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Daniel Pink

Daniel Pink é um dos mais criativos e sensíveis pensadores da administração moderna. Do Estado de Ohio, Estados Unidos, da pequena cidade suburbana de Bexley, nasceu no ano de 1964 e concluiu sua carreira acadêmica com o curso de Administração de Empresas da Northwestern University. Autor de duas dezenas de livros de sucesso, muitos deles com reconhecimento e premiação de importante instituições. Dentre esses livros, os que mais gosto são, Free Agent Nation, onde anuncia o Fim dos Empregos, e o início da sharing economy, habitada quase que na totalidade pelos Free Agents, Profissionais Empreendedores. Gosto muito de Drive, onde decifra o que verdadeiramente motiva os profissionais, muito mais que dinheiro. E agora lança seu novo livro, “The Power Of Regret” (O Poder do Arrependimento), como subtítulo, How Looking Backward Moves Us Forward (Como atentando para os recuos que demos, podemos estar impulsionando nossas carreiras e negócios). Concedeu entrevista à Stela Campos, do Valor, onde conta mais detalhes de seu novo livro que muito provavelmente se converterá em novo sucesso. “A ideia do livro – diz Pink nasceu de meus próprios arrependimentos. A pandemia, talvez tenha sido o tempero que faltava… As pessoas revelaram-se profundamente reflexivas e se revelaram abertas para compartilhar…”. – A tese do livro – Pink decidiu pesquisar a força do arrependimento. Foi à luta e realizou uma pesquisa com 16 mil pessoas de 105 países na busca de qual teria sido o maior arrependimento de cada uma delas. Na vida pessoal e profissional. E conseguiu identificar alguns padrões. – A Constatação – O maior dentre todos os arrependimentos das pessoas é o de não terem começado um negócio próprio. Pessoas que se conformaram ou acomodaram em empregos convencionais, sem o menor brilho. Na sequência, pessoas que acreditam terem escolhido a carreira errada, e, finalmente, não terem aproveitado o convívio na empresa para desenvolverem mais e melhores relacionamentos. – O comportamento dos líderes para prevenir e atenuar arrependimentos – Diz, Pink, “Equivocadamente pensamos que quando revelamos nossos arrependimentos as pessoas terão menor apreço por nós. É exatamente o contrário, para elas passamos a valer mais. Assim, compartilhar arrependimentos é uma das melhores maneiras dos líderes criarem afinidade. Por outro lado, escrever sobre arrependimentos também é positivo porque o ato de escrever nos leva a uma reflexão mais profunda e a uma compreensão maior”. – Razões das pessoas terem dificuldade de lidarem com o arrependimento… – “Duas são as principais razões, diz Pink. Primeiro, fomos ensinados que devemos ter apenas emoções positivas – o que é irreal e perigoso – e que ter emoções negativas é um sinal de que existe algo errado conosco. E, segundo, não fomos treinados a responder às emoções negativas, e assim, e quase sempre que se manifestam nos derrubam…”. – Homens e Mulheres – O arrependimento bate diferente em homens e mulheres, segundo Pink. “Homens têm mais arrependimentos relacionados a carreira, e mulheres, a família. Mas, as diferenças foram pequenas…”. E segundo Pink, 4 são os arrependimentos centrais e mais comuns às pessoas: – Não terem sido responsáveis ou prudentes; – Não terem se arriscado; – Terem se comportado mal e procedido de forma contrária a seus valores; – E, relacionamentos rompidos sem chegarem a uma conclusão… No fundo, e a partir desses quatro arrependimentos mais comuns, como se a dizer, “Gostaria de ter mais habilidades, uma nova chance de aprender; de crescer e levar uma vida psicologicamente rica, e de mais bondade e amor…”. Pink terminou sua conversa com Stela confessando seu maior arrependimento, “o de não ter considerado a importância de ter um mentor – por ignorância e burrice minha – e jamais ter admitido que precisava de um. Arrependimento, em italiano Pentimento, é o início de um livro que virou filme maravilhoso, escrito por Lilian Helman. Era a forma como os pintores se comportavam, diante de uma obra que não gostavam, se arrependiam, e pintavam outra por cima. Décadas depois, em processos de restauração, acabava se descobrindo o arrependimento escondido pela nova obra… De certa forma, e em nossas vidas, procedemos da mesma maneira.
