletrônico no Brasil. E, para tanto, apoiaremos cada vez mais micro, pequenos e médios comerciantes… Hoje temos mais de 2 milhões de vendedores brasileiros, e mais de 85% das vendas são de empresas locais…”. É isso, amigos, em 3 anos é possível implantar-se uma operação gigantesca de e-commerce, de comércio eletrônico em qualquer lugar do mundo. Desde que exista coragem, recursos e competência. Vamos seguir acompanhando e analisando a performance de uma das maiores revelações desta década e até agora, o MARKETPLACE SHOPEE BRASIL. 4 – BOM, ÓTIMO, IMPORTANTE, DECISIVO, ESSENCIAL, EXCEPCIONAL… O processo segue. O movimento de mudanças no ambiente corporativo cresce, acelera-se, e tão cedo não vai terminar. Fluxo, e refluxo; respiração e expiração; descompressão ampla, geral e irrestrita. Dia após dia as empresas migrando para a SEKS. Sharing Economy e Knowledge Society. Para a SOCIEDADE DO CONHECIMENTO, onde o capital é o que as pessoas físicas e jurídicas carregam em suas cabeças e base de dados, e SHARING ECONOMY, onde a última e derradeira manifestação da escravatura despede-se – o emprego, o ser empregado – e novos formatos vão se revelando onde prevalece a parceria. Entre empresas e profissionais. Os antigos e humilhados em diferentes intensidades dos empregados de ontem, devidamente reposicionados com profissionais empreendedores, e que se convertem em parceiros das empresas. Não existe mais o vínculo e exclusividade de prestar serviços para uma única empresa, apenas o dever de lealdade e confiança de não prestar serviços para empresas concorrentes. Faltava um exemplo consistente, polêmico, absurdamente corajoso e desafiador dessa nova realidade, e o exemplo chegou através da aquisição do TWITTER pelo último empresário verdadeiramente criativo da terra, ELON MUSK. Todos os demais, ou muitos dos demais são INOVADORES, mas quem faz brotar do zero, absolutamente inédito e surpreendente é ele, MUSK. Finalmente consumada a compra do TWITTER, e diante das atitudes surpreendentes e quase que esquizofrênicas de MUSK, muitos começaram a duvidar de que existisse alguma chance de sucesso na aquisição. Mas os dias estão passando, MUSK já despediu ¾ dos profissionais da empresa, e, no depoimento dos usuários que sobreviveram no TWITTER, que não abandonaram a plataforma, o sentimento é de que nada aconteceu, ou, em outras palavras, que não sentiram a menor falta de nenhum dos 5.500 despedidos. Os 2000 que permaneceram mais que estão dando conta do recado. Semanas atrás, e comentando sobre a dispensa de 75% de seus “colaboradores”, e em seu tradicional e recordista de audiência podcast, MUSK foi perguntado qual o critério que adotou para selecionar os sobreviventes e aos quais confiaria a missão de ressuscitar o velho e bom passarinho, o TWITTER. E respondeu dizendo que se fez uma única pergunta: “Quem é essencial, e quem é excepcional”. E foi o critério, a grade, a régua que deu ao demais comandantes da equipe. Os ¼ excepcionais permaneceram; os ¾ essenciais partiram… Isso posto, e a partir de agora, MUSK traz importante contribuição a todas as empresas em processo de crise no sentido da definição de suas métricas, claro, dependendo do grau e intensidade da crise. Nos anos 1960 todos os chamados BONS permaneciam; nos 1970, os que se revelavam IMPORTANTES; nos 1980 prevaleceram os DECISIVOS; nos 1990, 2000, 2010, e até 2022, os ESSENCIAIS. E a partir de agora, e em mais uma das criações de MUSK, só devem permanecer trabalhando nas e dentro das empresas, os EXCEPCIONAIS. Isso posto, e partir de agora, só nos resta acompanhar se seguir analisando os resultados das decisões de MUSK em relação ao seu TWITTER. Se vai voltar a cantar como nos primeiros anos, ou se em pouco tempo perderá a razão de ser, convertendo-se num pássaro empalhado vagando na digisfera, e em companhia de outros líderes que já partiram como, um ORKUT… 5 – A RESPOSTA CERTA PARA A PERGUNTA ERRADA Lemos e analisamos os resultados da pesquisa da multinacional de consultoria e auditoria PwC, originalmente PriceWaterhouseCoopers, sobre a participação de conselheiros, nos conselhos de muitas empresas simultaneamente. Dentro da premissa que, quanto mais o conselho participa, melhor fica em termos de experiência. A conclusão da pesquisa é: “Conselheiros que servem a muitas empresas, em especial aqueles que também exercem carreira executiva, podem não ter condições de realizar suas funções de forma eficaz”. A pesquisa foi realizada junto a 704 dirigentes de empresas, a maior parte de empresas com receita anual acima de US$1 bilhão. E traduzindo em recomendação, e segundo os resultados da pesquisa, que o ideal é um profissional ou empresário participar do conselho de duas empresas; excepcionalmente, dependendo das características das empresas, de no máximo três. E tudo estaria certo se o grande desafio da atualidade fosse esse. Pelo tsunami tecnológico que detonou a base e sustentação das empresas como eram e vieram até a virada do milênio, e como a maior parte dos conselhos é formada por executivos com forte experiência no mundo que ficou para trás, o mundo velho, mas que ainda continua por aí, tudo o que temos constatado, nós, consultores da MADIA, é que hoje, a maioria dos conselhos, e contrariando sua finalidade, é absurdamente tóxica. Ao invés de agregar oxigênio, inovação, perspectivas positivas para o futuro da empresa, e lastreados numa experiência hoje absolutamente descartável, com as melhores das intenções e maldade zero, remetem as empresas em que atuam os conselhos em direção ao passado. Como um dia disse SCOTT FITZGERALD: “Barcos contra a corrente, arrastados incessantemente para o passado”. Isso posto, e claro que nenhum profissional ou empresário que participe de conselhos de empresas deve aceitar, no máximo, três convites, a pergunta certa e essencial não é essa. É que tipo e cabeça e experiência de conselheiro minha empresa precisa para atravessar a tormenta do tsunami e fazer a travessia; do mundo velho para o mundo novo? E, repetindo, por tudo o que temos constatado, mais de 50% dos conselhos das empresas de hoje inserem-se na citação de SCOTT FITZGERALD. Estão convertendo as empresas onde são conselheiros, como se fossem barcos contra a corrente arrastados incessantemente para o passado… Em naus dos tempos dos descobrimentos… Séculos atrás… 6 – LEMBRAM, “VOU AO SUPER…” FOI-SE O TEMPO Embora e supostamente prazerosa, dependendo da bandeira e da loja de supermercado, décadas atrás era uma festa ir a um supermercado. Na partida, e com a chegada, 1953, agosto, de propriedade de Mario Wallace Simonsen, os primeiros “supers” amedrontavam pessoas acostumadas a comprarem em lojas com vendedores. Não se sentiam à vontade pegando produtos na prateleira e ir colocando no carrinho. Tinham medo de serem presas. Hoje, 70 anos depois, os “supers” invadiram o Brasil em diferentes formatos, e agora tentam se reinventar diante do crescente prevalecimento do SBD – SUPER BY DELIVERY… E, no meio do caminho, novos formatos foram se manifestando, e dentre esses, e nos últimos 30 anos, o advento e sucesso dos ATACAREJOS, onde o ATACADÃO converteu-se em referência, e foi comprado em 2007, por R$ 2,2 bilhões, pelo CARREFOUR. Feito esse rápido introito, neste preciso momento o CARREFOUR decidiu e começa a ativar, em sua estratégia global, levar o modelo ATACADÃO para a FRANÇA. E, claro, os franceses, os mais velhos começaram a torcer o nariz. Apenas lembrando, o CARREFOUR nasce do estudo que os irmãos CARREFOUR fizeram nos ESTADOS UNIDOS, onde aprenderam a ciência e a arte do autosserviço. No início importaram o modelo americano, colorido, barulhento, estridente, e os franceses detestaram. Corrigiram essa espécie de Carnaval, optaram pela discrição, tons pastéis, e sucesso total. E, depois, invadiram outros países, muito especialmente o Brasil. Dizem que os conquistados mudam a cultura dos conquistadores. E foi o que aconteceu com o CARREFOUR. Que ganhou muito dinheiro com o ATACADÃO, decidiu levar o modelo para a França, mas esqueceu-se de como são os franceses. Lembram da frase cunhada em ROMA, século VI d.C, por SANTO AGOSTINHO, “Em Roma como os romanos”. Isso mesmo, na França como os franceses e o CARREFOUR vai ter que investir pesado e adaptar forte o modelo ATACADÃO para ter alguma chance de sucesso. Começa que os franceses se incomodam com o til e têm enorme dificuldade em falar ATACADÃO. Mas, inicialmente, lideranças das cidades começam a se incomodar e vai ficando difícil escolher por onde começar. Em princípio, a invasão brasileira ATACADÃO do CARREFOUR começaria pela cidade de SEVRAN, de pronto rejeitado pelo prefeito STÉPHANE BLANCHET que protesta, revolta-se, dizendo, “Advirto o CARREFOUR sobre as consequências desastrosas se o plano for levado adiante”. É isso, amigos. Os conquistadores levando para suas terras de origem novidades aprendidas com os povos conquistados. Mas e que, e para terem alguma chance de sucesso, precisarão de uma customização, quem sabe, reengenharia… 7 – INOVAÇÃO Se alguém tinha alguma dúvida sobre a importância da INOVAÇÃO no desenvolvimento e resgate de empresas, cidades e países, os exemplos de Israel, Alemanha e Coreia do Sul são mais que emblemáticos e comprovadores. E não existe melhor aditivo para que a INOVAÇÃO seja plantada, germinada, floresça e ecloda do que a EDUCAÇÃO DE QUALIDADE. O que faz de nosso país, e embora potencialmente rico, de uma pobreza monumental. Nesse sentido, da maior importância a iniciativa do SESI, criando o SESI LAB, em Brasília (DF), desde sua inauguração visita mais que obrigatória de todos que vão conhecer a capital federal. 8000 metros quadrados, nas antigas instalações do Edifício Touring Club, e que tem por objetivo, conforme declaração do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), ROBSON BRAGA DE ANDRADE, “despertar o interesse das pessoas por ciência e tecnologia a partir de experiências e vivências…  um lugar para estimular a autonomia do pensamento a partir do protagonismo de cada visitante em seu processo de percepção e construção de sentidos…”. Muito brevemente, repetimos, iniciativas semelhantes deverão se multiplicar pelas principais cidades do País. Mais que na hora de darmos início a uma gigantesca operação de instituir e disseminar uma cultura de INOVAÇÃO no Brasil. 8 – TANTO FAZ AQUI, NO PIAUÍ, EM MADRI, OU, HAITI… Algumas empresas decidiram mergulhar no A DISTÂNCIA com tudo. E o a distância pode ser no bairro ao lado da empresa, em outra cidade, estado, país, mundo. Um exemplo desse novo entendimento e política é o da LIBBS, farmacêutica brasileira, e desde o ano de 2021. Numa decisão histórica, MADALENA RIBEIRO, diretora de RH da empresa anunciou em entrevista ao jornal VALOR, “que, estava entregando o prédio onde funcionou durante anos, adotou o HOME OFFICE para seus 3000 funcionários administrativos, e ainda fechou parceria com espaços coworkings para os que precisarem”. Mas, as novidades são de uma dimensão ainda maior. Os profissionais da LIBBS que quiserem, e desde que atendam algumas condições, podem trabalhar de qualquer lugar do mundo. Segundo MADALENA RIBEIRO, “Os funcionários podem morar e seguir trabalhando fora do País por até 18 meses. Caso decida continuar morando fora, avaliamos a possibilidade de uma mudança definitiva. Hoje já temos profissionais morando e trabalhando da Itália, Canadá, Índia, México e Portugal. Temos normas de boas práticas, e para que possam participar do programa é necessária a aprovação do gestor imediato, trabalhar sob o regime de CLT, e exercer atividade que possa ser realizada de forma 100% remota…”. Ou seja, amigos, novos tempos, novos hábitos, novo mundo… 9 – TIME, CONEXÃO EMOCIONAL, UMA NOVA CULTURA EM CONSTRUÇÃO De que todos, ou quase todos, trabalharão a maior parte do tempo a distância não existe a menor dúvida. Assim, é fundamental encontrar-se um mix que considere o prevalecimento do trabalho a distância, mas com ilhas e momentos de encontros e confraternizações. Suficientemente capazes de recarregar as energias emocionais, até um próximo encontro presencial. Segundo a consultoria GARTNER, que realizou alguns estudos exercitando diferentes possibilidades, e publicado pela revista VOCÊ RH, o bálsamo, ou aditivo, ou princípio ativo que atenua e até agrega neste momento de mudança nas relações, é a existência de laços emocionais sólidos e consistentes. Talvez uma das mais importantes conclusões da GARTNER, ainda que mais ou menos óbvia, mas que em momentos de ruptura como o que estamos vivendo as pessoas têm enorme dificuldade de aceitar, ver, perceber, reconhecer, é que a proximidade física por si só não quer dizer absolutamente nada. Sozinha não só não produz qualquer tipo de milagre como pode provocar alguns conflitos e até mesmo induzir o tédio. Em termos formais, e desde que a componente laços emocionais existam e sejam sólidos e consistentes, como dissemos, a proximidade física pode representar uma embalagem ideal para caracterizar ainda mais a sensação de pertencimento das pessoas. A GARTNER traduz uma soma de fatores no que denomina de LINK CULTURAL. E os que funcionam de verdade, e os que são quase irrelevantes. Por exemplo, independente de presencial ou a distância, as pessoas consideram-se pertencentes quando o bálsamo da cultura é aspergido e se insere naturalmente nos trabalhos. Quando se estabelece esse LINK CULTURAL, a chamada proximidade emocional cresce em até 27%. Já, quando não existe esse LINK CULTURAL, trabalhar próximo ou presencialmente não acresce nada em termos de conexão. Na síntese das conclusões, constata-se que 43% sentem-se conectados quando a cultura é inerente aos processos e ao trabalho. E de apenas 3% pelo fato do trabalho ser presencial. É isso, amigos. Neste momento de transição geral e irreversível, todos correndo atrás de orientação e ensinamentos para atenuar as decorrências da mudança, sob uma ótica, e sair na frente dos concorrentes com o capital humano mais fortalecido, integrado e feliz. E é por aí, mesmo. 10 – EDUARDO PEREZ NO COMANDO EDUARDO KAMINITZ PERES, um dos quatro filhos daquele que talvez seja o mais importante empresário do território de SHOPPING CENTERS em nosso país, JOSÉ ISAAC PEREZ, foi escolhido como sucessor e já assumiu o comando da MULTIPLAN. EDUARDO ingressou na empresa no ano de 1988, e agora, 35 anos depois, assume o comando. Hoje a MULTIPLAN, dentre as empresas de capital aberto na BOVESPA e desse território, tem um valor de mercado da ordem de R$14 bilhões, seguida pela ALIANSCE SONAE, R$11 bilhões, e IGUATEMI, R$6 bilhões. Em seus 35 anos de empresa, EDUARDO trabalhou em diferentes setores e posições. A partir do ano 2000 passou a ocupar uma das chefias da área de operações, em 2006 passou a integrar o Conselho, mas desde 2001 vinha exercendo a vice-presidência de operações. Segundo as pessoas que vêm convivendo com EDUARDO nesses 35 anos, ele é uma pessoa “de difícil trato pessoal, mas ótimo na execução”. Isso posto, cabe a EDUARDO o maior de todos os desafios que a MULTIPLAN já enfrentou até hoje. Reposicionar todos os seus shoppings. Que gradativamente vão deixando de ser SHOPPINGS, tendo que se converter em LIVING CENTERS. Onde também se compra, muito menos do que até hoje, mas onde se intensificam os encontros, relacionamentos e diversões. DRUCKER´S MONTHLY E agora, a lição de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER deste mês de outubro de 2023. Hoje, uma nova e magistral definição, esclarecimento, luz, de nosso adorado mestre e mentor. AS QUATRO PERGUNTAS ESSENCIAIS. Ensinou DRUCKER, “as quatro perguntas essenciais que todos os administradores sempre se deveriam fazer: 1. O que eu estou fazendo que não precisa ser feito?2. O que eu estou fazendo que poderia ser feito por outra pessoa?3. O que eu estou fazendo que só eu posso fazer?4. O que eu deveria fazer que não estou fazendo?”.
