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JULHO 2024

BUT PRESS 34 Como de hábito separamos 10 temas da maior importância, e que se traduzem em lições e aprendizados para todos nós. E no final e sempre, a lição do mês de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER. O PRIMEIRO ASSUNTO DE HOJE, É, 1 – PHILIPS AGORA CHINESA. AO MENOS E POR UNS BONS ANOS… No dia 19 de abril de 2021 a HILLHOUSE CAPITAL MANAGEMENT, com sede na CHINA, anunciou a compra do negócio de eletrodomésticos da PHILIPS (KONINKLIJKE PHILIPS) com sede na Holanda, por US$5,2 bi. Desde então muita expectativa sobre as decorrências, da compra de uma unidade que faturou em 2020 US$2,61 bi, presente em mais de 100 países, e que se notabilizou nos anos recentes pela AIRFRYER (fritadeira), LATTEGO (cafeteira), PERFECT CARE ELITE (ferro de passar roupa), e, SPEEDPRO MAX (aspirador). Uma espécie de novos eletrodomésticos do mundo moderno, “metidos a besta”. A transação envolveu todas as marcas, e, em especial, a marca PHILIPS, e por um período inicial e renovável de 15 anos. Ato contínuo, a HILLHOUSE INVESTMENT adotou a denominação de VERSUNI para seu ingresso no novo território, e, pegando carona no mega hit AIRFRYER, que durante um bom tempo foi exclusiva da POLISHOP. CEO GLOBAL da novíssima VERSUNI, HENK S. de JONG, declarou à revista DINHEIRO, “O Brasil representa a maior parte de nosso faturamento na América Latina com uma ampla possibilidade de crescimento… nosso foco é facilitar a vida e dar opções de estimular a criatividade dos consumidores…”. Muito cedo para qualquer prognóstico mais consistente sobre o futuro da VERSUNI no Brasil. Seguir observando e ver o que acontecerá com duas marcas que fazem parte da história da família brasileira – PHILIPS e WALITA. De avós e bisavós que já partiram, e de mães que não são mais o principal decisor das compras desses produtos… como era no momento em que as duas marcas começaram a ser construídas, nos anos seguintes à SEGUNDA GRANDE GUERRA. Em tempo, e na compra, a agora VERSUNI além de PHILIPS e WALITA também poderá usar as marcas SAECO e GAGGIA. A denominação VERSUNI tem diferentes fontes de inspiração. Seu positioning statement remete a canção do recém falecido BURT BACHARACH – “A HOUSE IS NOT A HOME”. Diz-se a VERSUNI, “Because no matter Where you live, we all have a need for home”… e, assim, VERSUNI TURN HOUSES INTO HOMES… E VERSUNI, vem de uma espécie de nova leitura de um novo, revolucionário encantador e acolhedor UNIVERSO… 2 – OS PIORES BANDIDOS FAZEM OS IDOSOS SUAS VÍTIMAS PREFERIDAS Já dissemos a vocês que um dos mais covardes crimes que se comete nestes tempos de modernidade são os praticados pelos bandidos da internet e do digital com os velhinhos. São literalmente estraçalhados pelos canalhas e covardes, que agem a distância, e correm um risco muito próximo a zero. Mais que na hora da sociedade reagir e dar um basta nesse massacre. Dados agora divulgados por apenas um único estado, o ESTADO DO RIO, registram 30.243 casos apenas em 2022. Um aumento de 57% em relação a 2021. No RIO, e nos demais estados, um idoso é assaltado a cada 17 minutos. Extrapolando-se para o Brasil, podemos afirmar que hoje, no BRASIL, um idoso é impiedosa e cruelmente roubado a cada 50 segundos… Segundo os dados do RIO, e dentre os idosos, as maiores vítimas situam-se entre 60 e 69 anos de idade, 56% de mulheres, e 66% brancos… Mais que na hora da sociedade organizar-se e iniciar um grande movimento para no mínimo atenuar de forma consistente e significativa os crimes do pior tipo de ladrão. Dos que correm riscos próximo de zero, dos chamados CRIMES A DISTÂNCIA… 3 – MAS VALE SER O PRIMEIRO DO QUE SER O MELHOR JÁ ERA; EM VERDADE, NUNCA FOI… Num dos maiores erros de toda a sua obra, AL RIES e JACK TROUT afirmaram nas 22 LEIS CONSAGRADAS DO MARKETING que, “Mais vale ser o primeiro do que ser o melhor”. Não, jamais, em hipótese alguma. Sim, e se possível, é sempre bom ser o primeiro, mas, e sempre, É SEMPRE MELHOR SER O MELHOR, e, ponto. Mais um novo e velho exemplo. Durante décadas, ele, o cheque, foi o rei das transações. Talvez os mais jovens até se choquem, mais seus pais e principalmente avós chegavam a receber três talões de cheques dos bancos e no final do mês ainda pediam mais dois ou três. Tudo se pagava com cheque. E aí veio o tsunami tecnológico, a disrupção, nasce a digisfera, e o cheque começa a ficar nervoso, febril, encolhe-se, diminui-se, e agora vai se despedindo de forma acelerada. Repetindo, melhor é apenas e exclusivamente o produto que presta um serviço relevante, essencial, rápido, prático, eficaz… e aí o cheque, coitado, mais derrotado, esgoelado em todos os quesitos por diferentes e melhores alternativas de pagamentos. E para enterrar de vez, ou quase de vez o cheque, o PIX… Assim, aquele que rivalizou com o dinheiro nos pagamentos, muito especialmente era líder absoluto nos de maior valor, vai se despedindo. No último dado divulgado pelo BANCO CENTRAL como instrumentos de pagamento o PIX aparece disparado e aumentando ainda mais a diferença com quase 30% do total de pagamentos. O cheque, lembram, o queridinho, amargando uma penúltima posição pouco acima do DOC e do TED, amigos na solidão e sofrimento, com e apenas 0,3% do total das movimentações. Recordando, é bom ser o primeiro sempre, mas é melhor, muito melhor, SER O MELHOR ACIMA DE TODAS AS DEMAIS COMPETÊNCIAS E VIRTUDES… 4 – CARREFOUR TESTANDO UMA HIPÓTESE. ECONOMIA, OU, SABEDORIA? Apostamos na segunda hipótese. Depois de assumir o comando do SAM´S CLUB, antológica e institucional movimentação estratégia do WALMART que desistiu do Brasil e decidiu-se concentrar na defesa da base – mercado americano –, e apostando como a realidade vem evidenciando que a disrupção tecnológica, responsável pela maior crise estrutural da história moderna descompensou o comércio tradicional, inclusive o autosserviço, possibilitando o avanço dos marketplaces que só atuam e vendem a distância. E, simultaneamente sentindo que os planos de fidelidade vão perdendo seu valor na medida em que diminuem a frequência às lojas, o CARREFOUR ao invés de brigar com a tecnologia, soma-se e empodera-se com ela, e acredita que com o novo comportamento de todos nós, consumidores, faz sentido voltar-se a falar em cooperativas de clientes, em clubes de clientes, e nada melhor que testar a hipótese com o legendário SAM´S CLUB, agora uma de suas propriedades. Isso posto decidiu, a partir de agora, e em algumas das novas lojas, abrir, lado a lado, um CARREFOUR e um SAM´S CLUB. Muito menos por economia no melhor aproveitamento dos terrenos privilegiados que possui nas principais cidades do país mas, para valer-se do fluxo dos que vão e compram no CARREFOUR, e reorientá-los para que se associem ao SAM´S CLUB. A operação piloto, e sobre a qual o CARREFOUR diz não ter a menor dúvida do sucesso, começou no ano passado em poucas lojas/terrenos. E, depois dos primeiros resultados, seguramente, parte para uma revisão estratégica e um decorrente reposicionamento. 5 – SAÚDE OU MEDO De poucos anos para cá o editorial SAÚDE virou pauta diária obrigatória de todos os principais jornais do mundo. E isso inclui os três principais jornais brasileiros: O GLOBO, ESTADÃO, FOLHA. Toda a semana, em quase todos os dias, artigos e notícias sobre a saúde sob diferentes ângulos e análises. Conclusão, e ao lado de outras causas mais relevantes, mais que precaução, o grau de angústia das pessoas só faz crescer. Semanas atrás, por exemplo, abrimos O GLOBO, páginas 20 e 21. Sessão SAÚDE. E as notícias e artigos falam sobre e que, 1 – O consumo de alimentos processados mata mais de 57 mil pessoas em nosso país a cada ano; 2 – Fogão doméstico emite gás que pode elevar o risco de leucemia; 3 – Infestação de carrapatos nas capivaras será difícil de conter; 4 – Cintura fina não é só estética; e, 5 – Terapias a laser são aliadas contra zumbido no ouvido… Definitivamente, não está fácil. Como se não bastasse a pandemia, agora, todos os dias, doses substanciais e generosas de diferentes moléculas causadoras de medo, pânico, pavor. Nesse ritmo, e com esse grau de sensacionalismo, muito rapidamente os jornais terão que trazer uma advertência, tipo, “a leitura desta matéria pode fazer mal à saúde…”. 6 – O OUTBACK BRASILEIRO Supostamente australiano em sua narrativa original, o fato é que a versão brasileira do OUTBACK é um dos mais emblemáticos “cases” de sucesso no território de lanchonetes e restaurantes. Um sucesso que é assinado por muitas mãos. A primeira a do gênio PETER RODENBECK. A segunda e pela ordem, do saudoso SALIM MAROUN, gestor de excepcional qualidade que fez brotar ouro no OUTBACK BRASIL como jamais verteu em qualquer outro lugar do mundo. No ano de 2013, RODENBECK e MAROUN alcançaram o apogeu de suas performances fazendo com que dos 10 OUTBACKS mais rentáveis do mundo 9 fossem do Brasil. PETER RODENBECK é de uma competência e sensibilidade únicas. Primeiro trouxe o McDonald´s, junto com GREG RYAN para o Brasil no ano de 1979. Em 1994 afasta-se da operação e diz do que gosta mesmo é de “experiências novas, diferentes, seja de negócios, lazer ou cunho social, e o meu desligamento aos 55 anos me deixa mais tempo para considerar novas atividades”. E assim fez. Em 1997 traz o OUTBACK, e, em parceria com sua saudosa companheira MARIA LUISA RODENBECK traz o STARBUCKS no ano de 2006. Voltando ao OUTBACK que de australiano não tem nada, no ano de 1986, o filme CROCODILE DUNDEE, inspirado numa história real batia recordes nas bilheterias e fez com que quatro amigos se sentassem algumas vezes em torno de uma mesa para conversar sobre o filme e falar de uma rede de restaurantes que consideravam abrir. Assim, e no clima do CROCODILE DUNDEE, os quatro amigos, CHRIS SULLIVAN, ROBERT BASHAM, TIM GANNON e TRUDY COOPER decidiram fundar OUTBACK STEAKHOUSE, Mas, quem de verdade deu vida mesmo e criou o conceito, posicionamento e produto OUTBACK, foi o PETER RODENBECK com seu querido amigo e executor SALIM MAROUN. Conta PETER, “Em meados de 1996 meu amigo SALIM MAROUN me visita e diz que iria vender suas lojas franqueadas do Mc, e pensava em abrir e operar um restaurante voltado para a família, com ênfase em carne. A partir daí e em conjunto fomos pesquisar diferentes alternativas. O que mais nos encantou no OUTBACK, tanto ou mais que a comida, ambiente, serviços, foi a forma como se estruturava cada operação, e sempre em parceria com as pessoas chave na operação… E a partir daí, e tudo o mais, é história…”. WASHINGTON POST, JUNHO 2023. Chamada da matéria, “Americano tenta descobrir por que o OUTBACK faz tanto sucesso no Brasil”. E assim, TERRENCE MCCOY veio checar, conferir, e escreveu, “No meio da malha urbana da maior cidade do Hemisfério Ocidental, aninhado em um emaranhado de rodovias, existe um shopping center com uma atração sem igual nos Estados Unidos. O GIGANTE OUTBACK STEAKHOUSE… Reconhecidamente o maior OUTBACK do mundo no ano de 2018 – e mesmo antes disso o mais lucrativo dentre todos – sua dimensão e história só cresceram desde então…”. Segundo TERRENCE, hoje a releitura, interpretação, e execução primorosas de PETER E SALIM traduzem-se nos números. “83% é quanto o OUTBACK BRASILEIRO representa no faturamento da rede americana…”. 7 – LIÇÕES DE VIDA E DE MORTE Semanas atrás sete seres humanos, homens, decidiram mergulhar, literalmente, na aventura de conferir o que sobrou do TITANIC. Um americano, um francês, um britânico, e dois paquistaneses, passageiros, mais dois tripulantes, um mergulhador, e o CEO, da empresa OCEANGATE, dona do pequeno submarino. Por uma aventura fugaz e ao preço de US$250 mil, cada, entraram num pequeno submarino e foram ao fundo do mar. Foram e não voltaram. Por lá permanecerão definitivamente, ao menos o que sobrou deles, depois da implosão do mini submarino por perda de pressão. Os restos do mini submarino foram encontrados próximos do que sobrou do TITANIC, a 500 metros do navio que supostamente jamais naufragaria. E daí, perguntam-se muitos. Qual o sentido dessa loucura? Encontram alguma resposta, em nosso poeta preferido, FERNANDO PESSOA. “Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo…”. Que esses malucos descansem em paz. 8 – SUCESSO DA NOITE PARA O DIA; RARÍSSIMO Definitivamente esse não é o caso do homem das jaquetas pretas, JENSEN HUANG, 60 anos, de nascimento JEN-HSUN HUANG.  Nasceu em TAIWAN, mas sua criação e formação aconteceu na Califórnia. Engenheiro eletrônico por OREGON, e mestra pela Universidade de STANFORD. Antes de investir em seu próprio negócio trabalhou como designer de microprocessadores da AMD – ADVANCED MICRO DEVICES, e comandou a LSI LOGIC. Na história de nosso país conhecemos celebridades que ganharam fama e reconhecimento por uma característica ou detalhe específico em seus hábitos e vestimenta.  Desde a figura soturna do HOMEM DE SAPATO BRANCO, passando por TENÓRIO CAVALCANTI e sua capa preta, um certo diretor de um banco que se notabilizou por um denso bigode, e muitos empresários e políticos que se sustentavam em vistosos chapéus de palha. JENSEN tem na jaqueta preta seu uniforme de todo o dia. Possui dezenas delas, mas as pessoas têm a sensação que sempre é a mesma. De certa forma, como se vestiam, com suas camisetas, JOBS e ZUCKERBERG.  JENSEN tem na centralização absoluta das decisões essenciais de seu negócio como característica principal de seu estilo de liderança. Ouve sim, mas, proporcionalmente pouco, e, sem maiores perguntas ou postergações, decide. Assume todos os riscos. É o chefe e líder absoluto de sua NVIDIA desde o ano de 1993. – 30 anos.  Em seu país, TAIWAN, capital TAIPEI, 23,4 milhões de habitantes, é um ídolo. Notabiliza-se por concentrar hoje mais de 80% da produção mundial de chips e semicondutores. E pontifica, hoje, JENSEN, no ranking dos bilionários do mundo, com uma fortuna pessoal superior a US$ 30 bi.  No ano passado, entre 30 de maio e 2 de junho, na feira COMPUTEX – um dos maiores eventos de tecnologia que acontece todos os anos em TAIWAN, JENSEN sentiu a influência e liderança que hoje exerce perante os jovens de seu país.   Convidado, foi o paraninfo de uma turma da Universidade Nacional de Taiwan, passeou pelas ruas da cidade, e bateu ponto e cantou num karaokê e terminou a noite fazendo massagens nos pés em uma barraca de rua. Música preferida, HOLD MY HAND, hit de LADY GAGA… “hold my hand, everything will be okay…”.  Dentre os depoimentos e manifestações recentes de JENSEN, muito especialmente e durante a COMPUTEX e falando aos estudantes de seu país, disse,  – “Corra sempre, não ande. Ou você corre atrás de comida ou corre para não se tornar comida”.  – “Nossa empresa não teria sobrevivido sem a ajuda da fabricante de jogos SEGA”.  – “Não há dúvida que estamos ingressando numa nova era da computação. Em cada nova era você faz coisas que até então não eram possíveis. Agora, o foco é inteligência artificial”.  – “Hoje o mundo descobre que a barreira de entrada da programação é muito baixa. Todo mundo é um programador, agora. É suficiente pedir, de forma clara, o que você quer que o computador faz…”.  9 – O MAIOR DESAFIO DA EDUCAÇÃO São tantos os desafios da educação em todo mundo, com particularidades e especificidades no Brasil, que fica até difícil eleger-se o principal.   O tsunami tecnológico mudou por completo – e segue mudando – a realidade; e a educação, em sua totalidade, foi concebida, planejada e segue ainda sendo executada, para um mundo que de forma acelerada vai ficando pelo caminho.  O sistema de ensino com universidades de 300 anos de existência, nasceu e foi orientado pelos acontecimentos do renascimento. E hoje existe mais que um novo renascimento, um momento absolutamente novo onde o futuro tem pouco a ver com o presente, e conexão quase zero com o passado.  Quando o atual sistema de ensino nasceu, o ser humano vivia 40 anos. Estudava até os 20, gastava o que aprendeu – mesmo porque não acontecia nada de novo – nos 20 seguintes, e morria.  Hoje mais que dobramos esses anos de vida, e desde o tsunami tecnológico, o mundo que se renovaria a cada 18 meses, segundo GORDON MOORE, renova-se, praticamente, todos os dias.  E assim, por total desconexão desses cursos com a realidade presente, muitos estudantes abandonam as escolas.  Na linguagem dos estudiosos da educação, “a desistência em cursos de graduação é uma preocupação em todo o mundo, pela pouca aderência dos cursos superiores em relação à realidade”.  Isso acontece no Brasil, com uma agravante: as dificuldades econômicas são maiores.  Conclusão, e segundo dados do MAPA DO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL, assinado pelo INSTITUTO SEMESP, “55,5% dos alunos que ingressam nas faculdades abandonam seus cursos antes de se formarem…”.  Ao apresentar os resultados, o diretor executivo do SEMESP, RODRIGO CAPELATO, disse, “Esses estudantes ingressam nas faculdades querendo ter contato com o mundo real e de trabalho, precisando gerar renda, tornarem-se independentes de suas famílias, e acabam se frustrando com discussões teóricas…”.  De novo e repetindo o que temos comentado sobre outros setores de atividade, e independente dos desafios da economia do Brasil, as grandes crises que hoje praticamente todos os setores atravessam, em maior ou menor proporção, são de ordem ESTRUTURAL.   E assim, todos os setores de atividade precisam ser repensados, revistos, revolucionados.  Em especial, todo o sistema de ensino, 500 anos depois de seu nascimento…  10 – AMAZON, 29 ANOS DEPOIS… Como muitas das empresas da nova economia, a AMAZON nasceu na garagem de um empresário e engenheiro, analista de WALL STREET, chamado JEFF BEZOS e casado com MACKENZIE. O plano foi desenhado numa longa viagem pelos Estados Unidos e de automóvel. MACKENZIE e JEFF, num automóvel e digitando sem parar no notebook. 29 anos depois, o que é a AMAZON? A resposta encontra-se num anúncio que a empresa vem veiculando em todas as redes sociais em todo o mundo, especialmente no Brasil, e tentando atrair mais vendedores para seu MARKETPLACE. Numa espécie de milagre de conversão. Estimulando e procurando convencer, os usuários das redes, de se tornarem vendedores, também. Acabamos de ser alcançados por um dos posts da campanha da AMAZON no FACEBOOK, e onde diz, VENDA NA AMAZON COM MENSALIDADE GRÁTIS POR 1 ANO. “Hoje, segue o anúncio, 1,9 milhões de parceiros – leia-se vendedores – confiam na AMAZON em todo o mundo. E, do outro lado, 300 milhões de clientes compram na AMAZON em todo o mundo”. E o desempenho médio desses 1,9 milhões de parceiros/vendedores é de realizar uma primeira venda em até 60 dias… Segundo a AMAZON os vendedores de porte médio e pequeno totalizam 60% das vendas. E as comissões começam em 8%, para alimentos, 13% produtos para casa, e 15% roupas e acessórios e eletrônicos. 29 anos depois é isso o que aconteceu com aquela empresa criada numa garagem e numa longa viagem de automóvel. JEFF e MACKENZIE separaram-se e MACKENZIE converteu-se na mulher mais rica do mundo. E agora, a lição de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER desta edição de JUL/2024. Fala sobre CIDADANIA… “Cidadania é a disposição de contribuir com seu país. Significa a disposição de viver, em vez de morrer, pelo país. A restauração da cidadania é uma exigência vital para a sociedade pós-capitalista”.