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Fake News, manchete do caderno imóveis de Valor

Nem todas as pessoas, por maiores cuidados e advertências, sabem que matérias produzidas por equipes do estúdio comercial das plataformas de comunicação, são publicidade. Que essas aparentes e supostas matérias não fazem parte do editorial. Lembram da música, cantada pelo Quatro Ases e um Coringa, “Eu Vi Um Leão”? A história é a seguinte. No ano de 1930 chega à cidade de Fortaleza um novo funcionário da Alfândega, Ponce de Leon, transferido de Manaus. Grande folião carnavalesco. Em 1936 é eleito, por aclamação, Rei Momo do Ceará. E para o carnaval de cinco anos depois, 1941, é homenageado com uma canção composta por Lauro Maia, cujo título era Eu Vi Um Leão… Na letra: “Hoje eu vi um leão / Leão, leão / Mas não era um leão / Não era um leão / E o que era então? / Não digo, não / Tinha corpo de leão / Tinha juba / Juba de leão / Tinha cara / Cara de leão / Tinha boca de leão / Tinha pata / Pata de leão / Tinha unha / Unha de leão / Tinha cheiro / Cheiro de leão / Tinha ronco / Ronco de leão/ Rooooooommmm!!! / Então era um leão / Não, não era não, / Mas então o que era, / Não digo não / Diga, diga, diga, diga, / Pois era o Ponce de Leão, / Ai, era o Ponce de Leão”. A parte final da música foi mudada e gravada e se tornado em grande sucesso pelo conjunto Quatro Ases e um Coringa. E, na gravação, ficou, “O que era, então, Era a mulher do leão”. A música fez sucesso não apenas no Brasil como em outros países. Voltando ao Valor e seu caderno Imóveis de Valor. A maior parte das pessoas imaginam que seja editorial de verdade, e assim, a manchete, supostamente verdadeira, converte-se em grave Fake News. Diz a manchete: “Em condomínio é o novo objeto de desejo do paulistano…”. E o texto completa, “A busca por condomínios horizontais em São Paulo cresceu 102% entre os 10 primeiros meses de 2021 e o ano inteiro de 2020. Imóveis acima de 300 metros quadrados foram os mais procurados por 59% dos paulistanos… É o que aponta levantamento exclusivo da Datazap+, indicando a preferência dos paulistanos por mais espaço e conforto no pós-pandemia…”, perceberam, 59% dos paulistanos, segundo a aparente matéria editorial, procurando por imóveis acima de 300 metros… Socorro. Valor, em seu publieditorial ou caderno de Branded Content, fez da população de São Paulo, claro, apenas por algumas páginas e minutos, a população mais rica e com maior poder aquisitivo do mundo… Essa falta de cuidado, mesmo em se tratando de caderno publicitário, é inaceitável.
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A voz de sabedoria: Marcilio D´Amico Pousada, RaiaDrogasil

Num momento da história e da vida em que boa parte dos players acreditam serem capazes de fazer e vender tudo para todos, uma luz de sensibilidade e juízo. Em live para o jornal Valor, Marcilio Pousada, CEO da RaiaDrogasil, empresa líder em seu território de atividade, foi enfático e definitivo: “O marketplace RaiaDrogasil não pode ser uma estratégia isolada. Tem que estar ligado à nossa rede de farmácias. E vamos atuar exclusivamente em saúde, bem-estar e beleza. Não vamos entrar em qualquer outro negócio”. Ou seja, RaiaDrogasil, uma organização voltada e comprometida com os três pilares da felicidade, sob o aspecto do físico e da aparência, saúde, bem-estar e beleza. Além de continuar investindo em novas farmácias Brasil adentro, a RaiaDrogasil seguirá com o objetivo de continuar abrindo 240 novas farmácias/ano até 2025, quando então pretende alcançar a casa de 3,5 mil farmácias. E, em paralelo, e como os espaços das farmácias são limitados, pretende ter em toda a farmácia um terminal para compras dos demais produtos que não “cabem” nas farmácias dentro desses três territórios. Para posterior entrega na casa dos clientes. Hoje, no marketplace especializado RaiaDrogasil, estão expostos e à venda 60 mil produtos, com a adesão de 200 sellers – vendedores. Se faltava um exemplo de sensibilidade e juízo, nesse vendaval de sandices e insanidades, a RaiaDrogasil é o exemplo que todos procuravam. Consciência de foco. Consistência de posicionamento. Repetindo, e como disse Marcilio Pousada, CEO da RaiaDrogasil, “E vamos atuar exclusivamente em saúde, bem-estar e beleza. Não vamos entrar em qualquer outro negócio”. Thanks God!