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Setembro 2023

BUT PRESS 26SETEMBRO/2023 Síntese mensal das principais movimentações, acontecimentos, registros no ambiente de negócios do Brasil e do mundo. Um trabalho de pesquisa, coleta de dados, análises e reflexões da equipe de consultores do MadiaMundoMarketing ― a única empresa de consultoria em todo o mundo que tem em seu DNA a ideologia da Administração Moderna, o Marketing. Sempre sob a orientação e mentoria do maior dos mestres da gestão e dos negócios, Peter Ferdinand Drucker. 1 – RTO, DS, e, FB No território do business, e segundo pesquisas realizadas pelo site de vagas e empregos GLASSDOOR, três foram as siglas/expressões que prevaleceram no ano de 2022: RTO, DS, e, FB. RTO, de RETORNO AO TRABALHO, uma vez passada a pandemia, e que não foi aceita tranquilamente por todos. Uma boa parte dos profissionais preferiu reconsiderar a carreira e a vida. E deixou seus empregos. DS – DESISTÊNCIA SILENCIOSA – de uma parcela expressiva de profissionais que preferiu, no mínimo, dar um tempo e repensar a vida. E, FB, FUNCIONÁRIOS BUMERANGUES, que num primeiro momento desistiram de seus empregos, e simultaneamente decepcionaram suas empresas. Com o passar do tempo o clima de contenda dissipou-se, recompuseram-se e retornaram a empresa e posição que tinham nas empresas, com um pequeno aumento. É isso, amigos. Começamos a viver um esboço de uma nova realidade. Apenas lembrando, e em meio à pandemia, absolutamente desesperançados de uma solução do curto prazo, os ESTADOS UNIDOS viveu em 2021 a maior onda de pedidos de demissões de sua história. O total de demitidos e demissionários alcançou a casa de 41 milhões de profissionais. E entrou para a história como A GRANDE RENÚNCIA. Claro, das duas partes. 2 – DIGNIDADE SCOTT FITZGERALD, nas palavras e descrições de seu personagem principal, o GREAT GATSBY, e a ele referindo-se, dizia, “Um senso de dignidade fundamental é concedido às pessoas desigualmente ao nascer.” E é o que observamos e constatamos no correr de nossas vidas. Um dos exemplos mais trágicos do que é a falta de dignidade e caráter num ser humano é o episódio que agora protagonizam dois atores de praticamente um filme só, de mais de 50 anos atrás, e que hoje, com mais de 70 anos de idade, e pegando carona na onda dos processos, decidem levar à Justiça FRANCO ZEFFIRELLI, por cenas rápidas de nudismo no filme recordista de bilheteria ROMEU e JULIETA. OLIVIA HUSSEY e LEONARD WHITTING, no filme, ela, a Julieta e, ele, o Romeu, de 1968, ingressaram com uma ação de indenização na Justiça americana, contra a produtora PARAMOUNT, exigindo uma indenização de US$500 milhões, devido aos supostos danos emocionais que sofreram por causa de uma cena de nudez. Na cena aparece as nádegas de LEONARD, e os seios de OLIVIA. Isso posto, ninguém, nenhum ser humano, está livre de em algum momento de sua vida, ser processado por alguma atitude, declaração, procedimento que teve, décadas atrás, onde as supostas vítimas tenham concordado e auferidos ganhos financeiros e de imagem e reputação. E só agora, décadas depois, e pegando carona no politicamente correto, sintam-se injuriadas… Por essas e outras razões que SCOTT FITZGERALD anotou em seu personagem antológico e magistral, THE GREAT GATSBY: “Um senso de dignidade fundamental é concedido desigualmente as pessoas ao nascer…”. E para parcela expressiva das pessoas, é exatamente o que falta: dignidade fundamental. 3 – E O CADE APROVOU! No dia 11 de novembro de 2022 o CADE, através de sua Superintendência-Geral, aprovou a fusão do ALIANSCE SONAE e BRMALLS, dando origem a maior administradora de shopping centers da América Latina, com um total de 69 shoppings, 13 mil lojas, e no momento da aprovação, com um valor de mercado de R$11,2 bilhões. Todo o processo transcorreu no exato momento em que existe, em decorrência do tsunami tecnológico, do delivery, e da pandemia, com uma mudança radical no comportamento das pessoas em relação às suas idas aos shoppings, de uma revisão essencial no modelo que prevaleceu até aqui. Assim, existe uma grande expectativa em como seus gestores vão processar a soma, qual a estratégia adotada face a necessidade de um reposicionamento imediato dessa instituição. Antes da pandemia, em termos gerais, os shoppings caminhavam para deixarem de ser shoppings, e converterem-se em LIVING CENTERS. Onde as pessoas frequentariam talvez e até com maior intensidade, mas não mais, prioritariamente, para comprar. Para passear, ir ao cinema ou teatro, e comer nas lanchonetes e restaurantes. E, já que estavam por lá, aproveitariam para algumas comprinhas. Depois da pandemia e de todas as suas decorrências, esse entendimento precisa, no mínimo, passar por uma revisão, e ser aperfeiçoado. De qualquer maneira, os gestores da maior empresa de shoppings da América Latina passam a conviver com um belíssimo desafio. Dar sentido e tornar rentável para todas as partes envolvidas nessa megafusão. No comando do processo o executivo, RAFAEL SALES, agora CEO da ALIANSCE-BR MALLS, que em entrevistas recentes não esconde e nem tenta diminuir o tamanho do desafio. Diz RAFAEL, e inclusive deixa indagações no ar: “Será que é necessário continuar consolidando, ou teremos um tamanho tão grande que não precisa mais? Talvez transações grandes como essa com a BRMALLS não valham mais a pena, não seja necessário pensando em retorno para os acionistas…”. E completa dizendo que: “O foco agora vai ser total no processo de integração. Temos que juntar empresas e sistemas e nunca se operou uma empresa desse tamanho… E vamos olhar o valor a ser gerado no negócio especialmente ainda no que não fazemos tanto, como vender mais mídia e trabalhar melhor o mix de lojas…”. Antes de consolidar as duas operações, os shoppings que perderam a razão de ser foram vendidos, e assim, e a partir de agora, começa o jogo. No entendimento dos consultores da MADIA, a nova e maior empresa de shoppings da América Latina ainda vai levar de 3 a 5 anos para compreender toda a dimensão das mudanças radicais que passam a caracterizar os SHOPPING CENTERS daqui para frente. Considerando-se que estão deixando de serem SHOPPINGS, e convertendo-se em LIVINGS CENTERS… 4 – O NÚMERO QUE SEMPRE FALTA Todos os anos as empresas responsáveis pelo monitoramento do ambiente corporativo e dos negócios divulgam os dados das empresas que recorreram ao instituto da RECUPERAÇÃO JUDICIAL. Não conseguem honrar os compromissos, vão se endividando, e pedem um tempo para respirar. Uma instituição que monitora a saúde econômica das empresas é a SERASA EXPERIAN. E agora acaba de divulgar os dados referentes ao ano passado, e a leitura dos mesmos, sem a informação de quantos milhares de empresas fecharam definitivamente suas portas fica sensivelmente prejudicado. De qualquer maneira, o número dos dois anos impactados pela pandemia são decrescentes. Antes da pandemia, 2020, 1.179 empresas recorreram a RECUPERAÇÃO JUDICIAL. Em 2021, o número caiu para 891, e no ano passado, 2022, para 833. Repito, a diminuição tem tudo a ver porque diminuiu sensivelmente o número de empresas que se habilitou a pedir a RECUPERAÇÃO. Nos anos da pandemia, dezenas de milhares partiram direto para a falência, fechamento de portas, encerramento das atividades. Assim e sempre, todo cuidado na leitura de dados. 5 – O FIM DOS EMPREGOS Dentre os temas que mais vão se discutir no que resta desta década, é, enfim, o fim dos empregos. Ser empregado, e ainda para muitos uma dádiva, é o último degrau da escravatura. Ninguém deveria ser empregado de ninguém. Todos deveríamos ser prestadores de serviços, justa e merecidamente remunerados. Todos deveríamos ser profissionais empreendedores, sem vínculo com ou a uma única empresa, mas disponíveis para prestar nossos serviços para muitas e simultaneamente. Saem de campo os profissionais empregados, e, em seus lugares, entram os profissionais empreendedores e parceiros de outras e muitas empresas. Essa é a essência da SEKS – SHARING ECONOMY & KNOWLEDGE SOCIETY – Sociedade onde o capital é o conhecimento que portamos em nossos cérebros, que se torna produtivo através do SHARING, do compartilhamento, com alguns, muitos, centenas ou milhares de parcerias que celebramos com diferentes profissionais empreendedores, dependendo das especificidades e características dos desafios que são colocados. De certa forma, e entendendo a importância única do momento em que vivemos, DOMENICO DE MASI dedicou seus últimos anos para mergulhar o mais profundo possível em seu mais recente e espetacular livro, O TRABALHO NO SÉCULO XXI, lançado no Brasil no ano passado, com quase 800 páginas, pela editora SEXTANTE. Ouro puro de sensibilidade e sabedoria. Não obstante a visão de DE MASI, carregada do social, perca um pouco da isenção. Mas o livro é leitura obrigatória. Logo no início do livro DE MASI, remete a HANNAH ARENDT, filósofa e política alemã, que por sua vez refere-se ao que dizia MARTINHO LUTERO, o protagonista do maior processo disruptivo da história da humanidade, a disrupção da Igreja Católica. LUTERO dizia: “O homem nasceu para trabalhar, como o pássaro para voar. Por isso deve ser imposto aos ociosos. As pessoas que não defendem e não sustentam ninguém, mas consomem, vadiam e só se tornam preguiçosas, o príncipe não deveria tolerá-las em seu país, mas expulsá-las ou obrigá-las a trabalhar como fazem as abelhas, que mandam embora os zangões que não trabalham e comem o mel das outras abelhas”. Toda essa introdução para comentar a matéria de capa do suplemento de um final de semana do jornal VALOR. E que tem por título, “CONFLITOS NA LIDERANÇA – trabalhadores dizem que chefes tiranos ainda são comuns”. Provavelmente seja verdadeiro. Mas por que esses trabalhadores insistem em aceitar essa situação? Porque não mergulham de cabeça, coração e alma na SEKS. Na Sociedade do Conhecimento onde a forma de se trabalhar é por parceria, e não mais por subordinação e dependência. Fim. Os séculos e milênios onde seres humanos por absoluta e total falta de alternativa aceitavam serem empregados vão se despedindo.Ingressaremos nos anos 2030 com a maior parte dos profissionais trabalhando de forma independente, vendendo os serviços de seus conhecimentos e especializações, e no formato de parceria.Já era tempo. 6 – DE REPENTE, NOVIDADES NA DEMOGRAFIA Nada acontece do dia para a noite na demografia, no estudo, acompanhamento, metrificação, da evolução e movimentos das populações. Assim, o que começa a se revelar de forma mais ostensiva hoje, já era mais que sabido pelos estudiosos dos países desde a virada do milênio. Até o final deste século, a população do mundo ao invés de crescer vai diminuir. Os últimos números devidamente ajustados indicam que a população do mundo irá cair pela metade – se nada for feito – até o ano de 2100. Isso mesmo que você ouviu: cair pela metade! Dos 8 para 4 bilhões. Uma espécie de desertificação populacional do velho e querido mundo. E assim, e como não poderia deixar de ser, mais e muitos países tomam providências na tentativa de atenuar as consequências desse processo de encolhimento. Que se sintetiza no seguinte desafio. Como vivemos mais anos e nascem menos crianças, faltarão braços e corações para cuidar dos velhos… Em alguns países, como o JAPÃO, a situação já vem se revelando uma realidade desde agora, com a agravante que a maioria das famílias e pessoas quer viver cada vez mais na capital TÓQUIO, ou vizinhança. Assim, e desde 2019, o governo vem oferecendo 300 mil ienes (mais ou menos R$12 mil), para todas as famílias que se mudassem de Tóquio para cidades do interior. No começo com algum sucesso, mas de um ano pra cá zero de adesão. Conclusão, multiplicaram o oferecimento por três, e agora é 1 milhão de ienes (mais ou menos R$41 mil), para quem aceitar a oferta. E, nesse ritmo, e aceleração da desertificação dos países e cidades, muito brevemente, ao invés das pessoas precisarem comprovar renda e realizar depósitos para mudarem-se para outros países, receberão prêmios, recompensas e dinheiro. A disputa será grande. Coisas de um mundo que cresceu desbragadamente no século passado e até a virada do milênio, e agora começa a decrescer, murchar. 7 – CACAU SHOW – INDEPENDENTE DA PANDEMIA, NÚMEROS EXUBERANTES Depois de meses sem dar declarações, ALÊ COSTA, membro da Academia Brasileira de Marketing e todo poderoso da CACAU SHOW causa inveja à maioria das empresas de todos os setores e atividade e portes; a CACAU SHOW cresceu 26% no ano passado, e faturou vendendo chocolates R$4 bilhões. Mas, números mais exuberantes ainda dizem respeito à multiplicação e abertura de lojas no ano passado. Foram quase 1000, e agora totaliza 3.770 lojas em todo o Brasil. Em entrevista ao VALOR, ALEXANDRE COSTA, o ALÊ, diz: “Solicitamos ao GUINESS BOOK o reconhecimento da CACAU SHOW com a maior rede de chocolates do planeta”, e, completa, “1000 lojas era uma meta praticamente inatingível. 1000 lojas em um ano em um único país não têm precedentes…”. É isso, amigos. Em meio a empresas encerrando atividades, milhares de lojas fechando para sempre, uma luz de esperança e referência na performance espetacular da CACAU SHOW. De verdade, e praticamente, desde sua criação por ele, ALEXANDRE COSTA, o ALÊ!     8 – O ESTADO INCOMPETENTE E ESTELIONATÁRIO É isso que é o ESTADO brasileiro. Balofo, incompetente, e estelionatário na medida que nos cobra por infinitos serviços que tem a responsabilidade de prestar e não presta e fica por isso mesmo. Desde as ruas das principais cidades do País absolutamente esburacadas, às calçadas onde todos os dias, em todo Brasil, mais de 1000 pessoas têm que recorrer a postos de saúde e hospitais pelos tombos que levam por falta de manutenção mínima. Algumas dessas pessoas precisam passar por cirurgia, e ao menos, três por dia, morrem. Isso mesmo. Morrem de tombo nas calçadas do Brasil. Isso posto, e já que o ESTADO vende, cobra, recebe, e não entrega, a cada dia que passa somos convidados a fazer seguro para tudo. Muito especialmente no quesito SEGURANÇA. Leio, por exemplo, a notícia que o BANCO NEON agora está ingressando no território do seguro. E vai se concentrar exatamente nos seguros que se revelam necessários devido aos estelionatos do ESTADO. Assim, e conforme a notícia, e em parceria com o BNP PARIBAS CARDIF, o primeiro produto tem por objetivo proteger bens e dinheiro. Por um valor inicial de R$4,90 mês, a apólice do NEON traz proteção para roubo, furto, perda ou roubo de celular, e ainda para transações ocorridas depois do roubo do celular… Enquanto nas principais cidades do mundo as pessoas falam no celular ao ar livre, nas ruas, bares, restaurantes, e não acontece nada, aqui o risco é total. Embora o incompetente e estelionatário ESTADO brasileiro nos cobre para oferecer os serviços de segurança.Vamos continuar assistindo esse absurdo até quando? 9 – A SEGUNDA BOLHA ECLODIU E POUCOS SE DERAM CONTA A primeira bolha das chamadas empresas da NOVA ECONOMIA eclodiu na virada do milênio. Ainda eram poucas empresas, o barulho foi pequeno, e parcela significativa das que começavam a decolar espatifaram-se no chão poucos metros, minutos, alturas após a decolagem. Da primeira bolha que poucos se lembram, e dentre os exemplos mais emblemáticos e históricos em nosso país, o encerramento das atividades do primeiro dos MARKETPLACES, o AMÉLIA, do PÃO DE AÇÚCAR, e do primeiro banco pretensamente digital, o BANCO 1, do UNIBANCO. Na América Latina, a debacle, quebra e devolução pelo SANTANDER, do PATAGON, também uma das primeiras tentativas de BANCO DIGITAL. Não só não deu certo que, além das centenas de milhões de dólares que perdeu na aquisição, o banco ainda precisou pagar uma quantia adicional para o vendedor receber de volta o PATAGON. Agora, mais de 20 anos depois, testemunhamos três tipos de fenômenos. Milhares de novas empresas nas operações de decolagem e ficando pelo caminho. Algumas chegaram a alçar voo, mas não conseguiram se sustentar e vão fechando. Outras decolaram, converteram-se em UNICÓRNIOS, seus criadores ficaram ricos, e agora tentam a todo custo resistir e sobreviver. E as chamadas BIG TECHS, que permanecem vivas, relativamente prósperas, mas perderam o brilho e causam alguma preocupação. Os números referentes ao ano passado, 2022, para as BIG TECHS em geral, foram devastadores. Mas e ainda, sem causar preocupações de eventuais insolvências. Consolidados e analisados todos os dados oficiais e já publicados, na soma das 7 maiores BIG TECHS: APPLE, MICROSOFT, ALPHABET, AMAZON, TESLA, META e NETFLIX, uma perda total e somada de US$ 4,6 trilhões. Perderam o equivalente a três vezes o PIB do Brasil do ano passado. Na véspera do NATAL de 2021, uma APPLE valia US$2,9 trilhões. Na véspera do de 2022, US$2,0 trilhões. Já a MICROSOFT despencou de US$2,5 trilhões para US$1,5 trilhão. A ALPHABET – GOOGLE + YOUTUBE e outros negócios – caiu de US$1,9 trilhão para US$1,1 trilhão. A AMAZON de US$1,67 trilhão para US$850 bilhões. A TESLA, de US$1 trilhão para US$389 bilhões. A META, de US$920 bilhões para US$319 bilhões. E a NETFLIX, de US$267 milhões para US$131 milhões… Ou seja, amigos, todas sob atenção total, e tentando conter o derretimento e repensar o posicionamento e estratégia daqui para frente. Essa é a 2ª bolha que vem eclodindo suave e silenciosamente, mas com consequências, repito, devastadoras. 10 – MEDO DE ENFRENTAR O FUTURO, OU, FUGITIVOS DA REALIDADE Claro, a pandemia acelerou, mas, e apenas, antecipou o que era irreversível e inevitável. Há décadas todas as empresas, em maior ou menor intensidade, vem se preparando para o dia da grande mudança. E que chegou e está em curso, uma espécie de dia que demandará anos, mas é inevitável, e irreversível. Tudo bem, as pessoas resistirão, encontrarão mil razões e motivos para negar a nova realidade, mas com o correr do dia passarão a fazer parte de um contingente declinante, decadente, até exaurir-se. O local de trabalho, como conhecemos nos últimos 70 anos, e pós duas Grandes Guerras, da chamada sociedade de serviços, tornou-se irrelevante, supérfluo, disfuncional. O contato físico entre pessoas segue insubstituível, mas não necessariamente passa mais por salas e escritórios. Como tínhamos que trabalhar todos os dias, acabávamos nos conformando com esse ritual. E, assim, 5 dias por semana, 8 horas por dia, convivíamos fisicamente com nossos companheiros de jornada, trabalho e luta, e éramos muito felizes. Não obstante, parcela expressiva de nós, passasse todos os dias duas ou mais horas para chegar, e duas ou mais horas para voltar, espremidos, absolutamente desconfortáveis, o que significava arredondando que nossas semanas não tinham sete e sim seis dias. E, no correr das últimas décadas, fomos desenvolvendo uma série de traquitanas, componentes, peças, plataformas, que um dia nos liberassem do velho e querido escritório. Fax, celular, internet, diferentes plataformas, redes sociais, games, comunicação por voz, vídeo, ou texto, infinitos bate-papos a distância, e faltava o pretexto inegociável e impositivo: a pandemia. Sem nos darmos conta, o dia chegara, e a mudança iniciou-se. O escritório tal como um dia conhecemos, e até ontem, e até hoje, realidade em muitas empresas, morreu. Falta apenas ser enterrado. Por mais que as incorporadoras sigam lançando edifícios de escritórios… E aí muitos de vocês perguntarão, MADIA, por que e ainda tanta resistência? Porque as ferramentas hoje existentes, tipo TEAMS da MICROSOFT, são produtos da cabeça de tecnólogos, onde falta, essencialmente, HUMANIDADE. São ótimas, funcionam perfeitamente, práticas, PARA ELES. Mas não para os demais humanos. Ainda tentando entender o que aconteceu com sua querida sala, mesas, lápis e canetas, canto do cafezinho, amigo. Mas, por pouco tempo. Em questão de meses, dezenas de alternativas de plataformas humanizadas, já diante do verdadeiro conceito e entendimento da METASFERA estarão disponíveis, e todos nós, muito rapidamente, nos adaptaremos à novidade com extrema felicidade, na medida em que emulam e para melhor com uma série de vantagens, menos o contato físico, o mundo em que vivíamos até ontem. Onde nossa empresa existe, nossa sala, mesas e cadeiras, equipamentos, salas de reunião, sem fila no banheiro e sem precisar esperar a hora do café. Claro, para todos aqueles que acreditam que não obstante os tropeços do caminho, caminhamos sempre para frente e para o melhor. Isso posto, querido amigo, e se você ainda tem alguma dúvida, mais que recomendamos. Comece a organizar e preparar a mudança de sua empresa do analógico para o virtual, da terra para METASFERA. Vai sobrar mais tempo para aquilo que a maioria gosta. Encontrar-se com os amigos, e, confraternizar. Isso posto, muito a comemorar. DRUCKER´S MONTHLY E agora, a lição de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER deste mês de setembro de 2023. Hoje, uma nova e magistral definição, esclarecimento, luz, de nosso adorado mestre e mentor. A ciência e a arte de se saber fazer, e sempre, a pergunta certa. Ou, em outras palavras, de que adianta encontrar-se a resposta certa para a pergunta errada? Ensina o mestre que: “Quando Frederick Taylor iniciou o que mais tarde seria denominado de Administração Científica, estudando, por exemplo, a movimentação de areia com pás, jamais ocorreu a ele perguntar: Qual é a tarefa? Por que executá-la?”. Tudo o que se perguntou foi: “Como a tarefa é executada?” Quase 50 anos depois, Elton Mayo, preparou-se para demolir a Administração Científica e substituí-la por aquilo que viria a ser chamado de Relações Humanas. Mas, como Taylor, ele nunca perguntou: “Qual a tarefa? Por que executá-la?”. Em seus famosos experimentos na fábrica Hawthorne, da Western Electric, somente perguntou: “Como produzir melhor os equipamentos telefônicos?”. Desde então, e no trabalho com conhecimento e serviços, a primeira pergunta a ser feita, para aumentar a produtividade, é: “Qual é a tarefa? O que estamos tentando conseguir? Por que fazer tudo isso?. Os aumentos mais fáceis e também os maiores de produtividade provêm da redefinição da tarefa e, em especial, da eliminação daquilo que não precisa ser feito”.