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JUNHO 2024

BUT PRESS 33 Como de hábito separamos 10 temas da maior importância, e que se traduzem em lições e aprendizados para todos nós. E no final e sempre, a lição do mês de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER. O PRIMEIRO ASSUNTO DE HOJE, É, 1 – GRIFES DE VERDADE SÓ NO PRESENCIAL, PESSOA A PESSOA… Agora começam manifestações pela imprensa que, e como matéria no Estadão, “MARCAS DE LUXO SE RENDEM ÀS LOJAS VIRTUAIS, PARA EXPANDIR MERCADO…” Se é grife de verdade, esquece. Os que assim se manifestam estão confundindo acesso ao produto, e, compra – dois momentos e episódios totalmente diferentes. O primeiro, entrega do produto, sem nenhuma relevância desde que respeite, na forma e manifestações, o posicionamento da marca. O que de verdade é definitivo é a compra, o MOMENTO DA COMPRA. Que invariavelmente implica num contato humano, mesmo que e ainda não presencial, mas decorrente de uma relação de confiança, amizade e respeito construída no correr de anos. Muitas vezes, de avó, para mãe, para filha… E todo esse relacionamento engrandecido, enaltecido, valorizado, reforçado, reiterado, pelas permanentes manifestações de amizade e carinho da MARCA com seus seguidores, admiradores e clientes. Assim, irrelevante se as pessoas compram na loja, e recebem em casa, ou se recebem em casa para escolha e compra, ou se finalizam a compra através do ambiente digital. O meio é irrelevante desde que exista a molécula do relacionamento, da amizade e da confiança. Nenhuma grife de verdade, chega a esse estágio e dimensão, a distância. São anos, décadas, de presença, relacionamento, encontros, momentos de extrema beleza e felicidade, de encantamento… Assim como todas as demais marcas de qualidade, a grife pressupõe, em doses maiores de qualidade, para sua construção no correr de décadas e até século, de um MANIFESTO, seguido pela definição de MISSÃO, dos diferentes PROPÓSITOS nas diferentes escalas e gradações, mais VALORES, COMPROMISSOS, absolutamente sustentados por uma NARRATIVA irrepreensível e irretocável na dosagem, intensidade, relevância e conteúdo. Caso contrário, e repetindo, não se trata de grife. Apenas, uma marca qualquer… 2 – O PRODUTO CERTO, NO LUGAR CERTO, NA HORA CERTA, PELO PREÇO CERTO O tempo do eu acho e das tentativas estapafúrdias em todos os territórios vai chegando ao fim. Muito especialmente no da moda. Os dias do EU ACHO definitivamente estão sepultados. Tudo é milimetricamente quantificado e qualificado, pelas conquistas da tecnologia, e absolutamente impossível nos tempos analógicos, com as limitações de velocidade, armazenamento, correlação e análises dos seres humanos, diante das competências de velocidade, capacidade de armazenamento e atendimento dos pedidos da inteligência artificial, tirando conclusões e aperfeiçoando práticas em tempo real. Isso posto, o jogo é outro hoje em todos os territórios, muito especialmente naqueles onde a fugacidade prevalece e cobra assertividade e competência. Isso posto, e hoje, as grandes redes de varejo do Brasil mergulham na mais radical e dramática revisão cultural de todos os tempos, sob pena de perderem competitividade por completo junto a grandes players globais, como uma SHEIN – plataforma de comércio eletrônico originária da China e hoje presente em mais de 150 países. A SHEIN posiciona-se como “varejista eletrônica global de moda e estilo de vida comprometida em tornar a beleza da moda acessível a todos”. Sua criação data de 2008 com a denominação inicial de ZZKKO, pelo empresário CHRIS XU. Começou fazendo e vendendo vestido de noiva. Mergulha em todo o território da moda a partir de 2010 e transpõe as fronteiras da CHINA. E não parou mais… Numa grande matéria semanas atrás na FOLHA e com dados do BANCO PACTUAL, revela ter a SHEIN faturado no Brasil em 2022 R$ 7 bi, contra R$13,3 de uma RENNER, R$8,4 da RIACHUELO, R$6,2 da C&A, e, R$2,7 da Marisa. E, tudo leva a crer, 2022 passa para a história como o ano do susto. Enquanto as tradicionais varejistas brasileiras do território da moda cresceram percentualmente entre 10% a 25%, a SHEIN deu um salto monumental.  Dos R$ 2 bilhões de 2021 para R$ 7 bi em 2022: 250% de crescimento. Isso posto, 2022 entra para história do varejo de moda no Brasil como o ano em que os brasileiros definitivamente descobriram a SHEIN; e, seus concorrentes brasileiros desesperados diante da dimensão do susto, decidiram correr atrás… É isso, amigos. Já vivemos uma nova realidade no território da moda, muito especialmente da moda do dia a dia. A tal da roupa de vestir. E todos os players terão que, mais que se reinventar, se revolucionar para e finalmente, resgatarem a competitividade – provisória ou definitivamente perdida. 3 – CONTRATANDO COM VENDA NOS OLHOS Até hoje muitas empresas, em especial, as de produtos de consumo, seguem recorrendo aos chamados BLIND TEST, TESTES CEGOS, na avaliação de seus produtos. Muito especialmente, no produto em si, no catchup, maionese, vinho, refrigerante, suco, chocolate, yogurt… repetimos, o produto em si. Claro tão ou mais importante, na sequência são todos os demais serviços inerentes ao produto: desde sua distribuição, passando pela embalagem, rótulo, marca, “playability”, e tudo o mais. Enfim, o serviço essencial que o produto presta. Aparência, cor, atratividade, sabor, gosto, decorrências… Isso posto, algumas empresas vêm adotando uma espécie de BLIND TEST no recrutamento de novos profissionais, executivos, empregados. Essa foi uma das matérias principais da revista VOCÊ RH, e assinada pelas jornalistas Marcia Kedouk e Leticia Furlan. E os resultados são, no mínimo, surpreendentes. Uma das empresas que passou a adotar essa prática é o hospital SÍRIO-LIBANÊS. No SÍRIO, toda a primeira etapa do processo acontece às cegas. Os candidatos permanecem ocultos até as últimas etapas do processo. Os recrutadores até essa etapa desconhecem o nome, gênero, idade, foto. Apenas uma imagem aparece na tela e a voz do candidato é distorcida. Os que passam por todas essas etapas, e na etapa final, são revelados. Pida Lamin, diretora de pessoas e cultura do SÍRIO, revela os resultados. De agosto de 2022 a março de 2023 mais de 90 pessoas participaram desse tipo de seleção. E dentre os contratados, 90% mulheres, 51% pessoas negras, 30% LGBTQIA+, 10% mais de 50 anos… Fantástico. Um grande passo e evolução. Mas ainda não dando nenhum tipo de garantia de como será a convivência dos novos contratados com a equipe que já existe na empresa, com todos os ranços culturais e preconceitos presentes. Mas, e como se diz com frequência, toda a nova jornada começa com um primeiro passo. E sem a menor dúvida o SÍRIO-LIBANÊS deu, inspirando outras empresas, um primeiro e grande passo. 4 – UMA ANDORINHA SÓ NÃO FAZ VERÃO…, MAS UM ÚNICO PRODUTO FAZ, AINDA QUE POR UM DETERMINADO TEMPO… Vez por outra, acontece. E, quase sempre, em decorrência de um serendipismo. Atira-se no que se vê, e acerta-se no que não se fazia a mais pálida ideia. Isso aconteceu com o VIAGRA. Criado e aprovado para uma melhor circulação do sangue pelo corpo, surpreendia incrédulas enfermeiras diante de lençóis dos pacientes que insistiam em permanecer como se fossem cobertura de cabanas sustentadas por um artefato qualquer… Muito especialmente de pacientes idosos e com a tal da potência comprometida. E o mesmo vem acontecendo com o OZEMPIC, da NOVO NORDISK, desenvolvido para tratar de diabetes e se revelando mega eficaz nas tentativas de emagrecimento fulminante, claro, com as devidas decorrências. Atribui-se a ARISTÓTELES a frase da andorinha que, só, não faz um verão, mas que o OZEMPIC, numa versão nova e mais eficaz, rebatizado de WEGOVY – pegando carona no WEWORK e outras modernidades – conseguiu a proeza de fazer a empresa dinamarquesa, em questão de semanas, valer mais que a NESTLÉ US$375 bi, contra os US$330 bi da rainha do café, leite e chocolate… O princípio ativo, SEMAGLUTIDA, capaz de enriquecer a NOVO NORDISK e seus acionistas, e emagrecer as pessoas enquanto cuida da diabetes, tem, como todo remédio, e recorrendo a uma outra frase – o que dá para rir dá pra chorar – seus inconvenientes e decorrências. Diarréia, vômito, enjoo, mas irresistível pelos resultados alcançados pela maioria das pessoas em tempo relativamente curto – emagrece, ou torna seus usuários menos deselegantes… De vez em quando, muito de vez em quando acontece. Mas, e se existe alguma lição a aprender, é que em qualquer ação sempre concentrar-se nos objetivos, mas jamais ignorar o entorno. Às vezes, poucas vezes, pode ser que o objetivo inicial frustre-se, mas em compensação, a sorte sorri e revela uma propriedade ou descoberta inesperada… Encerramos este comentário com um outro ensinamento da sabedoria popular, copilado e reescrito por MARK TWAIN, “A sorte bate em cada porta uma vez na vida, mas, em muitos casos, a pessoa está se divertindo por aí e não a ouve…”. 5 – QUASE DUZENTOS ANOS DE PURA SABEDORIA Dois nonagenários, WARREN BUFFETT, 92, no comando, e CHARLIE MUNGER, 99, no controle, pilotam a mais emblemática e legendária empresa no território dos investimentos. A BERKSHIRE HATHAWAY. Localizada na cidade de OMAHA, no NEBRASKA, onde nasceu o comandante WARREN BUFFETT, como as melhores religiões, reúne todos os anos mais de 40.000 de seus fiéis investidores, para saberem das novidades, e conhecer a estratégia desenhada para os próximos períodos. Tudo isso num mesmo lugar, uma arena coberta, e esse evento anual foi batizado por seus frequentadores de A WOODSTOCK DOS INVESTIDORES SENSÍVEIS, OS VERDADEIROS INVESTIDORES. Ao que se deve tanta lealdade, além do carisma e simpatia dos dois principais comandantes? A performance. Sempre entregou o que prometeu, claro, no longo prazo. Em seus quase 70 anos de existência – em verdade 68 – e enquanto o índice BOVESPA deles, o S&P 500 valorizou-se 24.700%, quase 10% ao ano, A BERKSHIRE HATHAWAY ofereceu a seus cotistas nesse mesmo período uma rentabilidade de 3.780.000%, 153 vezes mais, correspondente a um retorno anual de 19,8%. Envelhecer tem alguma vantagem? Sim, claro e desde que com saúde em todos os sentidos. E essa vantagem, na KNOWLEDGE SOCIETY, em que ingressamos, e onde o capital que conta é o CONHECIMENTO. E que, acumulado e em seu estágio máximo, traduz-se em SABEDORIA. É o que nos ensina essa organização mais que emblemática sobre o comando de dois nonagenários, a BERKSHIRE HATHAWAY. 6 – CELULARES E SMARTPHONES, NÃO É SUFICIENTE RECARREGAR, É ESSENCIAL, LIMPAR… Há 40 anos tínhamos telefones, mas éramos desconectados no sentido dos dias em que vivemos. Estar conectado é ter a possibilidade de se conectar do lugar e na hora que bem entender. Há 40 anos, final dos 1970, início dos 1980 eram poucas – físicas e jurídicas, as pessoas que possuíam exemplares das primeiras gerações dos gadgets. Hoje, e segundo dados divulgados pela FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS, a estrutura tecnológica de pessoas físicas em nosso país, de nós todos, brasileiros, totaliza 464 milhões de gadgets, entre computadores, notebooks, smartphones e tablets. O que corresponde a uma medida de 2,2 gadgets por brasileiro. A avalanche desses gadgets é de tal ordem que os mais velhos foram se esquecendo ou negligenciando nos hábitos de limpeza dos tempos em que os objetos da casa eram feitos de madeira e diariamente tinham por hábito tirar o pó. E hoje, os gadgets, seguramente são os maiores repositórios de micro-organismos de toda a natureza. Mais que maçanetas e moedas que tradicionalmente eram os objetos do dia a dia mais contaminados. Assim, e em sucessivas matérias e reportagens nos últimos dois anos, dezenas de recomendações sobre a necessidade de preservar-se os gadgets limpos, mediante práticas diárias de higienização e limpeza. Segundo pesquisas realizadas na Inglaterra, 92% dos smartphones estão sobrecarregados de micro-organismos. Fica o registro e nossa contribuição, consultores da MADIA, para melhores práticas e hábitos na higienização dos gadgets. Mesmo reconhecendo a compulsão e voracidade com que são utilizados, só mesmo se as pessoas levarem um choque é que se lembrarão das necessidades da limpeza, e, no mínimo, uma vez a cada novo dia. 7 – MIGALHAS Jamais, qualquer observador por mais insensível e desinformado que seja, entenderá a adesão de 9 montadoras ao programa patético e ridículo do CARRO POPULAR. FIAT, RENAULT, VOLKS, GM, CITROËN, HYUNDAI, PEUGEOT, HONDA, TOYOTA, e NISSAN, dispuseram-se a desfocar-se e desconcentrar-se, em busca de poucas e pífias moedas, diante da dimensão do desafio que têm pela frente. De novo, o BRASIL despencou de uma previsão de 7 milhões de automóveis no final da última década, chegaria aos 7 milhões entre 2019 e 2020, para 2 milhões na vida real, pela simples razão que o custo de se produzir no Brasil é insuportável e inviável. Ainda que com um custo de mão de obra relativamente competitivo, os custos indiretos, e muito especialmente o chamado custo Brasil onde prevalece o peso do Estado e impostos e taxas monumentais, são mais que suficientes para jogar por terra qualquer tentativa de carros mais competitivos. Isso posto, ou procede-se a uma revisão radical no tamanho, peso e custo do estado brasileiro, ou, as montadoras, todas, migrarão para outros países. De que adianta ser o Brasil um mercado atraente se os custos de se produzir aqui são insuportáveis? Se nada for feito, das 10 montadoras que aderiram ao programa, e sendo otimista, 5 deixarão de produzir por aqui até o final desta década. Não conseguirão mais justificar a seus acionistas, e em hipótese alguma atrair novos investidores, diante de inexplicável e absurda teimosia de seguirem produzindo num país inóspito chamado Brasil. 8 – CHEGA UMA HORA QUE TODAS AS POSSIBILIDADES DE REFORMA SE ESGOTARAM Essa é a situação, não do sistema tributário brasileiro. Do caos tributário brasileiro. Tem o pior de todos os mundos: absurdamente complexo, absurdamente ineficiente e injusto e absurdamente caro. Quando se tenta reformar o que quer que seja com essas componentes superlativas, não há reforma que resolva. O tecido desgastou-se, esgarçou-se e não há cerzimento e muito menos remendo, repetimos, que resolva. A inteligência artificial, e as monumentais conquistas da tecnologia nos últimos anos deveriam dirigir e orientar, não mais e burramente a uma reforma. Um NOVO SISTEMA TRIBUTÁRIO BRASILEIRO. Que resultasse em seu final na redução expressiva nos impostos, sem perda da arrecadação, e ainda devolvendo para as empresas um tempo absurdo que perdem para cumprir as obrigações, e os custos absurdos decorrentes da complexidade. Mas, e infelizmente, e uma vez, mais, o roto e esfarrapado sistema tributário brasileiro passa, tola e inutilmente, por uma suposta reforma. Como gostamos de nos enganar. Como nos recusamos a enfrentar problemas e desafios… Conclusão, e uma vez mais, a causa do emperramento e paralisia do país não será, uma vez mais, atacada: o peso paquidérmico do estado brasileiro. Aditivado pela incompetência e corrupção. Neste preciso momento, todos os envolvidos deixaram de pensar e considerar uma solução e tratam de se defender de uma tributação maior em seu setor de atividades. E assim, e como mais que previsto, o Brasil vai despencando no ranking dos países. E caminhando, como diria SCOTT FITZGERALD, e, inexoravelmente, para a rabeira da fila. 9 – A IMPORTÂNCIA ESSENCIAL DA CONCORRÊNCIA É muito comum nas palestras que nossos consultores fazem, as pessoas presentes perguntarem em que momento o MARKETING, a ideologia da ADMINISTRAÇÃO MODERNA segundo seu criador, PETER DRUCKER, eclode no Brasil. A resposta de nossos consultores é sempre a mesma. Pra valer, a partir dos anos 1980 quando o elemento essencial que faltava para que tomasse conta de toda a cena e contaminasse mais que positivamente as empresas finalmente chega; a presença da CONCORRÊNCIA. A partir dos anos 1980, em quase todos os setores de atividades aumenta substancialmente a presença de novos players. Um dos poucos setores onde isso não aconteceu foi no da saúde. As pré-condições já existiam mais uma cultura de medo determinada pelo excessivo e necessário controle da atividade inibia incursões mais corajosas e inovadoras. De 1990 para cá esse ambiente foi mudando. E hoje, 2024, para a felicidade de todos nós, até anos atrás PACIENTES, e hoje, e finalmente, CLIENTES, finalmente testemunhamos a mais abençoada das brigas e disputas. A dos milhares de prestadores de serviços nos territórios da saúde. Dos prontos atendimentos aos grandes hospitais. Dos enfermeiros a médicos. Das pequenas clínicas as grandes redes de hospitais. Especificamente na cidade de São Paulo, durante décadas, testemunhamos a briga de dois grandes hospitais, SÍRIO e EINSTEIN, com outras fortes e qualificadas instituições, como um OSWALDO CRUZ. Mas, da virada do milênio para cá outros players foram se organizando, capitalizando, e invadindo o território de forma avassaladora. Dentre os novos players, a REDE D´OR, hoje, é, seguramente a mais importante referência em termos de estratégia e execução. Fundada por JORGE MOLL FILHO, a REDE D´OR teve seu início numa pequena clínica de diagnóstico de imagem na cidade do RIO DE JANEIRO, 1977. Na época, JORGE, com 32 anos. Desde esse momento pontificava a maior característica do estilo JORGE MOLL: Inovação. A clínica cresceu, multiplicou-se, e virou GRUPO LAB. E aí, um hotel pelo caminho. Seu amigo, o imigrante português GASPAR D´OREY tinha um hotel na BARRA DA TIJUCA, queria se desfazer do negócio e voltar para a “terrinha” … E o hotel virou hospital e o resto é história. Muita história. Hospital D´Or! REDE D´OR… A ascensão e domínio da REDE D’OR é tão grande que até hoje não foi captada em sua totalidade pelas empresas que metrificam e pesquisam o território da saúde. Ainda no ano retrasado, e na pesquisa tradicional que realiza, a revista NEWSWEEK quando aponta os melhores hospitais do Brasil tem na primeira colocação o EINSTEIN, seguido pelo SÍRIO, depois pelo MOINHOS DE VENTO, OSWALDO CRUZ, aparecendo o primeiro dos 70 hospitais da Rede D´OR, mais 3 sob administração, o QUINTA D’OR, na 12ª colocação. É isso, amigos. Pode ser até que em algum momento do futuro essa situação se inverta, mas, pela componente inovadora, pela energia, pela competência, e pela capacidade de realização mais que comprovada, a REDE D´OR converte-se, com total merecimento, na nova MÉTRICA, na nova REFERÊNCIA, dos atendimentos e serviços médicos e hospitalares em nosso país. 10 – REVOLUCIONAR, É O QUE TEMOS QUE FAZER Reformas e mais reformas e mais reformas sobre um tecido esgarçado só esgarça mais até o rompimento final e definitivo. Mesmo que a passos de tartaruga e no correr de décadas o BRASIL foi sobrevivendo mediante reformas. Mas, o mundo era o mesmo e o TSUNAMI TECNOLÓGICO não tinha mostrado a sua força, dimensão, e capacidade de destruição monumental – destruição do velho. Isso posto, não nos resta, Brasil, outro caminho que não seja o de REVOLUCIONAR. De repensar nosso país. Vivemos uma CRISE ESTRUTURAL, a maior da história, e não adianta e apenas reformar. É preciso reinventar, recriar, revolucionar o BRASIL. Se já existiam razões de sobra para essa necessidade, o envelhecimento da população seguramente é uma das mais fortes. Semanas atrás o IBGE divulgou os resultados da PNAD CONTÍNUA DOMICÍLIOS E MORADORES, e o envelhecimento da população acelera-se. O tal do bônus demográfico que nos dava algumas vantagens nas décadas passadas vai ficando pelo caminho. O número de brasileiros com menos de 30 anos e no ano passado bateu em 43,3% da população. 10 anos antes, 2012, totalizavam 49,9%. Na outra ponta, brasileiros com mais de 60 anos, a participação subiu de 11,3% para 15,1%. Nesse ritmo, e se não revolucionarmos pra valer, chegaremos em 2050 com uma posição de destaque dentre os países com população mais, velha, e talvez disputando as primeiras colocações dentre os países miseráveis. Mais ou menos como na música de CHICO BUARQUE DE HOLANDA, “O meu guri”. Lembram: “E na sua meninice ele um dia disse que chegava lá olha aí…” Estamos chegando. A música já não é mais MEU GURI, e sim, NOSSOS VELHINHOS… NÓS! E agora, a lição de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER desta edição de JUNHO/2024. Hoje, nosso adorado mestre e mentor dá um MEGA PUXÃO DE ORELHA em todos aqueles que, de forma burra e arrogante, afirmam, “eu sei o que o cliente quer”. Diz o mestre, “A melhor maneira de definir-se a missão de uma empresa é compreender o que, de verdade, tem valor para o cliente. Via de regra, é a pergunta mais importante e a menos feita. Os profissionais da empresa sempre acreditam que não precisam perguntar porque sabem a resposta. Sintetizam de forma simplória na palavra qualidade, quando a verdadeira razão é, os clientes compram o que consideram valor para eles. E que evolui no correr dos anos. Para uma adolescente o valor de um par de sapatos é a moda. Anos depois, já moça, jovem mãe, não vai comprar nada que esteja fora da moda, mas agregar aos valores que busca: preço, durabilidade, conforto, estilo, e assim por diante. Assim, só uma única pessoa pode responder o que é valor. O cliente”. E ISSO É TUDO!
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MAIO 2024

BUT PRESS 32 Como de hábito separamos 10 temas da maior importância, e que se traduzem em lições e aprendizados para todos nós. E no final e sempre, a lição do mês de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER. O PRIMEIRO ASSUNTO DE HOJE, É, 1 – NOVOS TEMPOS, NOVA REALIDADE Na capa da VEJA SP do DIA DAS MÃES do ano passado, uma linda mulher grávida, de branco longo, anunciando uma matéria especial para a data. Em oito páginas, informa sobre todos os serviços existentes hoje na cidade para as grávidas e suas famílias das classes A e B, quem sabe C alta, e no final, um único anúncio. De quem menos se esperaria décadas atrás. O óbvio seria ter anúncios das maternidades citadas e comentadas na matéria, mas, não. O único anúncio é do FLEURY. E que tem como título FLEURY, PARA TODAS AS MAMÃES DO GESTAR AO MATERNAR. Mas, FLEURY não é apenas um grande e mais que elogiado laboratório. Não mais e apenas. Agora um mega prestador de serviços no território da saúde. No anúncio, e de forma genérica, comenta sobre 3 desses serviços; FLEURY FERTILIDADE, FLEURY GESTAR e FLEURY KIDS… O velho e ótimo laboratório onde e agora cuida da saúde das pessoas e suas vidas, a partir da gravidez, parto, e em todos os anos seguintes. Desistiu de limitar-se a aferir, alertar e orientar, em decorrência dos exames que realizava, para passar a cuidar da VIDA. Abriu mão da especialização em exames e converteu-se numa espécie de guardador e cuidador da vida. Certo ou errado? A mudança de posicionamento, mais que radical, é tão revolucionária, que o melhor é esquecer a origem, a gênese do FLEURY, e começar a pensar e analisar como o que passou a ser e agora é. O NOVO FLEURY, sem o código LABORATÓRIO antes. Apenas FLEURY, com o positioning statement MEDICINA E SAÚDE. Leia-se, TUDO! Uma única certeza nossa e enquanto consultores, mais cedo ou mais tarde, inexoravelmente, procederá a um radical spin-off, desmembramento. Convertendo-se em duas, três, quatro ou mais empresas e negócios. Anotem. 2 – A QUEDA! Mais cedo ou mais tarde todos, sem exceção, tropeçaremos. Alguns de uma forma mais forte e assim terão imensas dificuldades de se levantar. Outros, e dependendo do retrospecto, sofrerão durante algum tempo, mas, em meses ou anos, retomarão a trajetória de crescimento, sucessos e resultados. O mercado de capitais do país ainda alimentava algumas lendas e mitos. Menos por culpa dos incensados, mas, mais por admiração e entusiasmo de seus investidores que se convertem em fãs e admiradores. Talvez, o mais incensado de todos, tenha sido, e para muitos continuará sendo, uma espécie de WARREN BUFFETT brasileiro, o gestor da mais que glorificada VERDE ASSET, LUIS STUHLBERGER. Mas uma suposta invencibilidade, e ilusória impermeabilidade a crises e trovões caíram por terra. Nem mesmo a VERDE resistiu. No ano de 2021 e ainda, a VERDE sustentava uma mais que festejada quinta posição no ranking das maiores gestoras independentes do país na gestão de recursos, com um patrimônio de R$52,4 bilhões, e 44,5 mil investidores. Em menos de 15 meses, dezembro de 2021 e abril de 2023 perdeu R$24 bilhões em ativos e 20,3 mil cotistas. Fenômeno, ou acontecimento semelhante vivido WARREN BUFFETT e sua BERKSHIRE HATHAWAY. Os que ingressaram nesse período, ingressaram e literalmente fugiram com muito menos do que entraram, esqueceram-se do que os gestores não se cansam de repetir, ou, as pessoas mais experientes, prática e conhecimento alertam. Jamais invistam em ações e fundos de ações com uma visão de curto e médio prazo. Tanto WARREN BUFFETT assim como LUIS STUHLBERGER enfatizam que esse tipo de investimento é a perder de vista, Dinheiro que pessoas e famílias, salvo uma desgraça ou acidente de percurso, considerem precisar. E argumentam, o VERDE, que não obstante o tropeço atual, de janeiro de 1997 a abril de 2023, acumula um resultado de 21.840%, oito vezes mais que o CDI, enquanto BUFFETT e seu BERKSHIRE HATHAWAY apresentam como resultado um retorno médio de 20% ao ano – em dólares – nos últimos 50 anos! É isso, amigos. No longo prazo, e salvo se o mundo acabar, e, em tese, investimentos em ações de empresas sólidas e consistentes orientados por gestores de investimentos sensíveis, capazes e éticos sempre vencem todos os demais investimentos. Mas como convencer os investidores, num momento da história da humanidade onde o varejo analógico e em geral mergulha em sua mais grave crise estrutural, porque as pessoas querem comprar agora, 5 da tarde ou 10 da manhã, e receberem em suas casas as 5:30 ou 10:30 no máximo. Como compatibilizar a expectativa das pessoas que querem tudo para ontem, com as lições do LUIS STUHLBERGER, e do WARREN BUFFETT? Não chega a ser uma impossibilidade absoluta, mas, é quase… 3 – FALTA DE TREINAMENTO MATA Para os gestores públicos brasileiros, por ingenuidade ou incompetência, é suficiente construir novos caminhos e possibilidades, que as pessoas, por si só, cuidam do resto. Não cuidam, matam, e se matam. Agora estamos diante de uma ampliação das ciclovias na cidade de São Paulo. Que deverá saltar dos atuais 667 km para 1000 km até o ano de 2028. A notícia em si é louvável. A maneira como o processo é conduzido, torna a notícia risível se não fosse trágica, e patética. Números agora divulgados sobre mortes em acidentes de trânsito na capital do estado de São Paulo revelam, simplesmente, que hoje, na cidade, as bicicletas respondem apenas por 1% de todas as viagens, mas, por 5% dos acidentes com mortes. Conclusão, e sem o necessário e devido treinamento e indução de uma nova cultura no trânsito da cidade, mais ciclistas e pedestres, também, e pelos ciclistas atropelados, morrendo em maior quantidade. Uma das maiores cidades do mundo, a maior e mais importante da América Latina, SÃO PAULO, é um triste e lamentável exemplo da incompetência e irresponsabilidade do Estado. Uma cidade que, por gestão precária e temerária, por corrupção, por priorizar obras que politicamente tragam supostos pontos positivos para os gestores públicos, onde preservar e manter não dá votos, mas anunciar planos mirabolantes encanta incautos, ingênuos e estúpidos de toda a ordem, testemunhamos, perplexos, o anúncio de mais ciclovias numa cidade incapaz de preservar a segurança mínima dos pedestres, que têm que caminhar todos os dias em ruas esburacadas, descuidadas, onde alguns milhares caem todos os dias, uma parcela expressiva com lesões graves, e os demais com arranhões e dores. Mas, anunciar mais ciclovias é o que interessa aos péssimos gestores a quem confiamos, com nosso voto, a gestão de nossas cidades. 4 – NADA MAIS CONSTRANGEDOR DO QUE DECISÕES EQUIVOCADAS DE AGREGAR SUPOSTA MODERNIDADE À MARCA Leio no ESTADÃO um BRAND CONTENT da L&CO. Como assim, vocês não sabem quem é? Trata-se de um apelido supostamente moderno e carinhoso que a consagrada e líder de mercado LOCALIZA decidiu aceitar, agregar, e usar em determinados lugares, ocasiões, circunstâncias. Uma bobagem infinita e absolutamente inútil. Que só confunde e atordoa e gera dissonância cognitiva nas pessoas que têm o maior respeito e admiração pela LOCALIZA. Pode ter marca melhor? Não, não pode. LOCALIZA é e sempre deveria permanecer como LOCALIZA. Mas em tempos de irresponsabilidades e burrices, onde BENEFICÊNCIA PORTUGUESA vira BP, onde BOVESPA vira B3, onde PROCTER & GAMBLE vira P&G, nada mais surpreende. Mas, a indignação diante de tanta estupidez só aumenta. Fundada no ano de 1973 com uma frota de 6 fusquinhas, hoje a LOCALIZA é líder na locação de automóveis no Brasil, com uma frota de 591 mil veículos. Sua divisão de SEMINOVOS é a maior vendedora de automóveis usados do país. Hoje encontra-se, também, na Argentina, Equador, Paraguai, Colômbia e Uruguai. Em 2020 ingressa no negócio do CAAS – CAR AS A SERVICE, com o oferecimento de carros por assinaturas. E, no ano passado, decide criar a marca LOCALIZA & CO, e que abreviada vira L&CO. Jamais deveria ter cometido tamanho engano e desatino. Se queria traduzir a dimensão de seu sucesso e novos derivativos e serviços complementares, que adotasse a nova denominação exclusivamente na internalidade de suas operações. Mas que jamais externalizasse esse equívoco colocando na chamada de um publieditorial LOCALIZA&CO. LOCALIZA é LOCALIZA, e, ponto. Mas como é difícil resistir a modismos inconsequentes cometeu-se uma barbaridade como essa em MARCA CONSAGRADA. 5 – NEM TODAS AS COMPRAS POSSUEM SINERGIA OPERACIONAL, LEIA-SE, COMPATIBILIDADE DE CULTURAS Todas às vezes que uma grande empresa sai às compras no mercado, muitos dos seus acionistas e profissionais vão à loucura e ao delírio. Absolutamente convencidos que o 1 + 1 será, no mínimo 3. Algumas vezes, poucas vezes, isso acontece. E duas hipóteses e circunstâncias principais. Quando existe, de verdade, uma compatibilidade cultural verdadeira entre as empresas, da qual decorre com maior facilidade uma sinergia operacional, e numa segunda espécie, quando a empresa compradora possui em seus quadros profissionais qualificados para realizarem a incorporação. Mas, e na maioria das vezes, e mesmo nas compras razoavelmente bem-sucedidas, sempre sobra um gosto de fel, de amargor, no final dos processos. Isso, repito, quando dá certo. Quando a aquisição é no embalo, entusiasmo, precipitada, aí a tragédia é monumental. Dois casos recentes ilustram com exemplos de retumbantes fracassos, e que se não foram a principal causa da crise que as empresas compradoras atravessam, no mínimo, ofereceram terrível e detestável contribuição. O primeiro dos exemplos é o da NATURA, que durante décadas, construiu um dos mais admiráveis BRAND BOOK da história do capitalismo no Brasil. Mas, e num determinado momento, com alguns de seus principais acionistas convencidos que podiam tudo, comprou, em pouco espaço de tempo, três grandes organizações: THE BODY SHOP, AVON e AESOP. E mergulhou – e luta para sair – da maior crise de sua história. Já vendeu a AESOP, já vendeu a THE BODY SHOP, e tenta encontrar graus mínimos de compatibilidade entre as culturas NATURA e AVON. Mas o preço do desatino é monumental e avassalador. Sobrevivendo – e deve sobreviver – cicatrizes definitivas. E o outro exemplo é o da AMERICANAS, que já convivendo com uma crise em seus balanços gigantesca, mas ainda desconhecida do público e da quase totalidade de seus acionistas, saiu às compras. E, em muito pouco tempo fez um rapa no mercado, comprando a rede de Hortifruti NATURAL DA TERRA, e ainda o GRUPO UNI.CO, com suas marcas e lojas IMAGINARIUM e PUKET. E agora, como não poderia deixar de ser, colocou tudo à venda. Mais ou menos o que acontece conosco quando comemos alguma coisa de forma incorreta ou açodada. E engasgamos. Na maioria das vezes conseguimos desengasgar sozinhos. Em outras e poucas, se não tiver alguém para um ou muitos tapas nas costas, corremos até o risco de morte. Mais ou menos o que vivem NATURA e AMERICANAS neste momento. Forte engasgo que, se bobearem, pode ser fatal… 6 – O ESTADO BRASILEIRO NÃO PARA DE ENGORDAR… No exato momento em que em todo o mundo, parcela expressiva dos países parte para uma revolução radical no papel do ESTADO em suas economias, aproveitando-se de todas as possibilidades decorrentes das conquistas da tecnologia, em busca de uma radical redução no peso do ESTADO – em busca da redução dos atuais 35%, 40% que custam do PIB, para, e no máximo em 20 anos, a 10%, o ESTADO brasileiro segue engordando desbragadamente, pela simples razão que quem determina os rumos da economia, mediante projetos, leis, políticas, e quem depois aprova, e quem finalmente julga, são, 100%, vereadores, deputados, senadores, prefeitos, governadores, juízes, todos FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS, que, certamente e jamais, por mais que declarem o contrário, atirarão em seus próprios pés. Na semana passada, e dentre os absurdos clássicos e típicos do BRASIL, um juiz foi punido pelo CNJ – CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Praticou assédio sexual e teve como pena a antecipação de sua aposentadoria. Foi aposentado. Objetivamente, parou de trabalhar, segue ganhando, e vai viver a vida, viajar pelo mundo, sob as custas dos contribuintes brasileiros, nós. Até quando?  