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Abril 2022

BUT – BUSINESS TRENDS 03/2022 – ABR/2022 Síntese mensal das principais movimentações, acontecimentos e registros no ambiente de negócios do Brasil e do mundo. Um trabalho de pesquisa, coleta de dados, análises e reflexões da equipe de consultores do MadiaMundoMarketing – a única empresa de consultoria em todo o mundo que tem em seu DNA a ideologia da Administração Moderna, o Marketing. Sempre sob a orientação e mentoria do maior dos mestres da gestão e dos negócios, PETER FERDINAND DRUCKER. 1 – RESSUSCITAÇÃO, EM BUSINESS, É POSSÍVEL? Não, uma impossibilidade absoluta. Mas, como toda a regra tem exceção, vale a pena acompanhar e conferir. Durante meses, um recém-nascido, com poucos anos de vida, assumiu a liderança do mercado imobiliário do País. A PDG. No final de 2017 deu seu último suspiro, ingressou em estado dramático na UTI dos negócios, e, aparentemente, alcançou a tal da morte cerebral, a que verdadeiramente conta. Anos atrás, no início da década passada, era a empresa que mais brilhava. Fundada em 2003, lançou 709 projetos, 155 mil unidades habitacionais, alcançou a liderança de mercado em 2010 e chegou a manter simultaneamente 285 canteiros de obras. E, a partir desse cume, foi degringolando, perdendo o controle, caminhando em direção ao mais fundo do abismo. No final, tinha pendência ainda com 17 empreendimentos. Conseguiu compor-se com oito durante todo o processo de recuperação judicial, e agora segue em negociações finais com os nove restantes. E as perspectivas de resolver essas questões, em determinados mercados como o do RIO DE JANEIRO, agravaram-se, onde o preço dos imóveis literalmente veio a baixo praticamente eliminando qualquer possibilidade de composição. Em alguns empreendimentos, o preço hoje é a metade do momento em que foram lançados e comprados. Falando à ISTOÉ DINHEIRO, AUGUSTO REIS, CEO da PDG, pontua a empresa, no final de 2021, “Tivemos, inicialmente, de estancar a grave crise, realizando ajustes internos, promovendo duras negociações com credores e fornecedores. Tudo na tentativa de estabilizar a empresa e garantir sua sobrevivência… Agora, o desafio é retornar a atividade operacional e voltar a crescer…”. Se tudo der certo, e a PDG conseguir uma sobrevida, será como se nascesse, novamente. E assim, a volta será engatinhando. Para quem chegou a ter um VGV de uma dezena de bilhões de reais, se tudo der certo, repetimos, recomeça com um lançamento no bairro do TATUAPÉ, em São Paulo (SP), num dos terrenos que sobraram, torre única, com unidades de dois ou três dormitórios, e um VGV de R$ 60 milhões… Mas, e repetimos, se tudo der certo… 2 – CRISTO REDENTOR, BRAÇOS ABERTOS SOBRE A GUANABARA AOS 90 ANOS DE IDADE E aí, o CRISTO REDENTOR comemorou 90 anos e recebeu uma mensagem do PAPA FRANCISCO, no dia 12 de outubro, uma terça-feira. Mensagem enviada ao cardeal ORANI JOÃO TEMPESTA, arcebispo do RIO DE JANEIRO. Onde diz: “Esta imagem, com seus braços abertos num incessante apelo à reconciliação, retrata o convite à fraternidade que Nosso Senhor lança à cidade e a todo o País. Para que seja formada uma comunidade onde ninguém se sinta sozinho, indesejado, rejeitado, ignorado ou esquecido e onde todos se empenhem por um mundo mais justo, mais solidário e mais feliz”. O CRISTO REDENTOR é propriedade reconhecida da ARQUIDIOCESE DE SÃO SEBASTIÃO DO RIO DE JANEIRO, que responde por sua conservação e manutenção. Hoje CRISTO REDENTOR é uma importante fonte de arrecadação de recursos para obras e iniciativas ligadas a Arquidiocese. Sob a responsabilidade do padre OMAR RAPOSO, reitor do SANTUÁRIO CRISTO REDENTOR que se declarou, ao jornal O GLOBO: “Alinhado à defesa do PAPA FRANCISCO, de uma economia socialmente justa, economicamente viável. Ambientalmente sustentável e eticamente responsável…”. Nesse sentido, e para apoiar obras dentro do espectro da Igreja, hoje existe um FUNDO DE INVESTIMENTO do CRISTO REDENTOR, com registro na CVM, e que já conta com R$ 30 milhões de 26 cotistas. Segundo o padre OMAR RAPOSO, da TAXA DE ADMINISTRAÇÃO do fundo, 80% serão destinados às obras sociais. Mas o padre gestor anuncia para brevemente a criação da criptomoeda de Cristo, assim como já, por iniciativa do padre, licenciou a marca REDENTOR para uma cachaça. Segundo o padre, a inspiração em licenciar a cachaça decorre de uma brincadeira feita pelo PAPA FRANCISCO que disse sobre os brasileiros: “Vocês não têm salvação, é muita cachaça e pouca oração”. E aí, explica o padre: “A cachaça é uma bebida genuinamente nacional. Existe um contexto e o produto precisa seguir critérios estéticos e sacros que, e segundo ele, já levou uma garrafa de presente ao Papa. Cachaça Redentor fabricada em Quissamã, pelos 7 engenhos…” Estudo realizado pela FGV concluiu que o CRISTO REDENTOR é