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O fim da sétima arte

Em artigo carregado de emoção e fortes sentimentos, Martin Scorsese, apontado em pesquisa como o nono maior diretor de cinema de todos os tempos, de certa forma, faz uma espécie de necrológio da chamada sétima arte. O Cinema, como arte, deixa de existir, dando lugar à, e, exclusivamente, diversão. Scorsese nasceu no Queens, Nova York, no dia 17 de novembro de 1942. Já fez de tudo no cinema – produtor, roteirista, ator, e consagrou-se como diretor. Em 2011, e em pesquisa realizada pelo The Guardian, foi considerado o segundo maior diretor de cinema vivo, atrás apenas de David Lynch. Descendente de sicilianos, acompanhou, como rato de cinema que era, todo o eclodir da Nouvelle Vague, do realismo italiano, e, em um artigo no Le Monde Diplomatique, coberto de razões, declara terminada a sétima arte, o cinema como manifestação artística, que acabou sucumbindo e naufragando diante de todos os novos formatos em que se inserem mensagens e narrativas, através de som e imagem. No final de seu artigo, onde finaliza seu diagnóstico, talvez autópsia, Scorsese diz: “Tudo mudou – tanto o cinema quanto a importância que lhe é dada em nossa cultura. Assim, não é de espantar que artistas como Godard, Bergman, Kubrick e Fellini, que outrora reinaram como deuses da sétima arte, com o tempo acabaram nas sombras da memória. No ponto em que chegamos não há como garantir o que quer que seja. Não há como confiar à indústria do cinema a guarda do cinema. Hoje deixa de existir o cinema e prevalece o divertimento visual. O verdadeiro cinema, obra de arte, é esmagado e desaparece nas plataformas de streaming. Assim, só nos resta reprocessar e redefinir nossas emoções. O que é cinema, e o que não é cinema. E rever a obra de Federico Fellini pode ser um ótimo exercício. Pode se dizer muitas coisas sobre seus filmes, mas uma coisa é certa: são cinema. Federico Fellini percorreu um longo caminho para alcançar a posição de obra de arte …”. E aí fica a pergunta, diz: “como qualificaremos ou definiremos obra de arte daqui para frente? Recorro à sabedoria universal contemporânea, mais conhecida como Wikipedia”, diz, Scorsese: “Obra de arte é toda a obra criada ou avaliada por sua função artística ao invés de prática. E por função artística, se entende a representação de um símbolo, do belo. Apesar de não ser esse seu principal objetivo, uma obra de arte pode ter utilidade prática. Pode consistir num objeto, composição musical, arquitetura, pintura, texto, apresentação, filme. No entanto, o que é considerado uma obra de arte depende do contexto histórico e cultural, e do próprio significado de arte…”. Nesse sentido, e considerando-se o novo contexto, o cinema como arte morreu. Ou no mínimo, e sabe-se lá por quanto tempo, permanecerá hibernado. Nesse sentido, Scorsese tem razão.
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 17/02/2022

O FIM DO CINEMA COMO ARTE. COMO A “SÉTIMA ARTE”. Você concorda? É o que afirmou, em artigo, um dos maiores diretores de cinema de todos os tempos, MARTIN SCORSESE.
Negócio

O dia em que o lobo de Wall Street foi a Gramado

Jordan Belfort agora é palestrante. Muitos de vocês conheceram sua história. Está no filme de Martin Scorsese, interpretado por Leonardo Di Caprio, “O Lobo de Wall Street”. No final dos anos 1980, criou a Stratton Oakmont, onde se tornou milionário vendendo ações de pequenas empresas de baixo valor de mercado a pessoas que não resistem a uma suposta boa oportunidade. Em 1986 teve que prestar contas à justiça, a empresa foi fechada, e Jordan ficou quatro anos atrás das grades. No ano retrasado, com 58 anos de idade, veio ao Brasil para um evento na cidade de Gramado(RS). No evento batizado de Gramado Summit, no dia 30 de setembro, falou aos que queriam aprender com ele, O Lobo de Wall Street, sobre a ciência e arte de vender. No programa, Imersão em Vendas, e dentre outras lições, Jordan falou sobre voz, linguagem corporal, como conquistar clientes em quatro segundos, os três aspectos fundamentais para se conquistar a confiança dos clientes, o sistema de vendas em linha reta, e a importância de se compreender e respeitar o contexto de cada venda. No mesmo dia concedeu entrevistas à imprensa, e compartilhou algumas de suas vivências e aprendizados. A propósito, segue sendo um homem rico, com os direitos autorais de seu livro que continua vendendo, mais os royalties do filme, e com palestras. Agora, compartilhamos com vocês, algumas das lições do Lobo de Wall Street… Se o mercado de ações de hoje é igual o da época do Lobo de Wall Street? “Não, bem diferente, depois de tudo o que aconteceu, e até mesmo em decorrência do filme. Mas, na época, a chamada correção política não prevalecia. Os corretores, garotas e garotos eram jovens, bonitos, exalando sexualidade, e consumindo drogas como se fosse água… Rolava sexo o tempo todo. Sexo e drogas. Cocaína de dia e durante o expediente, e pílulas à noite…”.Sobre, como escapar de golpes no mercado de ações em quatro lições: Número um, “se o negócio for muito bom para ser verdade é porque é muito bom para ser verdade…”. Dois, “se você for enganado o culpado é você. Todas as informações estão disponíveis e é suficiente pesquisar”. Três, “jamais acredite numa única fonte, por melhor que seja”. Quatro, “pesquisar informações é indelegável, pesquise você mesmo…”. E também explicou sobre o Método de Jordan Belfort… E que batizou de… Método Linha Reta. “Nasceu naquela época onde grandes corretoras vendiam as melhores ações para os grandes investidores”. Corretores formados e diplomados pelas melhores escolas. Mas uma grande quantidade de garotos sem dinheiro para a faculdade. E esses garotos tentando vender ações mais baratas para outros e potenciais investidores, as Penny Stocks… Foi então que inventei o Sistema de Vendas em Linha Reta. Você precisa que seu cliente em potencial confie em três coisas. A – No produto que você está oferecendo; B – Na marca por trás do produto; C – Em você. Ou seja, e no fundo, uma estratégia de comunicação. Você tem que se vender como um expert. Quando nós, seres humanos, reconhecemo-nos na frente de um expert, ouvimos e respeitamos o que diz. Mas, lembre-se, você só tem quatro segundos. O cérebro humano julga livros pela capa, acredita em primeiras impressões, e decide baseado nisso. Você tem quatro segundos para tomar conta da conversa. Sendo afiado, entusiasmado, e instigante. Esses, amigos, alguns dos aprendizados e lições do Lobo de Wall Street. Jordan Belfort, de bandido e presidiário agora professor e palestrante…