7 – PRA QUE SERVE A FEBRABAN? Antes e acima de tudo, deveria servir e ter como missão garantir, ou perseguir de forma permanente e obstinada, garantir segurança máxima aos clientes de seus associados, os bancos. Mas, em nenhum momento, além de advertências patéticas sobre os riscos e cuidados que todos deveríamos ter cumpre sua obrigação. Pior,  se faz de cega, surda, muda, e irresponsável. E assim passaram-se duas décadas com os golpes crescendo exponencialmente, e, a FEBRABAN, nada… Diante de tamanha leniência e omissão o BANCO CENTRAL decidiu agir. E passou a obrigar os bancos e demais instituições financeiras a adotarem o compartilhamento de dados e informações. É pouco, mas, é o primeiro passo de uma série de providências, imaginamos, que virão na sequência. O vendaval de tentativas de golpes superou, e em muito, as piores expectativas. Dados revelados pelo SERASA EXPERIAN informam que, e apenas no mês de janeiro deste ano, foram 284 mil tentativas de fraudes. Claro, esses dados não contemplam todas as demais tentativas, e que calculamos em 5 vezes mais, que agora todos nós mais experientes, abortamos na origem. Talvez e agora a FEBRABAN mais que envergonhada, humilhada, crie vergonha e decida assumir o comando do combate às fraudes. E a primeira providência é criar uma central de atendimento que atenda todas as consultas e orientem todos nós – clientes de bancos – e com uma espécie de LIXÃO DE FRAUDES, para onde todas as pessoas sem dúvida deveriam remeter as mensagens das quais desconfiam e temem abrir. Na expectativa que a FEBRABAN vá atrás, apure e remeta as necessárias denúncias para as autoridades responsáveis. Ou a FEBRABAN seguirá omissa? 8 – CONSOLIDANDO O “VOLTA POR CIMA” Depois de assimilar, digerir, e superar a grave crise decorrente de ter vendido à BOEING, a fatia mais importante de toda a sua operação, de iniciar o processo de transferência, e ser surpreendida com a desistência da BOEING, em abril de 2020 sob a tosca e patética alegação que a EMBRAER deixara de cumprir as exigência que estavam no contrato, quando, e em verdade, a BOEING desistiu porque um incêndio chamado BOEING 737 MAX colocou em risco sua existência e praticamente quebrou dezenas de empresas aéreas que apostaram e compraram um produto proibido pelas autoridades de decolar voo pelos riscos absurdos de despencar dos ares, agora e EMBRAER respira tranquila, confiante, consistente, e retomando sua trajetória de sucesso. Em sucessivas entrevistas que vem concedendo, para a alegria dos acionistas da empresa, o presidente da EMBRAER, FRANCISCO GOMES NETO, tem apresentado os resultados surpreendentes, diante do pouco espaço de tempo que teve para se recuperar. De um lado GOMES NETO tem enfatizado a redução significativa no endividamento da empresa, e a gradativa, mas consistente retomada da curva de crescimento. Enquanto na aviação comercial a EMBRAER ainda adota maiores cuidados decorrentes da devolução pela BOEING do que havia comprado, e outras áreas de atuação da empresa, as perspectivas são otimistas. Cresce o faturamento na venda do jato multimissão C-390 com o início das entregas, uma expectativa de alcançar receitas de US$2 bi na prestação de serviços, e a aviação executiva tem uma fila de espera de 2 anos. Assim como na divisão EVE, com os VTOLS, carros voadores, que já é avaliada na Bolsa de Nova Iorque – só essa divisão, em US$2,2 bi. Apenas menos de US$550 milhões que a EMBRAER, e que, por sua vez, detém 90% da EVE. É isso. Não obstante as pedras, mais que pedras, montanhas do caminho, muito especialmente o episódio BOEING, a EMBRAER muito antes das melhores das expectativas reencontrou o caminho em direção ao crescimento, sucesso e resultados. 9 – ASSIM COMO O EINSTEIN, O SÍRIO TAMBÉM É FACULDADE Atacados por todos os lados, pequenos e grandes hospitais, novos e poderosos hospitais, grandes parceiros do passado tanto prestando serviços e concorrendo, EINSTEIN e SÍRIO decidiram se reinventar, ou, ampliar de forma vigorosa o espectro de suas atuações. E assim como o EINSTEIN fez, o SÍRIO anunciando a criação de sua faculdade, e abertura de três cursos de graduação na área da saúde. O primeiro vestibular foi realizado em 2023. A FACULDADE SÍRIO-LIBANÊS começa com 3 graduações no formato presencial: Enfermagem, Fisioterapia e Psicologia. Mais adiante, a 4ª graduação e a caminho, Medicina. Os cursos serão ministrados em um novo prédio, no bairro de Bela Vista, próximo à Avenida Paulista. Muitos se perguntam se SÍRIO e EINSTEIN deveriam aumentar de forma tão excessiva o espectro de suas atuações. Em nosso entendimento a resposta é NÃO. Jamais deveriam ter excedido o território de suas especializações de gênese, originais. Poderiam e deveriam multiplicar o número de leitos, hospitais, clínicas. Jamais converterem-se em Faculdades e outras e novas atividades. Mas nos tempos em que vivemos, onde o desespero de perder o momento do mundo bate à porta com insistência de todas as empresas, e por pressões externas e internas, fica difícil raciocinar-se com um mínimo de tranquilidade e lucidez, e parte-se para um crescimento supostamente dentro de um mesmo território, enfraquecendo e colocando em risco todas as conquistas até agora. Certamente, a ressaca dessas decisões não demorará. Semanas atrás a BENEFICÊNCIA PORTUGUESA também anunciou estar ingressando no território do ensino… 10 – O PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2023 As grandes organizações do varejo brasileiro tão cedo não se esquecerão do primeiro trimestre de 2023. Com exceção da RENNER, que ainda conseguiu um pequeno resultado positivo, mas, e ainda, assim, 20% do que conseguiu no mesmo trimestre de 2022, e também ASSAÍ, que fechou no azul, mas muito abaixo do mesmo trimestre em 2022, todos os demais mergulharam em preocupante e forte prejuízo. No total, LUIZA, VIA, GPA, CARREFOUR, C&A, MARISA, RIACHUELO, e PAGUE MENOS, perderam R$1,509 bi. E os 3 maiores perdedores foram LUIZA, VIA, e GPA. O quadro se complica, e as perspectivas para os trimestres e anos seguintes não é tão diferente, face a convergência de acontecimentos de diferentes ordens e procedências, que tornam, no mínimo, nublado, com fortes nuvens negras, o ambiente econômico do país. Empregos em queda, taxa básica de juros acima de 10% nos últimos 16 meses, famílias endividadas e inadimplência batendo recordes, criam um clima de pessimismo e levam compras a serem postergadas. Como se não bastasse esse acúmulo de fatores que exponenciam a crise de retração na demanda, e se faltava algum fato maior para agravar a crise, o que aconteceu com a AMERICANAS  fez os bancos aumentarem as exigências e cuidados na concessão de crédito a todas as demais grandes empresas do varejo. E nos antecedentes, famílias que nos dois anos e pouco de pandemia aumentaram seus gastos por permanecerem em casa, mais os milhões de desempregados, e ainda o avanço nas economias depositadas na poupança. Conforme dados contabilizados pelo BANCO CENTRAL, durante a pandemia os brasileiros sacaram para atender as necessidades decorrentes, um total de R$6,2 bi – diferença entre novos depósitos e saques no período. É isso, amigos. É com esse quadro que um novo governo começou em 1 de janeiro de 2023, e, para piorar tudo, absolutamente despreparado e desorganizado, multiplicando o número de ministérios, e enfrentando uma oposição aguerrida e inconformada com a derrota. E agora, e para complicar, as enchentes no RIO GRANDE DO SUL… Tentar superar essa espécie de tempestade perfeita é o que nos aguarda para conseguirmos atenuar a dimensão da crise, precisamente aferida e a partir do desempenho das grandes organizações do varejo brasileiro. E agora, a lição de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER desta edição de MAIO/2024. Hoje, nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER reitera, reforça e lembra a todos que só existe um único e definitivo conceito e entendimento do que é QUALIDADE. DIZ DRUCKER, “Qualidade em produto ou serviço não é o que a empresa supõe existir pelo esforço que fez. É o que o consumidor percebe, reconhece, valoriza, e se dispõe a pagar para ter acesso. Nenhum produto tem qualidade porque custou muito dinheiro e demandou muito esforço para ser produzido, como ainda a maior parte dos fabricantes acredita. Consumidores só pagam pelo que reconhecem valor e isso sim é que é, para eles, qualidade”.
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ABRIL 2024

BUT PRESS 31 Como de hábito separamos 10 temas da maior importância, e que se traduzem em lições e aprendizados para todos nós. E no final e sempre, a lição do mês de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER. O PRIMEIRO ASSUNTO DE HOJE, É, 1 – O ESTADÃO E OS IMÓVEIS O grande jornal para as empresas do mercado imobiliário sempre foi o ESTADÃO. Décadas atrás praticamente os demais jornais, muito especialmente a FOLHA eram ignorados pelas incorporadoras e imobiliárias. Hoje essa realidade mudou por completo, incorporadoras e imobiliárias pouco recorrem aos anúncios de jornais como no passado, mas, e mesmo assim, quando o fazem, por técnica ou hábito, ainda preferem o ESTADÃO. E, semanas atrás, o ESTADÃO publicou um estudo que realizou, levando em consideração o índice FipeZAP+. E os resultados, mais que preocupantes, são devastadores para os imóveis, levando-se em consideração o que aconteceu num período de 10 anos, 2012 a 2022. Todas as demais formas de investimento ganharam de goleada em relação a investir-se em imóveis. Sem levar em conta a liquidez, o que, definitivamente, é o grande inconveniente dos imóveis. A conclusão foi a seguinte. Nesses 10 anos, “o investidor que comprou um imóvel em 2012 e o alugou ganhou menos com os aluguéis em relação aos investimentos atrelados à inflação – como é o caso do título público Tesouro IPCA+, ou fundos que seguem o IGP-M.” E para agravar essa constatação, o momento em que vivemos de pessoas reconsiderando os espaços que dispõem hoje absolutamente desnecessários diante das conquistas decorrentes da tecnologia, e, ao mesmo tempo, empresas adotando em parte ou no total o HOME OFFICE. Curto, grosso e direto, o mercado imobiliário aproxima-se de sua maior crise estrutural de todos os tempos.  É o que testemunharemos a partir de meados desta década. 2 – TEMPOS DE RESSACA E ENCOLHIMENTOS Durante anos, e no território da NOVA ECONOMIA, a ordem era PÉ NO ACELERADOR. Mas… não tem mais, é preciso ocupar espaço, conquistar terreno e fincar a bandeira da marca. Todas, sem exceção, tinham esse mesmo pensamento e vontade. Não necessariamente, todas recorreram à estratégias semelhantes. Algumas adotaram esse pensamento desde que dentro do PHOCUS estabelecido. Outras, mergulharam na onda do JÁ QUE – JÁ QUE FAÇO ISSO FAÇO AQUILO TAMBÉM – e partiram para uma diversificação inconsequente e insustentável. Isso posto, e agora, todas em maiores ou menores proporções, procedendo a reajustes. Algumas vezes, radicais. A AMAZON sempre foi uma das referências dentre as novas empresas. Pensada, planejada e digitada durante uma longa viagem de JEFF E MACKENZIE BEZOS de automóvel pelos ESTADOS UNIDOS, nasceu, cresceu, prosperou, ganhou fama e fortuna e construiu sua marca vendendo livros. Num país onde as pessoas compravam livros como compram arroz e feijão. E foi um megasucesso. Lá se encontravam todos os livros, a preço competitivo, com entrega em casa, e com poucos anos de existência cria o KINDLE, o livro eletrônico. Com tudo o que aprendeu com a venda de livros foi agregando outros produtos, converteu-se em marketplace, passou a ser um dos gigantes dos negócios de CLOUD, e já que vendia no analógico decidiu ser loja – AMAZON GO – e comprou uma das mais emblemáticas redes de supermercados – WHOLE FOODS – pela bagatela de R$13,7 bi. E aí foi perdendo o PHOCUS, o controle, sua AMAZON GO revelou-se uma bobagem monumental, uma experiência de compras simplesmente constrangedora, gelada, entediante, e… pé no breque com os dois pés. Isso posto, a semelhança de outras BIG TECHS mergulha em forte ressaca e faz reajustes radicais. De certa forma, na corrida desenfreada e irracional que se estabeleceu entre as BIG TECHS a ordem era essa. Ocupar o máximo de terreno possível, e depois se dava um jeito. E agora chegou a derradeira hora do dar um jeito. Hoje a mega gigante AMAZON tem mais de 1,2 milhão de funcionários, mas já iniciou a temporada de cortes. Até o meio do ano passado terminou com mais de 100 mil postos de trabalho, fechou negócios como a entediante AMAZON GO, e segue mergulhada em profunda reflexão tentando definir com a mais rigorosa precisão seu PHOCUS, e o decorrente POSITIONING. E tudo seguiria ainda no modelo original não fosse a pandemia que colocou todas variáveis em reconsideração, e obrigando uma espécie de antecipar da hora da verdade. Guardadas as devidas proporções e as especificidades de cada uma das BIG TECHS, a situação é semelhante em maiores ou menores proporções. E depois da pandemia, devastadora, agora a INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL que possibilita uma redução muito maior dos postos do que se julgava possível no início desta década. É isso, amigos. A hora da verdade, ressaca, redução, encolhimento, reposicionamento, chegou. O primeiro tempo das BIG TECHS encerra-se. Poderiam ter evitado este momento. Sim, poderiam, mas pouco provável.  Durante duas décadas a ordem era avançar, crescer, ocupar territórios, fincar a bandeira, e resolver e ajustar depois. E assim procederam. 3 – FOTOGRAFIA DA CHINA 2023 CLAUDIA TREVISAN, jornalista do ESTADÃO, esteve na CHINA em 2018, e voltou no mês de março de 2023. E transformou parte de seus sentimentos e constatações em uma grande matéria no ESTADÃO. Observadora e mais que preparada sintetizou, em meia página as diferenças mais que sensíveis, no curto espaço de 5 anos. Agora, compartilhamos e comentamos com vocês mediante síntese das 3 principais constatações: – BRASIL X CHINA – em 2017 o PIB PER CAPTA do BRASIL era superior ao da PER CAPTA da CHINA.  Já em 2018 a CHINA ultrapassou o Brasil, e fechou 2022 com 40% acima. O PIB PER CAPTA de um país com 1,4 bi de habitantes é maior do que o PIB nosso, Brasil, com 210 milhões de habitantes. – SENTIMENTO – traduzindo seu sentimento pouco mais de 5 anos depois CLAUDIA, sintetiza, – “A CHINA está mais próspera, mais cara, mais digitalizada, mais chinesa e mais silenciosa… Ônibus e carros elétricos em número cada vez maior… hoje a CHINA responde por 60% do mercado global de veículos movidos à eletricidade… – “A digitalização da economia segue avançando. O uso de dinheiro é cada vez mais raro e pagamentos realizam-se através das grandes plataformas digitais – ALIPAY e WECHAT. Assim, se um país das dimensões da CHINA – 6 vezes maior que o nosso país em população conseguiu sair da quase idade da pedra e caminhar para o topo da modernidade e da inovação, em poucas décadas, por que o Brasil não consegue sair do atraso, ignorância e mediocridade? É a pergunta que todos temos que responder, urgente, e dar início a virada. 4 – UMA EXCEÇÃO No momento em que o negócio de livros derrete em nosso país, uma exceção chamou a atenção de todos, e acendeu uma luz de esperança. TAG – CLUBE DE LIVROS criado por 3 amigos, TOMÁS Susin, ARTHUR Dambros e GUSTAVO Lembert –. E que fechou 2022 com o faturamento espetacular de US$35 milhões. No exato momento em que as MEGASTORES mergulhavam em crise irreversível: FNAC, CULTURA, SARAIVA, LASELVA, O clube de livros TAG é a certeza que os livros em papel ainda sobreviverão por, no mínimo, mais 20 anos… Sob a inspiração de sucessos passados, como o do CÍRCULO DO LIVRO, e referenciando-se na experiência de sucessos de clubes em outros territórios – como o dos vinhos e onde pontifica o WINE CLUB – o TAG caminhou até o ano de 2016 conformando-se com os livros publicados pelas principais editoras, e que enviavam para seus primeiros associados. Tendo como referência, repito, o sucesso do CÍRCULO DO LIVRO que chegou a ter 800 mil sócios nos anos 1970 e 1980, procurou criar um repertório de livros próprio e exclusivo na impressão, capa, e obras de difícil acesso. A premissa que o livro, antes dos serviços específicos que prestam, precisava encantar e individualizar-se pelo DESIGN. E assim foi feito. E nesse sentido, outra experiência, mas que acabou fracassando, da COSAC NAIFY, foi importante referência pela qualidade de suas edições. Com todos esses diferenciais, e exclusividades, se não chegou a ser uma benção, a pandemia soprou a favor. Aliás, um dos raros territórios em que isso aconteceu. Porém, e já na volta de parte das pessoas ao trabalho presencial, e com menos tempo para leitura, o TAG vem sofrendo nos dois últimos anos. Muitas e grandes expectativas em relação aos próximos anos da TAG. Mas, e desde já, a certeza que ainda existem boas perspectivas para os livros, ainda que num território bem menor, mas para empresas que tenham a capacidade de traduzir em realidade e serviços, as melhores expectativas dos muitos velhos e ainda poucos jovens adoradores dos livros. 5 – INDIFERENÇA AO CRIME Diante da irresponsabilidade do atual governo em combater e punir exemplarmente criminosos, 21 organizações sociais representando dezenas de milhões de brasileiros decidiram denunciar publicamente a leniência e cumplicidade do atual governo com bandidos e saqueadores de propriedades privadas. Publicaram nos principais jornais do país um manifesto com o título: “DIREITO DE PROPRIEDADE É UMA CLÁUSULA PÉTREA DA CONSTITUIÇÃO”. Onde dizem, “Nas democracias as leis são fundamentais para reger o Estado e a vida em sociedade. São elas que estabelecem a organização e as condutas que sustentam o desenvolvimento coletivo e garantem a paz social. Os brasileiros que obedecem às regras, em seu nome estabelecidas pelos poderes legislativos, confiam nos poderes constituídos. Deles esperam a adoção de medidas repressivas aos que, em clara afronta à ordem e aos cidadãos de bem, descumprem as normas. Invasão e depredações tanto rurais quanto urbanas, não são permitidas pela lei. São inaceitáveis no estado democrático de direito. Sua transgressão é crime. O Direito de Propriedade, um direito fundamental, é cláusula pétrea de nossa Constituição. Um dispositivo que não pode ser alterado nem mesmo por meio de emenda constitucional. Atos ilícitos devem ser devidamente apurados, julgados e exemplarmente punidos. Não há argumento ou justificativa que possa se sobrepor à regra comum. Não há narrativa que se imponha ao que estabelece a lei. A sociedade brasileira deve ser afirmativa no que se refere ao rigoroso respeito à ordem jurídica. Nossa democracia e nossas instituições oferecem meios republicanos para regular e pacificar conflitos e interesses de grupos. Obedecer às regras e contribuir para um país mais justo é dever de todos. É isso que defendemos, em nome dos brasileiros e brasileiras que trabalham na construção de um País mais digno e igualitário.” Definitivamente, inaceitável continuarmos assistindo pacificamente a invasão da propriedade privada como se isso fosse natural e irrelevante. Trata-se de crime inafiançável e como tal deve ser tratado. Com total e absoluto rigor e justiça. 6 – QUEM DIRIA, SAN FRANCISCO, DURANTE DUAS DÉCADAS, A CAPITAL DA TECNOLOGIA, CONVERTENDO-SE EM CIDADE FANTASMA No correr dos últimos dois anos a decadência da CIDADE DA TECNOLOGIA, SAN FRANCISCO, onde segundo a música WE LEFT OUR HEARTS, salta aos olhos. E agora, em matéria do FINANCIAL TIMES, assinada por GEORGE HAMMOND e TABBY KINDER, a decadência é exibida e exposta em sua totalidade. GEORGE e TABBY iniciam seu relato da decadência dizendo, depois de passarem por uma agulha hipodérmica descartada, que, “parte integrante da paisagem de uma cidade em que o uso de drogas a céu aberto se tornou comum”. Estavam próximos da estação CIVIC CENTER, que vem assistindo seu movimento despencar em mais de 65% a partir de 2019. Revelam, “Os sem-teto pela cidade deixaram de ser a novidade. Agora a novidade é a vacância monumental de espaços de escritório depois da pandemia e com o trabalho a distância. E, concluem, de mais que destacado polo de tecnologia global, San Francisco hoje é uma cidade de escritórios vazios e elevados índices de criminalidade…”. A debandada das empresas dos escritórios é geral. Uma SALESFORCE deixou os últimos seis andares que ocupava e de um prédio que leva seu nome… na sequência, quem diria, o WHOLE FOODS fechou sua principal loja no centro da cidade incapaz de conter a onda de saques e furtos, e temendo pela segurança de seus funcionários. É isso. Existe um novo mundo decorrente do tsunami tecnológico e do vendaval pandemia. E onde, a insegurança vai tomando conta das principais cidades do mundo. E as pessoas, com dor no coração, não cantam mais I LEFT MY HEART IN SAN FRANCISCO, e muito menos dizem, “When I come home to you, SAN FRANCISCO, Your Golden sun will shine to me…” Quase tudo o que sobrou, é, medo… 7 – OS NOVOS PERFUMES DO MEIO Era mais ou menos assim, existiam os perfumes globalmente reconhecidos, hoje na faixa de preço no Brasil, entre R$400 e R$600, de grifes consagradas – RALPH LAUREN, PIERRE CARDIN, GUCCI, dentre outros, e os perfumes ou colônias de entrada. Onde, no Brasil, por exemplo, pontifica uma COLÔNIA DE ALFAZEMA da PHEBO. Sem falarmos nos perfumes de preço absurdo, na faixa de até US$1 milhão, como é o caso do DONNA KARAN NEW YORK, em embalagem criada pelo joalheiro MARTIN KATZ, feita com ouro amarelo e branco, cristais polidos, e decorado com 2.909 pedras preciosas procedentes de diferentes lugares do mundo. Ou como o IDYLLE, em frasco no formato de gota, e que custa a bagatela de US$45 mil. Voltando ao Brasil e a realidade, agora muitas empresas apostando na faixa do meio. Perfumes e colônias entre R$100 e R$200. Quase todas as casas de perfumes apostando nesse território. E dentre essas, a mais que tradicional COTY, fundada no ano de 1904 na França, por FRANÇOIS COTY. E que no Brasil, em 2015, comprou todas as marcas de cosméticos da HYPERMARCAS, como, MONANGE, BOZZANO, RISQUÉ, CENOURA & BRONZE e outras mais. Agora a COTY decide cerrar armas e esforços e conquistar o território do meio, e passar a vender seus perfumes nas farmácias. Em entrevista para O GLOBO, NICOLAS FISCHER, CEO para a AMÉRICA LATINA da empresa, disse, “Queremos criar um novo canal para a categoria. Sabemos que é uma jornada de décadas, não de um só ano. Mas a farmácia vai se tornar um canal relevante para a COTY. E acredito que o mesmo acontecerá com outros fabricantes.” Nos ESTADOS UNIDOS, por exemplo, as maiores redes de farmácias e drugstores como CVS e WALGREENS vendem perfumes há décadas. “Se, com a evolução do varejo, a farmácia está virando uma loja de conveniência, tem que ter a categoria de beleza. E o perfume é fundamental nisso” finaliza NICOLAS. Conclusão, as farmácias dia após dia, e diante da revolução genérica no varejo, e forte nas farmácias, passa a ter suas vitrines e gôndolas super valorizadas. Talvez, a primeira e grande consequência, antes de mais brasileiros terem acesso aos perfumes da COTY e demais casas de perfumes. Apenas lembrando, em algumas lojas de O BOTICÁRIO, e outras como as da PHEBO e da GRANADO, cada pessoa pode fabricar, no ato, seu próprio e exclusivo perfume.  8 – A SURPRESA DO RANKING DA ABRAS – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SUPERMERCADOS Ao ser divulgado o ranking das organizações supermercadistas do Brasil, e referente ao ano de 2022, uma surpresa. O terceiro lugar não pertencia mais ao PÃO DE AÇÚCAR, e sim, ao GRUPO MATEUS. Tudo bem que o dono do Pão de Açúcar vem numa decadência em todos os países em que atua sem precedentes – GRUPO CASINO – mas, o feito do GRUPO MATEUS mais que merece ser celebrado. Antes de comentar sobre o GRUPO MATEUS, vamos conferir o ranking: 1º CARREFOUR – R$108 bi 2º ASSAÍ ATACADISTA – 59,7 bi 3º GRUPO MATEUS – R$24,6 bi 4º PÃO DE AÇÚCAR – R$18,5bi 5º SUPERMERCADOS BH R$14,0 bi. O ano era o de 1980 e ILSON MATEUS RODRIGUES ganhava a vida garimpando em SERRA PELADA, PARÁ, onde chegou com 21 anos de idade. Interessou-se por uma cidade chamada BALSAS, distante 800 quilômetros da capital, e decidiu investir por lá, abrindo uma pequena mercearia. Comprava em IMPERATRIZ e vendia em BALSAS. Como dispunha de recursos provenientes do garimpo decidiu investir na compra de produtos, aproveitando-se da inflação existente na época, e acabou capitalizando-se. Em pouco tempo a mercearia de 50 metros quadrados virou uma atraente loja de supermercado. Em paralelo decide investir também no atacado e cria o ARMAZÉM MATEUS. Dessa base foi crescendo e conquistando novos territórios. Multiplicando as lojas, e… 40 anos depois, 2020, abria seu capital na BOVESPA, captando R$4,63 bilhões… E em 2022, supera o PÃO DE AÇÚCAR. Planeja inaugurar mais 50 lojas neste ano, aproximando-se rapidamente no total de 300 lojas. Mesmo, a semelhança do que aconteceu com a totalidade das empresas, registrando forte queda em suas ações após a abertura de capital, continua na lista das principais indicações para investimentos dos gestores das instituições financeira. Hoje, ILSON MATEUS RODRIGUES figura na lista dos bilionários de FORBES, e ao lado de ALEXANDRE GRENDENE, na 21ª posição dos bilionários brasileiros, com uma fortuna de US$1,7bi. Em recente matéria para a revista DINHEIRO, MATEUS, disse, “fui garimpeiro, mas jamais achei ouro… nascemos como uma empresa familiar. Ao longo do tempo, soubemos nos profissionalizar e os resultados entregues reforçaram a confiança do mercado em nossa empresa”. Hoje o GRUPO MATEUS emprega 47 mil funcionários, possui diferentes bandeiras – MIX MATEUS, MATEUS SUPERMERCADOS, HIPER MATEUS, ELETRO MATEUS, e CAMIÑO, mais uma plataforma de comércio eletrônico, e um aplicativo de descontos, MATEUS MAIS. As lojas encontram-se espalhadas por cidades do MARANHÃO, BAHIA, CEARÁ, PARÁ, PERNAMBUCO, PIAUÍ, SERGIPE E PARAÍBA. GRUPO MATEUS, confirmando sua trajetória de competência e sucesso, e alcançando a 3ª posição do ranking da ABRAS. Com total merecimento. 9 – O EFEITO METRÔ Um METRÔ leva décadas para converter-se em alternativa consistente e essencial de transporte nas grandes cidades do mundo. No mínimo, algumas linhas prontas, 6 a 10, e, muito rapidamente, essas cidades vão ganhando outra configuração e formato. O efeito transformação do METRÔ. É o que acaba de constatar factualmente, mesmo porque visualmente todos já estavam registrando, estudo realizado pelo LABORATÓRIO ARQUITETO DO FUTURO DO INSPER. Temos, finalmente, uma NOVA SÃO PAULO. Onde as transformações decorrentes da chegada e acesso ao METRÔ é mais evidente, é o BROOKLIN. Como descreve matéria do ESTADÃO assinada pela PRISCILA MENGUE, “Onde antes estavam lojas variadas, revenda de carros, postos de gasolina, e pequenas casas, hoje multiplicam-se os edifícios de apartamentos.” De certa forma, o mesmo vem acontecendo com o BUTANTÃ, SUMARÉ, JURUBATUBA, OSCAR FREIRE, ANA ROSA, VILA MADALENA, e até mesmo onde a presença do METRÔ não aconteceu, mas as linhas encontram-se em processo de construção, já se constata o fenômeno, como PERDIZES, HIGIENÓPOLIS, e outros bairros. Enfim, tudo o que se previa em 1972, quando uma primeira viagem foi realizada entre as estações JABAQUARA-SAÚDE, e no dia 14 de setembro de 1974 esse primeiro trecho entrou em operação regular, levou, coisas do Brasil, quase 50 anos para converter-se em realidade. Pelas idiossincrasias, mazelas, incompetência, corrupção, tudo é mais caro e leva mais tempo para acontecer, mas, um dia acontece, e é o que testemunhamos hoje com o redesenho natural da cidade pela existência de um METRÔ. 10 – VELHOS TRUQUES, MÁGICAS IMPROVÁVEIS Anos atrás, num momento triste da economia brasileira, um presidente pediu e a indústria de forma medíocre e criminosa, atendeu. Naquele momento nascia o tal do CARRO POPULAR, mais conhecido como PÉ DE BOI. Um carro absolutamente pelado. De acessórios, de peças essenciais, e, especialmente, de segurança. Uma temeridade. Jamais a indústria deveria ter estimulado e embarcado numa aventura irresponsável e criminosa. Por uma série de circunstâncias e razões, e movida a desespero, parte da indústria volta a provocar o governo que hoje comanda o Brasil, acenando e pedindo pela volta do carro popular. Por uma série de razões estamos diante de uma estupidez. Pela experiência anterior que pelo jeito não deixou nenhum aprendizado, e como lembra GEORGE SANTAYANA, “Os que desconhecem os erros cometidos estão condenados a repeti-los”. Na presente situação não se trata de desconhecer, trata-se de, criminosamente, voltar como disse ALCKMIN à CENA DO CRIME, e, mais estúpido ainda, dar um tiro no pé, mais que no pé, na cabeça. Ao invés de reconhecer que entorpecidos por um sucesso desprovido de fundamentos, a indústria toda caiu na patética ilusão que alcançaria uma produção de 7 milhões de unidades no final da década passada. Mal e porcamente bateu nos 2 milhões. E é essa a realidade de um país que insiste em ignorar as oportunidades que o tsunami tecnológico vem oferecendo a todos os países, e segue, como disse SCOTT FITZGERALD em GREAT GATSBY, “Barco contra a corrente, remando incessantemente para o passado”. Mais que na hora de fortalecermos uma indústria automobilística sensível, consistente, verdadeira, absolutamente concentrada no mais que interessante mercado que é o Brasil, e que passe a considerar o real e verdadeiro potencial desse mercado. E esqueça de vez essa estultice de CARRO POPULAR que só consegue iludir os que querem matar de vez essa indústria, e os que acreditam em espasmos pontuais para o brilho e felicidade efêmera de meia dúzia de ignorantes e irresponsáveis. Carro popular nunca mais. Preferível não fabricar carro algum do que produzir manifestações industriais insignificantes que só fazem puxar mais o Brasil para trás, em direção aos anos 50, como por sinal é o divertimento preferido dos partidos que hoje comandam o Brasil. E agora, a lição de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER desta edição de ABRIL/2024. Hoje, nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER, Reitera a importância das empresas, em seus crescimentos, concentrarem-se no que se traduz por MÚSCULOS, e jamais no que resulta em GORDURA. Diz DRUCKER, “Todo o gestor tem de cuidar para que sua empresa sempre alcance um desempenho mínimo. Sem esse tamanho mínimo a empresa perde força, vigor e capacidade de agir; quem sabe, sobreviver. Assim, sempre que o mercado cresce, a empresa precisa crescer junto, um crescimento mínimo que garanta sua sustentabilidade. Mais ainda, tendo sempre o cuidado de crescer na musculatura, e não ou eventualmente por inchaço. Quando, num crescimento, a empresa registra ganhos de produtividade proporcional, isso é músculo. Quando isso não acontece, é gordura”.