responsável por movimentar mais de R$ 1,4 bilhão na economia por ano e por gerar e manter 22 mil empregos diretos e indiretos, em 68 setores de atividades. Esse elevado valor parte do seguinte raciocínio: a existência do CRISTO faz com que os turistas que visitam o RIO permaneçam, no mínimo, um dia a mais para visitar a imagem… PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE e uma das maravilhas do mundo moderno… 3 – FAÇAM O QUE EU DIGO, NÃO FAÇAM O QUE EU FAÇO Está lá, na Bíblia Sagrada, Mateus 23, Jesus, diz: “Os mestres da lei e os fariseus se assentam na cadeira de Moisés. Obedeçam-lhes e façam tudo o que eles lhes dizem. Mas não façam o que eles fazem, pois não praticam o que pregam”. Essa é a melhor tradução e retrato dos dias que vivemos, e em especial da patética COP 26. Enfiam o dedo na cara do Brasil, cobram a todos nós pela devastação da floresta, e pela emissão de carbono. São ótimos, cínicos, canalhas para cobrar. Mas fazer, não só não fazem como ignoram e tripudiam. A emissão de gás carbônico não para de crescer. E o culpado, definitivamente, não é o Brasil. O maior poluidor do mundo é a CHINA, com 28% do total das emissões globais. Em segundo lugar, os ESTADOS UNIDOS, que ocuparam a primeira posição durante 160 anos, e hoje perdem para a CHINA. Os ESTADOS UNIDOS respondem por 15% das emissões. E depois, e na sequência, vêm: ÍNDIARÚSSIAJAPÃOIRÃALEMANHAINDONÉSIACOREIA DO SULARÁBIA SAUDITACANADÁÁFRICA DO SULe o BRASIL aparece na 13ª posição. Mas, pelo destaque que a maior parte da imprensa nacional garante e dá, ficamos com a sensação de sermos os maiores poluidores do mundo.Até quando vamos conviver com essa injúria, calúnia, difamação? Para que se tenha uma ideia do absurdo que é vendido pela imprensa brasileira aos brasileiros, os três maiores poluidores do mundo, CHINA, ESTADOS UNIDOS e ÍNDIA, recusam-se a conversar sobre qualquer tentativa de reduzir-se a emissão de carbono. Mas, para os idiotas do Brasil, somos os culpados. Um dos poucos países que preservou mais, ou destruiu menos, suas florestas. Como lembra com incomum propriedade, o jornalista JOSÉ ROBERTO GUZZO: “A conferência mundial do clima não é apenas um fracasso, mas uma exibição incomparável de hipocrisia, vigarice e arrogância de país rico. A realidade é que os grandes geradores de poluição recusam-se a poluir menos, não abrindo mão de seus hábitos de consumo e bem-estar. Só o Brasil precisa ser parado. Porque produz carne demais, soja demais, comida demais, e isso vai acabar com o planeta…”. Lembrando, a CHINA emite 10 bilhões de toneladas de gás carbônico/ano. Os Estados Unidos, 5,2 bilhões. A Índia 2,6 bilhões. A Rússia, 1,6 bilhão. O Japão 1,1 bi. E o Brasil, na 13ª posição, menos de 500 milhões. Mas, o Brasil é o culpado. E, pior, a imprensa brasileira sabe-se lá por quais razões enfia a carapuça e nos asfixia de culpa. Inacreditável! Chega de patifaria. 4 – NASCE UM BIG PLAYER O novíssimo negócio de carro por assinatura acaba de ganhar um BIG PLAYER.  Uma joint venture entre PORTO SEGURO e COSAN que, e segundo as partes, nasce lastreado em “fortes sinergias”, segundo declarações do presidente da COSAN, ROBERTO SANTOS. O business é batizado de CARRO FÁCIL, incorpora o braço de assinaturas já existente da PORTO SEGURO e a COSAN entra com um investimento de R$ 300 milhões. Explicando as “tais sinergias”, ROBERTO disse: “As duas empresas são muito fortes em mobilidade. A PORTO foi a pioneira em assinaturas de automóveis em 2016, e desde então o negócio tem crescido muito. Assim, chegou a hora de somar forças.” A soma, segundo PORTO SEGURO e COSAN, acontecerá em três etapas. Na primeira, foco total no negócio de assinatura.  Na segunda, gestão de frota de  veículos leves e pesados. E, na terceira, locação. 5 – PÉS, MÃOS, CABELOS, PELE, E, AGORA, A CABEÇA Muito brevemente, em todos os shopping centers do País, que como temos comentado com vocês, vão virar LIVING CENTERS, além dos tradicionais espaços para tratar dos pés, das mãos e dos cabelos, agora, espaço para o tratamento da cabeça, das emoções. A iniciativa pioneira é da MULTIPLAN, em seu shopping center de RIBEIRÃO PRETO (SP). A nova empresa foi batizada de MULTISER, e que tem como positioning statement: “o primeiro centro de gestão da emoção”. O comando da operação é do psiquiatra e escritor AUGUSTO CURY, tem 500 metros quadrados de área e nove salas de atendimento, mais uma sala interativa para até 70 lugares. Mais mezanino e praça de convivência. Equipamento obrigatório, daqui para frente, e na medida em que os SHOPPINGS vão deixando de ser SHOPPINGS e vão se convertendo em LIVING CENTERS. 