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A impressionante e consistente recuperação da Embraer

Depois de conviver nos últimos anos com crises decorrentes da compra e, depois, devolução de sua maior parte pela Boeing, dos dois anos de pandemia, de reposicionar-se e ter que resgatar competências que imaginava não precisar mais, e ainda olhar para o futuro em direção ao revolucionário negócio dos Carros Voadores, os Vtols, a Embraer segue em sua marcha de resgate das posições perdidas, e na busca da conquista de novos territórios. E por enquanto, com grande sucesso. Como reconhecimento o mercado aplaude e corre atrás de suas ações que semanas atrás, e em apenas um dia, subiram 8%. Dentre as provas do sucesso, um novo contrato para a fabricação de 150 Vtols para uma empresa aérea inglesa, e mais US$1,56 bi de encomendas de seus jatos pela canadense Alaska Air. E centenas de cartas de intenções de empresas clientes na Feira de Famborough (Farnborough) Airshow. Bom ver uma empresa suportar com resiliência e galhardia armadilhas do destino, desistência bilionária da Boeing, e fazer, magistralmente, uma espécie de Turnaround – levanta, sacode a poeira, da volta por cima – repito, com maestria. Uma empresa, forte e resistente pela sua gênese, e que se revela, cada vez mais, diante de sua capacidade de recuperação, e simplesmente, única.
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Diário de um Consultor de Empresas – 22/10/2024

A vigorosa e consistente recuperação da EMBRAER, depois do episódio BOEING.
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Negócio

Marcas em risco

Arezzo e Grupo Soma, decidiram somar-se. Tudo de bom?! Do lado da Arezzo marcas como Schutz, Anacapri, Carol Bassi e Reserva. Do lado do Soma, Animale, Farm, Dzarm e Hering. Segundo os dados disponíveis, a nova empresa nasceu com um faturamento de R$11,7 bi. Sinto dizer, nosso sentimento, consultores do MadiaMundoMarketing não é dos melhores. Praticamente impossível preservar e fazer crescer ainda mais MARCAS que deixam de ter um território específico e próprio, e passam a viver num coletivo, num espaço comum, por maiores que sejam os cuidados e providências. Nas primeiras horas o mercado reagiu positivamente, as ações das duas empresas subiram mais de 10%… Do ponto de vista financeiro, e no curto prazo um sucesso. Já no tocante ao Branding, riscos gigantescos e desproporcionais. Praticamente impossível conseguir oferecer, a cada uma das marcas, um cantinho, território, espaço específico, com todos os cuidados necessários, para, e no mínimo, preservá-las. Já vimos esse filme e o final é triste. Como um dia nos ensinou o arquiteto Ludwig Mies van der Rohe, “God is in the details”, ou, “Dieu est dans les détails, ou, no português, mesmo, “Deus está nos detalhes”, assim como a virtude, a sensibilidade, o respeito, o domínio, a gestão… Branding é ouriversaria. Bijoux de marque, ou, branded jewelery… O que uma Reserva, por exemplo, e depois de uma trajetória irretocável, vai fazer agora? Assim como uma Farm, ou a centenária Hering? Já a Boeing… Poucas vezes em toda a história da administração moderna e dos negócios assistimos uma Crise Cultural das dimensões que hoje vive a Boeing. Como diz a música gravada originalmente por Orlando Silva, e depois por João Gilberto, de autoria de Marino Pinto e Zé da Zilda, “Aos pés da Santa Cruz, você se ajoelhou, em nome de Jesus um grande amor jurou…” e foi o que fez a Boeing. Após a queda de dois Boeings 737 Max com centenas de mortos, e se ver obrigada a determinar às empresas aéreas clientes que mantivessem os aviões que compraram estacionados sem dar um pio e nem imaginar bater as asas, a Boeing prometeu que se emendaria e nunca mais submeteria seus queridos clientes a uma vergonha dessa dimensão, e prejuízos que certamente levaria muitas a falência. Juramento falso. Voltou a fazer o mesmo, e os compradores do novíssimo e supostamente a prova de todas as lambanças, Boeing 737 Max 9, todos, semanas atrás, foram obrigados a deixar seus pássaros estacionados, aguardando por uma solução. E que veio semanas depois, mas, com restrições!!! Socorro! A marca Boeing, nos últimos 6 anos, mergulhou de cabeça e segue perdendo sustentação. Desde a queda de 2 737 Max em 2018, e agora com os 170 737 Max 9 permanecendo muitos dias estacionados e a espera de inspeção. A credibilidade da Boeing se não chegou a zero está muito próxima de. E quando sabem que o voo é num Boeing as pessoas não conseguem sorrir. A Boeing, vive hoje a pior das crises que pode acometer qualquer empresa. Perdeu, o pouco que tinha de uma Cultura de Qualidade. A primeira vítima do 737 Max 9, a Alaska Airlines, que viu a porta de um de seus aviões despencar em pleno voo, e depois que a NBC noticiou ter a empresa encontrado muitos parafusos soltos em toda a frota de 737 Max 9, manifestou-se na pessoa de seu CEO, Ben Minicucci, “Minha pergunta para a Boeing é, o que pretendem fazer internamente para melhorar seus programas de qualidade?…”. E muitas empresas que compraram o Max 10, que por sinal está com seu cronograma de fabricação e entrega atrasado, reconsideram a decisão. E pensar que um dia, quando pretendíamos elogiar uma pessoa, ou um produto, dizíamos, ”É um Boeing…”.
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Diário de um Consultor de Empresas – 20/10/2023