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Março 2024

BUT PRESS 30 Março 2024 Como de hábito separamos 10 temas da maior importância, e que se traduzem em lições e aprendizados para todos nós. E no final e sempre, a lição do mês de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER. O PRIMEIRO ASSUNTO DE HOJE, É, 1 – DENOMINAÇÕES INADEQUADAS Empresas e seus profissionais de marketing e branding jamais poderiam se esquecer, ao batizarem um serviço, que uma das maiores virtudes de uma denominação é conseguir passar exatamente de que serviço se trata. Graus básicos e essenciais, entendimento e compreensão. Às vezes, a denominação original corresponde ao propósito específico de um serviço no momento de sua criação. Mas, com o passar do tempo, esse serviço multiplica-se em mais serviços, aumenta sua abrangência, e como mantém sua denominação original, cria na cabeça das pessoas um processo esquizofrênico. Pegando carona em suas raízes, o banco digital do MERCADO LIVRE – originalmente uma simples plataforma de pagamentos – denominou-se MERCADO PAGO. Uma escolha mais ou menos óbvia para quem trabalhava no MARKETPLACE. Na cabeça dessas pessoas, e como clientes, imediatamente vão associar MERCADO PAGO a MERCADO LIVRE. Mas, e como era mais que óbvio, também, isso não aconteceu. E até hoje, parcela expressiva dos clientes do gigante dos marketplaces em nosso país, desconhecem que o MERCADO PAGO é o banco do MERCADO LIVRE. Assim, meses atrás, e através da comunicação, mas mantendo a denominação, procurou passar para as pessoas que o MERCADO PAGO, muito especialmente para seus clientes, que o MERCADO PAGO é o BANCO DO MERCADO LIVRE. Respeitamos a decisão. Mas faltou coragem e determinação para tomar a decisão mais que necessária, e que em algum momento terão que fazer. A denominação MERCADO PAGO remete a outra coisa. Não traduz e jamais traduzirá de que serviço se trata. Assim, tudo o que deveriam fazer é uma correção de verdade e mudado de denominação. Mas… 2 – EMPRESAS INQUEBRÁVEIS E de repente, o mundo vive décadas de calmaria, e as pessoas vão se esquecendo que não existe, repito, não existe EMPRESA INQUEBRÁVEL. Sim, todas são QUEBRÁVEIS, e isso acontece sempre que decisões erradas são adotadas de forma recorrente até que, o que era aparente e supostamente inquebrável, quebra. Portanto e sempre, todo cuidado é pouco, muito especialmente quando vamos escolher a instituição financeira que vai cuidar e guardar nossas poupanças e economia. Semanas atrás, o supostamente inquebrável CREDIT SUISSE – isso mesmo, um banco legendário – precisou de poucos dias para arrebentar de forma monumental, exigindo a rápida movimentação da SUÍÇA para conter uma crise de dimensões inimagináveis. Em poucas horas e com o apoio do governo, o CREDIT SUISSE foi comprado pelo grupo UBS, sendo essa operação de emergência e socorro tratada pelo presidente daquele país, ALAIN BERSET, como, “um grande passo para a estabilidade das finanças internacionais”. E pensar que durante décadas a grande maioria das pessoas acreditava que jamais um banco suíço quebraria. QUEBROU! 3 – AIR FRYER EFFECTS E aí nasceram as panelas, as frigideiras, a revolucionária panela de pressão, as pessoas iam aprendendo a usar, e a forma de fazer os mesmos pratos de sempre com mais qualidade e praticidade. Em menos de duas décadas foram ganhando vida, conhecimento e aprendizado pela prática, as chamadas AIR FRYERS, talvez a mais radical das novidades nas cozinhas do mundo, depois das panelas de pressão, dos microondas, e das máquinas de café. Patenteadas há pouco mais de uma década, chega ao mercado em 2010 num lançamento da PHILIPS, na Alemanha. E institucionalizadas no Brasil pela comunicação intensa e intermitente de seu principal disseminador, a POLISHOP… As literalmente FRITADEIRAS A AR – são traduzidas, reposicionadas e entendidas no Brasil como as fritadeiras que dispensam o óleo… E com a chegada, compra, aprendizados de uso, e muito mais, OS EFEITOS da chegada da AIR FRYER não param de se suceder. E dentre outras redescobertas, a partir de sua chegada, a multiplicação na venda de batatas pronta para aproveitar ao máximo as virtudes e competências das AIR FRYERS. Antes da chegada das AFs a necessidade já existia e alguns gigantes até hoje prevalecem no território das batatas prontas para a “fritura” como a gigante McCain que e neste momento investe US$150 milhões numa nova fábrica na capital desse tipo de produto, a cidade de ARAXÁ, e onde cresce e prospera outras das grandes empresas desse território, a BEM BRASIL, da família ROCHETO, e que diz possuir 47% do mercado nacional desse tipo de batatas. Todos os produtores do território da batata seguem mais que otimistas, referenciando-se no que acontece em outros países e continentes, como por exemplo, na Europa, onde o consumo per capta passa dos 15 Kg, e no Brasil ainda não chega nos 4,0 Kg. E assim, e uma vez mais, um novo produto muda de forma radical os hábitos de consumo e alimentação das pessoas. O Brasil, por exemplo, década de 1950, nunca mais foi o mesmo com o advento dos liquidificadores, e da mais que tradicional e legendária ESCOLINHA WALITA, a grande atração de cada ano de algumas das principais cidades do país. Ensinava como usar o liquidificador… 4 – RESSUSCITAÇÃO DE MARCAS Esse é um belíssimo desafio. É possível ressuscitar-se, voltar a dar vida, a uma marca que permaneceu ausente por um determinado tempo? Impossível, claro que não é, muito especialmente se foi uma marca de grande presença, e se as pessoas que se relacionavam com essa marca ou não morreram, ou não mudaram radicalmente de visão e perspectiva. Sempre lembrando, a marca é uma propriedade de empresas, produtos e pessoas, mas habita a cabeça e o coração de seus seguidores e admiradores e clientes. Seres humanos vivos, em permanente mudança, e assim conhecer-se sua percepção e reconhecimento atual é da maior importância. Durante anos MODESS foi, talvez, o melhor amigo dos dias mais ruins de todos os meses das mulheres brasileiras de classes A, B, e um pouquinho da C. As mais pobres jamais tiveram acesso a MODESS ou qualquer outro absorvente. Recorriam ao velho e bom paninho. E um dia a JOHNSON & JOHNSON, dona da marca MODESS, num processo de revisão de categoria colocou MODESS no banco, e escalou para ocupar esse e todos os demais espaços outras marcas. E deu certo. E, sabe-se lá por quais razões, cochilou e não renovou seus direitos sobre MODESS, e, em tese, espertamente, a EVER GREEN, empresa brasileira, foi lá, conseguiu o registro, e meses atrás trouxe MODESS de volta ao mercado. Explicando sua estratégia à MARCIA DE CHIARA do ESTADÃO, AMAURI HONG, CEO da EVER GREEN declarou, “O recall de MODESS é impressionante, existe uma lembrança afetiva muito forte entre as mulheres com mais de 30 anos…”. Não é suficiente… avós não menstruam, de um lado, e as jovens provavelmente ou não conhecem MODESS, ou devem olhar para marca com pouca curiosidade, e, quem sabe, indiferença. A EVER GREEN espera que a ressuscitação de MODESS, agora sob nova propriedade e fabricação, represente inicialmente uma receita inicial/ano de R$100 milhões. Impossível não é, mas são mínimas as possibilidades. 5 – PERPLEXIDADE O mundo sabia e teve todos os sinais e indicativos que deveria se preparar para a maior dentre todas as disfunções.  A tal da INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL ilimitada. De certa forma, em dois livros do mais que visionário e brilhante JEREMY RIFKIN, essa advertência foi feita. E em dois livros que foram publicados há mais de 20 anos, um e quase 10, outro – respectivamente O FIM DOS EMPREGOS e SOCIEDADE COM CUSTO MARGINAL ZERO –. Mas, muitas vezes uma ficha demora para cair, e finalmente despencou agora na frente de todos com o chatGPT e irmãos. Tendo a possibilidade de testar o aplicativo, as pessoas gelaram. Caíram em total perplexidade. Enquanto e simultaneamente, milhares de empresas pelo mundo, em especial as da nova economia incluindo as BIG TECHS, deram início ao processo de CORTES DESMESURADOS, CRESCENTES E INFINDÁVEIS DE EMPREGADOS. E aí bateu o pânico, fazendo com que semanas atrás empresários, intelectuais, cientistas, assinassem uma primeira carta pedindo, AI STOP. Pedindo um tempo para medidas urgentes procurando conter a devastação decorrente da Inteligência Artificial. A carta veio a público no portal futureoflife.org, e foi assinada por uma série de celebridades, como ELON MUSK, YUVAL NOAH HARARI, STEVE WOZNIAK, EMAD MOSTAQUE, dentre outros… O tom do manifesto, como não poderia deixar de ser, é de tirar o sono da maioria das pessoas, tipo, criamos um monstro e não sabemos o que fazer com ele antes que nos devore a todos… Em seu texto, diz, “Devemos permitir que as máquinas inundem nossos canais de informação com propaganda e mentira? Devemos automatizar todos os trabalhos incluindo os gratificantes? Devemos arriscar perder o controle de nossa civilização? Decisões como essas não deveriam ser delegadas a líderes de tecnologia não eleitos…”. A gota d´água para bater o desespero foi o fato de a MICROSOFT disponibilizar em seu programa universal praticamente presente em parcelas substanciais dos computadores em todo o mundo, o chatGPT, e do qual e no qual é a principal investidora, ou seja, arma pesada na mão das mesmas pessoas – nós – que inundam o mundo e as redes sociais com bilhões de bobagens. Por enquanto é isso. Depois do COVID-19, e agora, sem qualquer vacina a vista, o chatGPT e seus similares invadem nossas praias, cidades, corações e mentes… 6 – E A GLOBO, COMO ANDA A GLOBO, OU, VER TV, E VER NA TV Durante décadas víamos na TV. Girávamos o botãozinho, ou acionávamos o remoto e saímos em busca dos canais. Depois veio o cabo, o streaming, a internet, e agora não VEMOS MAIS TV, APENAS VEMOS NA TV. No tempo em que VIAMOS TV, a GLOBO reinou de forma brilhante e esplendorosa durante 4 décadas. Da 4ª em diante a concorrência não das demais emissoras, mas de novas alternativas não mais para VER TV, mas para VER NA TV foram se multiplicando, e hoje, nós todos, proprietários de uma SMART TV – que bom que as TVS ficaram inteligentes –, passamos a deter além da propriedade, a posse e o uso do aparelho que compramos. E o mundo escancara-se em nossas novas telas. E o que aconteceu com a líder absoluta e imbatível GLOBO diante de tudo isso, e além da concorrência ter se multiplicado ao infinito? Segue firme e forte na liderança. Primeiro, vamos nos situar no que é a GLOBO hoje, nas palavras de MANZAR FERES, diretora de negócios integrados, e falando a JANAINA LANGSDORFF do PROPMARK: “O processo de transformação começou com o projeto UMA SÓ GLOBO, que uniu TV GLOBO, GLOBOSAT, GLOBO.com, GLOBO PLAY, e, SOM LIVRE em uma única empresa. Novas formas de produzir e distribuir conteúdo com potencial de convergência entre os meios consumidos pelas pessoas diariamente, serviços digitais para o público e soluções publicitárias para o mercado dão continuidade ao plano… Estamos na TV ABERTA, TV POR ASSINATURA (com mais de 20 canais) e STREAMING (GLOBOPLAY). No ambiente digital reúne G1, gshow, ge, globo.com, Receitas.com, Cartola, e, Podcasts…. assim, e além do profundo conhecimento dos brasileiros, esse ecossistema é o que nos torna únicos…”. Tudo bem, muitos poderão seguir empolgados, mas, os mais críticos e céticos, perguntando, WHERE IS THE BEEF, ou, ONDE ESTÃO OS RESULTADOS… No ano de 2022, fechados o balanço e consolidados os números, a GCP – GLOBO COMUNICAÇÃO E PARTICIPAÇÕES, terminou o ano com um LUCRO LÍQUIDO de R$1,253 bi, após um prejuízo de R$173 milhões em 2021. Receitas totais de vendas de R$15,1 bi, com um salto de 33% especificamente nas receitas decorrentes do ambiente digital. No ano passado, repetiu a performance e dispõe de um caixa, segundo declarou seu presidente PAULO MARINHO, da ordem de R$14,2 bi. Ou seja, e concluindo, e salvo acidentes de percurso ou tropeços de última hora, pode se afirmar que a GLOBO já superou com relativa tranquilidade os momentos mais difíceis da transição. Diferente do que segue acontecendo com outras empresas desse e de outros territórios, onde o futuro continua sendo uma mega interrogação, a GLOBO pode afirmar que está com os dois pés solidamente fincados no ADMIRÁVEL MUNDO NOVO. 7 – O QUE PRETENDEM FAZER OS NOVOS MÉDICOS Um dia, por razões que a própria razão além de desconhecer – se conhecesse ignoraria –, o Brasil sai desembestado multiplicando os cursos de direito. De duas, originalmente, 1827, a FACULDADE DE DIREITO DE OLINDA e a do LARGO SÃO FRANCISCO, a da USP, hoje o Brasil tem mais faculdades de direito do que saúvas. E, lembram, ou o Brasil acaba com a saúva ou a saúva acaba com o Brasil e é o que vem acontecendo. Viramos o país onde tudo é judicializado, até bom dia. No final do ano de 2022, o Brasil registrava 1,3 milhão de advogados inscritos na OAB. Sem contar as centenas de milhares de bacharéis que optaram em parar no diploma e não fizeram o exame da ordem. Hoje o Brasil tem um advogado para cada 164 brasileiros, de longe, a maior concentração do mundo. E dos 380 cursos de direito de 1999, hoje são quase 2.000. No último dado disponível, o BRASIL, sozinho, tinha mais faculdades de direito do que todos os demais países do mundo somados. Agora a iogurteria, boliche, paleteria da vez, são as faculdades de medicina. Todas as instituições de ensino disputando a tapa as faculdades/vagas existentes, e pressionando o MEC para a concessão de novas faculdades. Nas últimas compras de vagas realizadas – já que durante cinco anos estava proibida a abertura de novas faculdades – a medida para uma instituição comprar a outra era o valor de cada vaga. R$10 milhões por vaga. Mas, em tese, e a partir de agora as possibilidades de novas concessões pelo MEC estão escancaradas e a pressão é total. Durante os cinco anos de proibição, e mediante ordem judicial algumas instituições passaram a oferecer o curso de medicina, e/ou novas vagas, e os processos aguardando aprovação totalizam o número de 225, o que representaria a abertura de 20 mil novas vagas, um aumento de quase 50% nas 42 mil vagas hoje existentes. A pergunta que todos deveriam fazer, mas não fazem, é quais as perspectivas dos médicos a partir de 2030, já tendo a saúde incorporado todos os avanços e conquistas decorrentes do tsunami tecnológico, e com o nascimento de duas novas medicinas: a CORRETIVA, e a PREDITIVA? Mais ou menos como acontece quase tudo neste Brasil velho. Seguimos decidindo com os olhos grudados no retrovisor e ignorando, por falta de sensibilidade, por desconhecimento, ou burrice mesmo, o que será a medicina como um todo, já no final desta década. E o que essas fornadas de novos médicos irão fazer…??? Assim, e em outras proporções, a medicina no Brasil estava se convertendo no novo direito. E quando se formam profissionais em excesso dentro de uma mesma especialização, e como todos comem, dormem, consomem, têm família, gastam, precisam ter alguma renda, e aí, como acontece hoje com os advogados de porta de cadeia, aeroporto, salão de festas, velório, e tudo mais, assistiremos perplexos, mas não por falta de avisos, a invasão dos médicos. Hoje o valor médio da mensalidade nas faculdades de medicina é de R$9 mil. Em 10 anos, menos de R$3 mil, e sobrarão vagas… 8 – ATACAREJO É UM TÉDIO. QUANDO A ECONOMIA DO PAÍS MELHORAR, RETORNARÁ A MEDIOCRIDADE Nos últimos anos temos testemunhado o apogeu, clímax, e elogios desmesurados a uma aberração, um pequeno grande monstro, batizado de ATACAREJO. Uma excrecência. O pior lugar para se fazer compras. Claro, nós, cidadãos, que compramos para nosso consumo e nossas casas. Já para os comerciantes e ambulantes em geral, talvez, faça algum sentido. O modelo ATACAREJO repete, em outras proporções, o sucesso dos HIPERMERCADOS, nos anos que antecederam o PLANO REAL, e num momento onde a inflação não parava de crescer. O CARREFOUR de hoje, por exemplo, cresceu e prosperou nesse momento. Nos dias em que as pessoas recebiam o pagamento corriam para comprar e se sujeitavam a tudo, entrando e ficando em filas monumentais nos HIPERMERCADOS da época, e onde prevalecia, repito, o CARREFOUR. Esse tempo, por enquanto, e felizmente, ficou para trás. Mas se o atual governo depois do primeiro ano continuar fazendo o que fez até agora – NADA – e com projetos medíocres e reciclados de fracassos do passado, governando com os olhos grudados no retrovisor, seguiremos correndo elevadíssimos riscos da inflação retornar com tudo. E, talvez e quem sabe, dando uma sobrevida pros deploráveis ATACAREJOS. Independente do comentário específico que acabamos de fazer sobre essa praga de péssimo gosto chamada ATACAREJO, as mudanças em como a família brasileira se abastece todos os meses para suas necessidades de alimentação, higiene, limpeza, seguem em processo de intensa mudança. E assim, ainda levaremos mais alguns anos para termos definido quais são esses novos hábitos e comportamentos. Por enquanto, tudo o que se sabe é que parte das compras que hoje são realizadas presencialmente passarão a ser realizadas a distância. Quem sabe, em algum momento mais adiante, a maior parte. 9 – AU e DU – Antes e depois do UBER Sim, o negócio de entregas sempre existiu, mas, a chegada do UBER ao Brasil é um marco divisório. Mesmo tendo como origem o transporte de pessoas, mas, gradativamente passou a fazer serviços de entrega, institucionalizando um novo elo na cadeia de valor. E isso aconteceu no ano de 2014 e a partir da cidade do RIO DE JANEIRO. Um pouco antes, em 2011, 4 sócios na cidade de São Paulo criavam o DISK COOK, que recebeu investimentos em 2013 da MOVILLE, unificou a denominação para iFOOD, e desde 2022 seu controle acionário pertence a MOVILLE sob o comando de FABRICIO BLOISI. Assim, UBER e iFOOD os dois grandes nomes do negócio de transportes – de alimentos, e de pessoas. Voltando ao UBER, que de certa forma converteu-se em designação genérica de um determinado tipo de serviço, e seu modelo legal também se converteu em designação legal de um certo tipo de negócio – UBERIZAÇÃO – e as demais empresas desse território, acabam de ter uma primeira e mais completa fotografia do setor revelada pelo CEBRAP – CENTRO BRASILEIRO DE ANÁLISE E PLANEJAMENTO, a partir dos dados fornecidos pelas principais empresas do setor. Os números traduzem a seguinte realidade: – Hoje 1,6 milhões de pessoas vivem ou complementam a renda como motoristas ou entregadores de aplicativos. Segundo o levantamento, são 1,274 milhão de motoristas e 385,7 mil entregadores, portanto, mais de 1,5 milhão de pessoas. Trabalham na média 4,2 dias por semana os motoristas, e 3,3 dias os apenas entregadores. Não obstante todas as matérias publicadas nos últimos meses relatando a insatisfação de motoristas e entregadores, a maior parte deles disse que pretende seguir no negócio de entregas… Dos motoristas, 63% trabalham exclusivamente com os aplicativos, e 37% complementam a renda com os aplicativos. Trabalham de 22 a 31 horas semanais, ganham com o trabalho entre 3 a 6 salários mínimos, e os que performam melhor retiram em média R$ 4,7 mil/mês, já descontados custos de combustível e manutenção. A decisão de migrarem para o UBER e demais empresas, para quase 50% dos motoristas, é a que se encontravam desempregados… É isso, mais um balanço do novo elo da cadeia de valor dos serviços de entrega… 10 – MUDANÇAS, NAS PREFERÊNCIAS Com todo orgulho, pompa e circunstância, a HEINZ publicou uma página de publicidade no ESTADÃO, comemorando a vitória de sua MAIONESE, no TESTE A CEGA que o caderno PALADAR do jornal faz com frequência. E é verdade, superou aquela que foi durante décadas a rainha das maioneses, a HELLMANN’S. Ou seja, HEINZ jamais teve o que quer fosse a ver com maioneses. HEINZ é a marca mundialmente consagrada de KETCHUP, a inventora do KETCHUP há mais de 100 anos. No entanto, no mesmo TESTE À CEGA do caderno PALADAR, quando o produto testado foi o KETCHUP, a grande vencedora foi uma marca que nasceu no varejo, a QUALITÁ, e a inventora do KETCHUP, a HEINZ, sinônimo de KETCHUP, chegou na terceira colocação. Curto e grosso, esqueçam os TESTE À CEGAS para aferir A MELHOR MARCA de determinada categoria. Os testes à cegas servem exclusivamente para medidas de qualidade, no sentimento dos pesquisados, do produto em si. Cor, sabor, consistência, e tudo mais. E isso é muito importante, mas não, o mais importante. E agora, a lição de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER desta edição de MARÇO/2024. Hoje, nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER, refere-se ao nascimento da ADMINISTRAÇÃO e o quanto impactou, espetacularmente, o desenvolvimento da humanidade. E ainda sobre a condição essencial para que se revele eficaz, em sua prática. Disse DRUCKER, “Raramente, na história da humanidade, uma instituição surgiu tão rapidamente ou causou um impacto tão profundo como a administração. Em menos de 150 anos, a gestão transformou a estrutura social e econômica dos países do primeiro mundo. Criou uma economia global e estabeleceu novas regras para os países que participariam dessa economia em condições de igualdade. Mas não há dúvida de que o desafio fundamental da administração permanece o mesmo: tornar as pessoas capazes de apresentar um desempenho de qualidade face a desafios, objetivos e valores comuns, proporcionando-lhes a estrutura correta, treinamento e desenvolvimento contínuos de que necessitam para desempenhar suas funções e reagir às mudanças”. Celebremos, pois, o advento da administração, talvez, e sob a ótica social, uma das mais importantes conquistas de todos os tempos.