6 – A FANTASMIZAÇÃO DO MERCADO IMOBILIÁRIO CORPORATIVO DA CIDADE DE SÃO PAULO Conforme mais que previsto, aconteceu. E vai agravar-se ainda mais. A pandemia era o vendaval que faltava para assoprar de vez as empresas na direção de repensar suas estruturas e espaços. Ainda muito distantes do fundo do poço, o abandono e esvaziamento de imóveis comerciais na cidade é, simplesmente, devastador. Algumas das principais ruas com esses imóveis, hoje, tem quase a metade dos espaços vazios. Os números médios e no geral são os seguintes, e que foram aferidos em pesquisa realizada pela CANUMA CAPITAL. No universo de escritórios da cidade de São Paulo, a vacância comprovada no terceiro trimestre de 2021 foi da ordem de 22,7% e segue crescendo. No final de 2019, antes da pandemia, a vacância era de 8,9%. Detalhando a pesquisa, e procurando traduzir da forma mais precisa possível essa nova e desafiadora realidade, MARCELO VAINSTEIN, sócio e fundador da CANUMA, explicou: “No ano de 2019 os melhores prédios de São Paulo tinham 160 mil metros quadrados de área em oferta. Hoje são 477 mil, e, crescente…”. Semanas atrás, numa reunião com um querido amigo, mestre e líder absoluto em prestação de serviços de INTELIGÊNCIA COMERCIAL, os consultores da MADIA ouviram o seguinte depoimento: “Há um ano decidimos partir para o que chamaria de uma SHR – SOLUÇÃO HÍBRIDA RADICAL. Nossa empresa, com mais de 100 profissionais, ocupava três andares num prédio da BERRINI. Isso representava custos diretos e indiretos/ano superiores a R$ 1 milhão. Decidimos entregar todos os imóveis, todos se equiparam e trabalham de casa. E alugamos uma sala num prédio de escritórios compartilhados. Isso nos dá direito a sempre que precisarmos, de alugarmos, também, por horas, salas de reuniões de diferentes tamanhos. Assim, hoje trabalhamos da seguinte maneira. Uma reunião semanal presencial de diretoria, e uma mensal com a equipe. Tudo o mais acontece a distância. Todos estão mais felizes, produzem mais e melhor, as reuniões são no mínimo o dobro mais ricas e criativas, e estamos economizando – embora essa não fosse a razão – mais de R$ 800 mil/ano…”. Deu para entender? Deu para entender porque não existe volta ou retorno à situação anterior à pandemia…???!!! 7 – FAKE NEWS, MANCHETE DO CADERNO IMÓVEIS DE VALOR Nem todas as pessoas, por maiores cuidados e advertências, sabem que matérias produzidas por equipes do estúdio comercial das plataformas de comunicação, são publicidade. Que essas aparentes e supostas matérias não fazem parte do editorial. Lembram da música, cantada pelo QUATRO ASES E UM CORINGA, “EU VI UM LEÃO”? A história é a seguinte. No ano de 1930, chega à cidade de Fortaleza (CE) um novo funcionário da Alfândega, PONCE DE LEON, transferido de Manaus (AM). Grande folião carnavalesco. Em 1936 é eleito, por aclamação, REI MOMO DO CEARÁ. E, para o Carnaval de cinco anos depois, 1941, é homenageado com uma canção composta por LAURO MAIA, cujo título era EU VI UM LEÃO… Na letra, “Hoje eu vi um leãoLeão, leãoMas não era um leãoNão era um leãoE o que era então?Não digo, nãoTinha corpo de leãoTinha jubaJuba de leãoTinha caraCara de leãoTinha boca de leãoTinha pataPata de leãoTinha unhaUnha de leãoTinha cheiroCheiro de leãoTinha roncoRonco de leãoRooooooommmm!!!Então era um leãoNão, não era não,Mas então o que era?Não digo, nãoDiga, diga, diga, diga,Pois era o Ponce de Leão,Ai, era o Ponce de Leão”A parte final da música foi mudada, gravada e se tornou um grande sucesso pelo conjunto QUATRO ASES E UM CORINGA. E, na gravação, ficou: “O que era, então,Era a mulher do leão”.A música fez sucesso não apenas no Brasil como em outros países… Retornando ao VALOR e seu caderno IMÓVEIS DE VALOR. A maior parte das pessoas imagina que seja editorial de verdade, e assim, a manchete, supostamente verdadeira, converte-se em grave FAKE NEWS. Diz a manchete: “CASA EM CONDOMÍNIO É O NOVO OBJETO DE DESEJO DO PAULISTANO…” E o texto completa: “A busca por condomínios horizontais em São Paulo cresceu 102% entre os 10 primeiros meses de 2021 e o ano inteiro de 2020. Imóveis acima de 300 metros quadrados foram os mais procurados por 59% dos paulistanos…”. É o que aponta levantamento exclusivo da DATAZAP+, indicando a preferência dos paulistanos por mais espaço e conforto no pós-pandemia…”. Perceberam, 59% dos paulistanos, segundo a aparente matéria editorial, procurando por imóveis acima de 300 metros… SOCORRO. VALOR, em seu publieditorial ou caderno de BRANDED CONTENT, fez da população de São Paulo, claro, apenas por algumas páginas e minutos, a população mais rica e com maior poder aquisitivo do mundo… Essa falta de cuidado, mesmo em se tratando de caderno publicitário, é inaceitável. 