Um novo, poderoso e desafiador fabricante no território dos grandes aviões. BOEING e AIRBUS de olho.
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Diário de um Consultor de Empresas – 18/05/2023

Depois de assimilar duros golpes, incluindo a devolução pela BOEING da parte que vendeu para a gigante americana, a EMBRAER, de forma gradativa e consistente, vai dando a volta por cima.
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Negócio

Cenas da pandemia, ou, brigando por migalhas

Na falta de passageiros, com aviões parados, e considerando que carga não usa máscara e nem precisa de distanciamento e álcool em gel, as empresas aéreas brasileiras tentaram ganhar algum tempo, enquanto não conseguiam vislumbrar nenhuma outra alternativa. E partiram para a dolorosa decisão de converter aviões magnificamente preparados para o transporte de passageiros, em… Cargueiros. Isso mesmo, aviões de carga! As três – Latam, Gol, Azul – recorreram a esse expediente não como única e derradeira alternativa para melhorar os ganhos, mas e apenas para… Tentar atenuar os prejuízos. A Latam encostou alguns de seus Airbus A321 com capacidade para 220 passageiros, e apenas duas toneladas de carga, e colocou para descansar, e, simultaneamente, reabilitou Boeings 767 com capacidade para até 238 passageiros, mais 20 toneladas de mercadoria. E ainda, transformou um avião maior, um Boeing 777 com capacidade para 379 passageiros, retirando todas as poltronas… Convertendo uma espécie de “joia”, exagerando, claro, numa carroça, ou, “galinheiro”. O mesmo procedimento adotou a Azul. De seus 40 A320, que utilizava para o transporte de passageiros, 12 viraram cargueiros… E a Gol, sem muita margem de manobra pela proibição de retomar os voos como os 737 MAX, procurou oferecer serviços complementares no transporte de animais, e na guarda de mercadorias. Mais ou menos assim. Ou, nem no mais terrível dos pesadelos poderiam imaginar que passariam por essa dor, por esse constrangimento. Sentaram-se numa mesa, choraram todas as lágrimas possíveis, e no momento seguinte entregaram além dos anéis, os dedos das mãos, os dos pés, um dos braços, uma orelha, e a ponta do nariz. Na tentativa lancinante de manterem o negócio vivo. Sem nenhuma perspectiva de verdade, de alguma recuperação consistente, pelos próximos três anos. Em tempos de pandemia, nem mesmo se sorri. Chora-se e lamenta-se. Com maior ou menor intensidade. Nunca, como hoje, expressões desgastadas e típicas de momentos de gravíssimas crises e desespero, tomam conta de toda a cena e são repetidas à exaustão como hoje… Expressões, como: “Derrota é uma bebida amarga apenas para os que se conformam em tomá-la”; Ou, “Mais vale acender uma vela do que amaldiçoar a escuridão”; Ou, “A coragem e a fé removem montanhas”; Ou, “Coragem é enfrentar, e não permanecer parado fingindo resistência quando o que se tem, mesmo, é medo”; Ou, “Prefiro fabricar e vender lenços a permanecer parado chorando”; Ou, ainda, “Deus ajuda quem cedo madruga”; Ou, “É no momento mais escuro da noite que o sol prepara-se para nascer…”. Cada um dos players das diferentes cadeias de valor e especializações escolheu a sua preferida. Era, ou foi tudo o que tínhamos para os primeiros meses de pandemia. O caos era de tal ordem que ninguém sabia exatamente por onde começar. Muitos acreditaram ter aberto a porta de saída, mas… Estavam mesmo mergulhando mais fundo ainda.