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Jan/Fev 2024

BUT PRESS 29JAN/FEV 2024 Como de hábito separamos 10 temas da maior importância, e que se traduzem em lições e aprendizados para todos nós. E no final e sempre, a lição do mês de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER. O PRIMEIRO ASSUNTO DE HOJE, É, 1 – ERA SÓ O QUE FALTAVA. AGORA NÃO FALTA MAIS Cresce, absurdamente, o número de pessoas com dor nas costas. E para metrificar as dores nas costas a OMS – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE foi atrás e sentenciou, 80% das pessoas no mundo, têm, tiveram ou terão dor nas costas…!!! E os jovens? Também. Nos últimos levantamentos, metade dos homens e mulheres que procuraram solução em seus médicos para a tal da dor nas costas eram pessoas com menos de 50 anos. Isso posto, e embora não mortal, a nova pandemia se chama DOR NAS COSTAS. Não mata, mas dói pra burro… Em entrevista para o jornal O GLOBO, FRANCISCO SAMPAIO JUNIOR, especialista em coluna vertebral do hospital SÍRIO LIBANÊS, disse, “Vivemos uma epidemia de problemas na coluna. Minha geração brincava na rua jogando futebol, pulando amarelinha, pega-pega, esconde-esconde, piques, e subindo em árvores. As crianças hoje brincam ligadas a milhões de outras crianças espalhadas pelo mundo através de um smartphone, sentada em um sofá ou cadeira de jogo, na pior posição possível… isso posto, a pandemia só poderá ser atenuada se corrigirmos a maneira como nos postamos para usar o celular, tablets e laptops…”. Dentre todas as comprovações sobre o tema, uma das mais creditadas e comentadas aconteceu no ano de 1976 e com cadáveres. Deitados, a pressão dos discos, que funcionam como se fossem amortecedores existentes entre cada vértebra, é de 25. De pé é 100 e sentado 250… Isso posto, quanto mais tempo as pessoas passam sentadas aumenta exponencialmente as chances de terem problemas nas costas… Mas, não para por aí. Tem o tal do pescoço de smartphone. Aquele movimento que todos fazem com a cabeça, 25 graus, para mexer no aparelho… o desgaste vai se revelar, ao invés do a partir dos 60, como era antes dos CELULARES, a partir dos 30… Isso posto, e agora o mal já está consumado, apenas as novíssimas gerações poderão adotar medidas preventivas, todos nós a caminho de um fim de vida abarrotado de dores. Premonitoriamente algumas pessoas, e antes da virada do milênio, já anunciavam o que aguardava pelos cinquentinhas e mais. A tal da IDADE DO CONDOR. Alguns até esboçavam um sorriso de vaidade, CONDOR é um pássaro bonito, elegante… Não era CONDOR pássaro, era COM DOR nas costas e em muitas outras e várias partes do corpo… 2 – ACORDA, JACK DANIEL´S O mais conhecido e admirado uísque Bourbon do mundo, JACK DANIEL’S, diante de seu maior desafio. E tudo começa com um escravo do Tennessee, que ensinou JACK DANIELS a fazer aquele tipo de uísque. Descoberta recente de autoria de uma escritora afro-americana, FAWN WEAVER. Em férias em CINGAPURA, FAWN leu sobre NEAREST GREEN, um escravo que passou a receita do JACK DANIEL’S a JACK DANIELS. Decidiu passar a limpo. Pegou um avião em LOS ANGELES e foi para NASHVILLE. Inscreveu-se em 3 tours na destilaria, e, nada… nada de se falar de NEAREST GREEN… Foi atrás, recorreu a livros, bibliotecas e mais documentações, resgatou a linha do tempo entre GREEN e DANIELS, e concluiu: GREEN não apenas ensinou a ciência e a arte de produzir um determinado tipo de uísque a JACK DANIELS, como foi o primeiro mestre destilador negro dos Estados Unidos, trabalhando para JACK. Conclusão, e devidamente contratada pela destilaria, FAWN segue escrevendo a verdadeira história de um dos uísques mais emblemáticos do mundo. Porém, como diria PAULINHO DA VIOLA, “AI, PORÉM” – sempre tem um porém – … nos ensinamentos de GREEN, para aquela cor e gosto, a presença de um… FUNGO. Isso mesmo, FUNGO. E neste exato momento, o hoje conhecido FUNGO DO ETANOL, mais conhecido como fungo do uísque, é figura presente em muitas destilarias. E a gritaria que repercute e reverbera em todo o mundo localiza-se no CONDADO DE LINCOLN, TENNESSEE. Onde os moradores, cansados e revoltados, reclamam de uma crosta escura que foi tomando conta de residências, carros, placas de estradas, comedouros de passarinho, e tudo o mais que fica ao ar livre. Águas das piscinas, também, cheirando a JACK DANIEL’S… Para envelhecer seu famoso e consagrado uísque, cuja produção não para de crescer, a destilaria precisa construir mais e mais BARRELHOUSES – casas de barris – e que as novas BARRELHOUSES trariam para a cidade – mais de US$ 1 milhão em impostos… E aí instalou-se uma mega confusão. Segue a briga, cresce a fama de JACK DANIEL’S, e mais alguns dias e ninguém fala mais nisso. Mas, e se for uma empresa competente e madura, e consciente do valor de sua MARCA, certamente a JACK DANIEL’S encontrará uma outra forma de envelhecer seu uísque, sem precisar disseminar seu “flavor” por toda a comunidade e vizinhança. Desafio de BRANDING que empresas maduras e consistentes superam com relativa facilidade. 3 – O FIM DOS EMPREGOS Na virada do milênio JEREMY RIFKIN sentenciou, através de um livro emblemático, O FIM DOS EMPREGOS. Quem quiser mergulhar de cabeça no tema dos empregos e tiver fôlego para mais de 900 páginas recomendamos outro livro lançado no ano passado por DOMENICO DE MASI, O TRABALHO NO SÉCULO XXI. E a conclusão é rigorosamente a mesma: o trabalho como um dia conhecemos chegou ao fim. Mais que isso, finalmente caiu a ficha e as pessoas concluíram que ser EMPREGADO é humilhante, e talvez, o último estágio da escravidão. Isso posto, o mundo assiste hoje, devidamente empurrada pela pandemia, o que decidiu-se denominar de A GRANDE RENÚNCIA. RENÚNCIA, e pedido de demissão em massa muito especialmente de jovens que querem ser livres para voar, e, se possível, empreender. Jovens conscientes que ingressamos na SHARING ECONOMY, onde as novas empresas e negócios nascerão mediante parcerias. Muitos negócios com finalidade específica. Os dados de todo o mundo mais que comprovam essa realidade e no Brasil não fica atrás. No ano de 2020 a demissão voluntária bateu os 25,7%. No pós-pandemia, 2022, o percentual bateu em 33%. Especificamente entre os jovens que têm pós-graduação, as demissões superam os 50%. Assim, e no ano passado, 6,8 milhões de brasileiros pegaram o boné e deram adeus às empresas onde trabalhavam. Chega de ser empregado! 4 – TERCEIRIZAR NÃO SIGNIFICA TRANSFERIR PARA TERCEIROS SUAS RESPONSABILIDADES. Se uma empresa confia a outra empresa agir em seu nome, demonstra apenas que foi sensível e responsável na escolha que fez. Apenas isso. Mesmo que todos os atos venham a ser praticados por um terceiro, o são por delegação, ordem e contratação de uma empresa. Em nome dessa empresa. Isso posto, é indesculpável e patético uma empresa alegar ignorância a respeito do que a empresa terceirizada fazia em seu nome. Terceiriza-se a ação, o trabalho, a execução, e até mesmo outras componentes dos negócios. O que é absolutamente interceirizável é a responsabilidade. Assim, faz todo o sentido as punições decorrentes do TAC – Termo de Ajuste de Conduta – assinados pelas vinícolas AURORA, GARIBALDI e SALTON, pelas condições degradantes e inaceitáveis de trabalho aos terceiros contratados em seus nomes, pela prestadora de serviços FÊNIX. Falando em nome de sua empresa, 72 horas depois, MAURICIO SALTON, declarou, “Fica certamente uma mancha que nunca será esquecida. Como vamos demonstrar integridade e boa-fé para as pessoas a partir de agora? Nossas próximas ações vão demonstrar o quanto vale a pena dar voto de confiança para a empresa. Foi uma falha dolorosa, não poderia ter acontecido… mas acredito que o tempo trará a resposta se nossos consumidores voltarão a confiar na gente. Esse julgamento não cabe a mim fazer…”. 5 – A VELHA PERGUNTA DE SEMPRE QUE DE TEMPOS EM TEMPOS VAI EMBORA, MAS, DEPOIS, VOLTA: “DINHEIRO TRAZ FELICIDADE?” CHRYSTINA BARROS é uma pesquisadora brasileira, certificada e especializada em FELICIDADE, pela Universidade de BERKELEY, USA, e que agora em sucessivas entrevistas à imprensa brasileira vem colocando novos e sensíveis temperos ao tema. Numa entrevista para ROBERTA JANSEN do ESTADÃO, por exemplo, disse que,  “FELICIDADE é um fenômeno individual, da pessoa, um saldo de que, na sua avaliação, a vida vale a pena. Vai ter tristeza, desespero, todas essas emoções, mas a questão é o saldo. O ranking da felicidade da Organização Mundial da Saúde considera ainda outros fatores para a FELICIDADE, como seguridade social, saúde, percepção de corrupção e liberdade para escolhas. A economia precisa fazer parte dessa equação. Muita gente fica buscando na filosofia argumentos que romantizam a pobreza. É hipocrisia deixar a economia de fora…”. Segundo CHRYSTINA BARROS, e do ponto de vista neurológico, a felicidade é um evento químico, uma série de substâncias que promovem uma sensação de bem-estar. A felicidade é uma tempestade elétrica, mediada por substâncias químicas, que a gente inclusive pode reproduzir através de exercícios físicos, por exemplo…”. E conclui, a pesquisadora brasileira, que, “A felicidade é tudo o que a humanidade almeja. Mas não é só por isso. Para termos o perfeito funcionamento das instituições, as pessoas precisam estar felizes. Pessoas felizes movem o mundo, não o contrário. A busca pela felicidade deveria nortear as políticas públicas. Mais que provado que pessoas que trabalham em ambientes melhores são mais felizes, geram experiências melhores para seus clientes. Os clientes, por decorrência, aumentam seu apreço em relação a marca, o que significa melhores resultados para as empresas”. E sobre e se o DINHEIRO TRAZ FELICIDADE, CHRYSTINA disse, “O dinheiro sozinho não traz felicidade. Mas é condição fundamental para garantir as precondições para uma vida feliz. SEM DINHEIRO NÃO DÁ PARA SER FELIZ…”. E incluiria nesta última declaração de CHRYSTINA a contribuição definitiva de TOM JOBIM, numa das músicas brasileiras que segue correndo o mundo, a canção WAVE, onde o maestro soberano diz, “É impossível ser feliz sozinho”. Isso posto, e somando a pesquisadora ao maestro, concluímos que, “SEM DINHEIRO NÃO DÁ PRA SER FELIZ, LEMBRANDO SEMPRE SER IMPOSSÍVEL SER FELIZ SOZINHO”… E, a receita para ser feliz, segundo TOM, é uma palavrinha, pequena, de 4 letras, e tem poder de mudar a vida de todos para melhor: AMOR. “Fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho…”. 6 – inDRIVE, OU, ESTRATÉGIA SUICIDA Uma nova empresa – inDrive – de origem russa e com sede nos Estados Unidos, no concorrido mercado de aplicativos de automóveis, onde a empresa referência, sinônimo e inventora desse território denomina-se UBER. Hoje, presente em 48 países, e que diz ser hoje o Brasil seu quinto maior mercado, e onde está desde o final de 2018 começando pelos estados do nordeste. E agora concentra seu foco no RIO DE JANEIRO. Os carros que aderirem a proposta da empresa têm um adesivo inDRIVER na porta do motorista e outro – OFFER YOUR PRICE – faça sua oferta – na porta do passageiro, estimulando os passageiros a barganharem com os motoristas… E para crescer depressa, ainda dá uma grana aos motoristas. Tem um caixa recém levantado de US$ 150 milhões para bancar essas extravagâncias… Chegou tarde demais, em primeiro lugar. E, depois, é das piores estratégias a de – para crescer – comprar mercado… Vai ficar pelo caminho… Tudo errado. Os recém US$ 150 milhões captados vão virar pó… 7 – CONSELHOS? PARA QUÊ? Conselhos de verdade, formado por sêniors, especialistas, seres humanos que têm uma contribuição de verdade para oferecer e entregar, segue sendo da maior importância para as empresas. Desde que, claro, esses conselheiros tenham, além do conhecimento adquirido e somado no correr de suas trajetórias, preservando-se atualizados, e absolutamente inserido nas novas realidades de um MUNDO NOVO e disruptado pelo tsunami tecnológico. Essa é a premissa e o pressuposto. E de certa forma é isso que se constata nas empresas privadas. Já nas empresas públicas ou sob controle do Estado isso é uma ficção. A última e irrelevante questão que se coloca é se o escolhido, se o conselheiro, tem de verdade conselhos para dar no negócio específico de cada estatal. Tudo o que se leva em consideração são as negociações e barganhas de apoio, cujo pagamento é oferecer um assento no conselho de uma estatal. Pergunta, pra que servem os conselhos das estatais? Objetivamente, para nada que tem a ver com os verdadeiros conselhos. Ou se regula de verdade todo o processo ou, melhor acabar com esses conselhos. Na situação atual a única certeza que existe é que nós, cidadãos e contribuintes seguiremos pagando a conta de todas essas negociatas e barganhas. 8 – ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL… Foi-se o tempo que as pessoas, nós, brasileiros, tínhamos tempo para parar, ler ou ouvir, que precisávamos migrar para uma alimentação mais saudável. Continuamos, imagino, absolutamente convencidos da importância de revermos nossos hábitos de alimentação. Mas, e para tanto, duas condições fazem-se necessárias: tempo, e, dinheiro, não necessariamente pela ordem. E assim seguimos ingerindo alimento, para nos preservarmos vivos, ainda que não necessariamente da melhor forma possível. Em quantidade, em qualidade, e, velocidade, também. Quase sempre, engolindo antes da mastigação mínima necessária. O instituto KANTAR divulgou recentemente os resultados de suas pesquisas e monitorias sobre hábitos alimentares em sete das principais regiões metropolitanas do país. No período imediatamente anterior a pandemia, 2019, e no ano retrasado, final de pandemia, 2022. Os grandes números revelam que, – Parcela expressiva dos brasileiros trocou o tal do prato feito, de antes, para um salgado pronto. De 11 milhões de unidades por dia de salgados de 2019 para 15 milhões em 2022. Enquanto os pratos prontos caíram de 7 para 4 milhões. E na terceira posição, entram os salgadinhos em pacote que saltaram de 4 para 5 milhões. Mas, e ainda, o maior quebrador de galhos e engana fome seguem sendo os snacks doces, que mantêm a liderança disparada, e ainda ficam na primeira colocação somando-se os pratos prontos, os salgados, e os salgadinhos de pacote. Os snacks doces, ou apenas doces como a maioria dos brasileiros chama, totalizaram 33 milhões por dia em 2019 e 34 milhões em 2022. A falta de tempo e de dinheiro é de tal ordem que o tal do SALGADO PRONTO – tipo coxinha – hoje é mais consumido do que sanduíches e pizzas… Todos os dias, em milhares de esquinas do Brasil, nas madrugadas das cidades, pessoas reúnem-se ao redor de bancas de café da manhã, onde tomam um café, um pingado, comem uma fatia de bolo, uma tapioca, e conversam e reencontram-se com os mesmos amigos de ontem e de amanhã. É por onde começa o dia de milhares de brasileiros, e assim seguirá enquanto não mudarmos de vez a história de nosso país. Sim, precisamos nos alimentar melhor… 9 – DO DOUTOR GOOGLE AO DOUTOR CHATGPT Primeiro dia da SXSW – SOUTH BY SOUTHWEST, auditório de dois mil lugares no quarto andar do Centro de Convenções de Austin. No palco, GREG BROCKMAN, trinta e poucos anos, cofundador e presidente da OpenAI, empresa dona do ChatGPT e Dall-E. Lotação mais que esgotada. Diante de uma indisfarçável tensão na e da plateia, GREG começa a falar. Silêncio. E, para descontrair decide contar uma história. “Minha mulher teve uma doença misteriosa, foi a vários médicos ao longo de três meses até descobrir o que era. Aí eu fiz um teste no ChatGPT, sinalizando os sintomas e perguntando o que poderia ser. Recebi como resposta algumas opções e a segunda era a correta… não, definitivamente, não pretendemos substituir os médicos…”, e o silêncio, que já era grande, ainda aumentou. No final da entrevista, e com as pessoas já saindo, GREG retomou o microfone e para tranquilizar a todos, disse, com calma e sensibilidade, “Nosso objetivo, ao fundar a OpenAI em 2015, à época sem fins lucrativos, foi justamente de direcionar o potencial da inteligência artificial para amplificar as capacidades humanas… Não se trata de substituir funções ou capacidades humanas, mas, potencializá-las…”. Quase todos, retiraram-se aparentemente tranquilos. Mas, à noite, e recolhidos, foi difícil, quase impossível, pegar no sono… 10 – MORTE EM MOEMA A situação de descalabro do Estado Brasileiro é, simplesmente, brutal. Nós, cidadãos e contribuintes, que mantemos esse monstro incompetente, temos sido omissos, covardes, ou, irresponsáveis. Cada um escolhe e veste sua carapuça. Por omissão, ou covardia, ou incompetência crônica, contribuímos duplamente – por dinheiro e falta de cobrar como deveríamos – para que esse SERVIDOR PÚBLICO que deveria ser o ESTADO BRASILEIRO, tenha chegado ao pior nível de toda a sua existência. E nos custa mais de 40% de tudo o que produzimos. CHEGA! E agora, e com o novo governo, há mais de dois meses que esse ESTADO PAQUIDÉRMICO só faz crescer mais e mais. Para inaugurar o novo governo a primeira MP – Medida Provisória 1154/23 aumentou o número de ministérios. E no festival de barganhas em busca de apoio na Câmara e o Senado, executivo e legislativo brincam com o dinheiro dos impostos que pagamos de uma forma sórdida e criminosa. Enquanto isso, e para a revolta de todos, uma senhora de 88 anos morreu afogada num dos pontos mais nobres da cidade de São Paulo. No bairro de Moema, na rua Gaivota. Desde o ano de 2016 seguia um inquérito instaurado pelo Ministério Público para investigar as inundações da RUA GAIVOTA, esquina com IBIJAÚ. E nada foi feito. E assim, dezenas de pessoas, sem nada poderem fazer, testemunharam o afogamento de uma senhora que desesperadamente pedia socorro em Moema… É isso, amigos. Um ESTADO que nos custa mais de 40% de tudo o que produzimos e é incapaz de cuidar de nossas vidas minimamente. Vamos continuar aceitando essa absurda realidade? Enquanto isso mais e novos ministérios são criados, e novos impostos considerados, além do aumento de alíquotas em alguns dos já existentes. E agora, a lição de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER desta edição dupla de JAN/FEV 2024 Hoje, nosso adorado mestre recomenda todos os cuidados em relação aos impulsos que recorrentemente ocorre em nossas vidas, e nas organizações, também. Seguramente o pior momento ou condição para se decidir o que quer que seja. Diz o mestre, “Em toda organização administrada por impulsos, ou as pessoas negligenciam suas tarefas para poder seguir o impulso do momento, ou organizam-se tacitamente para sabotar coletivamente o impulso. Tal qual a “administração por gritaria e ameaças”, a administração por impulsos é uma admissão de incompetência. Sinal de que a administração é incapaz de planejar e definir com precisão o que espera de seus gestores e colaboradores”.