8 – O REPOSICIONAMENTO RADICAL E COMPLETO DO GRUPO ACCOR ROBERTA VERNAGLIA, está há oito anos no GRUPO ACCOR. Hoje é vice-presidente de marketing e estratégia digital do grupo na América do Sul. Nos últimos anos, o GRUPO ACCOR – empresa líder global em hospitalidade – já vinha passando por um reposicionamento radical. E que, e com a pandemia, acelerou. Em entrevista à TAIS FARIA de MEIO & MENSAGEM, ROBERTA detalhou esse reposicionamento e que agora compartilhamos as principais mudanças com os devidos comentários. – O GRUPO ACCOR – diz, ROBERTA, “Tem mais de cinco mil hotéis em todo o mundo. Mas, e não apenas, hotéis. Temos diversificado nossa atividade agora incluindo bares, restaurantes e outros negócios. Nosso portfólio hoje é constituído por 40 marcas globais. ACCOR segue sendo o nome do grupo, mas, no ano de 2019, adotamos uma nova denominação, ALL – ACCOR LIVE LIMITLESS – e que passa a ser nossa marca B2C, além de rebatizar nosso programa de loyalty. Deixa de ser LE CLUB ACCOR HOTELS, e converte-se em ACCOR LIVE LIMITLESS. O LIMITLESS – sem limites ou fronteiras – na medida em que a ACCOR não mais se limita a quartos e hotéis. Estamos oferecendo uma infinidade de experiências e esse é o universo da ALL – ACCOR LIVE LIMITLESS. Bares, restaurantes, vida noturna, wellness com spas, coworking, e muitas outras iniciativas mais…”. – OFERECER SEGURANÇA DIANTE DE UM AMBIENTE, AINDA, DE INSEGURANÇA “Flexibilidade é outro ponto da maior importância. Garantir que o cliente tenha segurança por conta de toda a parte de biossegurança, claro, mas também a segurança de poder mudar de planos. Com tamanha instabilidade nos últimos tempos, é importante garantir ao cliente no caso de eventual necessidade de mudanças de planos que possa fazê-lo. Precisamos adaptar nossas ofertas para adequá-las a este momento tão específico que estamos vivendo…”. – 2022 “Depois de um momento peculiar, com os hotéis fechados, onde todos os players sofreram muito, nosso maior desafio é, de um lado, colocar as viagens como um sonho possível, e, em paralelo, e na medida em que a ocupação cresce, acelerar no processo de treinamento dos times. Garantindo o padrão ACCOR de entregas. Estamos otimistas, um bom terceiro trimestre, um quarto surpreendente. Assim, nosso foco é garantir a todos os nossos hóspedes os produtos certos e bem comunicados. O que mudou na jornada do viajante pós-pandemia, e o que é relevante e conta, daqui para frente, para nossos clientes…”. Dois comentários. Sensacional o reposicionamento do GRUPO ACCOR para ALL – ACCOR LIVE LIMITLESS – e muito decidida e corajosa a postura do grupo no processo de retomada das atividades. A única observação é que ao adotarem o tudo, ou, o limitless, assumem um compromisso mais que desafiador de ser cumprido. Mas, devem ter discutido esse tema exaustivamente, e sentindo-se seguros, adotaram esse novo POSITIONING STATEMENT. 9 – AS ÚLTIMAS DÉCADAS DA AGROPECUÁRIA DE GRANDES EXTENSÕES DE TERRA, OU, O QUE VAMOS FAZER COM NOSSAS TERRAS Semanas atrás a JBS comprou a startup espanhola BIOTECH FOODS. Dando sequência a seus planos de assumir a liderança do território da chamada CARNE CULTIVADA, isso mesmo, como se fosse uma planta. Mas, é carne! Mesmo ainda não conseguindo a chamada escala comercial, a CARNE CULTIVADA é mais que uma certeza e vem atraindo investidores de diferentes territórios e em todo o mundo. Dentre outros, personalidades como BILL GATES, RICHARD BRANSON, LEONARDO DI CAPRIO. A JBS é hoje a maior indústria global da chamada carne bovina, com um faturamento, em 2021, muito próximo dos US$ 70 bilhões. Falando à imprensa a propósito do investimento e aquisição, EDUARDO NORONHA, executivo responsável pela área de inovação da JBS e que já provou o hambúrguer da BIOTECH FOODS e mais que aprovou, disse, “é exatamente a mesma coisa que um hambúrguer de carne”. Como sempre, o maior desafio de uma inovação como essa é alcançar uma escala econômica. A preços de hoje, o quilo de um produto como esse não sai por menos de US$ 600. Mas, e há 10 anos, quando um primeiro lote foi produzido, o custo de 1 quilo era da ordem de US$ 280 mil. Isso posto, precisamos decidir com urgência o que faremos com nossa imensidão de terras, a partir de 2030/2040… 10 – CENAS DO PASSADO, NO PRESENTE, OLHANDO PARA O FUTURO Não tem jeito. Leva tempo, e muitas vezes é quase impossível, para empresas e empresários, conviverem e aceitarem uma nova realidade. Ainda é comum assistirmos discussões infindáveis no plano de negócios que estão sendo atacados pelo digital 24X24X12. Como acontecia no passado, onde as pessoas brigavam no corpo a corpo, e, um dia assustaram-se com índios que venciam batalhas disparando flechas a distância. No ESTADÃO, entrevista de ROLF BUDDEMEYER na seção PRIMEIRA PESSOA. ROLF comanda o conselho da tradicional e respeitada fabricante de roupas de cama, mesa e banho BUDDEMEYER. ROLF fala do desafio que é manter lojas nos shopping centers, muito especialmente em decorrência da devastação provocada pela pandemia. E anuncia os planos de sua empresa de ter mais lojas de rua. Diz ROLF, “Vamos continuar ampliando nossa rede de lojas, mas substituindo