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Agosto 2023

BUT PRESS 25AGOSTO/2023 Síntese mensal das principais movimentações, acontecimentos, registros no ambiente de negócios do Brasil e do mundo. Um trabalho de pesquisa, coleta de dados, análises e reflexões da equipe de consultores do MadiaMundoMarketing ― a única empresa de consultoria em todo o mundo que tem em seu DNA a ideologia da Administração Moderna, o Marketing. Sempre sob a orientação e mentoria do maior dos mestres da gestão e dos negócios, Peter Ferdinand Drucker.1 – UM MUNDO SEM EMPREGADAS DOMÉSTICAS, UM MUNDO SEM EMPREGADOS Nesse mundo, que um dia eclodirá, teremos prestadores de serviços individuais, de quem se compram horas para proceder arrumações em espaços físicos. De empresas, escritórios, e muito especialmente, de residências. Ser EMPREGADO, definitivamente, e de digno, não tem nada. É o último ponto de libertação das pessoas que um dia foram escravas. Na NOVA ECONOMIA, SK&E, Sharing and Knowledge Economy, onde o formato de trabalho é por parcerias e o capital é o conhecimento, ainda que seja para limpar casas e escritórios, não faz mais sentido alguém ser empregado de quem quer que seja. Mas, ainda estamos caminhando nessa direção. A passos mais acelerados do que a maioria das pessoas e supostos entendidos no assunto pensam… Nas últimas semanas alguns articulistas e consultores vêm tentando entender o impacto da pandemia no chamado trabalho doméstico, e onde pontificam duas modalidades: as diaristas, e as empregadas fixas, mensalistas. Quando se analisa a variação nas curvas e estatísticas, as mudanças foram de pouca monta. Segundo o IBGE, e comparando os números de agosto a outubro de 2019, antes da pandemia, registravam 4,437 milhões de empregados domésticos sem carteira assinada; já no mesmo trimestre deste ano, o número é de 4,399 milhões, ou seja, pouca coisa abaixo, considerando-se a dimensão da crise decorrente da COVID. As pessoas que prestam serviços nesse território, e que ainda são tratadas como EMPREGADAS DOMÉSTICAS, sejam diaristas ou mensalistas, em recente matéria da FOLHA manifestaram suas opiniões, considerando a experiência que vêm vivendo. Em seu depoimento, BERNADETE, 41 anos, diz, “Coloquei um anúncio para trabalhar como fixa ou diarista, mas prefiro trabalhar numa casa só. Com uma patroa dá para colocar o serviço em dia aos poucos. Fazer diária na casa uma vez por mês é exaustivo – um dia vale por três, tem de lavar da calçada ao quintal em poucas horas e não há garantia do trabalho…”. Já, REGINA, 45 anos, prefere ser diarista. Trabalha como faxineira há 19 anos. Veio do interior da Bahia na busca de trabalho e melhores condições de vida em São Paulo… Diz, “Cheguei a trabalhar em uma mesma casa por anos, mas hoje sou diarista – prefiro assim… A possibilidade de trabalhar em diferentes casas tem muitas vantagens como, e nos últimos tempos de crise, não depender das condições financeiras de uma única família… E ainda, embora trabalhando mais, consigo ganhar mais do que como mensalista…”. É isso, amigos. Seremos um País e um mundo civilizado, moderno e socialmente mais justo quando não existir mais nenhum ser humano que aceite e precisa trabalhar como EMPREGADO DOMÉSTICO, o último degrau da escravatura. Nesse momento teremos prestador de serviços individuais, profissionais qualificados e capacitados, que cuidarão da limpeza e outros afazeres nas residências e nas empresas. Residências e empresas mais que preparadas para exigirem dessas pessoas, semelhantes desgastes físicos que caracterizaram suas vidas, no correr de séculos, e que as faziam adoecer com maior incidência, e viverem menos. Se vocês quiserem se aprofundar mais sobre essa forma de trabalho, mais toda a história e evolução do trabalho na chamada história moderna, últimos 2000 anos do mundo, o melhor e mais completo livro sobre o tema foi publicado no ano passado, pela editora SEXTANTE. Seu título é O TRABALHO NO SÉCULO XXI, seu autor DOMENICO DE MASI, tem quase 800 páginas, mas vale a pena e mais do que recomendo. Essencial para quem quiser entender como foi o trabalho no correr dos últimos dois milênios e seus séculos, e como será daqui para frente. 2 – MAIS QUE ÓBVIO QUE TUDO TEM CONSEQUÊNCIAS, MAS, SABE-SE LÁ POR QUAIS RAZÕES, IGNORAMOS Talvez ninguém tenha parado para conversar sobre o tema, talvez – e aí é indesculpável – os profissionais e especialistas da área não tenham sido o minimamente responsáveis para fazerem todos os alertas necessários, mas, e como a compulsão pelos gadgets e novas tecnologias eram irresistíveis, o fato é que passamos muitos quilômetros da conta, que exageramos e extrapolamos, e pior ainda, fomos irresponsáveis com as pessoas sobre as quais e supostamente temos total – ou deveríamos ter – responsabilidade. Conclusão, a incidência e gravidade de miopia nas duas últimas e novas gerações é brutal. E, para piorar, e com aulas a distância, mais e muitas horas na frente de diferentes tipos de tela, muito especialmente, das telinhas. Os dados são devastadores. No universo de crianças e adolescentes, o avanço da miopia foi superior a 300%! E as notícias procedem de diferentes fontes. Mães que nas matérias dos jornais dão depoimentos do tipo: “Com a pandemia, nossos filhos ficavam na frente das telas o tempo todo… E resolvi levá-los ao oftalmologista. Não deu outra. Os dois míopes…”. Ou, a manifestação da presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, LUIZ HOPKER: “Quando as crianças ficam menos horas expostas à luz do ambiente externo, as estruturas fotorreceptoras não são estimuladas e o olho cresce mais favorecendo a miopia…”. Ou, informes da OMS – Organização Mundial de Saúde que em pesquisa junto a especialistas de todo o mundo constatou um aumento significativo e precoce da incidência de miopia em crianças. E depoimentos mais graves e dramáticos como de donos de ótica, tipo: “Desde o ano passado constatamos uma evolução. Atendemos crianças de 5, 6 anos de idade já com dois ou três graus…”, ou, ainda, “Há 30 anos era raro encontrar crianças com grau de miopia acima de seis. Atendo crianças com 8 anos e 11 graus de miopia…!” Ou seja, amigos, aconteceu e por omissão e ignorância estamos produzindo a maior geração de míopes da história da humanidade. Diante dessa quase calamidade vêm as primeiras recomendações, enquanto se aguardam medidas e providências de saúde pública mais radicais, ainda. Para crianças menores de 2 anos, a recomendação é evitar qualquer tipo de exposição a telas. Entre 2 a 5 anos passar, no máximo, uma hora por dia em frente às telas. Entre 6 a 10 anos, uma ou duas horas por dia. E, para todas as demais idades, nada de telas nas refeições, e desconexão total e no mínimo duas horas antes de dormir… Assim, caminhamos de forma quase que irreversível para a maior epidemia de doenças dos olhos da história da humanidade. 3 – REVISÃO DE ESTRATÉGIA Poucas empresas com poucos anos de vida alcançam grande sucesso e já procedem a uma revisão na estratégia e posicionamento, como a chinesa XIAOMI acaba de proceder e anunciar. Fundada no ano de 2010 pelo empresário LEI JUN, na CHINA, sua estratégia inicial é extremamente criativa, preferindo pegar carona, e construindo uma espécie de pele ou cobertura sobre a plataforma ANDROID. No momento em que nasceu, o ANDROID encontrava-se na versão 2.2 FROYO, abril de 2010. Temendo por eventuais dificuldades na fala do naming, XIAOMI, optou por uma segunda marca no mercado internacional, MI, e que segundo muitos é a abreviatura de MISSÃO IMPOSSÍVEL, e, ou, MOBILE INTERNET. Já XIAOMI, palavra chinesa, quer dizer PEQUENO ARROZ. Enfim nasceu, uma pele pegando carona no ANDROID, e decolou numa aceleração monumental sendo uma das recordistas em escalabilidade de seu território de atuação. Hoje, 12 anos depois, é uma gigante. Na rodada inicial, e tendo como propósito notabilizar-se por produtos inteligentes, mergulhou de cabeça no território dos smartphones. E depois, e gradativamente, foi agregando mais produtos convencionais e eletrônicos a sua linha, sempre com o diferencial da INTELIGÊNCIA. Por outro lado, poucas empresas com tão poucos anos de vida foram tão acusadas de espionagem e cópia como a XIAOMI. E na curta história da empresa, a presença de um brasileiro, o mineiro HUGO BARRA, vice-presidente da empresa durante quase 4 anos, que saiu da vice-presidência da ANDROID, no mês de setembro de 2013, para ir trabalhar na XIAOMI, causando um certo desconforto. Para uma empresa que tem poucos anos de vida, muita coisa aconteceu. E, agora, no Brasil e finalmente, desembarca com muitos outros de seus produtos inteligentes, assim como importante revisão em sua estratégia, com uma parceria mais friendly com outras plataformas comerciais, como POLISHOP, LUIZA, RIACHUELO, mais alguns comércios regionais. Falando ao O GLOBO sobre as novidades e revisão de estratégia, LUCIANO BARBOSA, o head da XIAOMI no Brasil, disse: “Os brasileiros gostam de novidades e assim vamos trazer e dispor de mais produtos. Queremos uma divisão mais equilibrada em nossas vendas que hoje dependem 50% do desempenho dos celulares da marca. Em formatos diferentes de parcerias, e a partir de agora, a XIAOMI passa a disputar o território de, além dos celulares, de relógios, fones de ouvidos, acessórios para smartphones, e ainda lâmpadas, balanças inteligentes, e outros produtos. Além de lojas que já possui em algumas cidades brasileiras, passa a investir numa rede de quiosques. É isso. XIAOMI, “Pequeno arroz” dá mais alguns passos em seu processo de invasão do mercado brasileiro. 4 – AINDA OS TESTES À CEGA Semanas atrás comentei e elogiei o chamado TESTE À CEGA de diferentes marcas de cápsulas de café. Quando uma pessoa bebe um café que foi processado numa dessas máquinas tipo NESPRESSO, tudo o que vê e sente é o cheiro, gosto, eventualmente fumaça do café, mais a qualidade do design da xícara. Assim, faz algum sentido aferir-se o valor e qualidade de café em cápsulas através do ato de se beber o café produzido. Já o mesmo não acontece, por exemplo, com cervejas e vinhos, e muito especialmente com champagnes. Onde tudo é relevante antes do ato final que é a bebida descendo pela garganta. A garrafa, o rótulo, a ritualística do sacar a rolha, o barulho, a taça, as borbulhinhas descendo e se formando no interior das taças, o brinde, e, finalmente, o consumo. De qualquer maneira, e dentro de sua rotina de fazer TESTES ÀS CEGAS em praticamente todos os produtos, o ESTADÃO, caderno CULTURA E COMPORTAMENTO testou 20 rótulos diferentes de champagne produzida no Brasil sempre lembrando que os únicos vinhos que podem se intitular champagne são os produzidos na região de Champagne, na França. Os produzidos em outros lugares, apenas ESPUMANTES. Mas, vamos aos resultados: SURPRESA! O Estadão, aparentemente, desistiu de apurar vencedores ou perdedores. Apenas registrou os comentários e avaliações genéricas e qualitativas, e não pontuais, de cada um dos champagnes. Melhor assim. E tomara que adote o mesmo critério daqui para frente em seus testes cegos. 5 – QUAL O SENTIDO? Dentre as últimas manifestações da chamada velha imprensa – pelo formato e tempo de vida – causando total perplexidade o novo serviço lançado pelo ESTADÃO. Uma espécie de versão 2023 dos antigos jornais de bairro. O projeto denomina-se ESTADÃO EXPRESSO BAIRROS, com a designação de PROJETO MULTIPLATAFORMA. Impresso, digital, boletins diários na RÁDIO ELDORADO, e ainda notícias através do WhatsApp. Os exemplares impressos – 1 milhão de exemplares mês, distribuído gratuitamente, mensalmente, e personalizado, através das 32 sub-regiões da cidade de São Paulo. Qual o sentido dessa iniciativa? Como para em pé, em termos econômicos? Em quanto tempo mais um projeto supostamente salvador dos jornais será cancelado? 6 – QUANTO VALE UMA MARCA? Claro, tudo depende do que o eventual comprador pretende realizar com essa marca, e sua crença que será capaz de multiplicar a venda dos velhos e dos novos produtos que pretende lançar, sob a sombra e proteção da MARCA. Ou seja, a MARCA, se viva e atuante, vale pelo que já produz, pelas eventuais possibilidades de crescimento nesses mesmos territórios, e eventualmente pela possibilidade de ingressar em novos territórios de vendas – geográficos – e de novos produtos. Na semana passada o GRUPO PERFETTI VAN MELLE, que dentre outras marcas é a dona de MENTOS, comprou as marcas de CHICLETES da MONDELEZ na EUROPA E ESTADOS UNIDOS, pela bagatela de US$1,35 bi. Vale, perguntarão muitos? Sim, no entendimento da VAN MELLE, que seguramente imagina ser capaz de produzir em poucos anos um resultado que mais que compense e multiplique o valor desembolsado. Mas claro, tudo vai depender de sua capacidade de implementar o que está contemplando com a aquisição. Por outro lado, a MONDELEZ decidiu desfazer-se de duas de suas marcas campeãs, não necessariamente porque não acredita mais no território das gomas de mascar. Mas porque acredita mais e pretende concentrar seus investimentos daqui para frente em chocolates, biscoitos e salgadinhos. Apenas isso. Aquisições de marcas são caras ou baratas dependendo do que se pretenda fazer com as mesmas. E se a aquisição fez sentido, só o futuro dirá. 7 – A RESPOSTA À PERGUNTA QUE MUITOS SE FAZEM De uns anos para cá passou-se a falar nos chamados novos bancos, em verdade, FINTECHS, com regulação específica e com limites de atuação face aos bancos. Em matéria na revista ADMINISTRAÇÃO PROFISSIONAL, do Conselho Regional de Administração de São Paulo – CRA-SP, ALEXANDRE MAGNANI, co-CEO do PagBank PagSeguro, trouxe a resposta aguardada. Disse ALEXANDRE: “A diferença pode ser resumida basicamente em três PONTOS. O PRIMEIRO PONTO é o regulatório. Normalmente as fintechs são licenciadas como instituições de pagamentos, que é um tipo de regulação mais leve que o Banco Central permite, e no qual essas instituições podem emitir cartões, ter contas de pagamentos e prestar outros serviços bancários, mas não podem usar o saldo das contas para financiar operações de empréstimos. O que é diferente de uma instituição tradicional, que tem a licença bancária de banco múltiplo e pode usar o saldo das contas para financiar operações de empréstimos. No entanto, muitas fintechs compraram a licença de banco múltiplo, como é o caso do PAGBANK que, há alguns anos, pode fazer qualquer tipo de operação que um banco tradicional faz… O SEGUNDO PONTO é na operação. O banco tradicional tem sua distribuição por meio de agências físicas, ou seja, a instituição faz o cadastro de seus clientes e mantém sua principal interface nas agências. Todos os processos e operações dos bancos tradicionais foram feitos de uma forma que exige autenticação presencial, troca de documentos físicos e isso muda muito o tipo de gestão. Já as fintechs fazem sua distribuição exclusivamente por meio de canais digitais, como internet, celular e aplicativos. Isso faz com que toda a interação entre o cliente e a instituição seja remota. Os documentos são digitalizados e a tecnologia de biometria é muito utilizada, fazendo com que a gestão dos processos numa fintech seja muito mais automatizada do que em um banco tradicional. Por fim, a terceira e outra grande diferença, ou, O TERCEIRO PONTO é a própria experiência do cliente. Todo o relacionamento com o consumidor vai se dar pela interface do aplicativo no celular ou do internet banking, sem a possibilidade de um canal presencial. Isso faz com que as FINTECHS tenham soluções mais simples e fáceis para os clientes usarem…”. É isso, amigos. De uma forma detalhada, ALEXANDRE MAGNANI explicou as diferenças essenciais que existem entre os bancos tradicionais, e as fintechs… Em tempo, enquanto a BOLSA registrava uma valorização pífia de 3,5% faltando uma semana para encerrar o ano de 2022, as fintechs negociadas em bolsa contabilizavam uma desvalorização média superior a 50%. 