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Nov/Dez 2023

BUT PRESS 28 NOV/DEZ2023 Como de hábito separamos 10 temas da maior importância, e que se traduzem em lições e aprendizados para todos nós. E no final e sempre, a lição do mês de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER. O PRIMEIRO ASSUNTO DE HOJE, É, 1 – A FALÊNCIA DOS CONSELHOS Mais de 50% dos conselhos das empresas em todo o mundo, e muito especialmente no Brasil, são tóxicos e deletérios. Claro, óbvio, ninguém fez e faz por mal. Mas o mundo velho segue acabando, o mundo novo ganhando formas mais definidas no horizonte, e a maioria dos conselheiros das empresas TEM CABEÇA VELHA. Vivem e sobrevivem de suas realizações, experiências e conhecimentos de um mundo que vai ficando cada vez mais distante no horizonte. Todas as empresas deveriam adotar infinitos pentes e filtros na escolha de seus conselheiros. E tudo o que afirmamos até aqui tem a ver com o momento que vivemos. Da disrupção, da abertura de um grande buraco daqui para frente, e de um mundo novo e que tem pouco a ver com o que se despede. E a experiência de quase 70% dos conselheiros de empresas no Brasil refere-se ao passado. Profissionais e empresários da melhor qualidade que, sem se darem conta, empurram cada vez mais as empresas para trás. O que dá para aproveitar da experiência dos 50/60 e mais anos de hoje? O que sabem dentro da especialização que têm, e muito especialmente a sensibilidade desenvolvida depois de no mínimo 30 anos de práticas, estudos, experimentos, mão na massa, e poder de filtro. Abastecer-se quase que exclusivamente da essência do aprendizado, de moléculas, de princípios ativos. E ter a coragem e determinação de jogar fora todo o ferramental, ainda que muitos tenham sido anexados ou adotados há menos de 10 anos. E as leituras equivocadas vão se sucedendo, e supostas renovações de conselho adotam uma visão absolutamente equivocada. Por exemplo, lemos no jornal VALOR de um final de semana que o GRUPO ULTRA decidiu renovar mais de 50% do Conselho. Segundo a matéria, “com um perfil mais financeiro e mais alinhado ao propósito da ULTRAPAR de atuar como holding e foco em retorno de capital…”. Não vai dar certo, ULTRAPAR e dezenas de outras empresas estão buscando respostas para a pergunta errada. E se tudo der certo – ou melhor ERRADO – vão encontrar a resposta. E nada pior do que se encontrar a resposta certa para a pergunta errada. Neste específico momento, de 2020 a 2050, a pergunta certa é exclusivamente única: De que cabeças e conhecimentos nossa empresa precisa para fazer a travessia do mundo velho para o mundo novo? E só depois cair no detalhamento. Isso posto, e parafraseando o que certa feita disse o genial THEODORE LEVITT, “você pode chamar o coveiro da denominação que quiser. A única coisa que muda é que o enterro vai custar mais caro…”. As empresas, o que precisam de verdade hoje, é de cabeças que tenham uma visão – a melhor, mais clara, iluminada e consistente possível – sobre o mundo novo em processo de construção intermitente e em decorrência do tsunami tecnológico. E ainda, e além dessa virtude e preparo, alma de prático de portos, de cão guia, radar, biruta, gps, fundamentais para uma travessia de qualidade. Assistiremos nos próximos 32 anos, e à medida que as empresas acordarem, a maior troca de conselheiros de todos os tempos. 2 – FALAM, PROMETEM, E NÃO RESOLVEM Nos países mais modernos e avançados do mundo, e em até 10 anos, o ESTADO consumirá no máximo e exagerando 10% do PIB desses países. Infelizmente, no Brasil, esse percentual gravita em torno dos 40%. Quando conseguirmos, finalmente, revolucionar nosso país – reformar é insuficiente – nos aproximaremos desses mesmos índices e sobrarão 30% ou mais do PIB para investimentos na economia. Em sua totalidade, o chamado ESTADO BRASILEIRO – governos federal, estaduais e municipais, possuem dezenas de milhares de imóveis ociosos e abandonados. Abandonados na utilização mas, e ainda, gerando despesas. Assim, o Brasil joga no lixo todos os anos centenas de milhões de reais para a manutenção de inutilidades absolutas e definitivas. E pela carga de formalismo e burocracia, tentando prevenir ou evitar a corrupção, qualquer movimento de desovar essas inutilidades passa por uma série de formalismos e burocracia da grossa. Numa das edições do ESTADÃO da semana do Carnaval deste ano um exemplo clássico dessa patologia. Diz a notícia, “A EBC – EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO – vai vender 16 imóveis que consomem R$238 mil por ano aos cofres públicos nas despesas de manutenção, impostos e condomínio… alguns sem uso há mais de 10 anos…”. É isso, amigos. Precisamos proceder a uma revolução em nosso país. A mais radical e abrangente possível. Precisamos rever, reposicionar e replanejar o BRASIL. O próximo BRASIL, MODERNO, TECNOLÓGICO, e SOCIALMENTE MAIS JUSTO. 3 – PAGAMENTOS POR APROXIMAÇÃO: ESTRANHA SENSAÇÃO. COM O TEMPO ACOSTUMA A primeira vez que um portador de cartão descobre que realiza pagamentos sem precisar digitar a senha, muitas vezes, causa pânico. Pra variar, os bancos seguem com uma comunicação precária, e a maior parte dos portadores de cartões de crédito quando isso aconteceu se assustou. Foram atrás, entenderam, e muitos decidiram optar pela novidade, mesmo e ainda com a possibilidade de inserirem o cartão e digitarem a senha. Hoje o número de transações por aproximação é mais que consistente e não para de crescer. Em 2022 o volume de transações por aproximação totalizou R$572 bi, quase três vezes mais que em 2021. E segue crescendo. Vai se convertendo em líder de movimentações para transações de até R$200. Mesmo a FEBRABAN garantindo que a possibilidade de fraude é menor do que o digitar da senha, a sensação das pessoas não é a mesma. A cultura da senha condicionou as pessoas a se sentirem, hipoteticamente mais segura, quando digitam a senha. E muitas vezes, é no digitar da senha que mora o perigo. Mas faltou comunicação. Por enquanto, as denúncias de golpe, mínimas, sinalizam na maior segurança da alternativa pela aproximação. Mas a cultura de décadas segue inibindo uma adesão maior a nova possibilidade. Uma vez mais, e repetindo, faltou comunicação de qualidade no lançamento da alternativa. Se comunicação não é tudo, é quase tudo. 4 – FOTO IRRETOCÁVEL DO ESTADO BRASILEIRO Como temos reiterado em nossos comentários, mais que reformar, o ESTADO BRASILEIRO precisa de uma revolução, ser revolucionado, ser reinventado. Matéria de excepcional qualidade de O GLOBO, e assinada por FELIPE GRINBERG, traz uma amostra mais que significativa do sorvedor e gastador de dinheiro em que se converteu o ESTADO em nosso país. O exemplo vem do RIO DE JANEIRO, e de uma iniciativa da POLÍCIA MILITAR, que decidiu considerar a possibilidade de deixar de produzir a alimentação de seus policiais internamente, e terceirizar. Na situação atual, produção interna, nos diferentes “ranchos” da polícia militar trabalha quase um exército. 20 oficiais, 242 segundos-sargentos, 148 primeiros-sargentos, 98 subtenentes, 84 terceiros-sargentos, 120 cabos e 20 soldados. Que deveriam estar alocados exclusivamente nas funções da polícia, e não cozinhando, lavando arroz, escolhendo feijão, e lavando pratos… Pra não alongar mais esse tema constrangedor, e somando todos os demais custos de matéria-prima, preparação, limpeza, etc, chega-se a um valor mensal de R$11,3 milhões. Devidamente terceirizado, o custo seria num primeiro momento com tendência a cair mais com o correr do tempo, de R$8 milhões. O que significaria uma economia de R$40 milhões por ano, e mais ainda a liberação de quase 800 militares para cuidarem daquilo para que ingressaram na carreira, e que, definitivamente, não é cozinhar. Em maiores ou menores proporções isso acontece em todo o ESTADO BRASILEIRO, tanto em âmbito federal, como estadual e municipal. Se agregarmos todas as possibilidades decorrentes do tsunami tecnológico e construirmos, finalmente, um novo e moderno Brasil, os atuais mais de 40% do PIB que esse ESTADO custa, cairia para 10%. Ou seja, 30% seriam destinados para ganhos extraordinários de crescimento, prosperidade, e, principalmente inclusão e justiça social. O que estamos esperando para, mais que reformar, revolucionar o Brasil? 5 – SAM´S CLUB, O CONCEITO RESISTE? O ano era de 1983. SAM WALTON, na cidade de BENTONVILLE, USA, decide criar o SAM´S CLUB. Um híbrido de varejo e atacado – uma espécie de atacarejo – com todos os produtos do dia a dia das pessoas, mais produtos exclusivos e marca própria, mas alguns serviços adicionais, e principalmente, e por pagar uma anuidade como se fosse um club, a teórica sensação que as pessoas se sentem associadas. A vida do SAM’S CLUB no Brasil não tem sido fácil, em decorrência do fracasso monumental do WALMART por aqui. Assim, em 2018 o WALMART jogou a toalha diante da impossibilidade de competir com os grupos franceses CARREFOUR e CASINO, vendeu toda a operação para o fundo ADVENT INTERNATIONAL. Em 2018 é criado o GRUPO BIG que assume toda a operação, e no dia 24 de março de 2021 o GRUPO BIG é comprado pelo CARREFOUR. Ou seja, hoje o SAM’S CLUB, assim como o ATACADÃO, e o próprio CARREFOUR, são tentáculos do maior grupo de varejo do Brasil. Para se ter uma ideia do domínio do CARREFOUR no varejo do país, seu faturamento do ano passado foi da ordem de R$81,1 bi, seguido de longe pelo ASSAÍ com quase a metade, R$45,6 bi; Depois LUIZA com R$42,9 bi; VIA VAREJO 36,3 bi; AMERICANAS 32,2 bi e só então aparece o PÃO DE AÇÚCAR com R$29 bi. Isso posto, e retornando ao SAM´S CLUB, o CARREFOUR segue acreditando no modelo, não obstante a disputa com outro de seus braços, o ATACADÃO. Mas, e segundo a velha regra, melhor perder para dentro do que para fora, do que perder para um concorrente. Assim tem como planos para o SAM´S mais 40 novas unidades do CLUB nos próximos 5 anos. E tudo começa internamente, com a conversão de 6 unidades do antigo BIG, já escolhidas, e que se converterão em novas unidades do SAM´S CLUB. Isso posto, e durante os próximos anos, ainda que fustigado por concorrentes, a briga do CARREFOUR é fraterna, entre dois irmãos. SAM´S e ATACADÃO. A virtude de se preservar forte nas duas alternativas é o quanto mais conseguir tangibilizar o posicionamento, conceito e entendimento. Claro, a partir do FOCO. Mesmo voltado para mesmas pessoas e famílias, o SAM´S destina-se a todos aqueles que gostam de se sentir integrantes de uma comunidade, ainda que de compras, e ser recompensado por isso. Já o ATACADÃO é aberto, para outras pessoas que preferem não pertencer a clubes, mas buscam melhores preços ainda que abrindo mão de alguns serviços. No longo prazo, em termos de essência, a do SAM´S tem potencial maior de longevidade. Mas as duas alternativas ainda têm um monumental desafio e que é o advento dos marketplaces, que atropelam essas eventuais vantagens, oferecendo praticidade, rapidez e conforto das compras a distância. Isso posto, segue o jogo… 6 – DOS DEVERES DA LIDERANÇA Quando se chega a liderança de um determinado território – mesmo que um novo território – compete aos verdadeiros líderes rapidamente assumirem o comando de iniciativas que tenham por objetivo valorizar todos os players desse território, assim como aperfeiçoar toda a cadeia de valor. Nos chamados novos territórios, o dos serviços de entrega de refeições, a grande referência e liderança com todas as razões e motivos é o iFOOD. Como sempre deveriam proceder os verdadeiros líderes, a estratégia principal do iFOOD hoje é, exatamente, e na condição de líder dos serviços que presta, como aprimorar toda a cadeia de valor. Assim, e neste momento, toma uma iniciativa rigorosamente dentro desse entendimento. Em seus cadastros, o iFOOD registra hoje 225 mil pequenos e médios restaurantes. E decidiu criar um grupo de trabalho formado pelo conjunto desses pequenos e médios empresários, na busca por melhorias em toda a cadeia de valor… Hoje, no universo iFOOD, os pequenos e médios respondem por 75% de todos os estabelecimentos. Segue, portanto, e como vem procedendo desde o início, consciente que a melhor forma de preservar a liderança merecidamente conquistada, é tornar-se cada vez mais relevante para todos os que integram sua base de clientes. 7 – COLAPSO E RECUPERAÇÃO Cumprindo o seu papel de alertar e tentar prevenir a tempo, o BANCO MUNDIAL produziu um estudo denominado COLAPSO E RECUPERAÇÃO, onde estima alguns dos maiores danos da COVID 19 na população do Globo. Segundo o relatório, “A pandemia causou um colapso, muito especialmente no capital humano dos jovens em momentos críticos do ciclo de vida”. Estava se referindo muito especialmente aos jovens na fase de estudo e formação, e que, segundo o BANCO MUNDIAL, “poderão perder até 10% dos ganhos futuros por causa dos choques na educação… e que se agrava nas crianças, onde a queda pode ser de até 25%…”. E enfatiza que nos países menos desenvolvidos, isso resulta em “salários mais baixos, mais pobreza, mais desigualdade e menos crescimento… uma mistura, segundo o Banco, EXPLOSIVA…”. Segundo o BANCO MUNDIAL, “o grande impacto e reflexo do que aconteceu entre 2020 e 2022 será sentido em 2050, quando esses jovens de hoje representarão mais de 90% da força de trabalho…”. O BANCO MUNDIAL cumpriu sua missão de alertar, agora compete aos países, cada um considerando sua realidade e possibilidades, cuidar para que esse impacto seja atenuado o máximo possível. Quem se sair melhor nesse desafio, poderá ter em sua GERAÇÃO PANDEMIA, o diferencial positivo, em futuro próximo. Ou, os demais, o diferencial negativo… 8 – COCO BAMBU UM SUCESSO EM MEIO A UM QUASE CAOS GENERALIZADO Depois de definir um padrão médio de qualidade, a preços acessíveis – ou justos na cabeça dos consumidores – a COCO BAMBU, e também depois de um fracasso em suas incursões internacionais – voltou a concentrar sua atenção no Brasil, e sob uma mesma e inadequada marca, mas que caiu no gosto da classe média baixa, passou a fazer de tudo. Desde de pratos à base de frutos do mar – sua origem – e agora atacando no território das pizzas, café, e com um pequeno derivativo para uma segunda marca, VASTO, no território do café. Hoje, e depois de voltar a concentrar sua atenção no país, a COCO BAMBU tem 73 casas pelo Brasil, e usando em muito o pensamento e modelo do OUTBACK, com sócios em cada uma das casas. Em todas as novas casas, brinquedoteca em espaços para eventos. Apenas lembrando, a COCO BAMBU nasceu no ano de 2001, a partir de uma pastelaria na cidade de Fortaleza, com uma fritadeira, uma masseira, uma máquina de chope e dez mesas com quatro cadeiras. A DOM PASTEL. Obra de monumental sucesso do casal AFRÂNIO e DANIELA BARREIRA, ele engenheiro, ela administradora de empresas, e que intuíram faltar numa das paixões dos brasileiros, os FRUTOS DO MAR, uma alternativa BBB Boa, Bonita e Barata. E decolaram… Como é do conhecimento de todos, e nesses mais de 20 anos de sucessos, um percalço. A tentativa mais que fracassada na Flórida. Diz AFRÂNIO, “Abrimos em 2017 e fechamos em 2018. Vimos que aquele investimento não valia a pena e que eu teria que me endividar se quisesse crescer por lá. Preferi concentrar no Brasil…”. É isso, amigos, não obstante as dificuldades e equívocos em sua política de marca, na utilização exagerada e descabida de COCO BAMBU para quase tudo, inclusive para vinho, o desempenho de AFRÂNIO e DANIELA é espetacular. E um exemplo magnífico de definir um foco, e tornar-se relevante e encantador para esse foco. Classe média baixa. 10! 9 – GUERRA DECLARADA Resistiram enquanto foi possível. Não conseguindo mais suportar o preço de uma concorrência, no entender deles, desleal, diferentes entidades representando o varejo pressionam o governo para encostar os marketplaces gringos, muito especialmente o SHEIN, SHOPEE e ALIEXPRESS na parede. Segundo os grandes do varejo brasileiro, os gringos sonegam impostos, e não respeitam as normas de segurança e antipirataria do Brasil. Segundo os varejistas brasileiros, a sonegação fiscal dos três e outros mais é superior a R$14 bi. Pelo lado deles, dos 3, seus representantes não entram no mérito das acusações. Apenas rebatem dizendo que seguem rigorosamente as leis e regulamentos do país. Ouvidas as duas partes, conclui-se que os varejistas brasileiros estão certos, mas seguirão tendo uma enorme dificuldade em bloquear a atuação dos internacionais. Pelas características do comércio eletrônico, pelo quanto já avançaram em nosso país, e que, em muito pouco tempo, o chamado varejo virtual caminha para se converter na nova realidade, e o analógico na velha e decadente realidade. Curto e grosso, o futuro remete aos globais, e aumenta os desafios nos nacionais e de cultura e índole analógica, mesmo que também sejam marketplaces. 10 – METAVERSO ‒ ALIMENTANDO INTERROGAÇÕES Em visita ao Brasil, NICOLA MENDELSOHN, VP GLOBAL de NEGÓCIOS da META, realizou alguns encontros e concedeu entrevistas. Numa das melhores matérias, dada a AMANDA SCHNAIDER de MEIO & MENSAGEM, muitas respostas e poucos esclarecimentos. Ou seja, e a partir das declarações de AMANDA, ainda remanescem muitas dúvidas nos caminhos que levarão a uma MIGRAÇÃO SEGURA, GRADATIVA E CONSISTENTE de todas as propriedades de MARK ZUCKERBERG, em direção a uma espécie de TERRA PROMETIDA, o METAVERSO. Como de hábito, e nas entrevistas dos diretores da META, números exuberantes, como os revelados pela AMANDA, “No conjunto das plataformas, 3,7 bilhões de pessoas acessando todos os meses… dois bilhões de pessoas por dia no “FEICE”, o WHATSAPP não fica atrás com também mais de 2 bilhões de usuários, e desculpou-se, ou, tentou explicar as demissões, repetindo as explicações de MARK ZUCKERBERG… “No início do ano MARK disse que 2023 era o ano da eficiência. Crescemos muito rápido e quando você cresce assim, há uma oportunidade para as empresas ficarem mais lentas. Assim, estamos trabalhando num processo de como podemos ser mais eficientes, ágeis e enxutos…”. MARK, isso não é ser eficiente, é ser EFICAZ. Faltou a MARK explicar melhor a seus diretores os movimentos que está fazendo. E especificamente em relação ao METAVERSO foi clara e precisa: “A versão completa do METAVERSO ainda está a uma distância entre 5 a 10 anos a partir de hoje… Se o “FEICE” continuar demorando, muito provavelmente algum player saltará a sua frente… Podem escrever! E agora, a lição de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER desta edição dupla de NOV/DEZ 2023, desejando a todos um FELIZ NATAL e um ÓTIMO 2024. A falta de compromisso com os prazos definidos, era um dos comportamentos que mais incomodava nosso adorado mestre. Profissionais que construíam e se comprometiam nos processos de planejamento, com a conclusão de certas missões em prazos específicos. E depois, num comportamento inaceitável, e sem nenhuma justificativa minimamente consistente, não cumpriam com o combinado. Nesse momento, e sempre, DRUCKER repetia a mesma lição, dizendo, “Quem não é capaz de administrar o seu tempo não é capaz de administrar nada” E é isso mesmo. Tudo tem prazo a ser respeitado e cumprido, salvo evento de força maior. Não faz o menor sentido comprometer-se, e, depois, pular fora. FELIZ ANO NOVO! CUMPRINDO TODOS OS PRAZOS EM 2024 E SEMPRE!
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Outubro 2023

BUT PRESS 27OUTUBRO/2023 Síntese mensal das principais movimentações, acontecimentos, registros no ambiente de negócios do Brasil e do mundo. Um trabalho de pesquisa, coleta de dados, análises e reflexões da equipe de consultores do MadiaMundoMarketing ― a única empresa de consultoria em todo o mundo que tem em seu DNA a ideologia da Administração Moderna, o Marketing. Sempre sob a orientação e mentoria do maior dos mestres da gestão e dos negócios, Peter Ferdinand Drucker. 1 – AP, e, PP Isso mesmo, a maioria das pessoas ─ e muito especialmente dos gestores públicos e representantes da população ─ não se deram conta que tudo o que fazia sentido AP – ANTES DA PANDEMIA, precisa de uma reconsideração e provavelmente redirecionamento radical no PP – PÓS-PANDEMIA. Qual a grande força da pandemia? Em verdade, pouco mudou no que já estava inoculado nas pessoas e na sociedade. E que mais adiante iria acontecer. Apenas e tão somente foi o fator detonador, ou, se preferirem, acelerador. Antecipou… Qualquer outro entendimento diferente desse, pode determinar erros monumentais. Em paralelo, e sempre, não existe nada pior em qualquer situação que seja, que ENCONTRAR-SE A RESPOSTA CERTA PARA A PERGUNTA ERRADA. Talvez, um dos melhores exemplos seja o que acontece agora na cidade de São Paulo. Discute-se, acaloradamente, uma revisão no chamado PLANO DIRETOR da cidade. Segundo a FOLHA, matéria assinada por CLAYTON CASTELANI, “Há quase uma década a cidade de São Paulo tenta por meio de seu PLANO DIRETOR estimular o setor imobiliário a construir moradias para a parcela mais pobre da população em áreas com acesso a transporte e oferta de empregos…”. Isso fez, segundo CLAYTON, que “entre as distorções que a prefeitura diz tentar combater com a revisão está a proliferação de apartamentos com menos de 35 metros quadrados… O número de unidades licenciadas por ano desses microapês avançou de 1.150 para 11.461 entre 2013 e 2021…”. E por aí segue o raciocínio e as supostas necessidades de uma revisão no PLANO DIRETOR da cidade de São Paulo. Não se deram conta que existe uma outra e nova realidade. Essa realidade, que segue alimentando esse raciocínio, é AP, anterior a pandemia. Já nova, crescente e irreversível realidade, a PP, sinaliza em outra e total diferente direção. Até o final de 2025, a maior parte dos profissionais e trabalhadores de SÃO PAULO, não precisarão mais sair de suas moradias para trabalhar. E o desafio das prefeituras das GRANDES CIDADES do mundo, não é mais regular e nem se preocupar com esses milhares de microapês que foram construídos ao lado das estações de ônibus e metrô, ou próximos das empresas. O grande desafio é o que fazer com os milhares que permanecerão vazios. Esse é o desafio que todos teremos que enfrentar e alertados pelo adorado mestre e mentor PETER DRUCKER há mais de 50 anos. A grande dificuldade e desafio não é acessarmos a todos os novos e sensacionais gadgets, ferramentas e informações de um mundo novo e em processo de construção. É, antes de qualquer outra providência, descartarmos as velhas molduras que possuímos em nossas cabeças. E se não o fizermos, e como também nos ensinou DRUCKER, continuaremos encontrando as respostas certas para as perguntas erradas. Desastre na certa. Como o que estamos assistindo, perplexos, em diferentes países e cidades do mundo… 2 – PENSE TRÊS VEZES ANTES DE DIZER IMPOSSÍVEL Lemos, CONSULTORES DA MADIA, com admiração, carinho e muita emoção, a matéria do ESTADÃO assinada por ANA LOURENÇO sobre dona ASPASIA D´AVILA, 95 anos. A certeza que impossível é uma palavra, um pensamento, que jamais deveríamos considerar. O que aparentemente é impossível hoje, é porque e apenas ainda não encontramos uma forma de tornar possível. ASPASIA, que, segundo ANA LOURENÇO, “depois da perda do marido e com alguns dias de tédio durante a pandemia, aos 92 anos, transformou um hobby recente em seu primeiro trabalho”. E, no depoimento, infinitas lições. Por exemplo, jovens terem paciência, amor, compaixão, e estenderem suas mãos e conhecimentos para os mais velhos. E se resolverem estender mãos e conhecimentos, terem paciência. Quem estendeu as mãos e escancarou o coração para ASPASIA foi sua neta FABIANA. Apresentou e ajudou ASPASIA a ter acesso a uma técnica japonesa de fabricação de bonecos. Os AMIGURUMI – AMI, trançado, e GURUMI, de pelúcia. Superado o medo, ASPASIA foi atrás, mergulhou na internet, e foi descobrindo e assimilando a técnica. Revela-se ASPASIA, “Sou uma pessoa muito feliz, tenho uma família maravilhosa. Meus filhos cuidam de mim, preocupam-se comigo e é importante se sentir assim… Tenho uma vontade de fazer as coisas. Sou muito positiva, não fico me lamuriando. Tudo o que acontece tem que acontecer…”. Em poucos meses, ASPASIA contabiliza a venda de centenas de seus bonecos… inclusive para outros países como JAPÃO, CANADÁ e PORTUGAL…”. ASPASIA conta que desde os 17 anos foi sustentada pelo marido. “Eu ficava bem zangada quando ele me perguntava porque eu precisava de dinheiro quando eu pedia…”. E conclui, “A sensação de comprar uma coisa com meu próprio dinheiro é libertadora…”. Sem a digisfera, sem o admirável mundo novo ainda em processo de construção, ASPASIA terminaria seus dias sem jamais aferir factualmente, o valor de seu talento, competência, capacidade, energia e vontade. Partiria com seu sonho. 3 – DE REPENTE, NEWCOMMERS NA PAISAGEM Sim, e hoje, os novatos chegam na maioria das situações pelo digital, e muitos deles, em algum momento, inserem-se, também, no analógico. No ano de 2019 chegou ao Brasil mais uma manifestação do chamado e-commerce, a SHOPEE, iniciativa do bilionário de Singapura FORREST LI, do ano de 2015, e que tem como maior virtude respeitar os hábitos e costumes de cada região ou país onde se instala. A palavra SHOPEE era utilizada por jovens em países da Ásia, e significa produtos baratos, acessíveis, muitas vezes falsificados, pechinchas, sem maiores expectativas de grande duração… Assim, e em poucos anos – 3 – a SHOPEE já é uma realidade por aqui. Segundo FELIPE PIRINGER, head de marketing da empresa, hoje a SHOPEE BRASIL já possui mais de 2 milhões de vendedores cadastrados, e 85% das vendas são de empreendedores do Brasil. Em entrevista para o PROPMARK, para a editora-chefe, KELLY DORES, FELIPE revelou o posicionamento e políticas da plataforma SHOPEE: “Somos um marketplace que conecta consumidores e vendedores de todos os tamanhos. Oferecemos os melhores recursos para que nossos vendedores possam ter maior competitividade. Dentre outros, LEVE MAIS, PAGUE MENOS, OFERTAS RELÂMPAGOS, PROMOÇÕES E CUPONS DE VENDEDOR, COMBOS, SHOPEE ADS…”. E o perfil e número de consumidores: “O nosso consumidor é, em sua maioria, jovem, mas dirigimos promoções e benefícios a todas as idades… Sabemos que as pessoas compram no e-commerce pela conveniência e variedade… Já somos a número 1 na média de usuários ativos mensais na categoria de compras no Brasil, e líderes no tempo em que as pessoas permanecem no aplicativo. E acumulamos mais de 14 milhões de seguidores em todas as redes sociais…”. E sobre o FUTURO, disse: “Pretendemos seguir apoiando o crescimento do comércio eletrônico no Brasil. E, para tanto, apoiaremos cada vez mais micro, pequenos e médios comerciantes… Hoje temos mais de 2 milhões de vendedores brasileiros, e mais de 85% das vendas são de empresas locais…”. É isso, amigos, em 3 anos é possível implantar-se uma operação gigantesca de e-commerce, de comércio eletrônico em qualquer lugar do mundo. Desde que exista coragem, recursos e competência. Vamos seguir acompanhando e analisando a performance de uma das maiores revelações desta década e até agora, o MARKETPLACE SHOPEE BRASIL. 4 – BOM, ÓTIMO, IMPORTANTE, DECISIVO, ESSENCIAL, EXCEPCIONAL… O processo segue. O movimento de mudanças no ambiente corporativo cresce, acelera-se, e tão cedo não vai terminar. Fluxo, e refluxo; respiração e expiração; descompressão ampla, geral e irrestrita. Dia após dia as empresas migrando para a SEKS. Sharing Economy e Knowledge Society. Para a SOCIEDADE DO CONHECIMENTO, onde o capital é o que as pessoas físicas e jurídicas carregam em suas cabeças e base de dados, e SHARING ECONOMY, onde a última e derradeira manifestação da escravatura despede-se – o emprego, o ser empregado – e novos formatos vão se revelando onde prevalece a parceria. Entre empresas e profissionais. Os antigos e humilhados em diferentes intensidades dos empregados de ontem, devidamente reposicionados com profissionais empreendedores, e que se convertem em parceiros das empresas. Não existe mais o vínculo e exclusividade de prestar serviços para uma única empresa, apenas o dever de lealdade e confiança de não prestar serviços para empresas concorrentes. Faltava um exemplo consistente, polêmico, absurdamente corajoso e desafiador dessa nova realidade, e o exemplo chegou através da aquisição do TWITTER pelo último empresário verdadeiramente criativo da terra, ELON MUSK. Todos os demais, ou muitos dos demais são INOVADORES, mas quem faz brotar do zero, absolutamente inédito e surpreendente é ele, MUSK. Finalmente consumada a compra do TWITTER, e diante das atitudes surpreendentes e quase que esquizofrênicas de MUSK, muitos começaram a duvidar de que existisse alguma chance de sucesso na aquisição. Mas os dias estão passando, MUSK já despediu ¾ dos profissionais da empresa, e, no depoimento dos usuários que sobreviveram no TWITTER, que não abandonaram a plataforma, o sentimento é de que nada aconteceu, ou, em outras palavras, que não sentiram a menor falta de nenhum dos 5.500 despedidos. Os 2000 que permaneceram mais que estão dando conta do recado. Semanas atrás, e comentando sobre a dispensa de 75% de seus “colaboradores”, e em seu tradicional e recordista de audiência podcast, MUSK foi perguntado qual o critério que adotou para selecionar os sobreviventes e aos quais confiaria a missão de ressuscitar o velho e bom passarinho, o TWITTER. E respondeu dizendo que se fez uma única pergunta: “Quem é essencial, e quem é excepcional”. E foi o critério, a grade, a régua que deu ao demais comandantes da equipe. Os ¼ excepcionais permaneceram; os ¾ essenciais partiram… Isso posto, e a partir de agora, MUSK traz importante contribuição a todas as empresas em processo de crise no sentido da definição de suas métricas, claro, dependendo do grau e intensidade da crise. Nos anos 1960 todos os chamados BONS permaneciam; nos 1970, os que se revelavam IMPORTANTES; nos 1980 prevaleceram os DECISIVOS; nos 1990, 2000, 2010, e até 2022, os ESSENCIAIS. E a partir de agora, e em mais uma das criações de MUSK, só devem permanecer trabalhando nas e dentro das empresas, os EXCEPCIONAIS. Isso posto, e partir de agora, só nos resta acompanhar se seguir analisando os resultados das decisões de MUSK em relação ao seu TWITTER. Se vai voltar a cantar como nos primeiros anos, ou se em pouco tempo perderá a razão de ser, convertendo-se num pássaro empalhado vagando na digisfera, e em companhia de outros líderes que já partiram como, um ORKUT… 5 – A RESPOSTA CERTA PARA A PERGUNTA ERRADA Lemos e analisamos os resultados da pesquisa da multinacional de consultoria e auditoria PwC, originalmente PriceWaterhouseCoopers, sobre a participação de conselheiros, nos conselhos de muitas empresas simultaneamente. Dentro da premissa que, quanto mais o conselho participa, melhor fica em termos de experiência. A conclusão da pesquisa é: “Conselheiros que servem a muitas empresas, em especial aqueles que também exercem carreira executiva, podem não ter condições de realizar suas funções de forma eficaz”. A pesquisa foi realizada junto a 704 dirigentes de empresas, a maior parte de empresas com receita anual acima de US$1 bilhão. E traduzindo em recomendação, e segundo os resultados da pesquisa, que o ideal é um profissional ou empresário participar do conselho de duas empresas; excepcionalmente, dependendo das características das empresas, de no máximo três. E tudo estaria certo se o grande desafio da atualidade fosse esse. Pelo tsunami tecnológico que detonou a base e sustentação das empresas como eram e vieram até a virada do milênio, e como a maior parte dos conselhos é formada por executivos com forte experiência no mundo que ficou para trás, o mundo velho, mas que ainda continua por aí, tudo o que temos constatado, nós, consultores da MADIA, é que hoje, a maioria dos conselhos, e contrariando sua finalidade, é absurdamente tóxica. Ao invés de agregar oxigênio, inovação, perspectivas positivas para o futuro da empresa, e lastreados numa experiência hoje absolutamente descartável, com as melhores das intenções e maldade zero, remetem as empresas em que atuam os conselhos em direção ao passado. Como um dia disse SCOTT FITZGERALD: “Barcos contra a corrente, arrastados incessantemente para o passado”. Isso posto, e claro que nenhum profissional ou empresário que participe de conselhos de empresas deve aceitar, no máximo, três convites, a pergunta certa e essencial não é essa. É que tipo e cabeça e experiência de conselheiro minha empresa precisa para atravessar a tormenta do tsunami e fazer a travessia; do mundo velho para o mundo novo? E, repetindo, por tudo o que temos constatado, mais de 50% dos conselhos das empresas de hoje inserem-se na citação de SCOTT FITZGERALD. Estão convertendo as empresas onde são conselheiros, como se fossem barcos contra a corrente arrastados incessantemente para o passado… Em naus dos tempos dos descobrimentos… Séculos atrás… 6 – LEMBRAM, “VOU AO SUPER…” FOI-SE O TEMPO Embora e supostamente prazerosa, dependendo da bandeira e da loja de supermercado, décadas atrás era uma festa ir a um supermercado. Na partida, e com a chegada, 1953, agosto, de propriedade de Mario Wallace Simonsen, os primeiros “supers” amedrontavam pessoas acostumadas a comprarem em lojas com vendedores. Não se sentiam à vontade pegando produtos na prateleira e ir colocando no carrinho. Tinham medo de serem presas. Hoje, 70 anos depois, os “supers” invadiram o Brasil em diferentes formatos, e agora tentam se reinventar diante do crescente prevalecimento do SBD – SUPER BY DELIVERY… E, no meio do caminho, novos formatos foram se manifestando, e dentre esses, e nos últimos 30 anos, o advento e sucesso dos ATACAREJOS, onde o ATACADÃO converteu-se em referência, e foi comprado em 2007, por R$ 2,2 bilhões, pelo CARREFOUR. Feito esse rápido introito, neste preciso momento o CARREFOUR decidiu e começa a ativar, em sua estratégia global, levar o modelo ATACADÃO para a FRANÇA. E, claro, os franceses, os mais velhos começaram a torcer o nariz. Apenas lembrando, o CARREFOUR nasce do estudo que os irmãos CARREFOUR fizeram nos ESTADOS UNIDOS, onde aprenderam a ciência e a arte do autosserviço. No início importaram o modelo americano, colorido, barulhento, estridente, e os franceses detestaram. Corrigiram essa espécie de Carnaval, optaram pela discrição, tons pastéis, e sucesso total. E, depois, invadiram outros países, muito especialmente o Brasil. Dizem que os conquistados mudam a cultura dos conquistadores. E foi o que aconteceu com o CARREFOUR. Que ganhou muito dinheiro com o ATACADÃO, decidiu levar o modelo para a França, mas esqueceu-se de como são os franceses. Lembram da frase cunhada em ROMA, século VI d.C, por SANTO AGOSTINHO, “Em Roma como os romanos”. Isso mesmo, na França como os franceses e o CARREFOUR vai ter que investir pesado e adaptar forte o modelo ATACADÃO para ter alguma chance de sucesso. Começa que os franceses se incomodam com o til e têm enorme dificuldade em falar ATACADÃO. Mas, inicialmente, lideranças das cidades começam a se incomodar e vai ficando difícil escolher por onde começar. Em princípio, a invasão brasileira ATACADÃO do CARREFOUR começaria pela cidade de SEVRAN, de pronto rejeitado pelo prefeito STÉPHANE BLANCHET que protesta, revolta-se, dizendo, “Advirto o CARREFOUR sobre as consequências desastrosas se o plano for levado adiante”. É isso, amigos. Os conquistadores levando para suas terras de origem novidades aprendidas com os povos conquistados. Mas e que, e para terem alguma chance de sucesso, precisarão de uma customização, quem sabe, reengenharia… 7 – INOVAÇÃO Se alguém tinha alguma dúvida sobre a importância da INOVAÇÃO no desenvolvimento e resgate de empresas, cidades e países, os exemplos de Israel, Alemanha e Coreia do Sul são mais que emblemáticos e comprovadores. E não existe melhor aditivo para que a INOVAÇÃO seja plantada, germinada, floresça e ecloda do que a EDUCAÇÃO DE QUALIDADE. O que faz de nosso país, e embora potencialmente rico, de uma pobreza monumental. Nesse sentido, da maior importância a iniciativa do SESI, criando o SESI LAB, em Brasília (DF), desde sua inauguração visita mais que obrigatória de todos que vão conhecer a capital federal. 