unidades de shoppings por lojas de rua em função dos custos. A correção do aluguel foi muito forte e, por mais que se negocie, é difícil para os shoppings abrirem mão do que se encontra nos contratos. Hoje temos 14 lojas sendo oito em shoppings. Das oito, vamos levar duas para as ruas.” E ROLF justifica, “Ainda que o custo da operação na rua seja maior – tem de ter mais segurança, por exemplo –, corresponde a 35% do total de uma loja de shopping. É claro que a loja de rua demora mais tempo para fixar ponto. Em shopping, em dois anos você está estabelecido. Na rua, são três ou quatro. O difícil da rua é achar o ponto, mas ainda vale a pena”. Com total respeito, nós, consultores da MADIA, discordamos. Em primeiro lugar, e na entrevista, ROLF esqueceu-se dos chamados “índios”, o tal do comércio eletrônico, as vendas pela internet, que mereceriam alguma consideração e atenção maior pela empresa. E, em segundo lugar, existem shoppings e shoppings e ruas e ruas, e o desafio é rigorosamente o mesmo. A qualidade da escolha do ponto – em shoppings ou em ruas. O que importa não é o percentual de custo de uma loja em shopping ou na rua. É o resultado que deixa, independente do custo. DRUCKER´S MONTHLY Chegamos ao final desta edição com a oração e aprendizado deste mês, segundo nosso adorado mestre e mentor PETER DRUCKER.         Quando já tinha cruzado os 80 anos, e olhando para frente, DRUCKER se perguntou e perguntou a todos nós, diante dos 40 anos a mais de vida que todos ganhamos, com raras exceções, nos últimos 100 anos, se tínhamos consciência dessa realidade, e se estávamos preparado para. Disse: “O que fazer com a segunda metade de nossas vidas? CLAUDE MONET, o maior dos impressionistas, ainda pintava obras-primas aos 80 anos e trabalhava 12 horas por dia apesar de já ter perdido a visão quase que por completo; PABLO PICASSO, o maior dos pós-impressionistas, pintou da mesma forma até morrer aos 90 e, aos 70, partiu para um novo estilo. O violoncelista PABLO CASALS programou-se para tocar uma nova peça musical e o fez no próprio dia de sua morte aos 97 anos”. Hoje, esse pensamento e reflexão é da maior importância, na medida em que caminhamos de forma consistente para ultrapassarmos a barreira dos 100 anos, e quem sabe, mais adiante, o ser humano caminhe para a imortalidade…
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Estadão na liderança…

A grosso modo, de mais de três dúzias de importantes jornais impresso, do Brasil, sobraram quatro. Estadão, Folha, e O Globo. E no território específico dos negócios e do dinheiro, Valor. Há 40 anos, quando nasceu o MadiaMundoMarketing, todos os dias de manhã sobre a mesa de nossos consultores uns 10 jornais dos estados mais do Centro e Sul do Brasil. E no início da tarde, chegavam os do Norte e Nordeste, que nosso motoboy na época, o Vanir, ia retirar numa banca na Praça da República. Tínhamos na Madia, naquele momento, uma área de clipping com três pessoas lendo e recortando jornais o tempo todo. E no Brasil, 1980, e seguramente, mais de 30 jornais de peso e qualidade. Todos os do Diários  Associados. Mais o Estadão, Folha e O Globo. O Estadão tinha um irmão mais novo e moderno, o Jornal da Tarde, a Folha dois ou três, idem O Globo, mais Zero Hora, Correio do Povo, Diário Catarinense, A Tarde, Diário de Pernambuco, O Povo, Gazeta do Povo, Estado de Minas…  Os maiores estados e suas capitais tinham, no mínimo, três jornais. E minha cidade, Bauru, três! A grosso modo sobraram, de verdade, entre seis e 10. E, dentre os 10, a briga para ver quem derrete mais lentamente dentre os três principais: O Globo, Folha ou Estadão. Longe dos consultores da Madia torcer pelo desaparecimento dos três. Se acontecer, quando acontecer, para nós, uma perda irreparável. Continuamos assinando os três mais Valor, e todas as principais revistas que sobreviveram. No meio do ano passado, o Estadão, comemorou ter assumido a liderança entre os três principais jornais do país: Estadão, Folha e O Globo. Segundo dados divulgados pelo IVC, Instituto Verificador de Circulação, o Estadão apresentou uma circulação média de 89,2 mil exemplares em maio, contra 88,2 mil de O Globo, e 70,1 mil da Folha. Assim, tinha fundadas razões para comemorar. Mesmo tendo naquele momento uma circulação 30% do que teve um dia, reconquistara a liderança. Claro no impresso, onde são, os jornais e em papel, de verdade. Mas, e mesmo assim, a plataforma de informação e comunicação, jornais impressos, a situação é, simplesmente, desesperadora. Todos os dias perdem milhares de reais a cada nova edição que mandam para a casa dos assinantes, e para as bancas… Onde permanecem, aos montes, encalhados, e não compensando nem mesmo serem recolhidos de volta. Hoje são vendidos para uma triste utilização para uso de alguns dos melhores amigos dos homens e