8 – NÃO OBSTANTE O CRESCIMENTO BRUTAL DA MIOPIA INFANTIL… Empresa especializada em pesquisa junto a garotada, a ASKIDS, constatou que o número de crianças que pedem celulares a seus pais não para de crescer. A empresa, que urgente deveria incluir um segundo K em sua marca, e converter-se em ASKKIDS, entrevistou 3.592 pessoas distribuídas pelo Brasil, Argentina, Colômbia, México, Peru e Chile, e concluiu que o número de crianças que pedem celulares a seus “Papais Noéis” não para de crescer, e que eles, pais, não conseguem recusar, que os CELULARES VIRARAM A NOVA CHUPETA… Ou, como se diz em inglês, PACIFIER, as que conseguem colocar as crianças entretidas e calmas, dando sossego para seus pais. Tão cedo não se vai conseguir conter e nem mesmo atenuar a onda de miopia grave em crianças… 9 – OS DESAFIOS E COMPROMISSOS DE EMPRESÁRIOS QUE OPTAM PELA ABERTURA DE CAPITAL Poucas vezes vi e li um depoimento tão consistente e inspirador – claro – para quem gosta de desafios como o de CAROL BASSI para o Direto da Fonte, do Gilberto Amendola no Estadão. Para quem está pensando no tema e quer informar-se melhor, mais do que recomendo a experiência da CAROL. Há um ano vendeu seu negócio para o GRUPO AREZZO & CO, de ALEXANDRE BIRMAN. Para os que acham que preparar-se para abrir o capital é descolar uma grana e se aposentar, mais que ledo engano. Antes de uma eventual possibilidade de diminuição de ritmo, o vendedor terá que provar e demonstrar que seu negócio era um ótimo negócio, remunerar com justiça e generosidade os investidores, e só depois, mais adiante, considerar a hipótese de uma eventual aposentadoria. Iniciar um processo desse com essa ideia na cabeça é mais que certeza de fracasso. Vamos ao depoimento de CAROL sobre esse primeiro ano: “Em empresas de capital aberto, a cobrança de metas é muito grande, muito forte. Eu achava que trabalhava muito. Hoje trabalho muito mais do que antes.” E conclui, “Batemos todas as metas no dia 24 de novembro. E crescemos 45% apenas no último trimestre…”. O grande desafio de empresas ancoradas fortemente em marcas, é acabar se perdendo pelo caminho e ver a essência da marca desvanecer-se. Segundo CAROL tudo depende do líder, e em seu caso, o seu, ALEXANDRE BIRMAN é um especialista em branding. Diz CAROL, “O ALEXANDRE tem um respeito muito grande pelas marcas do grupo. Respeita suas identidades, assim como seus DNAs. Por outro lado, como sou uma pessoa muito verdadeira, e não consigo trabalhar se estiver triste, se não estiver bem, a liberdade que o ALEXANDRE dá me traz muita paz…”. É isso, amigos. Jamais se meta a construir um grupo de empresas se não tiver a sensibilidade e capacidade de respeitar o MANIFESTO, IDENTIDADE, PROPÓSITO, MISSÃO, COMPROMISSOS E VALORES de cada uma das MARCAS. Se assim não for, certamente jogará dinheiro fora. 10 – COR NÃO É TUDO, E NÃO É, MENOS AINDA, QUASE TUDO. MAS É IMPORTANTE Como faz todos os anos, o PCI – PANTONE COLOR INSTITUTE acabou de anunciar a cor do ano de 2023: VIVA MAGENTA. “Uma cor fora do convencional, para tempos fora do convencional. Resulta de uma mistura entre o calor e a vibração do vermelho, com a calma e serenidade do violeta, e é tido como uma cor de equilíbrio, um ponto de encontro entre extremos que muitos acreditam ser uma cor de cura espiritual e mental…”. São raros os casos em que a cor se converte no elemento mais importante de uma marca. Mas, ter uma cor sob medida, que faça sentido e escale o design, a embalagem, eventuais cheiros e aromas, ilustrações, narrativas, é sempre da maior importância. Isso posto, a cor do ano de 2023 segundo a maior autoridade em cores do mundo, a PANTONE, é o VIVA MAGENTA. DRUCKER´S MONTHLY E agora, a lição de PETER DRUCKER deste mês de agosto de 2023.Hoje, nosso adorado mestre e mentor, PETER DRUCKER, tão ou mais que uma lição, faz uma espécie de confissão e desabafo, que todos nós sempre deveríamos considerar. Saber separar sempre O QUE É URGENTE, do QUE É VERDADEIRAMENTE IMPORTANTE. Diz o mestre: “Hoje, quando olho para trás, aos 90 anos de idade, e procedo a uma rápida pesquisa e balanço de minha vida, uma de minhas maiores frustrações, certamente, foi ter priorizado, mais do que gostaria, aquilo que era urgente em vez de aquilo que era importante. E, assim, deixei de escrever alguns livros que deveria ter escrito, e escrevi livros porque eram urgentes, ou ensinei o que era necessário num determinado momento, deixando de lado o que seria essencial cinco anos depois. Assenti em cuidar do imediato, em detrimento do longo prazo. Mas isso só se descobre depois…”. É isso, amigos. Muitas vezes, na pressa, diante da necessidade e da pressão das circunstâncias e dos circunstantes, deixamo-nos conduzir pela pressão e esquecendo de conferir e verificar sobre a importância. Mais que vale a pena sempre parar, tomar um café bem devagarinho, respirar fundo, e refletir sobre nossas últimas decisões.
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Julho 2023

BUT PRESS 24 JULHO/2023 Síntese mensal das principais movimentações, acontecimentos, registros no ambiente de negócios do Brasil e do mundo. Um trabalho de pesquisa, coleta de dados, análises e reflexões da equipe de consultores do MadiaMundoMarketing ― a única empresa de consultoria em todo o mundo que tem em seu DNA a ideologia da Administração Moderna, o Marketing. Sempre sob a orientação e mentoria do maior dos mestres da gestão e dos negócios, Peter Ferdinand Drucker. 1 – TODO O CUIDADO COM TUDO QUE ENFIAMOS EM NOSSO CORPO Título estranho, mas, mais que orientador e preventivo. O vilão da vez agora são os prosaicos, na aparência, e adorados por milhões de pessoas, fones de ouvido. Anos atrás em NOVA YORK fui almoçar com a querida amiga CAMILA, que durante anos foi consultora da MADIA, e hoje trabalha na cidade que nunca dorme. Pouco depois dos cumprimentos e abraços saudosos, puxou o cabelo de lado e mostrou um metal que acabara de colocar ao lado da orelha para recuperar uma parte da audição perdida pelo uso intensivo dos fones de ouvidos. E, naquela época, os fones para celular sem fios ainda não existiam. Todos os especialistas no assunto falam que as perdas de audição decorrentes do mau uso são irreversíveis, e só atenuadas mediante cirurgia. Agora acaba de ser divulgada a maior pesquisa médica já realizada sobre o tema. Liderada por LAUREN DILLARD, pesquisadora da Universidade da CAROLINA DO SUL, o método foi revisar e concluir sobre todos os muitos estudos já realizados. E os resultados publicados semanas atrás na revista científica BMJ GLOBAL HEALTH. Conclusão, a maior parte das pessoas usam os fones de ouvido num volume significativamente maior que os seus ouvidos suportam… Isso posto, mais um dos apetrechos campeões nas preferências do chamado mundo moderno que, usado de forma indiscriminada e sem o menor critério, pode levar a maior crise de SURDEZ JOVEM de toda a história. Normalmente a perda de audição começa a partir dos 50 ou mais anos. E, hoje, milhares de jovens em todo o mundo precisam recorrer à mesma cirurgia realizada pela Camila, para resgatar uma parcela da audição perdida. Isso posto, juízo, moderação, comedimento… 2 – OXXO SEGUE CRESCENDO, MAS, NÃO MAIS, POR 24 HORAS Aproveitando-se da vazante nas melhores ruas, pontos e imóveis comerciais das principais cidades brasileiras, em decorrência da pandemia, a MEXICANA OXXO – Fala-se Ó-qui-sô – acelerou com tudo e todos e foi ocupando espaço. Originária do México, no Brasil uma parceira 50/50 da FEMSA e RAÍZEN, mas, rapidamente, e diante de uma triste e constrangedora realidade, procedeu correção radical. Fim da ilusão que existe segurança no Brasil e, assim, impossível permanecer aberta por 24 horas. Um assalto atrás do outro. Na parceria FEMSA RAÍZEN, em poucos anos, 200 lojas OXXO, e que se somam as 1.241 de conveniência SHELL SELECT. Neste primeiro ciclo, faz-se presente preferencialmente na cidade de São Paulo, e a partir daí vai se expandido pelas cidades vizinhas: Guarulhos, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Osasco, Campinas, Jundiaí, Piracicaba, Sorocaba… Assim, e poucos meses depois, retira da parte frontal de suas lojas o ABERTA 24 HORAS, e substitui por “SE FALA Ó-QUIS-SÔ E TÁ SEMPRE PRÓXIMO”. Em algumas lojas, excepcionalmente, continua o atendimento 24 horas, mas de uma forma inacreditável. E com um ritual de atendimento patético, segundo RODRIGO PATUZZO, presidente do GRUPO NÓS (RAÍZEN + FEMSA). Declarou à FOLHA: “Os pontos que atendem 24 horas, a partir de um determinado momento mantêm as portas semiabertas e impossibilitando a entrada de clientes. Todas essas lojas têm uma JANELA DE SEGURANÇA. O cliente vai até a loja, aperta a campainha, diz o que precisa e quer, e o atendente busca no interior da loja o que o cliente está precisando e conclui a venda. Tudo isso acontece num lugar específico, cinematograficamente iluminado e com câmera de qualidade filmando tudo…”. Ou seja, amigos, simplesmente lamentável o momento de insegurança total que vive nosso país. Obrigando empresas a recorrerem a mecanismos inimagináveis para tentarem prestar serviços. Nesse ritmo, brevemente, todos vivendo na idade média, quem sabe, no tempo das cavernas… 3 – SEGUEM GIRANDO, AS RODAS-GIGANTES PELO MUNDO No mês de dezembro a inauguração da maior RODA-GIGANTE da AMÉRICA LATINA. Com ingressos a R$50, meia entrada a R$25, e ainda com a possibilidade de famílias e empresas nos dias de semana comprarem cabines privativas, começou a girar a RODA RICO, instalada no PARQUE CÂNDIDO PORTINARI, ao lado do PARQUE VILLA-LOBOS, na cidade de São Paulo. A onda de uma nova safra de RODAS-GIGANTES pelo mundo começou em LONDRES, na virada do milênio. Para celebrar o ingresso do mundo no NOVO MILÊNIO, decidiu, a prefeitura de Londres, trazer de volta as tradicionais e legendárias RODAS-GIGANTES. Assim foi colocada em pé a meia noite do dia 31 de dezembro de 1999 e 1º de janeiro de 2000. Naquele momento, a LONDON EYE, a primeira de uma safra, e que nasceu para permanecer viva e em pé por pouco tempo. Mas, deu tão certo que foi institucionalizada, virou atração fixa, e deu origem a nova safra. Desde então, as principais cidades do mundo vão lançando suas RODAS-GIGANTES. No final do ano foi a vez da cidade de São Paulo, com a RODA RICO, com suas 42 cabines, ar-condicionado, internet wifi, interfone, visão panorâmica, passeio com duração entre 25 a 30 minutos, bebidas, alimentação, e muito mais… Na nova safra deste novo momento das RODAS-GIGANTES, o grande destaque e maior em todos os sentidos, é a DUBAI EYE, em DUBAI, EMIRADOS ÁRABES, com 250 metros de altura, 48 cabines climatizadas, 38 minutos de tempo de percurso. É isso, amigos, e como dizia o velho palhaço, CHACRINHA, “Roda, roda, roda e avisa, um minuto para os comerciais…”. Hoje, mais do que nunca, a vida vai rodando nas novas e empetecadas RODAS-GIGANTES. E tudo começou no ano de 1893, na EXPOSIÇÃO UNIVERSAL, na cidade de CHICAGO, USA, com a chamada RODA FERRIS, em homenagem a seu criador GEORGE WASHINGTON GALE FERRIS JR, e que teve como inspiração e briefing lançar uma espécie de desafio à TORRE EIFEEL de PARIS. Com 80 metros de altura, 36 gôndolas, e capacidade para atender 2.160 pessoas. Como na canção de CHICO BUARQUE, “o tempo rodou num instante, nas voltas do meu coração…”. E, com ele e de volta, revistas e melhoradas. Maiores, e incrementadas pela tecnologia, as RODAS-GIGANTES VOLTARAM… Por quanto tempo? Para sempre? 4 – TODOS DEPRESSIVOS… QUASE! De repente, não mais que de repente, o Brasil virou um país de depressivos. Segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde, não figura na primeira posição do ranking dos países, mas ocupa a terceira. 5,8% dos brasileiros sofrem de depressão, muito próximo dos Estados Unidos, com 5,9% da população americana. Mas, e em termos de ansiedade, segundo a mesma OMS, já ostentamos a liderança absoluta: 9,3% ou 18 milhões de brasileiros padecem de ansiedade. E nos últimos anos essa ansiedade só faz crescer… Falando ao JORNAL VALOR, suplemento EU&FIM DE SEMANA, a vice-presidente da ABRFATA – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FAMILIARES E PORTADORES DE TRANSTORNO AFETIVO – NEILA CAMPOS, disse: “Percebemos no relato das pessoas um discurso de luto, de isolamento social, de falta de controle familiar, do bate-papo do dia a dia, a troca do cafezinho, do abraço… A pandemia acelerou um processo de evidenciar a preocupação com os transtornos mentais no mundo contemporâneo e que a Organização Mundial de Saúde já sinalizava…”. Segundo a matéria especial de VALOR, assinada pela MARTHA SAN JUAN FRANÇA, os principais sinais que devem ser relacionados a uma possível depressão, não necessariamente pela ordem, são: – Humor deprimido, irritabilidade, ansiedade, angústia… – Desânimo ou cansaço elevado. – Diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades sempre consideradas como agradáveis. – Desinteresse, falta de motivação, indiferença… – Sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desamparo e vazio. – Sentimento de culpa, de falta de sentido na vida, inutilidade, fracasso e pensamentos de morte. – Dificuldade de raciocínio, concentração, esquecimento. – Diminuição da libido. Na pesquisa DIGITEL, referente ao ano de 2021, e divulgada pelo Ministério da Saúde do Brasil, registra-se pela primeira vez dados sobre depressão no país. E são mais que alertadores e preocupantes: “11,3 % dos brasileiros disseram ter recebido diagnóstico médico de depressão no ano anterior, 2020, em números absolutos, 23 milhões de pessoas…”. Segundo alguns analistas, a leitura desses dados comporta duas interpretações ou entendimentos. Uma, menos preocupante, é que de certa forma sempre foi mais ou menos assim, e que agora fica mais evidente porque se fala mais e livremente sobre o tema. E a mais preocupante diz que o sofrimento prolongado e as perdas decorrentes da pandemia podem ter gerado um aumento de intensidade na ansiedade, insônia, medo, depressão… Algumas celebridades, artistas populares, volta e meia dão seus depoimentos falando serem vítimas da depressão, como o ator MARCOS NANINI: Diz NANINI: “Eu tenho uma depressão que vai e volta, e desta vez foi profunda… Via a TV e ficava arrasado com o número de pessoas morrendo… Nas imagens dos lugares que frequentava quase todos fechados… teatros, cinemas, restaurantes, bares… A