8000 metros quadrados, nas antigas instalações do Edifício Touring Club, e que tem por objetivo, conforme declaração do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), ROBSON BRAGA DE ANDRADE, “despertar o interesse das pessoas por ciência e tecnologia a partir de experiências e vivências…  um lugar para estimular a autonomia do pensamento a partir do protagonismo de cada visitante em seu processo de percepção e construção de sentidos…”. Muito brevemente, repetimos, iniciativas semelhantes deverão se multiplicar pelas principais cidades do País. Mais que na hora de darmos início a uma gigantesca operação de instituir e disseminar uma cultura de INOVAÇÃO no Brasil. 8 – TANTO FAZ AQUI, NO PIAUÍ, EM MADRI, OU, HAITI… Algumas empresas decidiram mergulhar no A DISTÂNCIA com tudo. E o a distância pode ser no bairro ao lado da empresa, em outra cidade, estado, país, mundo. Um exemplo desse novo entendimento e política é o da LIBBS, farmacêutica brasileira, e desde o ano de 2021. Numa decisão histórica, MADALENA RIBEIRO, diretora de RH da empresa anunciou em entrevista ao jornal VALOR, “que, estava entregando o prédio onde funcionou durante anos, adotou o HOME OFFICE para seus 3000 funcionários administrativos, e ainda fechou parceria com espaços coworkings para os que precisarem”. Mas, as novidades são de uma dimensão ainda maior. Os profissionais da LIBBS que quiserem, e desde que atendam algumas condições, podem trabalhar de qualquer lugar do mundo. Segundo MADALENA RIBEIRO, “Os funcionários podem morar e seguir trabalhando fora do País por até 18 meses. Caso decida continuar morando fora, avaliamos a possibilidade de uma mudança definitiva. Hoje já temos profissionais morando e trabalhando da Itália, Canadá, Índia, México e Portugal. Temos normas de boas práticas, e para que possam participar do programa é necessária a aprovação do gestor imediato, trabalhar sob o regime de CLT, e exercer atividade que possa ser realizada de forma 100% remota…”. Ou seja, amigos, novos tempos, novos hábitos, novo mundo… 9 – TIME, CONEXÃO EMOCIONAL, UMA NOVA CULTURA EM CONSTRUÇÃO De que todos, ou quase todos, trabalharão a maior parte do tempo a distância não existe a menor dúvida. Assim, é fundamental encontrar-se um mix que considere o prevalecimento do trabalho a distância, mas com ilhas e momentos de encontros e confraternizações. Suficientemente capazes de recarregar as energias emocionais, até um próximo encontro presencial. Segundo a consultoria GARTNER, que realizou alguns estudos exercitando diferentes possibilidades, e publicado pela revista VOCÊ RH, o bálsamo, ou aditivo, ou princípio ativo que atenua e até agrega neste momento de mudança nas relações, é a existência de laços emocionais sólidos e consistentes. Talvez uma das mais importantes conclusões da GARTNER, ainda que mais ou menos óbvia, mas que em momentos de ruptura como o que estamos vivendo as pessoas têm enorme dificuldade de aceitar, ver, perceber, reconhecer, é que a proximidade física por si só não quer dizer absolutamente nada. Sozinha não só não produz qualquer tipo de milagre como pode provocar alguns conflitos e até mesmo induzir o tédio. Em termos formais, e desde que a componente laços emocionais existam e sejam sólidos e consistentes, como dissemos, a proximidade física pode representar uma embalagem ideal para caracterizar ainda mais a sensação de pertencimento das pessoas. A GARTNER traduz uma soma de fatores no que denomina de LINK CULTURAL. E os que funcionam de verdade, e os que são quase irrelevantes. Por exemplo, independente de presencial ou a distância, as pessoas consideram-se pertencentes quando o bálsamo da cultura é aspergido e se insere naturalmente nos trabalhos. Quando se estabelece esse LINK CULTURAL, a chamada proximidade emocional cresce em até 27%. Já, quando não existe esse LINK CULTURAL, trabalhar próximo ou presencialmente não acresce nada em termos de conexão. Na síntese das conclusões, constata-se que 43% sentem-se conectados quando a cultura é inerente aos processos e ao trabalho. E de apenas 3% pelo fato do trabalho ser presencial. É isso, amigos. Neste momento de transição geral e irreversível, todos correndo atrás de orientação e ensinamentos para atenuar as decorrências da mudança, sob uma ótica, e sair na frente dos concorrentes com o capital humano mais fortalecido, integrado e feliz. E é por aí, mesmo. 10 – EDUARDO PEREZ NO COMANDO EDUARDO KAMINITZ PERES, um dos quatro filhos daquele que talvez seja o mais importante empresário do território de SHOPPING CENTERS em nosso país, JOSÉ ISAAC PEREZ, foi escolhido como sucessor e já assumiu o comando da MULTIPLAN. EDUARDO ingressou na empresa no ano de 1988, e agora, 35 anos depois, assume o comando. Hoje a MULTIPLAN, dentre as empresas de capital aberto na BOVESPA e desse território, tem um valor de mercado da ordem de R$14 bilhões, seguida pela ALIANSCE SONAE, R$11 bilhões, e IGUATEMI, R$6 bilhões. Em seus 35 anos de empresa, EDUARDO trabalhou em diferentes setores e posições. A partir do ano 2000 passou a ocupar uma das chefias da área de operações, em 2006 passou a integrar o Conselho, mas desde 2001 vinha exercendo a vice-presidência de operações. Segundo as pessoas que vêm convivendo com EDUARDO nesses 35 anos, ele é uma pessoa “de difícil trato pessoal, mas ótimo na execução”. Isso posto, cabe a EDUARDO o maior de todos os desafios que a MULTIPLAN já enfrentou até hoje. Reposicionar todos os seus shoppings. Que gradativamente vão deixando de ser SHOPPINGS, tendo que se converter em LIVING CENTERS. Onde também se compra, muito menos do que até hoje, mas onde se intensificam os encontros, relacionamentos e diversões. DRUCKER´S MONTHLY E agora, a lição de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER deste mês de outubro de 2023. Hoje, uma nova e magistral definição, esclarecimento, luz, de nosso adorado mestre e mentor. AS QUATRO PERGUNTAS ESSENCIAIS. Ensinou DRUCKER, “as quatro perguntas essenciais que todos os administradores sempre se deveriam fazer: 1. O que eu estou fazendo que não precisa ser feito?2. O que eu estou fazendo que poderia ser feito por outra pessoa?3. O que eu estou fazendo que só eu posso fazer?4. O que eu deveria fazer que não estou fazendo?”.
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Setembro 2023

BUT PRESS 26SETEMBRO/2023 Síntese mensal das principais movimentações, acontecimentos, registros no ambiente de negócios do Brasil e do mundo. Um trabalho de pesquisa, coleta de dados, análises e reflexões da equipe de consultores do MadiaMundoMarketing ― a única empresa de consultoria em todo o mundo que tem em seu DNA a ideologia da Administração Moderna, o Marketing. Sempre sob a orientação e mentoria do maior dos mestres da gestão e dos negócios, Peter Ferdinand Drucker. 1 – RTO, DS, e, FB No território do business, e segundo pesquisas realizadas pelo site de vagas e empregos GLASSDOOR, três foram as siglas/expressões que prevaleceram no ano de 2022: RTO, DS, e, FB. RTO, de RETORNO AO TRABALHO, uma vez passada a pandemia, e que não foi aceita tranquilamente por todos. Uma boa parte dos profissionais preferiu reconsiderar a carreira e a vida. E deixou seus empregos. DS – DESISTÊNCIA SILENCIOSA – de uma parcela expressiva de profissionais que preferiu, no mínimo, dar um tempo e repensar a vida. E, FB, FUNCIONÁRIOS BUMERANGUES, que num primeiro momento desistiram de seus empregos, e simultaneamente decepcionaram suas empresas. Com o passar do tempo o clima de contenda dissipou-se, recompuseram-se e retornaram a empresa e posição que tinham nas empresas, com um pequeno aumento. É isso, amigos. Começamos a viver um esboço de uma nova realidade. Apenas lembrando, e em meio à pandemia, absolutamente desesperançados de uma solução do curto prazo, os ESTADOS UNIDOS viveu em 2021 a maior onda de pedidos de demissões de sua história. O total de demitidos e demissionários alcançou a casa de 41 milhões de profissionais. E entrou para a história como A GRANDE RENÚNCIA. Claro, das duas partes. 2 – DIGNIDADE SCOTT FITZGERALD, nas palavras e descrições de seu personagem principal, o GREAT GATSBY, e a ele referindo-se, dizia, “Um senso de dignidade fundamental é concedido às pessoas desigualmente ao nascer.” E é o que observamos e constatamos no correr de nossas vidas. Um dos exemplos mais trágicos do que é a falta de dignidade e caráter num ser humano é o episódio que agora protagonizam dois atores de praticamente um filme só, de mais de 50 anos atrás, e que hoje, com mais de 70 anos de idade, e pegando carona na onda dos processos, decidem levar à Justiça FRANCO ZEFFIRELLI, por cenas rápidas de nudismo no filme recordista de bilheteria ROMEU e JULIETA. OLIVIA HUSSEY e LEONARD WHITTING, no filme, ela, a Julieta e, ele, o Romeu, de 1968, ingressaram com uma ação de indenização na Justiça americana, contra a produtora PARAMOUNT, exigindo uma indenização de US$500 milhões, devido aos supostos danos emocionais que sofreram por causa de uma cena de nudez. Na cena aparece as nádegas de LEONARD, e os seios de OLIVIA. Isso posto, ninguém, nenhum ser humano, está livre de em algum momento de sua vida, ser processado por alguma atitude, declaração, procedimento que teve, décadas atrás, onde as supostas vítimas tenham concordado e auferidos ganhos financeiros e de imagem e reputação. E só agora, décadas depois, e pegando carona no politicamente correto, sintam-se injuriadas… Por essas e outras razões que SCOTT FITZGERALD anotou em seu personagem antológico e magistral, THE GREAT GATSBY: “Um senso de dignidade fundamental é concedido desigualmente as pessoas ao nascer…”. E para parcela expressiva das pessoas, é exatamente o que falta: dignidade fundamental. 3 – E O CADE APROVOU! No dia 11 de novembro de 2022 o CADE, através de sua Superintendência-Geral, aprovou a fusão do ALIANSCE SONAE e BRMALLS, dando origem a maior administradora de shopping centers da América Latina, com um total de 69 shoppings, 13 mil lojas, e no momento da aprovação, com um valor de mercado de R$11,2 bilhões. Todo o processo transcorreu no exato momento em que existe, em decorrência do tsunami tecnológico, do delivery, e da pandemia, com uma mudança radical no comportamento das pessoas em relação às suas idas aos shoppings, de uma revisão essencial no modelo que prevaleceu até aqui. Assim, existe uma grande expectativa em como seus gestores vão processar a soma, qual a estratégia adotada face a necessidade de um reposicionamento imediato dessa instituição. Antes da pandemia, em termos gerais, os shoppings caminhavam para deixarem de ser shoppings, e converterem-se em LIVING CENTERS. Onde as pessoas frequentariam talvez e até com maior intensidade, mas não mais, prioritariamente, para comprar. Para passear, ir ao cinema ou teatro, e comer nas lanchonetes e restaurantes. E, já que estavam por lá, aproveitariam para algumas comprinhas. Depois da pandemia e de todas as suas decorrências, esse entendimento precisa, no mínimo, passar por uma revisão, e ser aperfeiçoado. De qualquer maneira, os gestores da maior empresa de shoppings da América Latina passam a conviver com um belíssimo desafio. Dar sentido e tornar rentável para todas as partes envolvidas nessa megafusão. No comando do processo o executivo, RAFAEL SALES, agora CEO da ALIANSCE-BR MALLS, que em entrevistas recentes não esconde e nem tenta diminuir o tamanho do desafio. Diz RAFAEL, e inclusive deixa indagações no ar: “Será que é necessário continuar consolidando, ou teremos um tamanho tão grande que não precisa mais? Talvez transações grandes como essa com a BRMALLS não valham mais a pena, não seja necessário pensando em retorno para os acionistas…”. E completa dizendo que: “O foco agora vai ser total no processo de integração. Temos que juntar empresas e sistemas e nunca se operou uma empresa desse tamanho… E vamos olhar o valor a ser gerado no negócio especialmente ainda no que não fazemos tanto, como vender mais mídia e trabalhar melhor o mix de lojas…”. Antes de consolidar as duas operações, os shoppings que perderam a razão de ser foram vendidos, e assim, e a partir de agora, começa o jogo. No entendimento dos consultores da MADIA, a nova e maior empresa de shoppings da América Latina ainda vai levar de 3 a 5 anos para compreender toda a dimensão das mudanças radicais que passam a caracterizar os SHOPPING CENTERS daqui para frente. Considerando-se que estão deixando de serem SHOPPINGS, e convertendo-se em LIVINGS CENTERS… 4 – O NÚMERO QUE SEMPRE FALTA Todos os anos as empresas responsáveis pelo monitoramento do ambiente corporativo e dos negócios divulgam os dados das empresas que recorreram ao instituto da RECUPERAÇÃO JUDICIAL. Não conseguem honrar os compromissos, vão se endividando, e pedem um tempo para respirar. Uma instituição que monitora a saúde econômica das empresas é a SERASA EXPERIAN. E agora acaba de divulgar os dados referentes ao ano passado, e a leitura dos mesmos, sem a informação de quantos milhares de empresas fecharam definitivamente suas portas fica sensivelmente prejudicado. De qualquer maneira, o número dos dois anos impactados pela pandemia são decrescentes. Antes da pandemia, 2020, 1.179 empresas recorreram a RECUPERAÇÃO JUDICIAL. Em 2021, o número caiu para 891, e no ano passado, 2022, para 833. Repito, a diminuição tem tudo a ver porque diminuiu sensivelmente o número de empresas que se habilitou a pedir a RECUPERAÇÃO. Nos anos da pandemia, dezenas de milhares partiram direto para a falência, fechamento de portas, encerramento das atividades. Assim e sempre, todo cuidado na leitura de dados. 5 – O FIM DOS EMPREGOS Dentre os temas que mais vão se discutir no que resta desta década, é, enfim, o fim dos empregos. Ser empregado, e ainda para muitos uma dádiva, é o último degrau da escravatura. Ninguém deveria ser empregado de ninguém. Todos deveríamos ser prestadores de serviços, justa e merecidamente remunerados. Todos deveríamos ser profissionais empreendedores, sem vínculo com ou a uma única empresa, mas disponíveis para prestar nossos serviços para muitas e simultaneamente. Saem de campo os profissionais empregados, e, em seus lugares, entram os profissionais empreendedores e parceiros de outras e muitas empresas. Essa é a essência da SEKS – SHARING ECONOMY & KNOWLEDGE SOCIETY – Sociedade onde o capital é o conhecimento que portamos em nossos cérebros, que se torna produtivo através do SHARING, do compartilhamento, com alguns, muitos, centenas ou milhares de parcerias que celebramos com diferentes profissionais empreendedores, dependendo das especificidades e características dos desafios que são colocados. De certa forma, e entendendo a importância única do momento em que vivemos, DOMENICO DE MASI dedicou seus últimos anos para mergulhar o mais profundo possível em seu mais recente e espetacular livro, O TRABALHO NO SÉCULO XXI, lançado no Brasil no ano passado, com quase 800 páginas, pela editora SEXTANTE. Ouro puro de sensibilidade e sabedoria. Não obstante a visão de DE MASI, carregada do social, perca um pouco da isenção. Mas o livro é leitura obrigatória. Logo no início do livro DE MASI, remete a HANNAH ARENDT, filósofa e política alemã, que por sua vez refere-se ao que dizia MARTINHO LUTERO, o protagonista do maior processo disruptivo da história da humanidade, a disrupção da Igreja Católica. LUTERO dizia: “O homem nasceu para trabalhar, como o pássaro para voar. Por isso deve ser imposto aos ociosos. As pessoas que não defendem e não sustentam ninguém, mas consomem, vadiam e só se tornam preguiçosas, o príncipe não deveria tolerá-las em seu país, mas expulsá-las ou obrigá-las a trabalhar como fazem as abelhas, que mandam embora os zangões que não trabalham e comem o mel das outras abelhas”. Toda essa introdução para comentar a matéria de capa do suplemento de um final de semana do jornal VALOR. E que tem por título, “CONFLITOS NA LIDERANÇA – trabalhadores dizem que chefes tiranos ainda são comuns”. Provavelmente seja verdadeiro. Mas por que esses trabalhadores insistem em aceitar essa situação? Porque não mergulham de cabeça, coração e alma na SEKS. Na Sociedade do Conhecimento onde a forma de se trabalhar é por parceria, e não mais por subordinação e dependência. Fim. Os séculos e milênios onde seres humanos por absoluta e total falta de alternativa aceitavam serem empregados vão se despedindo.Ingressaremos nos anos 2030 com a maior parte dos profissionais trabalhando de forma independente, vendendo os serviços de seus conhecimentos e especializações, e no formato de parceria.Já era tempo. 6 – DE REPENTE, NOVIDADES NA DEMOGRAFIA Nada acontece do dia para a noite na demografia, no estudo, acompanhamento, metrificação, da evolução e movimentos das populações. Assim, o que começa a se revelar de forma mais ostensiva hoje, já era mais que sabido pelos estudiosos dos países desde a virada do milênio. Até o final deste século, a população do mundo ao invés de crescer vai diminuir. Os últimos números devidamente ajustados indicam que a população do mundo irá cair pela metade – se nada for feito – até o ano de 2100. Isso mesmo que você ouviu: cair pela metade! Dos 8 para 4 bilhões. Uma espécie de desertificação populacional do velho e querido mundo. E assim, e como não poderia deixar de ser, mais e muitos países tomam providências na tentativa de atenuar as consequências desse processo de encolhimento. Que se sintetiza no seguinte desafio. Como vivemos mais anos e nascem menos crianças, faltarão braços e corações para cuidar dos velhos… Em alguns países, como o JAPÃO, a situação já vem se revelando uma realidade desde agora, com a agravante que a maioria das famílias e pessoas quer viver cada vez mais na capital TÓQUIO, ou vizinhança. Assim, e desde 2019, o governo vem oferecendo 300 mil ienes (mais ou menos R$12 mil), para todas as famílias que se mudassem de Tóquio para cidades do interior. No começo com algum sucesso, mas de um ano pra cá zero de adesão. Conclusão, multiplicaram o oferecimento por três, e agora é 1 milhão de ienes (mais ou menos R$41 mil), para quem aceitar a oferta. E, nesse ritmo, e aceleração da desertificação dos países e cidades, muito brevemente, ao invés das pessoas precisarem comprovar renda e realizar depósitos para mudarem-se para outros países, receberão prêmios, recompensas e dinheiro. A disputa será grande. Coisas de um mundo que cresceu desbragadamente no século passado e até a virada do milênio, e agora começa a decrescer, murchar. 7 – CACAU SHOW – INDEPENDENTE DA PANDEMIA, NÚMEROS EXUBERANTES Depois de meses sem dar declarações, ALÊ COSTA, membro da Academia Brasileira de Marketing e todo poderoso da CACAU SHOW causa inveja à maioria das empresas de todos os setores e atividade e portes; a CACAU SHOW cresceu 26% no ano passado, e faturou vendendo chocolates R$4 bilhões. Mas, números mais exuberantes ainda dizem respeito à multiplicação e abertura de lojas no ano passado. Foram quase 1000, e agora totaliza 3.770 lojas em todo o Brasil. Em entrevista ao VALOR, ALEXANDRE COSTA, o ALÊ, diz: “Solicitamos ao GUINESS BOOK o reconhecimento da CACAU SHOW com a maior rede de chocolates do planeta”, e, completa, “1000 lojas era uma meta praticamente inatingível. 1000 lojas em um ano em um único país não têm precedentes…”. É isso, amigos. Em meio a empresas encerrando atividades, milhares de lojas fechando para sempre, uma luz de esperança e referência na performance espetacular da CACAU SHOW. De verdade, e praticamente, desde sua criação por ele, ALEXANDRE COSTA, o ALÊ!     8 – O ESTADO INCOMPETENTE E ESTELIONATÁRIO É isso que é o ESTADO brasileiro. Balofo, incompetente, e estelionatário na medida que nos cobra por infinitos serviços que tem a responsabilidade de prestar e não presta e fica por isso mesmo. Desde as ruas das principais cidades do País absolutamente esburacadas, às calçadas onde todos os dias, em todo Brasil, mais de 1000 pessoas têm que recorrer a postos de saúde e hospitais pelos tombos que levam por falta de manutenção mínima. Algumas dessas pessoas precisam passar por cirurgia, e ao menos, três por dia, morrem. Isso mesmo. Morrem de tombo nas calçadas do Brasil. Isso posto, e já que o ESTADO vende, cobra, recebe, e não entrega, a cada dia que passa somos convidados a fazer seguro para tudo. Muito especialmente no quesito SEGURANÇA. Leio, por exemplo, a notícia que o BANCO NEON agora está ingressando no território do seguro. E vai se concentrar exatamente nos seguros que se revelam necessários devido aos estelionatos do ESTADO. Assim, e conforme a notícia, e em parceria com o BNP PARIBAS CARDIF, o primeiro produto tem por objetivo proteger bens e dinheiro. Por um valor inicial de R$4,90 mês, a apólice do NEON traz proteção para roubo, furto, perda ou roubo de celular, e ainda para transações ocorridas depois do roubo do celular… Enquanto nas principais cidades do mundo as pessoas falam no celular ao ar livre, nas ruas, bares, restaurantes, e não acontece nada, aqui o risco é total. Embora o incompetente e estelionatário ESTADO brasileiro nos cobre para oferecer os serviços de segurança.Vamos continuar assistindo esse absurdo até quando? 9 – A SEGUNDA BOLHA ECLODIU E POUCOS SE DERAM CONTA A primeira bolha das chamadas empresas da NOVA ECONOMIA eclodiu na virada do milênio. Ainda eram poucas empresas, o barulho foi pequeno, e parcela significativa das que começavam a decolar espatifaram-se no chão poucos metros, minutos, alturas após a decolagem. Da primeira bolha que poucos se lembram, e dentre os exemplos mais emblemáticos e históricos em nosso país, o encerramento das atividades do primeiro dos MARKETPLACES, o AMÉLIA, do PÃO DE AÇÚCAR, e do primeiro banco pretensamente digital, o BANCO 1, do UNIBANCO. Na América Latina, a debacle, quebra e devolução pelo SANTANDER, do PATAGON, também uma das primeiras tentativas de BANCO DIGITAL. Não só não deu certo que, além das centenas de milhões de dólares que perdeu na aquisição, o banco ainda precisou pagar uma quantia adicional para o vendedor receber de volta o PATAGON. Agora, mais de 20 anos depois, testemunhamos três tipos de fenômenos. Milhares de novas empresas nas operações de decolagem e ficando pelo caminho. Algumas chegaram a alçar voo, mas não conseguiram se sustentar e vão fechando. Outras decolaram, converteram-se em UNICÓRNIOS, seus criadores ficaram ricos, e agora tentam a todo custo resistir e sobreviver. E as chamadas BIG TECHS, que permanecem vivas, relativamente prósperas, mas perderam o brilho e causam alguma preocupação. Os números referentes ao ano passado, 2022, para as BIG TECHS em geral, foram devastadores. Mas e ainda, sem causar preocupações de eventuais insolvências. Consolidados e analisados todos os dados oficiais e já publicados, na soma das 7 maiores BIG TECHS: APPLE, MICROSOFT, ALPHABET, AMAZON, TESLA, META e NETFLIX, uma perda total e somada de US$ 4,6 trilhões. Perderam o equivalente a três vezes o PIB do Brasil do ano passado. Na véspera do NATAL de 2021, uma APPLE valia US$2,9 trilhões. Na véspera do de 2022, US$2,0 trilhões. Já a MICROSOFT despencou de US$2,5 trilhões para US$1,5 trilhão. A ALPHABET – GOOGLE + YOUTUBE e outros negócios – caiu de US$1,9 trilhão para US$1,1 trilhão. A AMAZON de US$1,67 trilhão para US$850 bilhões. A TESLA, de US$1 trilhão para US$389 bilhões. A META, de US$920 bilhões para US$319 bilhões. E a NETFLIX, de US$267 milhões para US$131 milhões… Ou seja, amigos, todas sob atenção total, e tentando conter o derretimento e repensar o posicionamento e estratégia daqui para frente. Essa é a 2ª bolha que vem eclodindo suave e silenciosamente, mas com consequências, repito, devastadoras. 10 – MEDO DE ENFRENTAR O FUTURO, OU, FUGITIVOS DA REALIDADE Claro, a pandemia acelerou, mas, e apenas, antecipou o que era irreversível e inevitável. Há décadas todas as empresas, em maior ou menor intensidade, vem se preparando para o dia da grande mudança. E que chegou e está em curso, uma espécie de dia que demandará anos, mas é inevitável, e irreversível. Tudo bem, as pessoas resistirão, encontrarão mil razões e motivos para negar a nova realidade, mas com o correr do dia passarão a fazer parte de um contingente declinante, decadente, até exaurir-se. O local de trabalho, como conhecemos nos últimos 70 anos, e pós duas Grandes Guerras, da chamada sociedade de serviços, tornou-se irrelevante, supérfluo, disfuncional. O contato físico entre pessoas segue insubstituível, mas não necessariamente passa mais por salas e escritórios. Como tínhamos que trabalhar todos os dias, acabávamos nos conformando com esse ritual. E, assim, 5 dias por semana, 8 horas por dia, convivíamos fisicamente com nossos companheiros de jornada, trabalho e luta, e éramos muito felizes. Não obstante, parcela expressiva de nós, passasse todos os dias duas ou mais horas para chegar, e duas ou mais horas para voltar, espremidos, absolutamente desconfortáveis, o que significava arredondando que nossas semanas não tinham sete e sim seis dias. E, no correr das últimas décadas, fomos desenvolvendo uma série de traquitanas, componentes, peças, plataformas, que um dia nos liberassem do velho e querido escritório. Fax, celular, internet, diferentes plataformas, redes sociais, games, comunicação por voz, vídeo, ou texto, infinitos bate-papos a distância, e faltava o pretexto inegociável e impositivo: a pandemia. Sem nos darmos conta, o dia chegara, e a mudança iniciou-se. O escritório tal como um dia conhecemos, e até ontem, e até hoje, realidade em muitas empresas, morreu. Falta apenas ser enterrado. Por mais que as incorporadoras sigam lançando edifícios de escritórios… E aí muitos de vocês perguntarão, MADIA, por que e ainda tanta resistência? Porque as ferramentas hoje existentes, tipo TEAMS da MICROSOFT, são produtos da cabeça de tecnólogos, onde falta, essencialmente, HUMANIDADE. São ótimas, funcionam perfeitamente, práticas, PARA ELES. Mas não para os demais humanos. Ainda tentando entender o que aconteceu com sua querida sala, mesas, lápis e canetas, canto do cafezinho, amigo. Mas, por pouco tempo. Em questão de meses, dezenas de alternativas de plataformas humanizadas, já diante do verdadeiro conceito e entendimento da METASFERA estarão disponíveis, e todos nós, muito rapidamente, nos adaptaremos à novidade com extrema felicidade, na medida em que emulam e para melhor com uma série de vantagens, menos o contato físico, o mundo em que vivíamos até ontem. Onde nossa empresa existe, nossa sala, mesas e cadeiras, equipamentos, salas de reunião, sem fila no banheiro e sem precisar esperar a hora do café. Claro, para todos aqueles que acreditam que não obstante os tropeços do caminho, caminhamos sempre para frente e para o melhor. Isso posto, querido amigo, e se você ainda tem alguma dúvida, mais que recomendamos. Comece a organizar e preparar a mudança de sua empresa do analógico para o virtual, da terra para METASFERA. Vai sobrar mais tempo para aquilo que a maioria gosta. Encontrar-se com os amigos, e, confraternizar. Isso posto, muito a comemorar. DRUCKER´S MONTHLY E agora, a lição de nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER deste mês de setembro de 2023. Hoje, uma nova e magistral definição, esclarecimento, luz, de nosso adorado mestre e mentor. A ciência e a arte de se saber fazer, e sempre, a pergunta certa. Ou, em outras palavras, de que adianta encontrar-se a resposta certa para a pergunta errada? Ensina o mestre que: “Quando Frederick Taylor iniciou o que mais tarde seria denominado de Administração Científica, estudando, por exemplo, a movimentação de areia com pás, jamais ocorreu a ele perguntar: Qual é a tarefa? Por que executá-la?”. Tudo o que se perguntou foi: “Como a tarefa é executada?” Quase 50 anos depois, Elton Mayo, preparou-se para demolir a Administração Científica e substituí-la por aquilo que viria a ser chamado de Relações Humanas. Mas, como Taylor, ele nunca perguntou: “Qual a tarefa? Por que executá-la?”. Em seus famosos experimentos na fábrica Hawthorne, da Western Electric, somente perguntou: “Como produzir melhor os equipamentos telefônicos?”. Desde então, e no trabalho com conhecimento e serviços, a primeira pergunta a ser feita, para aumentar a produtividade, é: “Qual é a tarefa? O que estamos tentando conseguir? Por que fazer tudo isso?. Os aumentos mais fáceis e também os maiores de produtividade provêm da redefinição da tarefa e, em especial, da eliminação daquilo que não precisa ser feito”.