das famílias, pequenos animais domésticos, muito especialmente, os cães. Apenas lembrando, o Estadão comemorava naquele momento seus quase 90 mil exemplares de circulação. Vamos apenas recordar os números de dezembro de 2014. Estadão: 163.314 exemplares; O Globo: 204.780 exemplares; Folha: 211.933 exemplares. O Globo e a Folha viram suas circulações caírem em mais de 60% em seis anos. O Estadão, em quase 50%. Mas, e de qualquer maneira, o Estadão saiu da terceira para a primeira posição. Merecidos parabéns, mais que pela recuperação da liderança, pela resiliência. O Estadão, pela tradição, marca e relação consistente com seus assinantes e leitores, é, sem a menor dúvida, quem resiste mais à derrocada, dentre os impressos. De qualquer maneira, a situação de todos, é, simplesmente, desesperadora… A velocidade da queda vem sendo a seguinte: O Globo, de dezembro 2014 para maio 2020: 284 mil, 220 mil, 201 mil, 156 mil, 138 mil, 140 mil, e agora, 88 mil. Folha, 211 mil, 175 mil, 145 mil, 121 mil, 103 mil, 86 mil, e agora, 70 mil. E, Estadão, 163 mil, 149 mil, 126 mil, 114 mil, 107 mil, 97 mil, e agora, 89 mil. Os leitores do Estadão, pela velocidade da queda, de longe, são os mais leais ao jornal. E a grande derrocada é a da Folha. Viu sua circulação reduzir-se a 1/3 do que era seis anos atrás. Assim, e a partir de agora a Folha só revela sua circulação no digital.  E todos sabem o que é a tal de circulação no digital… É isso amigos. Infelizmente, estamos nos despedindo dos jornais impressos. Assim como um dia começamos a nos despedir das revistas. De uma editora Abril que nos tempos de esplendor e sucesso chegou a ter 300 revistas, e foi vendida por dinheiro de pinga – considerando-se o que um dia chegou a valer – com meia dúzia de revistas agonizantes… Nada é para sempre.
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Valor, 20 anos depois

Em meio a maior crise das últimas décadas, a maior depois da 2ª Grande Guerra, a do Covid-19, o jornal Valor comemorou seus primeiros 20 anos de existência. E, para tanto, imprimiu toda sua edição de sábado/domingo e segunda-feira, dias 2,3, e 4 de maio, em papel couché fosco de dupla gramatura. Mas, sem muitas comemorações. Como dizia a música de Ivan Lins por outras razões e motivos, “os tempos eram assim…”. Mais que merecia, mas, os desafios da “CoronaCrise”, mais que atrapalharam a mais que merecida comemoração. Mais, mais, mais… Menos. Quando chegou, o principal dos jornais desse território, a Gazeta Mercantil encontrava-se agonizante. E assim seguiu durante esses 20 anos… E depois do fim da Gazeta Mercantil, sem nenhum concorrente específico. Mas com muitos concorrentes genéricos, na medida em que os principais jornais do país, todos, passaram a ter cadernos de economia e negócios. Todos, sem exceção. Na edição comemorativa, Valor não retornou ao início, apresentou um gráfico sobre a evolução da circulação. Restringindo-se aos últimos 5 anos. Em 2015, Valor registrou uma circulação média no impresso de 41.431 exemplares, e no digital, de 18.291. O digital, como de certa forma vem acontecendo com todas as demais plataformas de comunicação, cresceu em todos esses 5 anos. Saltando dos 18 mil de 2015, para 24 mil em 2016, 26 mil em 2017, 57 mil em 2018, 70 mil em 2019, e neste momento, 2020, uma circulação de 81 mil exemplares… Já no papel, no analógico, vem caindo. Dos 41 mil e 2015, para 36 mil 2016; 31 mil 2017; 30 mil 2018; 27 mil 2019; e, 25 mil neste ano de 2020. Originalmente Valor era uma parceria entre o Grupo Globo e o Grupo Folha. No dia 13 de janeiro de 2016, os dois grupos sócios em Valor anunciam a venda da participação da Folha para O Globo. E agora, meses atrás, em plena pandemia, e comemorando seu 20º aniversário, a diretoria de redação do jornal assim se posicionou, “Registramos com os jornalistas isolados em suas residências e com a mesma incredulidade das pessoas em todo o mundo, essa avassaladora pandemia e suas consequências. Contamos, consternados, as mortes, as dificuldades de nosso sistema de saúde, a queda abrupta da renda das pessoas, as crises em muitas empresas cujas histórias de expansão acompanhamos, a brutal destruição de riquezas e as muitas manifestações de solidariedade. Nunca as histórias que contamos foram tão tristes em seu conjunto, mas nunca, nesses vinte anos, nosso trabalho deixou de levar informações aos leitores das mais relevantes”. Assim, e em nosso nome, consultores da Madia, e de todos os empresários, profissionais e estudantes empreendedores do Brasil, Parabéns, Valor, pelo Valor inestimável que tem agregado às nossas vidas, empresas, conhecimento. Ainda que não possamos neste momento, nem ajudá-lo a apagar as 20 velas, nem cortar o bolo, e nem mesmo brindarmos com uma taça de champanhe. Independente dos desafios do momento, Mais que Valeu, Valor!