falta de convívio com o pessoal da cultura foi um baque…”. É isso, amigos. Na GRANDE MATÉRIA de VALOR sobre o tema, ao menos uma conclusão mais positiva e que é, “A pandemia finalmente mostrou que a saúde mental deve ser uma das principais prioridades da saúde pública…”. Vivemos num mundo onde o capital é o CONHECIMENTO. E com a saúde mental debilitada ou em condições precárias, o capital único e exclusivo de profissionais, empresários e trabalhadores modernos, o CONHECIMENTO, fica sensivelmente abalado… 5 – MAIS NOTÍCIAS SOBRE O VTOL DA EMBRAER Hoje vamos atualizar a todos com as últimas notícias sobre o CARRO VOADOR da EMBRAER, e tendo como base as declarações mais recentes de ANDRÉ STEIN, co-CEO da EVE. Vamos lá: – Data de entrada em serviço dos carros voadores da Embraer: 2026. Mas, e procurando corrigir como tem feito em todas as suas manifestações, ANDRÉ esclarece, “não se trata de um carro, mas de um avião de mobilidade urbana…”. – E COMPLETA SEU ESCLARECIMENTO: “Trata-se de uma aeronave elétrica de pouso e decolagem vertical e que também é diferente de um helicóptero. Por sinal, mais eficiente que o helicóptero em função da própria eletrificação que dá maior liberdade ao projeto, e ainda, com o motor elétrico é muito mais simples que o motor à combustão, muito menor, e mais leve. Oito motores para decolar verticalmente, mas uma vez realizada a decolagem, desligam-se os motores e aciona-se um outro para andar na velocidade de cruzeiro… e, ainda, e diferente dos helicópteros, sem ruído, e de forma extremamente silenciosa…”. – TRAJETO MÉDIO DOS VTOLS – “Na média estamos imaginando um trajeto médio de 30 quilômetros, podendo chegar até 100 quilômetros, tipo, SÃO PAULO – CAMPOS DO JORDÃO, SÃO PAULO – CAMPINAS OU SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, RIO-NITERÓI…”. – VOOS TRIPULADOS – “nos primeiros anos os voos todos deverão ser tripulados, mas, mais adiante, autônomos…”. – TAMANHO DO MERCADO – “Até 2035 deverão ser 50 mil desse tipo de veículo. Hoje já temos vendidos 2.770 VTOLS para empresas aéreas como UNITED, SKYWEST, REPUBLIC AIRWAYS, dentre outras…”. Ou seja, e gradativamente, o VTOL vai se revelando… 6 – E O NUBANK? Não se fala mais com tanta intensidade sobre o maior prodígio do novo mercado financeiro global, o NUBANK. Segue, em tese, crescendo em número de clientes, de negócios, de manifestações de apreço e admiração, mas não mais com tanto entusiasmo de meses atrás. Segundo seu fundador e presidente, o colombiano DANIEL VELEZ, o NUBANK segue crescendo mais que qualquer outro banco. Em entrevista a ALTAMIRO SILVA JUNIOR e MATHEUS PIOVESANA do ESTADÃO, declarou VELEZ: “O fato de termos feito o IPO na segunda semana de dezembro de 2021 talvez tenha sido uma das melhores decisões de nossa história. Se não tivéssemos levantado US$2,8 bilhões e ainda fôssemos uma empresa privada, a conversa séria completamente diferente. Estaríamos tentando levantar US$ 1,2 bilhão num mercado muito mais desafiador e com poucos investidores. Fizemos o IPO no último minuto do segundo tempo… Por uma combinação de sorte e de conhecimento tomamos a melhor decisão…”. PERGUNTADO SOBRE O MAIOR APRENDIZADO, VELEZ DISSE: “Após o IPO, no último minuto do segundo tempo o mundo mudou completamente. De um momento de euforia por empresas de mercado, de muito interesse em empresas de tecnologia, para a guerra da Ucrânia, inflação e juros altos… E você vai de herói a vilão de um momento para o outro… O maior aprendizado foi a consciência do que podemos e do que não podemos controlar e focar 100% da energia sob o que está sobre nosso controle… E, foco e execução…”. Ou seja, e passado o vendaval de euforia, e vindo a ressaca, o mundo mergulha, definitivamente, no momento em que as fintechs terão que, mais que demonstrar e dizer, comprovar, como diz o RATINHO, que têm CAFÉ NO BULE, ou como dizia o WENDY’S em sua propaganda, terão que finalmente revelar WHERE IS THE BEEF?, onde está o lucro. 7 – O TESTE CEGO PARA CÁPSULAS DE CAFÉ FAZ MAIS SENTIDO QUE PARA OUTROS PRODUTOS Pelas circunstâncias e condicionantes das máquinas criadas pela NESTLÉ, as cápsulas do NESPRESSO e compatíveis são uniformizadas. Têm o mesmo formato e tamanho. Podem ter cor, sobre embalagem lúdica, criativa, comunicadora, mas, as cápsulas em si – formato e peso – são rigorosamente as mesmas para todas as marcas. Assim, é um dos poucos produtos onde e ainda, o produto em si é quase tudo. Diferente de uma cerveja, vinho, uísque, vodca, rum, gim, apenas para nos restringirmos ao território das bebidas. Portanto, o teste cego do ESTADÃO das cápsulas de café acabou por merecer muito maior atenção que os demais testes. Conheci o café encapsulado numa viagem que fiz com o FABIO MADIA para NYC. Entramos para pequenas compras na BLOOMINGDALE’S no exato dia em que a NESTLÉ fazia o lançamento. Deliramos com os features que a NESPRESSO trazia para o negócio do café, no que comentamos entre nós ser a SEGUNDA REINVENÇÃO DO CAFÉ, depois da MELITTA com seu filtro de papel. Mas, vamos aos resultados do teste cego do ESTADÃO. No BLIND TEST do ESTADÃO foram analisadas 11 marcas. E no júri profissionais especializados na ciência e na arte do café, baristas, donos de restaurante, chefs de bares e confeitarias, docerias, e muito mais. Resultados? 1 – L’OR SUNTUOSO 2 – BAGGIO, GOURMET CLÁSSICO 3 – LAVAZZA, ARMONICO 4 – MELITTA, MARCATTO 5 – PILÃO, TRADICIONAL 6 – ILLY, INTENSO 7 – NESPRESSO, ARPEGGIO 8 – 3 CORAÇÕES, MOGIANA PAULISTA 9 – ORFEU, INTENSO 10 – STARBUCKS, HOUSE BLEND 11 – SANTA MONICA, ORGÂNICO Em síntese, amigos, e ao descreverem o grande vencedor, o L’OR SUNTUOSO, os jurados assim se manifestaram: “Com corpo sedoso e espuma cremosa, o L’OR SUNTUOSO foi nosso preferido, muito especialmente pela elegância. A bebida apresentou equilíbrio entre doçura, amargor e acidez. Tem aroma de frutas frescas e, no sabor, notas de açúcar queimado e doce de leite… Estimula a repetição…”. Os grandes derrotados do teste foram, em primeiro lugar, quem inventou esse novo business, a NESTLÉ, que viu seu NESPRESSO amargar uma 7ª, posição. Assim como o STARBUCKS quase na rabeira. Por sinal, os mais caros dentre todos… Mas, e lembrando, e como já comentamos, um crime encapsular STARBUCKS. Nada a ver com o propósito e causa que lhes deram origem. 8 – PÃO DE AÇÚCAR, O MIOLO CENTRAL… POR QUANTO TEMPO? Em suas novas lojas, de uma certa forma, o PÃO DE AÇÚCAR está criando um miolo central, que prevalece e magnetiza todas as demais possibilidades de produtos e serviços. Um miolo para a vizinhança próxima. A pé, ou a poucos minutos de carro. Nos jornais de semanas atrás e em anúncio, o PÃO apresentou sua NOVA LOJA da ROBERTO MARINHO. E informa já ter aberto neste ano 18 lojas semelhantes e outras 71 foram reformadas dentro desse novo padrão. Para as compras de mês e convencionais seguem sendo uma loja como as demais. Mas para os atrativos e magnetos de cada dia uma loja viva, nova, fresca, que estimula a visão, olfato, vista e apetite. Uma espécie de comer com os olhos, e, por decorrência, efetuar as compras. Muito especialmente para as pessoas que se encontram próximas e gostam de bater o ponto duas ou três vezes por semana no supermercado. – Logo na entrada das lojas, FRUTAS, VERDURAS E LEGUMES, incluindo um espaço horta para os clientes colherem verdura fresquinha direto no pé. – Pequeno e sofisticado açougue com carnes para o dia a dia e cortes especiais para churrasco. – Peixes e frutos do mar fresquíssimos com cortes sob o gosto dos fregueses. – Padaria com consultoria exclusiva do padeiro importado da França, estilo boulangerie, PASCAL MENARD. – Pequena adega com vinhos e cervejas selecionados pelo sommelier CARLOS CABRAL – Frutas cortadas, sucos naturais, e rotisserie completa para os eventos programados, e, eventualidade… – Hamburgueria para os que não puderem esperar para matar a fome e comer no local e na hora. – Espaço sushi que prescinde de explicações. – Mais doceria e cafezinho em anexo… E tudo pago nos self-checkouts… No mínimo, mais que simpáticas, muito atraentes as novas lojas do Pão de Açúcar. A única dúvida que persiste é até quando a crise que vive o GRUPO CASINO globalmente não prejudicará essa nova e oportuna iniciativa? No início deste mês, e como mais que esperado, o GRUPO CASINO colocou sua “joia da coroa”, o PÃO DE AÇÚCAR BRASIL, à venda… 9 – UM NOVO E MODERNO BRASIL Mais que na hora de tirarmos da frente de vez das empresas e empresários brasileiros, e de outras empresas que pretendam operar a partir do Brasil, os desafios patéticos que impedem subirmos muitas e novas posições no contexto mundial e dentre todos os países. O Brasil segue, mais ainda, um país caro, absurdamente burocrático, sob todos os aspectos onerosos, ou seja, escancaramos um ambiente absurda e burramente inóspito para todos os que pretendam empreender por aqui. ROBSON BRAGA DE ANDRADE, presidente da CNI – CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA, traduz com incomum precisão o buraco em que estamos nos enfiando ainda mais, caso não façamos todas as reformas e nos libertemos de todas as amarras que, mais que condicionar, impedem que exploremos com inteligência e eficácia todos os nossos potenciais. Em entrevista ao ESTADÃO, ROBSON alertou: “As causas da perda de competitividade das empresas que empreendem a partir do Brasil são inúmeras. Dentre essas destacam-se os elevados custos sistêmicos, mais conhecidos globalmente como CUSTO BRASIL, e que de acordo com um estudo recente consome R$1,5 trilhão anualmente das empresas aqui instaladas. Esse rombo decorre do sistema tributário complexo, oneroso e cumulativo, infraestrutura deficiente, financiamento escasso e caro, baixa qualidade da educação, ambiente macroeconômico instável, e, insegurança jurídica…”. É isso, amigos. Ou damos um jeito no Estado brasileiro, ou não sobrará nenhum de nós, empresas e pessoas, para cantar o hino… qualquer hino… sobreviver. 10 – SOFTBANK, A REFERÊNCIA. PARA O BEM E PARA O MAL, PARA O CERTO E PARA O ERRADO. MAS, SOBREVIVENDO… Numa entrevista à revista NIKKEI BUSINESS, no ano de 2019, MASAYOSHI SON revelava-se desacorçoado com alguns insucessos recentes. Muito especialmente depois de ter batido todos os recordes de açodamentos, após de uma visita de 10 minutos que deveria durar uma hora, e onde, e a caminho do KENNEDY AIRPORT, em seu tablet, rascunhou e decidiu investir bilhões de dólares num negócio absolutamente temerário, o WE WORK. SON JEONG-UI, mais conhecido globalmente como MASAYOSHI SON, talvez o único verdadeiro e absolutamente autêntico VENTURE CAPITAL MAN da história, nasceu no dia 11 de agosto, data tão querida pelos formandos da SÃO FRANCISCO. Nasceu no ano de 1957, e na pequena cidade de TOSU, Japão. Neto de emigrantes da COREIA DO SUL, ainda criança era fascinado pelo Mc Donald´s – não pelos sanduíches, mas pelo licenciado da filial japonesa, DEN FUJITA. Tentou várias vezes agendar uma entrevista com FUJITA. Em vão. Pegou um avião e foi direto a sede da empresa. Depois de horas na sala de espera conseguiu ser atendido. Após derramar-se em elogios e admirações ao Mc ouviu de FUJITA o seguinte conselho: “Não olhe para as indústrias do passado. Olhe para as indústrias do futuro. É isso, a indústria de computadores…”. 48h depois desembarcou na Califórnia, para estudar computadores, inglês e economia. Retorna ao Japão devidamente esclarecido e capacitado, e com um plano de 40 anos: tornar-se conhecido nos 20, capitalizar-se até os 30, enfrentar o desafio de sua vida aos 40, chegar ao pico nos 50, e passar sua obra aos sucessores aos 60. E assim, e de planos e ações simultaneamente, foi colocando seu sonho em pé. Levou a CISCO para o Japão, comprou uma participação significativa no YAHOO, comprou a editora ZIFF-DAVIS com a revista PC WEEK, conheceu e tornou-se o admirador número 1 de JACK MA, e aproveitou para comprar uma parcela expressiva de seu ALIBABA, e nem o céu parecia ser o limite quando eclodiu a primeira bolha da internet no começo dos anos 2000, ou, virada do milênio. Sua trajetória era abarrotada de episódios mais que emblemáticos. Desde ter levado o primeiro desenho de um iPOD para STEVE JOBS e com capacidades de celular, passando pela compra da empresa de semicondutores ARM, por ter investido no SLACK, UBER, ALIBABA, WEWORK, e dezenas de outras empresas mais. Talvez seu maior acerto, seu gol de placa, tenha sido comprar parcela expressiva do ALIBABA por míseros US$20 milhões, que, poucos anos depois, valiam, US$60 bilhões. Em síntese, e repetindo, de longe, MASAYOSHI SON o talvez único, verdadeiro, maior e superlativo VENTURE CAPITAL MAN da história e da indústria financeira de todos os tempos. E agora, e depois de alguns meses de silêncio, ALEX SZAPIRO, sócio-gestor e líder para o Brasil do SOFTBANK para a AMÉRICA LATINA, voltou a se manifestar, dizendo que o dinheiro em seu banco segue abundante para boas empresas. Em entrevista para O GLOBO, declarou: “Parece que há uma crise absurda, que sai sangue. Mas a realidade é que o mercado não parou. Claro que o volume é menor, mas o dinheiro continua abundante para boas empresas…”. Hoje, o maior fundo de venture capital do planeta, o SOFTBANK, e que tem US$7,6 bilhões investidos apenas na AMÉRICA LATINA, com 88 startups sendo 60 no Brasil… É isso, amigos. Louco, maluco, irresponsável, MASAYOSHI é, sob todos os aspectos e ângulos de análise, a maior e verdadeira referência em termos de VENTURE CAPITAL de todo o mundo. Os livros de história dos anos 2200 e que tratarão desse bicho novo, instigante e irracional na aparência, denominado de VENTURE CAPITAL terão apenas dois capítulos. Um livro de 400 páginas. Nas primeiras 100, espaço para dezenas de heróis e realizadores da indústria do VENTURE CAPITAL. E as restantes 300 totalmente dedicadas a um neto de imigrantes sul-coreanos, e nascido no JAPÃO, MASAYOSHI SON. De longe, e sob todos os aspectos, ângulos de análise, racionalidades e irracionalidades, MEU MALUCO ADORÁVEL E PREFERIDO. DRUCKER´S MONTHLY E agora, a lição de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER deste mês de julho de 2023. Hoje o mestre DRUCKER lembra, a todos nós, que o ensino, ou, aprendizado, é o que acontece em todos os momentos de nossas vidas e temos que desenvolver a capacidade e sensibilidade de apreender, e, aprender, sempre! Diz DRUCKER: “A nova revolução da informação começou nas empresas e segue em sua marcha mergulhando cada vez mais fundo.  Agora invade o ensino e os serviços de saúde. Hoje é quase consenso que o ensino deverá passar por profundas e radicais mudanças, chegando essas mudanças às raízes, à estrutura, e daí decorrendo um novo ensino. Dentre as inovações, o ensino a distância deverá tornar obsoletas, em menos de 25 anos, as instituições clássicas de ensino, também conhecidas como faculdades. As mudanças obrigarão a ressignificação do ensino superior que caminha na direção de converter-se em educação profissional e continuada de adultos para toda a vida de trabalho. O ensino não mais acontecerá exclusivamente nos campi, mas, também, no automóvel, trem, metrô, local de trabalho…”.