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Agosto 2023

BUT PRESS 25AGOSTO/2023 Síntese mensal das principais movimentações, acontecimentos, registros no ambiente de negócios do Brasil e do mundo. Um trabalho de pesquisa, coleta de dados, análises e reflexões da equipe de consultores do MadiaMundoMarketing ― a única empresa de consultoria em todo o mundo que tem em seu DNA a ideologia da Administração Moderna, o Marketing. Sempre sob a orientação e mentoria do maior dos mestres da gestão e dos negócios, Peter Ferdinand Drucker.1 – UM MUNDO SEM EMPREGADAS DOMÉSTICAS, UM MUNDO SEM EMPREGADOS Nesse mundo, que um dia eclodirá, teremos prestadores de serviços individuais, de quem se compram horas para proceder arrumações em espaços físicos. De empresas, escritórios, e muito especialmente, de residências. Ser EMPREGADO, definitivamente, e de digno, não tem nada. É o último ponto de libertação das pessoas que um dia foram escravas. Na NOVA ECONOMIA, SK&E, Sharing and Knowledge Economy, onde o formato de trabalho é por parcerias e o capital é o conhecimento, ainda que seja para limpar casas e escritórios, não faz mais sentido alguém ser empregado de quem quer que seja. Mas, ainda estamos caminhando nessa direção. A passos mais acelerados do que a maioria das pessoas e supostos entendidos no assunto pensam… Nas últimas semanas alguns articulistas e consultores vêm tentando entender o impacto da pandemia no chamado trabalho doméstico, e onde pontificam duas modalidades: as diaristas, e as empregadas fixas, mensalistas. Quando se analisa a variação nas curvas e estatísticas, as mudanças foram de pouca monta. Segundo o IBGE, e comparando os números de agosto a outubro de 2019, antes da pandemia, registravam 4,437 milhões de empregados domésticos sem carteira assinada; já no mesmo trimestre deste ano, o número é de 4,399 milhões, ou seja, pouca coisa abaixo, considerando-se a dimensão da crise decorrente da COVID. As pessoas que prestam serviços nesse território, e que ainda são tratadas como EMPREGADAS DOMÉSTICAS, sejam diaristas ou mensalistas, em recente matéria da FOLHA manifestaram suas opiniões, considerando a experiência que vêm vivendo. Em seu depoimento, BERNADETE, 41 anos, diz, “Coloquei um anúncio para trabalhar como fixa ou diarista, mas prefiro trabalhar numa casa só. Com uma patroa dá para colocar o serviço em dia aos poucos. Fazer diária na casa uma vez por mês é exaustivo – um dia vale por três, tem de lavar da calçada ao quintal em poucas horas e não há garantia do trabalho…”. Já, REGINA, 45 anos, prefere ser diarista. Trabalha como faxineira há 19 anos. Veio do interior da Bahia na busca de trabalho e melhores condições de vida em São Paulo… Diz, “Cheguei a trabalhar em uma mesma casa por anos, mas hoje sou diarista – prefiro assim… A possibilidade de trabalhar em diferentes casas tem muitas vantagens como, e nos últimos tempos de crise, não depender das condições financeiras de uma única família… E ainda, embora trabalhando mais, consigo ganhar mais do que como mensalista…”. É isso, amigos. Seremos um País e um mundo civilizado, moderno e socialmente mais justo quando não existir mais nenhum ser humano que aceite e precisa trabalhar como EMPREGADO DOMÉSTICO, o último degrau da escravatura. Nesse momento teremos prestador de serviços individuais, profissionais qualificados e capacitados, que cuidarão da limpeza e outros afazeres nas residências e nas empresas. Residências e empresas mais que preparadas para exigirem dessas pessoas, semelhantes desgastes físicos que caracterizaram suas vidas, no correr de séculos, e que as faziam adoecer com maior incidência, e viverem menos. Se vocês quiserem se aprofundar mais sobre essa forma de trabalho, mais toda a história e evolução do trabalho na chamada história moderna, últimos 2000 anos do mundo, o melhor e mais completo livro sobre o tema foi publicado no ano passado, pela editora SEXTANTE. Seu título é O TRABALHO NO SÉCULO XXI, seu autor DOMENICO DE MASI, tem quase 800 páginas, mas vale a pena e mais do que recomendo. Essencial para quem quiser entender como foi o trabalho no correr dos últimos dois milênios e seus séculos, e como será daqui para frente. 2 – MAIS QUE ÓBVIO QUE TUDO TEM CONSEQUÊNCIAS, MAS, SABE-SE LÁ POR QUAIS RAZÕES, IGNORAMOS Talvez ninguém tenha parado para conversar sobre o tema, talvez – e aí é indesculpável – os profissionais e especialistas da área não tenham sido o minimamente responsáveis para fazerem todos os alertas necessários, mas, e como a compulsão pelos gadgets e novas tecnologias eram irresistíveis, o fato é que passamos muitos quilômetros da conta, que exageramos e extrapolamos, e pior ainda, fomos irresponsáveis com as pessoas sobre as quais e supostamente temos total – ou deveríamos ter – responsabilidade. Conclusão, a incidência e gravidade de miopia nas duas últimas e novas gerações é brutal. E, para piorar, e com aulas a distância, mais e muitas horas na frente de diferentes tipos de tela, muito especialmente, das telinhas. Os dados são devastadores. No universo de crianças e adolescentes, o avanço da miopia foi superior a 300%! E as notícias procedem de diferentes fontes. Mães que nas matérias dos jornais dão depoimentos do tipo: “Com a pandemia, nossos filhos ficavam na frente das telas o tempo todo… E resolvi levá-los ao oftalmologista. Não deu outra. Os dois míopes…”. Ou, a manifestação da presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, LUIZ HOPKER: “Quando as crianças ficam menos horas expostas à luz do ambiente externo, as estruturas fotorreceptoras não são estimuladas e o olho cresce mais favorecendo a miopia…”. Ou, informes da OMS – Organização Mundial de Saúde que em pesquisa junto a especialistas de todo o mundo constatou um aumento significativo e precoce da incidência de miopia em crianças. E depoimentos mais graves e dramáticos como de donos de ótica, tipo: “Desde o ano passado constatamos uma evolução. Atendemos crianças de 5, 6 anos de idade já com dois ou três graus…”, ou, ainda, “Há 30 anos era raro encontrar crianças com grau de miopia acima de seis. Atendo crianças com 8 anos e 11 graus de miopia…!” Ou seja, amigos, aconteceu e por omissão e ignorância estamos produzindo a maior geração de míopes da história da humanidade. Diante dessa quase calamidade vêm as primeiras recomendações, enquanto se aguardam medidas e providências de saúde pública mais radicais, ainda. Para crianças menores de 2 anos, a recomendação é evitar qualquer tipo de exposição a telas. Entre 2 a 5 anos passar, no máximo, uma hora por dia em frente às telas. Entre 6 a 10 anos, uma ou duas horas por dia. E, para todas as demais idades, nada de telas nas refeições, e desconexão total e no mínimo duas horas antes de dormir… Assim, caminhamos de forma quase que irreversível para a maior epidemia de doenças dos olhos da história da humanidade. 3 – REVISÃO DE ESTRATÉGIA Poucas empresas com poucos anos de vida alcançam grande sucesso e já procedem a uma revisão na estratégia e posicionamento, como a chinesa XIAOMI acaba de proceder e anunciar. Fundada no ano de 2010 pelo empresário LEI JUN, na CHINA, sua estratégia inicial é extremamente criativa, preferindo pegar carona, e construindo uma espécie de pele ou cobertura sobre a plataforma ANDROID. No momento em que nasceu, o ANDROID encontrava-se na versão 2.2 FROYO, abril de 2010. Temendo por eventuais dificuldades na fala do naming, XIAOMI, optou por uma segunda marca no mercado internacional, MI, e que segundo muitos é a abreviatura de MISSÃO IMPOSSÍVEL, e, ou, MOBILE INTERNET. Já XIAOMI, palavra chinesa, quer dizer PEQUENO ARROZ. Enfim nasceu, uma pele pegando carona no ANDROID, e decolou numa aceleração monumental sendo uma das recordistas em escalabilidade de seu território de atuação. Hoje, 12 anos depois, é uma gigante. Na rodada inicial, e tendo como propósito notabilizar-se por produtos inteligentes, mergulhou de cabeça no território dos smartphones. E depois, e gradativamente, foi agregando mais produtos convencionais e eletrônicos a sua linha, sempre com o diferencial da INTELIGÊNCIA. Por outro lado, poucas empresas com tão poucos anos de vida foram tão acusadas de espionagem e cópia como a XIAOMI. E na curta história da empresa, a presença de um brasileiro, o mineiro HUGO BARRA, vice-presidente da empresa durante quase 4 anos, que saiu da vice-presidência da ANDROID, no mês de setembro de 2013, para ir trabalhar na XIAOMI, causando um certo desconforto. Para uma empresa que tem poucos anos de vida, muita coisa aconteceu. E, agora, no Brasil e finalmente, desembarca com muitos outros de seus produtos inteligentes, assim como importante revisão em sua estratégia, com uma parceria mais friendly com outras plataformas comerciais, como POLISHOP, LUIZA, RIACHUELO, mais alguns comércios regionais. Falando ao O GLOBO sobre as novidades e revisão de estratégia, LUCIANO BARBOSA, o head da XIAOMI no Brasil, disse: “Os brasileiros gostam de novidades e assim vamos trazer e dispor de mais produtos. Queremos uma divisão mais equilibrada em nossas vendas que hoje dependem 50% do desempenho dos celulares da marca. Em formatos diferentes de parcerias, e a partir de agora, a XIAOMI passa a disputar o território de, além dos celulares, de relógios, fones de ouvidos, acessórios para smartphones, e ainda lâmpadas, balanças inteligentes, e outros produtos. Além de lojas que já possui em algumas cidades brasileiras, passa a investir numa rede de quiosques. É isso. XIAOMI, “Pequeno arroz” dá mais alguns passos em seu processo de invasão do mercado brasileiro. 4 – AINDA OS TESTES À CEGA Semanas atrás comentei e elogiei o chamado TESTE À CEGA de diferentes marcas de cápsulas de café. Quando uma pessoa bebe um café que foi processado numa dessas máquinas tipo NESPRESSO, tudo o que vê e sente é o cheiro, gosto, eventualmente fumaça do café, mais a qualidade do design da xícara. Assim, faz algum sentido aferir-se o valor e qualidade de café em cápsulas através do ato de se beber o café produzido. Já o mesmo não acontece, por exemplo, com cervejas e vinhos, e muito especialmente com champagnes. Onde tudo é relevante antes do ato final que é a bebida descendo pela garganta. A garrafa, o rótulo, a ritualística do sacar a rolha, o barulho, a taça, as borbulhinhas descendo e se formando no interior das taças, o brinde, e, finalmente, o consumo. De qualquer maneira, e dentro de sua rotina de fazer TESTES ÀS CEGAS em praticamente todos os produtos, o ESTADÃO, caderno CULTURA E COMPORTAMENTO testou 20 rótulos diferentes de champagne produzida no Brasil sempre lembrando que os únicos vinhos que podem se intitular champagne são os produzidos na região de Champagne, na França. Os produzidos em outros lugares, apenas ESPUMANTES. Mas, vamos aos resultados: SURPRESA! O Estadão, aparentemente, desistiu de apurar vencedores ou perdedores. Apenas registrou os comentários e avaliações genéricas e qualitativas, e não pontuais, de cada um dos champagnes. Melhor assim. E tomara que adote o mesmo critério daqui para frente em seus testes cegos. 5 – QUAL O SENTIDO? Dentre as últimas manifestações da chamada velha imprensa – pelo formato e tempo de vida – causando total perplexidade o novo serviço lançado pelo ESTADÃO. Uma espécie de versão 2023 dos antigos jornais de bairro. O projeto denomina-se ESTADÃO EXPRESSO BAIRROS, com a designação de PROJETO MULTIPLATAFORMA. Impresso, digital, boletins diários na RÁDIO ELDORADO, e ainda notícias através do WhatsApp. Os exemplares impressos – 1 milhão de exemplares mês, distribuído gratuitamente, mensalmente, e personalizado, através das 32 sub-regiões da cidade de São Paulo. Qual o sentido dessa iniciativa? Como para em pé, em termos econômicos? Em quanto tempo mais um projeto supostamente salvador dos jornais será cancelado? 6 – QUANTO VALE UMA MARCA? Claro, tudo depende do que o eventual comprador pretende realizar com essa marca, e sua crença que será capaz de multiplicar a venda dos velhos e dos novos produtos que pretende lançar, sob a sombra e proteção da MARCA. Ou seja, a MARCA, se viva e atuante, vale pelo que já produz, pelas eventuais possibilidades de crescimento nesses mesmos territórios, e eventualmente pela possibilidade de ingressar em novos territórios de vendas – geográficos – e de novos produtos. Na semana passada o GRUPO PERFETTI VAN MELLE, que dentre outras marcas é a dona de MENTOS, comprou as marcas de CHICLETES da MONDELEZ na EUROPA E ESTADOS UNIDOS, pela bagatela de US$1,35 bi. Vale, perguntarão muitos? Sim, no entendimento da VAN MELLE, que seguramente imagina ser capaz de produzir em poucos anos um resultado que mais que compense e multiplique o valor desembolsado. Mas claro, tudo vai depender de sua capacidade de implementar o que está contemplando com a aquisição. Por outro lado, a MONDELEZ decidiu desfazer-se de duas de suas marcas campeãs, não necessariamente porque não acredita mais no território das gomas de mascar. Mas porque acredita mais e pretende concentrar seus investimentos daqui para frente em chocolates, biscoitos e salgadinhos. Apenas isso. Aquisições de marcas são caras ou baratas dependendo do que se pretenda fazer com as mesmas. E se a aquisição fez sentido, só o futuro dirá. 7 – A RESPOSTA À PERGUNTA QUE MUITOS SE FAZEM De uns anos para cá passou-se a falar nos chamados novos bancos, em verdade, FINTECHS, com regulação específica e com limites de atuação face aos bancos. Em matéria na revista ADMINISTRAÇÃO PROFISSIONAL, do Conselho Regional de Administração de São Paulo – CRA-SP, ALEXANDRE MAGNANI, co-CEO do PagBank PagSeguro, trouxe a resposta aguardada. Disse ALEXANDRE: “A diferença pode ser resumida basicamente em três PONTOS. O PRIMEIRO PONTO é o regulatório. Normalmente as fintechs são licenciadas como instituições de pagamentos, que é um tipo de regulação mais leve que o Banco Central permite, e no qual essas instituições podem emitir cartões, ter contas de pagamentos e prestar outros serviços bancários, mas não podem usar o saldo das contas para financiar operações de empréstimos. O que é diferente de uma instituição tradicional, que tem a licença bancária de banco múltiplo e pode usar o saldo das contas para financiar operações de empréstimos. No entanto, muitas fintechs compraram a licença de banco múltiplo, como é o caso do PAGBANK que, há alguns anos, pode fazer qualquer tipo de operação que um banco tradicional faz… O SEGUNDO PONTO é na operação. O banco tradicional tem sua distribuição por meio de agências físicas, ou seja, a instituição faz o cadastro de seus clientes e mantém sua principal interface nas agências. Todos os processos e operações dos bancos tradicionais foram feitos de uma forma que exige autenticação presencial, troca de documentos físicos e isso muda muito o tipo de gestão. Já as fintechs fazem sua distribuição exclusivamente por meio de canais digitais, como internet, celular e aplicativos. Isso faz com que toda a interação entre o cliente e a instituição seja remota. Os documentos são digitalizados e a tecnologia de biometria é muito utilizada, fazendo com que a gestão dos processos numa fintech seja muito mais automatizada do que em um banco tradicional. Por fim, a terceira e outra grande diferença, ou, O TERCEIRO PONTO é a própria experiência do cliente. Todo o relacionamento com o consumidor vai se dar pela interface do aplicativo no celular ou do internet banking, sem a possibilidade de um canal presencial. Isso faz com que as FINTECHS tenham soluções mais simples e fáceis para os clientes usarem…”. É isso, amigos. De uma forma detalhada, ALEXANDRE MAGNANI explicou as diferenças essenciais que existem entre os bancos tradicionais, e as fintechs… Em tempo, enquanto a BOLSA registrava uma valorização pífia de 3,5% faltando uma semana para encerrar o ano de 2022, as fintechs negociadas em bolsa contabilizavam uma desvalorização média superior a 50%. 8 – NÃO OBSTANTE O CRESCIMENTO BRUTAL DA MIOPIA INFANTIL… Empresa especializada em pesquisa junto a garotada, a ASKIDS, constatou que o número de crianças que pedem celulares a seus pais não para de crescer. A empresa, que urgente deveria incluir um segundo K em sua marca, e converter-se em ASKKIDS, entrevistou 3.592 pessoas distribuídas pelo Brasil, Argentina, Colômbia, México, Peru e Chile, e concluiu que o número de crianças que pedem celulares a seus “Papais Noéis” não para de crescer, e que eles, pais, não conseguem recusar, que os CELULARES VIRARAM A NOVA CHUPETA… Ou, como se diz em inglês, PACIFIER, as que conseguem colocar as crianças entretidas e calmas, dando sossego para seus pais. Tão cedo não se vai conseguir conter e nem mesmo atenuar a onda de miopia grave em crianças… 9 – OS DESAFIOS E COMPROMISSOS DE EMPRESÁRIOS QUE OPTAM PELA ABERTURA DE CAPITAL Poucas vezes vi e li um depoimento tão consistente e inspirador – claro – para quem gosta de desafios como o de CAROL BASSI para o Direto da Fonte, do Gilberto Amendola no Estadão. Para quem está pensando no tema e quer informar-se melhor, mais do que recomendo a experiência da CAROL. Há um ano vendeu seu negócio para o GRUPO AREZZO & CO, de ALEXANDRE BIRMAN. Para os que acham que preparar-se para abrir o capital é descolar uma grana e se aposentar, mais que ledo engano. Antes de uma eventual possibilidade de diminuição de ritmo, o vendedor terá que provar e demonstrar que seu negócio era um ótimo negócio, remunerar com justiça e generosidade os investidores, e só depois, mais adiante, considerar a hipótese de uma eventual aposentadoria. Iniciar um processo desse com essa ideia na cabeça é mais que certeza de fracasso. Vamos ao depoimento de CAROL sobre esse primeiro ano: “Em empresas de capital aberto, a cobrança de metas é muito grande, muito forte. Eu achava que trabalhava muito. Hoje trabalho muito mais do que antes.” E conclui, “Batemos todas as metas no dia 24 de novembro. E crescemos 45% apenas no último trimestre…”. O grande desafio de empresas ancoradas fortemente em marcas, é acabar se perdendo pelo caminho e ver a essência da marca desvanecer-se. Segundo CAROL tudo depende do líder, e em seu caso, o seu, ALEXANDRE BIRMAN é um especialista em branding. Diz CAROL, “O ALEXANDRE tem um respeito muito grande pelas marcas do grupo. Respeita suas identidades, assim como seus DNAs. Por outro lado, como sou uma pessoa muito verdadeira, e não consigo trabalhar se estiver triste, se não estiver bem, a liberdade que o ALEXANDRE dá me traz muita paz…”. É isso, amigos. Jamais se meta a construir um grupo de empresas se não tiver a sensibilidade e capacidade de respeitar o MANIFESTO, IDENTIDADE, PROPÓSITO, MISSÃO, COMPROMISSOS E VALORES de cada uma das MARCAS. Se assim não for, certamente jogará dinheiro fora. 10 – COR NÃO É TUDO, E NÃO É, MENOS AINDA, QUASE TUDO. MAS É IMPORTANTE Como faz todos os anos, o PCI – PANTONE COLOR INSTITUTE acabou de anunciar a cor do ano de 2023: VIVA MAGENTA. “Uma cor fora do convencional, para tempos fora do convencional. Resulta de uma mistura entre o calor e a vibração do vermelho, com a calma e serenidade do violeta, e é tido como uma cor de equilíbrio, um ponto de encontro entre extremos que muitos acreditam ser uma cor de cura espiritual e mental…”. São raros os casos em que a cor se converte no elemento mais importante de uma marca. Mas, ter uma cor sob medida, que faça sentido e escale o design, a embalagem, eventuais cheiros e aromas, ilustrações, narrativas, é sempre da maior importância. Isso posto, a cor do ano de 2023 segundo a maior autoridade em cores do mundo, a PANTONE, é o VIVA MAGENTA. DRUCKER´S MONTHLY E agora, a lição de PETER DRUCKER deste mês de agosto de 2023.Hoje, nosso adorado mestre e mentor, PETER DRUCKER, tão ou mais que uma lição, faz uma espécie de confissão e desabafo, que todos nós sempre deveríamos considerar. Saber separar sempre O QUE É URGENTE, do QUE É VERDADEIRAMENTE IMPORTANTE. Diz o mestre: “Hoje, quando olho para trás, aos 90 anos de idade, e procedo a uma rápida pesquisa e balanço de minha vida, uma de minhas maiores frustrações, certamente, foi ter priorizado, mais do que gostaria, aquilo que era urgente em vez de aquilo que era importante. E, assim, deixei de escrever alguns livros que deveria ter escrito, e escrevi livros porque eram urgentes, ou ensinei o que era necessário num determinado momento, deixando de lado o que seria essencial cinco anos depois. Assenti em cuidar do imediato, em detrimento do longo prazo. Mas isso só se descobre depois…”. É isso, amigos. Muitas vezes, na pressa, diante da necessidade e da pressão das circunstâncias e dos circunstantes, deixamo-nos conduzir pela pressão e esquecendo de conferir e verificar sobre a importância. Mais que vale a pena sempre parar, tomar um café bem devagarinho, respirar fundo, e refletir sobre nossas últimas decisões.