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Junho 2023

BUT PRESS 23JUNHO/2023 Síntese mensal das principais movimentações, acontecimentos, registros no ambiente de negócios do Brasil e do mundo. Um trabalho de pesquisa, coleta de dados, análises e reflexões da equipe de consultores do MadiaMundoMarketing ― a única empresa de consultoria em todo o mundo que tem em seu DNA a ideologia da Administração Moderna, o Marketing. Sempre sob a orientação e mentoria do maior dos mestres da gestão e dos negócios, Peter Ferdinand Drucker. 1 – O MELHOR E O PIOR NEGÓCIO DO MUNDOComo costuma-se dizer, o melhor negócio do mundo é banco. O segundo melhor um banco mal administrado, e o terceiro, um banco pessimamente administrado.Agora, e imagino, a maioria das pessoas já tenham se conscientizado, o pior negócio do mundo é uma empresa aérea pessimamente administrada. O segundo pior negócio do mundo é uma empresa aérea, mal administrada. O terceiro, uma empresa aérea bem administrada. E o quarto, uma empresa aérea otimamente administrada.Mais cedo ou mais tarde, 90% das empresas aéreas vão quebrar… em até 30 anos. Mais cedo ou mais tarde, se não fecharem antes, todas as empresas aéreas irão quebrar até, e no máximo, 50 anos.Não há como administrar de forma competente uma empresa aérea.As chamadas variáveis exógenas, as que estão fora do controle do gestor, sempre, mais cedo ou mais tarde, acabam prevalecendo. E nesse dia, vai-se…Durante os próximos 10 anos continuaremos assistindo centenas de empresas aéreas encerrando suas atividades em todo o mundo em função e decorrência da pandemia.Qualquer empresa aérea, repetimos, qualquer, para alimentar a ilusão de resultados, e permanecer viva – sabe-se lá por quanto tempo – precisa ter seus aviões a maior parte do tempo voando.Avião em terra, sob qualquer prejuízo, é sintoma grave e inequívoco de forte crise pela frente.E durante a pandemia, todos os aviões de todas as empresas aéreas ficaram parados meses sem conhecer qualquer altura que fosse. Permaneceram, literalmente, aterrados. Condenados aos pátios e estacionamentos.A mais emblemática das empresas dos tempos modernos, a SOUTHWEST AIRLINES notabilizou-se por conseguir a proeza de bater todos os recordes na chamada VIRADA DOS AVIÕES. Fazer com que, em média, seus aviões, entre aterrissar, descarregar as malas, receber os novos passageiros, carregar as malas e decolar, precisassem de 15 minutos… Já na pandemia… Qualquer espirro na aviação comercial é pneumonia crônica.Meses atrás um pequeno avião de passageiros derrapou na manobra e ficou parado na ponta da pista de Congonhas. Segundo o presidente da ABEAR – Associação Brasileira das Empresas Aéreas – os prejuízos diretos desse pequeno transtorno foram da ordem de R$15 milhões. Apenas os diretos. Já os indiretos multipliquem-se muitas vezes esse valor.Os grandes números de um acidente prosaico e de rotina como esse, revelam que 35 mil passageiros foram afetados, 296 voos foram cancelados, milhares de passageiros foram para hotéis, pegaram táxis e voltaram para casa… Nos demais negócios, acidentes de percurso acontecem todos os dias, e rapidamente são tirados da frente e segue a vida.Na aviação comercial, um pequeno avião estacionado no final de uma pista implica em esperar a liberação pela retirada das autoridades específicas, a chegada de equipamentos e equipes especializadas nesse socorro, mais a necessidade do início das investigações.Mas, e para fazer tudo isso é necessário contratar uma oficina especializada que em tese teria o equipamento, é preciso ter o dinheiro para pagar a contratação…Acho que não precisamos continuar.Mas, e se mesmo assim, você sonha em ser um dia o proprietário de uma empresa aérea, por favor, não diga que não avisamos…E prepare-se para fortíssimas emoções. Todos os dias… Ou melhor, todos os minutos do resto de sua vida… 2 – STARTUPS E STARTDOWNSOu, se você pretende olhar, também para o passado, construa um outro negócio, um negócio totalmente apartado de seus negócios tradicionais.Se insistir e fizer, vai sofrer de torcicolo infinito, e contaminar seu negócio, que jamais conseguirá olhar para frente.O objetivo de um retrovisor é de, exclusivamente, possibilitar manobras seguras em direção ao futuro, e prevenção contra eventuais desastrados de baterem em sua traseira. Jamais, em hipótese alguma, para planejar seus próximos planos, passos e atos.Lemos com descrença e constrangimento as notícias das empresas de varejo que agora também decidiram em se “EMBRECHOZAR”, converterem-se em brechós. Em venderem produtos usados. Não vai dar certo. Repetimos, se você acha o negócio de usados atraente crie um outro negócio. Jamais, pelo amor de Deus, em hipótese alguma, contamine o seu negócio próspero e vencedor.Lemos com uma descrença e uma decepção ainda maior, uma empresa da dimensão da STELLANTIS – leia-se FIAT, CHRYSLER, PEUGEOT, CITROËN, JEEP – e outras marcas e produtos – decidindo-se por investir tempo, dinheiro e energia no negócio de peças e componentes usados.E já deu os primeiros e péssimos passos. Hoje, em muitas revendas do grupo STELLANTIS é possível encontrar-se produtos recondicionados com garantia de um ano.Além de ser uma estupidez monumental, a decisão da STELLANTIS ignora a maior lição que o mundo já viveu, e pelo jeito não aprendeu.Na virada do milênio retrasado, alguns incautos de plantão lançaram a ideia das empresas correrem atrás e fabricarem produtos de vida eterna.Dentre outros, e assim nasceu, a lâmpada que permanece acesa há mais de 100 anos – na cidade de LIVERMORE, CALIFÓRNIA, instalada na sede do Corpo de Bombeiros. Uma lâmpada fabricada para não apagar nunca, e até hoje, e desde 1901 segue cumprindo sua missão.Conseguiram. Pararam o mundo. Congelaram a capacidade criativa do ser humano. Bloquearam o progresso e o desenvolvimento. Concederam o atestado de burrice infinita a todos os habitantes da terra.A lâmpada continua acesa, mas, mais que óbvio, e desde então, e como o mundo deu de ombros e não tomou conhecimento, apenas a chamada lâmpada incandescente teve mais que alguns milhares de inovações e patentes, novas empresas e fábricas nasceram, com milhares de empregos, desenvolvimento, progresso, e muito mais. Mas, a tal de supostamente abençoada lâmpada que nunca queima – e não queima e nem apaga mesmo, continua por lá…A médio e longo prazos só existe uma trajetória possível e na história da humanidade. Uma linha reta, ascendente, em direção e sempre ao futuro.Somos assim, para isso fomos feitos.Jamais para nos convertermos em clientes de brechós em busca de quinquilharias e inutilidades.Apenas por brincadeira, para uma festa à fantasia, brincarmos de bruxas, ou nos fantasiarmos para o Halloween…ACORDA, STELLANTIS! 3 – PARADOXOS, DISSONÂNCIAS E MISTÉRIOSNo ano passado foi concluída mais uma negociação para compra de instituições de ensino no território da medicina e da saúde.A AFYA, que hoje lidera o ensino de medicina no Brasil, comprou duas instituições de ensino do GRUPO TIRADENTES – UNIT – que somadas possuem 340 vagas de medicina pelo valor de R$825 milhões. O que significa pagar R$2,4 milhões por vaga.Enquanto isso, e de certa forma e em termos gerais, todos os demais cursos superiores mergulham em grave crise. Poucos ainda se sustentam e conseguem preencher as vagas. Mas, e mesmo assim, procedendo a promoções e descontos, e praticando preços hoje muitas vezes 50% menores em valores reais do que praticavam há 10 anos.Quanto a AFYA terá que cobrar por seus cursos de medicina, para cada uma das vagas que pagou a valores de hoje R$2,4 milhões, para que esse dinheiro retorne, vamos dizer, em 10 anos?Na média, e dentre todas as faculdades de medicina, as mensalidades situam-se em torno dos R$8 mil. Vamos multiplicar R$8 mil por 12 meses e depois por 6 anos. E chegamos a uma receita bruta por aluno, por vaga, arredondando de R$580 mil. Esse o investimento que um jovem/família precisa fazer para concluir seu curso de medicina, a receita bruta da faculdade.Vamos imaginar que a soma das despesas para oferecer esse curso, entre instalações, materiais, funcionários e professores, cada aluno custe para a faculdade metade desse valor, ou seja, o resultado líquido à instituição por aluno antes dos impostos seria alguma coisa como R$240 mil. Assim, e se tudo der certo, e com sorte, precisaria de 10 anos apenas para ter o retorno do capital…Pergunta, trata-se de um bom investimento? No entendimento dos consultores da MADIA, definitivamente não. Mas, e hoje, e a disputa é grande, o maior valor no ensino superior de nosso país são as vagas para faculdades de medicina.Coisas de um mundo, Brasil, em final de pandemia, e apenas mergulhando no maior tsunami de todos os tempos. A disrupção decorrente do nascimento de um quarto ambiente, a digisfera.A maior parte das decisões que empresários de diferentes setores vêm tomando, sob a ótica de um passado por mais recente que seja, inexoravelmente conduzirá seus negócios ao precipício do fracasso e da destruição. 4 – POUCAS VEZES NA HISTÓRIA DO BRASIL, UMA MARCA, NAMING, DESIGNAÇÃO PEGOU TANTO E TÃO RÁPIDO, COMO… PIX!Muitas pessoas perguntam, e se perguntam qual o significado da palavra PIX? A primeira resposta é, nenhum. Não se trata de abreviatura para facilitar a adesão das pessoas, nem qualquer outra possiblidade. Apenas a certeza do BANCO CENTRAL brasileiro que, para traduzir as facilidades, rapidez, e instantaneidade, e universalidade dos pagamentos era preciso uma palavra que se falasse de um sopro só, na primeira, de no máximo 3 letras, sem intervalo e nem respiro.E que conotasse PAGAMENTOS – P, e o binômio TECNOLOGIA, INSTANTANEIDADE, – IX. Pronto, nascia o PIX.Agora, o PRODUTO EM SI, o PIX, e seus resultados no espaço de 2 anos – 5 de outubro de 2020, lançamento, a setembro de 2022.Antes, e apenas lembrando, no ano de 1971 ITAÚ, UNIBANCO uniram-se ao CITIBANK que tinha o cartão de crédito mais desejado naquele momento, o CITICARD. E nasceu o CREDICARD, que liderou esse território durante décadas, tendo como concorrente principal o ELO, do BRADESCO.A proposta naquele momento era o de acabar com o dinheiro, e a campanha de lançamento realizada pela agência de propaganda PROEME dizia “FINALMENTE, A CASHLESS SOCIETY”, a SOCIEDADE SEM DINHEIRO. Passaram-se mais de 50 anos e a proposta não se confirmou. Já o PIX, em dois anos, praticamente defenestrou todas as demais formas de pagamento, e deu o mais que merecido descanso ao dinheiro. Ainda não morreu, mas, quase agonizante…Hoje a única outra forma que concorre com o PIX são os boletos. O PIX em curva ascensional consistente, e os boletos, descendo a ladeira de forma acelerada.No mês de janeiro de 2021, três meses após seu lançamento, o PIX já era responsável por 17% dos pagamentos feitos no comércio eletrônico. No final de setembro, alcançou a participação de 76,3%.E dados do Banco Central revelam que, no último mês de setembro, o volume de transações com o PIX alcançou um total de 430 milhões, contra 130 milhões de setembro do ano passado. E, em valores, transacionados, o salto foi de R$49 milhões para R$92 milhões.Razões de sucesso do PIX. Todas! Tão fácil, óbvio e simples como um band-aid, gillette, durex, cotonete, clips, amendoim, água. O maior pegador de carona de todos os tempos. Pegou carona na maior parte e anseios das pessoas, do comércio, indústria, negócios, e, talvez e até mesmo, dos bancos.Pegou carona e trouxe respostas eficazes para todas as carências, desejos e necessidades.A simplicidade de três letrinhas que dizem tudo, e fala-se de uma vez só, com ênfase, traduz movimento e modernidade, e fala-se e ouve-se uma única vez e jamais se esquece.E, não adiantariam todas esses virtudes e competências se não cumprisse sua missão como meio de pagamento. E o faz de forma irretocável.É isso, amigos. Hoje, e além de fulminar com os boletos, dar fim aos cartões de débitos, mais todas as demais formas de transferência de dinheiro, finalmente traduz-se na mais consistente movimentação no sentido de aposentar, definitivamente, o dinheiro.Mais que isso, e sem ser essa a sua proposta e intenção original, o PIX, enquanto plataforma e sistema, mais que as moedas convencionais e outros formatos de moeda, tem tudo para se converter, com essa ou outra denominação, e mais que dólar, libra, euro, e demais moedas, na MOEDA UNIVERSAL.Quem sabe, e mesmo ainda com quase 80 anos pela frente, no PRODUTO DO SÉCULO. 5 – RELEITURAS RADICAIS E SENSÍVEIS CONVERTEM HOTÉIS EM CONDOMÍNIOSSome-se a falta de terrenos e o fim da necessidade de espaços descomunais; some-se o tsunami tecnológico; some-se o aditivo da pandemia, e assim, e gradativamente, nas principais cidades do mundo, e do Brasil também, hotéis concebidos e construídos de 50 anos para trás passam a ser visto com outros olhos, e inserem-se no território dos processos de conversão e reaproveitamento. Muito especialmente alguns dos principais hotéis que sempre ofereciam quartos com metragem igual ou superior a 30 metros quadrados, e que hoje constituem-se no espaço ideal para casais modernos, ou para solteiros solitários. Assim, e neste preciso momento, a cidade mais linda do mundo, a cidade maravilhosa cheia de encantos mil, RIO DE JANEIRO, vive um momento único. 10 de seus principais hotéis são reposicionados e retrofitados, deixando de ser hotéis, e passando a ser condomínios residenciais.Dentre outros, e neste momento, GLÓRIA, AYMORÉ e INTERCONTINENTAL, mergulham de cabeça, coração, alma e bagagens, e passam por uma mudança e reposicionamento radicais.Dentre todos, talvez a reconversão do INTERCONTINENTAL seja a que impressione mais e sinalize o tal dos novos tempos, pela dimensão. Seus 418 apartamentos serão convertidos em 418 residências. E, no total, dos 10 hotéis em mudança, serão mais de 1.500 novas residências.Se alguém ainda tem alguma dúvida que o mundo antigo se despede, e em seu lugar estamos construindo, literalmente, um mundo novo, acredito que todas as dúvidas comecem a se enfraquecer e as pessoas assumindo uma nova postura diante de uma realidade instigante, desafiadora, e espetacular em todos os sentidos. A mudança é agora… encontra-se em curso! 6 – QUASE ADOLESCENTES NO COMANDOMuitas pessoas assustam-se da chegada, aparente e supostamente prematura, de quase pós-adolescentes no comando de grandes empresas.Os exemplos vão se multiplicando no correr dos dias.PEDRO DE GODOY BUENO, hoje o todo poderoso do mais que vitorioso DASA, como ele mesmo comenta “duelava” com o pai que queria porque queria que ele fosse estagiário na empresa da família, a AMIL.Com 16 anos fez economia na PUC-RIO. Aos 20 foi trainee no PACTUAL onde trabalhava muitos dias das 8h à meia-noite. Voltou para a AMIL no ano em que a empresa foi vendida para a UNITEDHEALTH. Em poucos anos, o dinheiro da venda foi usado para aquisições, incluindo o DASA, onde PEDRO, aos 24 anos, assumiu o comando, 2015, e hoje converteu a empresa numa referência no negócio da saúde em todo o mundo.Já CARLOS ALBERTO DE OLIVEIRA ANDRADE, mais conhecido como o MELHOR VENDEDOR DE AUTOMÓVEIS DE TODOS OS TEMPOS, e que emprestou suas iniciais para sua empresa de retumbante sucesso, a CAOA, e que também se notabilizou por algumas notícias que projetaram imensas sombras em sua conduta na vida pessoal, morreu em agosto de 2021, aos 77 anos de idade.Como empresário, deixando um legado simplesmente espetacular, tendo sido o brasileiro que marcou de forma única e definitiva o negócio de automóveis em nosso país.Se GURGEL sonhou um dia em enfrentar as multis com seus emblemáticos carrinhos, CARLOS ALBERTO fez, e, venceu. Mas, partiu… Agora a notícia de sua sucessão, mais de um ano depois. Em seu lugar, seu filho CAOA-F, CARLOS ALBERTO DE OLIVEIRA ANDRADE FILHO, que no dia 1º de dezembro de 2022, completou 23 anos, e assumiu o comando do grupo.Na nota em que a empresa comunica à imprensa e ao público essa decisão, a manifestação do novo e poderoso líder de 23 anos, o CAOA-F. “Tenho orgulho do que construímos até agora e vamos muito além com a certeza de continuarmos entregando os melhores produtos e serviços do mercado”.CAOA – F assume agora, mas já vem a algum tempo conduzindo o processo de eletrificação da CAOA. E, segundo seus comandados, de forma brilhante e irretocável. Como o pai…Nos perguntaram: é certo conferir a liderança de empresas tão importantes como DASA e CAOA a empresários tão jovens? Neste momento único da história da humanidade, onde despedimo-nos do mundo antigo e começamos a ingressar no mundo novo, a resposta é, SIM.Grosso modo convivemos de forma mais consistente com três gerações. A de 60, 40 e 20 anos. A de 60, com raríssimas exceções, esqueceu-se de jogar a velha moldura fora, como recomendava insistentemente nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER, e, a maioria, sem se dar conta, segue pensando no futuro olhando pelo retrovisor.A de 40 segue ensanduichada. Dividida em prestar contas à geração de 60 e mais anos, e morrendo de inveja dos 20, acende uma vela aos velhos e aos novos, ou, como se diria, a DEUS e ao DIABO, também. Assim, e mesmo não sendo a escolha ideal, é melhor apostar na juventude, na mente aberta, na ausência de retrovisores culturais, mesmo correndo o risco de erros monumentais, do que insistir nas gerações que comandarão, inexoravelmente as empresas em direção ao passado, como um dia alertou SCOTT FITZGERALD, em seu THE GREAT GATSBY, “E assim prosseguimos, barcos contra a corrente, arrastados incessantemente para o passado…”. É isso, amigos.Acreditar, confiar e apostar nos jovens. 7 – BRASIL, UM DOS PAÍSES PREFERIDOS PELOS NÔMADES DIGITAISSe juntarmos todos os profissionais itinerantes e que trabalham nas cidades que escolhem para morar, e não do lugar – cidade e país – onde nasceram, temos hoje um hipotético país chamado de NOMADLAND, que por sinal é o título de um filme vencedor do OSCAR, 93ª EDIÇÃO, mas que não necessariamente traduz os desafios e manifestações dos chamados NÔMADES DIGITAIS.Isso posto, e dentre os países preferidos pelos NÔMADES DIGITAIS como base de onde prestam serviços para empresas do mundo inteiro, o Brasil disputa um dos primeiros lugares.Hoje essa DIGITAL NOMADLAND tem uma população entre 40 a 50 milhões de habitantes. E, em nosso país, e desde 1º de janeiro deste ano, ao menos um estrangeiro por dia solicita visto ao governo para permanecer por aqui, e daqui trabalhar para todo o mundo.Para um estrangeiro credenciar-se e merecer visto para trabalhar do Brasil, precisa comprovar alguma relação de trabalho com uma empresa do exterior e que lhe garanta uma renda mensal mínima de US$1,5 mil. Ou então, comprovar um depósito bancário correspondente a US$18 mil – mais ou menos R$90 mil. Segundo dados de uma empresa especializada em NÔMADES DIGITAIS, o perfil desse tipo de opção de vida envolve predominantemente homem, solteiro, branco, 33 anos, com pelo menos um diploma universitário, que domina um ou muitos softwares, fica em média 8 meses em cada país, e ganha o equivalente a US$85 mil por ano (R$ 430 mil). 8 – ERA UMA VEZ A MACONHA. É UMA VEZ O CANABIDIOLDe bandida a um santo remédio, a maconha, via seu princípio ativo, o canabidiol, vai se convertendo em remédio para diferentes e infinitas doenças.Mais ou menos o que aconteceu com o veneno de cobra, lembram? Hoje são dezenas de remédios que existem nas farmácias tendo como princípio ativo as moléculas bioativas extraídas do veneno das cobras!Mais ou menos como na música, de BILLY BLANCO cantada pelos DEMÔNIOS DA GAROA, “O que dá pra rir dá pra chorar; questão só de peso e medida, problema de hora e lugar, tudo são coisas da vida”.Exatamente, precisamente, assim.No caso do veneno de cobra, e como diz a ciência, “Os venenos de cobra são constituídos em grande parte de proteínas que correspondem a 90% do peso seco do veneno. As proteínas das peçonhas das serpentes, por exemplo, são responsáveis pela maioria dos efeitos conhecidos no envenenamento, contudo, tanto as frações proteicas quanto as não proteicas, são biologicamente importantes”.Hoje o veneno das cobras vem sendo pesquisado em estado avançado para a produção de analgésicos, anti-inflamatórios, antivirais, antibióticos, e até mesmo para a cura do câncer.É o que começa a acontecer, finalmente, com o canabidiol, princípio ativo da mais que estigmatizada maconha.Em novembro do ano passado, chegou a todas as farmácias do Brasil o CANABIDIOL VERDEMED, com uma concentração de 50 mg/mL. Primeiro na DROGARIA SÃO PAULO, e na sequência, PANVEL, RAIADROGASIL e depois, todas as demais redes. Ao comemorar o primeiro lançamento de remédios que têm como base o canabidiol, o presidente da VERDEMED, JOSÉ BACELLAR, declarou: “Temos uma fila de produtos na ANVISA tendo como base o canabidiol para aprovação”.A VERDEMED, e uma dezena de laboratórios farmacêuticos, mais as farmácias de manipulação. Ou seja, e finalmente, o princípio ativo da maconha, sob o formato de remédio, invade as farmácias de todo o mundo.Sempre ouvi dizer que um dos princípios do JUDÔ, é redirecionar a força dos inimigos em nosso benefício. Mais ou menos o que começa a acontecer agora com o CANABIDIOL, da mesma forma que aconteceu como o veneno de cobras, e muitas outras substâncias que causavam males terríveis, e agora, vão se convertendo em santos remédios, passando por uma espécie de beatificação. 9 – CAAS – CAR AS A SERVICE crescendo devagarinho, mas de forma consistenteA adesão aos carros por assinaturas, por enquanto, tem despertado mais curiosidade do que negócios, mas aos poucos, como sempre acontece diante da introdução de uma nova alternativa, algumas pessoas vão perdendo o medo e decidem-se pela migração. Da propriedade a assinatura e uso.Hoje as possibilidades de assinaturas de automóveis no Brasil contemplam praticamente todas as faixas da população, claro, a partir de uma renda mensal mínima de alguns milhares de reais.Os modelos mais simples, tipo RENAULT KWID e FIAT ARGO ficam num valor de mensalidade, dependendo do contrato, na faixa entre R$1.200 a R$2.100. E o tempo mínimo para os contratos de assinatura é de 12 meses.Muitas instituições financeiras indagadas por seus clientes, se deviam comprar, financiar ou assinar, apresentam diferentes simulações e cálculos, mas que, e no final, e se não houver nenhum acidente de percurso, é sempre mais vantajosa a assinatura.Nos cálculos do BANCO PACTUAL, por exemplo, e na média, assinar é 40% mais barato do que financiar e 14% mais barato do que comprar…É isso, amigos. Ainda com uma participação pouco mais que simbólica no volume total de carros transacionados sob diferentes formatos, mas, crescendo.As melhores e mais otimistas das expectativas consideram a possibilidade das assinaturas responderem, a partir de 2030, por mais de 20% de toda a movimentação de automóveis em nosso país. 10 – UM MUNDO MELHOR Caminhamos, inexoravelmente, para um mundo melhor. Menos poluído, muito menos poluído, com o resgate de toda a vegetação que um dia foi perdida, com o fim da agropecuária e da horticultura horizontal e o prevalecimento da vertical, e, mais adiante de toda a produção de alimentos no mundo.Muito brevemente, e começa ainda nesta década, todas essas novidades começarão a tomar conta do mundo, e colocando fim a todas as toxidades decorrentes dos atuais sistemas de produção.Não se trata de ficção científica, trata-se da nova realidade.Meses atrás foi aprovado e autorizado pelo FDA – FOOD AND DRUG ADMINISTRATION, a produção de carne cultivada nos Estados Unidos. Depois de sucessivos e exaustivos exames, o órgão regulador americano deu como aprovada e com total segurança para consumo, carne cultivada em laboratório.A primeira empresa a receber a aprovação foi a UPSIDE FOODS, que tem sede na Califórnia e que produz carne a partir de células de frango cultivadas. Nos próximos meses acelera a produção e dá início às vendas.No comunicado, assinado pelo comissário de alimentos e medicamentos, ROBERT M. CALIFF, e SUSAN T. MAYNE, diretora do Centro de Segurança de Alimentos, está escrito: “Os avanços na tecnologia de cultura de células estão permitindo que o desenvolvimento de alimentos use células animais obtidas de gado, aves e frutos do mar na produção de alimentos, com a expectativa de que esses produtos estejam prontos para o consumo nos Estados Unidos num futuro próximo…”!É isso, amigos. Finalmente, e independente dos encontros globais para a discussão dos temas relacionados a sustentabilidade, caminhamos em direção a um mundo melhor em todos os sentidos. DRUCKER´S MONTHLY E agora, a lição de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER deste mês de junho de 2023. Hoje uma daquelas lições essenciais de nosso adorado mestre que, depois de ler ou ouvir, empresários e profissionais revelam-se perplexos por alguns minutos, horas, quem sabe dias. Resistem em adotar, mas, um dia como que por milagre acordam pensando na lição de DRUCKER e se dizendo, porque demorei tanto para compreender e colocar em prática tão essencial aprendizado? Vamos à lição:“Todas as organizações de hoje precisam ter em suas estruturas a GERÊNCIA DA MUDANÇA. Vai cuidar do abandono organizado e programado de tudo o que faz. O tempo todo se perguntando sobre processos, produtos, procedimentos e políticas – SE NÃO FIZÉSSEMOS ISSO, SABENDO AGORA O QUE JÁ SABEMOS, SERÁ QUE FARÍAMOS?Empresas modernas precisam planejar cada vez mais o abandono ao invés de tentarem prolongar vidas”.
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Maio 2023

BUT PRESS 22MAIO/2023 Síntese mensal das principais movimentações, acontecimentos, registros no ambiente de negócios do Brasil e do mundo. Um trabalho de pesquisa, coleta de dados, análises e reflexões da equipe de consultores do MadiaMundoMarketing ― a única empresa de consultoria em todo o mundo que tem em seu DNA a ideologia da Administração Moderna, o Marketing. Sempre sob a orientação e mentoria do maior dos mestres da gestão e dos negócios, Peter Ferdinand Drucker. 1 – CENAS DO NOVO MUNDO MESMO NO CURTO PRAZO Há 12 anos, em comemoração a seu centenário, a NIVEA, leia-se BEIERSDORF, decidiu contratar para falar em seu nome e ser a embaixadora da marca, a cantora RIHANNA. A partir de alguns comentários de alguns varejistas e distribuidores do produto da marca, e de amigos próximos da diretoria da empresa, convenceu-se que a decisão fora equivocada, e RIHANNA, por revelar-se quase sempre nua, ou com pouca roupa, e por protagonizar comportamentos em depoimentos não compatíveis com tradicionais clientes da NIVEA, a única saída foi cancelar o contrato, desculpar-se com a artista, e pagar uma grande indenização para que o assunto morresse ali. Na ocasião, e falando à imprensa, o CEO da BEIERSDORF justificou a decisão de romper o contrato, “NIVEA é uma empresa que está ligada à família e à confiança… e RIHANNA não é compatível com esses valores”. Algumas pessoas, com razão ou especulativamente, viram na atitude da BEIERSDORF uma componente racista. Alguns inclusive manifestando-se a incompatibilidade que existia entre um produto, NIVEA, creme, imaculadamente branco, e alguém como embaixadora da marca, negra… Agora, 10 anos depois, e superados todos os eventuais e possíveis conflitos e o constrangimento que se seguiu pelos anos, a NIVEA lança globalmente, e no Brasil também, uma primeira linha voltada à pele negra. Só que há cinco anos, ou cinco anos depois do affair RIHANNA, a NIVEA protagonizou outra barbeiragem. Lançou com pompa e circunstâncias na ÁFRICA um novo produto que tinha como missão ou princípio ativo principal clarear a pele das africanas… Na campanha, um comercial onde uma mulher negra ia passando um creme hidratante e gradativamente ia embranquecendo… Agora, e com o lançamento da nova linha de produtos para peles negras, BELEZA RADIANTE, a empresa mais que centenária espera ter encontrado seu senso de equilíbrio, e resgatado um pouco da sensibilidade perdida. Vamos aguardar. O tempo dirá. 2 – O RENASCIMENTO DAS COOPERATIVAS Historicamente as COOPERATIVAS nascem na cidade de MANCHESTER, INGLATERRA, no dia 21 de dezembro de 1844, quando 27 tecelões decidem se somar para comprar melhor os insumos. Denominaram-se SOCIEDADE DOS PROBOS PIONEIROS DE ROCHDALE. Com o passar das décadas, industrialização, serviços, e hoje sociedade do conhecimento que se organiza por parcerias, o instituto das COOPERATIVAS foi perdendo a razão de ser. Muito especialmente porque foram se multiplicando para cada uma das especialidades de um determinado território e negócio, e muito rapidamente, ao invés de pensarem e cuidarem dos interesses de todos, de toda a cadeia, começaram a digladiar-se na defesa de interesses específicos. E aí ingressamos neste milênio, vem a disrupção digital, e a tecnologia possibilitando que novos negócios nascessem utilizando todos os fundamentos e princípios das cooperativas, disfarçados por sofisticadas e eficazes plataformas tecnológicas. E aí foram nascendo os UBER, RAPPI, iFOOD, AIRBNB, e centenas de outros mais. Finalmente e agora, e na medida em que a concorrência se acirrou e os integrantes de cada cadeia começaram a ficar mais sensíveis em relação a esses estranhos invasores que chegaram e tomaram conta da cadeia, voltaram a pensar e considerar a ressuscitação das velhas e boas COOPERATIVAS. E é o que acontece neste momento. Centenas de reuniões realizam-se em todo o mundo com integrantes de uma mesma cadeia de valor querendo se livrar dos aplicativos modernos, e resgatar as velhas e boas cooperativas. Um ótimo exemplo do que estamos observando e agora comentando é a iniciativa da ANFARMAG – Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais, que acaba de criar sua cooperativa para ter melhor acesso, em todos os sentidos, na compra de insumos de toda a ordem. O mesmo vem acontecendo em outros setores de atividade. E assim, e até 2025, a grande novidade nas cadeias de negócio é o renascimento das velhas e boas cooperativas. A ANFARMAG, que congrega todas as farmácias de manipulação, é um universo bilionário com mais de 8 mil farmácias que compram um total de insumos específicos aos remédios que manipulam num total de R$10 bilhões por ano. E, para acelerar o processo, a ANFARMAG comprou a distribuidora de insumos VPL FARMA, atalhando, com todas as licenças, e já podendo funcionar de imediato. É isso, de volta às velhas e boas cooperativas. Todas as novas plataformas que invadiram as cadeias já institucionalizadas e abocanharam uma boa fatia das receitas tendo que repensar, com a volta das cooperativas, como atuarão daqui para frente. 3 – REQUENTADOS E RETROFITS Uma edificação, quando concebida na cabeça e no coração de um arquiteto, coadjuvado com projetistas e engenheiros, tem um sentido, alma, propósito, desígnio. Em síntese, é, em si, única. Décadas depois, levando-se em consideração as razões e motivos que determinaram sua concepção, pode se proceder a uma releitura e readequá-la a utilizações mais contemporâneas e relevantes. De 10 anos para cá, mais especificamente neste início de pós-pandemia, empresas do negócio de imóveis decidiram apossar-se do termo retrofit, para justificarem tentativas lancinantes de ressuscitarem edificações que perderam a razão de ser. Muito especialmente edificações corporativas, e outras destinadas a prestação dos serviços de hotelaria. Neste momento tenta-se a ressuscitação de centenas de prédios no Brasil. De escritórios, de apartamentos, e também de hotéis que ficaram pelo caminho. Num final de semana, O GLOBO fez uma grande matéria em seu caderno de economia falando de “UM NOVO JEITO DE SE HOSPEDAR” – com mais comodidades e custo menor. E no corpo da matéria, uma sucessão de exemplos de tentativas de ressuscitação. Que passam pelo denominado retrofit – de verdade não é – dos Hotéis Glória e Everest, das facilidades que as prefeituras vêm concedendo para evitar uma avalanche de prédios abandonados, de projetos e mudanças na legislação para facilitar essa tentativa de salvação imobiliária, e muito mais. Mas o que sustenta todo esse raciocínio é o argumento que essas edificações regeneradas se viabilizam, em termos de negócios, sendo comercializadas para diferentes proprietários. Poucos para uso próprio, e a grande maioria como renda. Os empreendedores dessas intervenções alegam que conseguem oferecer, de um lado, hospedagem por um valor menor, e no final do mês, uma renda maior para os investidores. São raciocínios e argumentos que funcionam maravilhosamente nas falas e nos ensaios no papel, mas que a prática tem revelado, no correr de décadas, e em situações semelhantes, um concentrado de brigas na Justiça, e prejuízos monumentais a investidores. Em empreendimentos semelhantes, na forma, milhares de investidores em flats na cidade de São Paulo, que tudo o que queriam era uma renda, passaram anos tendo que, ao invés de receber alguma renda, pagando pelas despesas condominiais – muito especialmente as despesas decorrentes de um condomínio de baixa utilização, mais impostos. Acreditamos em retrofits de verdade. Em edificações que transpirem alma e propósito, e mereçam, pelo apreço que construíram, passar por uma atualização. Mas como essência de um novo e “poderoso negócio”, pela declaração de seus empresários, 99% de certeza de prejuízos e fracassos monumentais. De qualquer maneira, e como nos ensina a vida, “cada um sabe onde amarra seu burro”. Ao invés de ressuscitação, aditivos e placebos inócuos incapazes de trazer de volta à vida o que quer que seja. Apenas produzir espasmos de curta duração e grandes prejuízos. 4 – LINDT, O MELHOR CHOCOLATE AO LEITE, JUSTIFICA O PREÇO TRÊS VEZES MAIOR E aí, e como faz com frequência, o CADERNO PALADAR do ESTADÃO decidiu testar as barras de CHOCOLATE AO LEITE e esboçar um primeiro ranking. O método é o mesmo de sempre. Teste cego. Os que votam recebem as barras sem embalagem e assim não sabem quem assina aquela barra, qual a marca por trás. Foram nove barras avaliadas por um júri de especialistas, e os resultados surpreendem pela diferença descomunal de qualidade e preço, existente entre as diferentes marcas. Disparado, na primeira colocação, com uma margem de 8 pontos a mais em relação ao segundo colocado, a barra de chocolate ao leite da LINDT. Depois, e pela ordem vieram num primeiro bloco, com notas maiores que os demais, e preços, também, a DANKE e a MILKA. E, num segundo bloco, notas menores e preços mais baratos, NEUGEBAUER 4º, LACTA 5º, NESTLÉ 6º, HERSHEY´S 7º, GAROTO 8º, e ARCOR 9º. Repetindo, e de certa forma, a diferença de preço seguiu a posição no ranking. Os três primeiros colocados custam de duas a três vezes mais que as demais marcas. Enquanto o primeiro colocado, LINDT, vende 100g de sua barra de chocolate ao leite por R$24,40, o último colocado, a ARCOR, vende 80g por R$4,89. Repetindo, pessoas seguem decidindo suas compras pelos agregados de serviços que todo o produto presta. E por onde passam, obrigatoriamente, os serviços de embalagem, e especialmente e no conjunto, a MARCA que assina. Assim, os testes cegos são da maior utilidade para se aferir e avaliar a qualidade e preferência pelo produto em si. Apenas isso. Mas isso já é muito. 5 – O TAMANHO DO COMÉRCIO ELETRÔNICO DO BRASIL Mesmo desacelerando, mas, e ainda avançando, e em meio ao final da pandemia e a guerra, o comércio eletrônico registrou um crescimento expressivo em 2022 no número de consumidores, com 24% a mais, mas, uma venda total de R$262 bilhões, 1,6% a mais que no ano anterior. Se descontada a inflação, um resultado negativo. Mas, repetimos, numa velocidade menor do que vinha crescendo nos semestres anteriores à pandemia. Já o tíquete médio registrou uma pequena queda de 7,5%  ̶  segundo a NIELSEN, “mais pessoas realizaram mais compras, mas de itens de menor valor agregado…”. Dentre os crescimentos, a da cesta de alimentos que saltou da sexta colocação de 2021 para a terceira em 2022. E o novo líder, superando CASA E DECORAÇÃO, foi a venda de PERFUMARIA e COSMÉTICOS. No tocante ao tíquete médio, uma queda espetacular. Dos R$720 de 2021 para R$259 em 2022. Origem dos compradores: continua prevalecendo a busca direta digitando-se o nome da loja/comércio, 25%, seguido por sites de busca, 25%, e redes sociais, 23%. E se entre 2020 e 2021, a quantidade dos brasileiros que compram em sites de outros países tinha caído, em 2022 deu um grande salto, um recorde histórico: 72% dos consumidores digitais brasileiros criaram coragem e compraram nesses sites internacionais. A tendência para este ano de 2023 é semelhante ao que aconteceu em 2022. Crescimento acelerado no número de compradores, mas redução no tíquete médio das compras. 6 – UMA NOVA LENOVO. O QUE SOU, E O QUE PRETENDO SER Existe um determinado momento na vida de toda a empresa em que chega a uma encruzilhada, ou, a um ponto de inflexão – seguir adiante como é, ou se rever, reposicionar, reinventar, recriar, e desfraldar uma nova bandeira, adotar um novo posicionamento, e aperfeiçoar ou aprimorar sua MISSÃO, contemplando tudo isso no PROPÓSITO de seu capital humano. É o que decidiu fazer a LENOVO daqui para frente. Deixar de ser apenas uma fabricante e fornecedora de produtos, e trabalhar em soluções mediante maior proximidade e compreensão dos desafios tecnológicos das empresas. Poucos se lembram, mas a LENOVO é uma empresa multinacional chinesa de tecnologia, com sede em PEQUIM, CHINA, e uma segunda sede em MORRISVILLE, USA. Foi fundada no ano de 1984 por LIU CHUANZHI e outros dez engenheiros com uma primeira denominação de NEW TECHNOLOGY DEVELOPER INC. A sede da empresa controladora desde 1988 é em HONG KONG. O grande salto da LENOVO, que de certa forma condicionou todos os seus primeiros anos, foi a aquisição do negócio de computadores pessoais da IBM no ano de 2005. Esse movimento foi tão forte que praticamente concentrou toda a atenção da empresa até o início dos anos 2010, quando decidiu lançar novos produtos, e por onde passam, por exemplo, os smartphones. E, para reforçar sua presença nesse novo território, comprou a MOTOROLA no ano de 2014. E agora, faz sua maior movimentação e reposicionamento. A LENOVO BRASIL está sob o comando de RICARDO BLOJ, como presidente, desde março de 2017. Ingressou na empresa no final de 2015, egresso da RHB consultoria em gestão empresarial, e quase 4 anos trabalhando na ITAUTEC. Em entrevista recente ao jornal O GLOBO, jornalista JOÃO SORIMA NETO, BLOJ comentou sobre o reposicionamento radical da LENOVO. Disse: “É uma transformação que a LENOVO vem fazendo há três anos. Deixando de ser uma empresa puramente de venda de hardware, computadores pessoais, smartphones, servidores, passando a oferecer soluções de software, de tecnologia inteligente”. Segundo RICARDO BLOJ, a nova divisão criada para dar vida a esse reposicionamento, já tem apresentado resultados. Declarou, “No primeiro trimestre deste ano, 37% da receita não vieram da venda de PCs. Uma parte importante já é resultado da venda de soluções”. Dentro desse novo posicionamento, e adequando sua operação no Brasil a essa nova realidade, a LENOVO somou-se à UNIVERSIDADE DO RIO GRANDE DO NORTE com o objetivo de pesquisar as redes de 5G e todas as aplicações passíveis de serem desenvolvidas. Um novo centro está sendo construído e equipado, que deverá iniciar seu funcionamento no início de 2024, e onde os investimentos totalizam R$60 milhões. É isso, amigos. Como nos ensinou GERTRUDE STEIN, e diante da disrupção e uma nova total, e diferente realidade, “Não existe lá mais ali”, ratificado por AL RIES e JACK TROUT que emendaram, “O que nos trouxe até aqui não nos levará mais a canto algum”. E, por decorrência, e título do livro dos dois autores, REPOSICIONAR-SE, OU, MORRER. E é no que acredita e o que está fazendo a LENOVO. Uma referência para todas as demais empresas. 7 – QUANDO MORRER FOR OPCIONALAcreditamos que em algum momento, mais adiante, existirá a possibilidade das pessoas viverem para sempre. Assim como imaginamos que nesse momento, existirá a possibilidade das pessoas decidirem, livremente, se querem continuar vivendo, ou se preferem partir. Esse assunto a cada dia que passa entra na pauta das diferentes plataformas. A principal razão decorre das conquistas da MEDICINA CORRETIVA, que permite a correção, muitas vezes e até no útero da mãe, de um bebê que nasceria com desafios que o impediriam de ter uma vida longa. Como decorrência, e nunca como antes, o chamado SUICÍDIO ASSISTIDO – legalizado em alguns países como a SUÍÇA e desde 1942 – hoje é um dos assuntos mais comentados nas redes sociais. Semanas atrás quem manifestou sua vontade formalmente por essa forma de partida foi o ator ALAIN DELON, hoje aos 87 anos… Ainda entre nós, um dos atores mais amados de todos os tempos pelas mulheres de diferentes idades, com uma série de problemas decorrente e inerentes, por enquanto, à velhice, disse, depois de um duplo AVC no ano de 2019, “Envelhecer é uma merda! E você não pode fazer nada sobre isso. Você perde o rosto, perde a visão. Você levanta, e caramba, seu tornozelo dói…”. ANTHONY DELON, filho do ator com a atriz e modelo NATHALIE DELON, vem divulgando o documentário que fez sobre o tema, “A MELHOR MANEIRA DE PARTIR”. NATHALIE, assim como ALAIN, optou pelo suicídio assistido, mas, partiu antes de concretizar sua decisão. Morreu aos 79 anos de idade, em janeiro de 2021. Assim, e enquanto a morte não é opcional, todos mais que recorrendo aos que nos antecederam, partiram, e deixaram como legado uma forte e orientadora mensagem. E dentre muitas, separamos para fechar este comentário, a de um gênio dos tempos modernos. STEVE JOBS. “Você tem que encontrar o que você gosta. E isso é verdade tanto para o seu trabalho quanto para seus companheiros. Seu trabalho vai ocupar uma grande parte da sua vida, e a única maneira de estar verdadeiramente satisfeito é fazendo aquilo que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um ótimo trabalho é fazendo o que você ama fazer. Se você ainda não encontrou, continue procurando. Não se contente. Assim como com as coisas do coração, você saberá quando encontrar. E, como qualquer ótimo relacionamento, fica melhor e melhor com o passar dos anos. Então continue procurando e você vai encontrar. Não se contente.” E disse mais: “Seu tempo é limitado, então não percam tempo vivendo a vida de outro. Não sejam aprisionados pelo dogma – que é viver com os resultados do pensamento de outras pessoas. Não deixe o barulho da opinião dos outros abafar sua voz interior. E mais importante, tenha a coragem de seguir seu coração e sua intuição. Eles de alguma forma já sabem o que você realmente quer se tornar. Tudo o mais é secundário.” VIVENDO INTENSAMENTE E JÁ, AMIGOS. Ou, e como é o positioning statement da plataforma de mentoria de negócios do MADIAMUNDOMARKETING, PERENNIALS, e enquanto não formos convocados para a partida, “FOREVER YOUNG, SEMPRE!” 8 – AVIAÇÃO COMERCIAL PARALELA… Não é exatamente isso, mas é quase isso. Tendo como referência e pretexto a pandemia, onde milhares de voos regulares foram cancelados, as empresas de táxi aéreo colocaram um primeiro pé no território até então exclusivo de empresas como LATAM, AZUL e GOL. No início as pessoas físicas ou jurídicas que fretaram um avião, para diminuir seus custos, poderiam vender assentos para parceiros e amigos. Tanto na ida, como principalmente na volta quando os pequenos aviões voltavam vazios, ou, como se diz na linguagem comum, “batendo lata”, ou com uma das pernas absolutamente vazia. De grão em grão o novo hábito foi se institucionalizando e no mês de novembro de 2023, a ANAC deverá divulgar uma regulamentação específica para esse tipo de atividade. Conclusão, hoje já existem voos fixos de táxi aéreo, saindo do Rio e de São Paulo, numa espécie de minipontes aéreas, que vendem seus serviços através de aplicativos e em parcerias com entidades que agregam profissionais, empresários e executivos. Conforme matéria em VALOR, hoje já existem voos fixos entre Rio e São Paulo e que custam R$1,5 mil o assento. Dentre as empresas mais que preparadas e já inserindo-se em soft opening no novo negócio, a LÍDER TÁXI AÉREO. Que desde o mês de setembro de 2020 vem operando, com sucesso, um aplicativo para a venda avulsa de assentos. Em verdade, pelo aplicativo, quem freta o avião é uma pessoa física ou jurídica. E que pode oferecer assentos disponíveis a quem se interessar, e na plataforma da LÍDER. A tal da velha e boa lotação dos tempos de táxis e peruas… É isso, nada parado, tudo se movimentando, mudando, atualizando o tempo todo. No passado tinha um dito popular que dizia, tipo, “Cala a boca já morreu, quem manda na minha boca sou eu…”. Agora um novo dito vai tomando conta do ambiente corporativo, “Não pode já morreu, pode sim e quem decide sou eu…”. 9 – ENQUANTO A NATURA&CO PROCURA SOBREVIVER A SUA CRISE DE EXCESSOS, O BOTICÁRIO SEGUE EM SUA POLÍTICA CONSISTENTE Momentos únicos e radicalmente diferentes vivem as duas maiores empresas do território da beleza. Anos atrás, em todo o estabelecimento comercial existia um quadro onde aparecia a caricatura de dois comerciantes. Um na bancarrota, miséria, e outro na prosperidade. Sob o falido a expressão, EU VENDI A PRAZO. Sob o próspero, EU VENDI À VISTA. Hoje, se fôssemos traduzir a definição das duas maiores empresas brasileiras numa charge parecida, teríamos a mesma figura do próspero e do em crise. Sob o próspero a legenda, EU SEGUI FOCADO. BOTICÁRIO. Já sob o em crise, NATURA, a legenda eu diversifiquei. Em verdade, a NATURA seguiu rigorosamente no território dos produtos de beleza. Apenas decidiu somar empresas que, mesmo atuando no mesmo território, tinham DNA, CULTURA, VISÃO, MISSÃO, VALORES, COMPROMISSOS, completamente diferentes. Ainda que no mesmo território algumas vezes, eram antagônicas no pensamento e ação. Assim, e aproveitando-se da debilidade momentânea da NATURA, O BOTICÁRIO avança em seu programa de conseguir a adesão de mais mulheres a sua marca e produtos, cuidando de suas qualificações, no programa de sua iniciativa e responsabilidade EMPREENDEDORAS DE BELEZA. Abriu 15 mil vagas numa nova turma, que prioriza as mulheres em situação de vulnerabilidade. São momentos totalmente diferentes das duas mais importantes empresas brasileiras do território da beleza. Uma surfando na prosperidade. Outra tentando, primeiro, dar fim a sua crise, depois definir seu reposicionamento e não cair mais em tentação, e finalmente reencontrar e retomar o caminho da prosperidade. 10 – EXISTE NEGÓCIO, CONTRATO, DECISÃO, SEM RISCO? NÃO! A resposta é não. Tudo, sem exceção, envolve algum grau de risco. Alguns, graus elevadíssimos; outros, irrelevantes. Mas, e se der a tal da zebra, mesmo os negócios com menores graus de risco sucumbem. Em todos os códigos de todo o mundo, inclusive em nosso país, estão contempladas as poucas situações que uma empresa ou pessoa pode arguir ou defender-se que não teve culpa. Que fatos e forças maiores impediram a entrega do que foi contratado. No Código Civil Brasileiro, por exemplo, artigo 393 está escrito, “O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado…”. Isso posto, e dentre os chamados casos fortuitos ou força maior, neste momento, em nossos tribunais, não se fala em outra coisa. Infinidade de serviços contratados nas águas calmas e tranquilas do final de 2000, até poucos dias antes do Carnaval de 2021, jamais consideravam a possibilidade de uma trágica e terrível pandemia pela frente. E, aconteceu. Muitos contratos não implicam em nenhuma providência antecipada, e assim, suas anulações e decorrências ocorreram com relativa tranquilidade. Outros, no entanto, implicavam em contratação, aditamentos sequentes, para uma entrega que só aconteceria meses ou até mesmo ano depois. E, dentre esses, prevalecem as festas com datas certas. Muito especialmente os casamentos. Conclusão, e neste momento, os tribunais abarrotados de processos de casais de noivos que contrataram festas de empresas especializadas, fizeram adiantamentos, parte desses adiantamentos foram transferidos para outros fornecedores para garantirem datas, fornecimentos, e compras de matéria-prima, e… Tudo cancelado, ou, impedido de ser realizado e entregue, por “caso fortuito ou força maior”. No inglês, ACT OF GOD. Em matéria de semanas atrás do jornal O GLOBO, a informação de que apenas no TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO DE JANEIRO, e neste momento, tramitam 242 processos que se inserem nessa situação. Empresas de eventos, que receberam antecipadamente, usaram a maior parte do dinheiro para contratações e serviços de terceiros, e, com a pandemia, nada aconteceu, além do uso do dinheiro. Conclusão, seguem os processos, via de regra os juízes dão ganho de causa aos contratantes, mas, essas decisões, na prática, e nada, quase sempre são a mesma coisa. As empresas de eventos ou não têm como ressarcir, ou já fecharam suas portas e seus proprietários desapareceram. Repetindo, todos os negócios envolvem riscos. Viver é arriscado. Embora a maior parte das pessoas não se dê conta disso, e continue acreditando que nada de errado vai acontecer. Se em situações normais o risco permanece presente, sempre, o que dizer-se então, diante de situações de excepcionalidade? Sim, fazer negócios envolve riscos, por menores que sejam. Viver continua sendo arriscado. DRUCKER’S MONTHLYE agora, a lição de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER deste mês de maio de 2023. Hoje, o momento em que DRUCKER, atendendo aos pedidos das pessoas que frequentavam suas palestras e aulas, decidiu colocar no papel aquelas que denominou: AS SETE FONTES DE OPORTUNIDADES PARA A VERDADEIRA E REAL INOVAÇÃO. Disse o mestre: “São sete as fontes de oportunidades para a inovação. Quatro dentro da organização e três fora: A primeira é decorrência de um acontecimento inesperado – um evento qualquer, independentemente de ser um sucesso ou um fracasso. A segunda, o que decorre de uma incongruência: a distância entre nossas expectativas e o verdadeiramente alcançado. A terceira, decorrente da necessidade de se criar um novo processo. A quarta, que decorre de uma mudança na estrutura daquela indústria ou mercado específico pegando todos desprevenidos. A quinta, mudanças demográficas. A sexta, mudanças nas percepções dos consumidores. E a sétima, o advento de um novo acontecimento ou tecnologia”.