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Fake news existem de verdade? Onde tudo começou… Precisamos de censura e tutela?!!!

Da virada do milênio para cá, e em todo o mundo o tema é fake news. De uma forma cínica e enviesada, discute-se apenas as fake news que têm impacto na política. Todas as demais, com os mesmos ou maiores graus de perversão e crime, permanecem à margem. Em verdade, fake news sempre existiram. Porque pessoas de péssima índole e criminosos fazem parte da história da humanidade. Pessoas para as quais os fins mais que justificam os meios e mandam ver. A versão moderna das fake news na política tem uma pré-história, e o atual momento. A pré-história aqui em nosso país vai da redemocratização do Brasil, até o advento da internet, e o florescimento das redes sociais. E a partir das redes sociais, eclodem as tais das fake news. Com a redemocratização, e a volta das eleições, pessoas desqualificadas, ou até mesmo competentes e talentosos profissionais de marketing adeptos do “tudo por dinheiro”, decidiram colocar seus préstimos e competências a serviço de poucos e bons políticos, assim como de outros políticos bandidos e criminosos. Os tais marqueteiros… Esses bons profissionais ética zero passaram a recorrer às piores formas de crimes, na tentativa de alavancarem seus candidatos, mas sem dispor, naquele momento, de uma ferramenta para escalarem nas mentiras. Com a internet e as redes sociais, tudo o que faziam exclusivamente no analógico, migrou para o digital, e chegamos ao atual momento. Até aqui a introdução. Vamos entender, agora, como tudo começou depois da www. Gianroberto Casaleggio No dia 12 de abril de 2016, uma pequena comoção nas redes sociais e nos internautas mais ligados. Morria Gianroberto Casaleggio, que durante anos trabalhou na Olivetti, e foi contratado na virada do milênio para comandar a empresa de consultoria no ambiente digital, Webegg. Em três anos a empresa amargava um prejuízo de € 20 milhões, e Casaleggio foi substituído em 2003, por Giuseppe Longo. Decidiu então empreender com sua empresa de consultoria digital a Casaleggio Associati e prosperou. Em 2005, tornou-se editor do blog Grillo. Mesmo tendo morrido relativamente jovem, com 61 anos, deixou sua marca e criou o caminho para a adoção irrestrita de práticas tóxicas no ambiente político de muitos países. Com sua empresa de consultoria prosperando, associou-se ao humorista Beppe Grillo, criando o M5S – Movimento 5 Estrelas – que acabou se convertendo numa das principais siglas da direita na Itália. Se Beppe era barulhento e aparecia, Casallegio era o cérebro, e ficava distante dos refletores. Mas de sua cabeça nasceram algumas das iniciativas que passaram a pautar o marketing político no ambiente digital. O sucesso do M5S que em poucos anos converteu-se na terceira maior força política e no maior partido individual da Itália, e acabou inspirando outras lideranças e movimentos pelo mundo. Dentre outros, o Método de Casaleggio, de monumental sucesso no M5S, foi rapidamente assimilado pelo populista britânico Nigel Farage, e possibilitou, para a perplexidade do mundo, a vitória do Brexit. Rapidamente adotado por Steve Bannon, na campanha de Donald Trump, e replicado no Brasil pelo exército Brancaleone do Messias, que conseguiu o supostamente impossível. Eleger um pangaré, sem recursos, sem tempo de TV, que o Datafolha na sua infinita incompetência garantia que perderia para todos os demais candidatos no segundo turno, e ignorado e desprezado por todos demais políticos: O Método Casaleggio elegeu ele, Jair Messias Bolsonaro. O que é como funciona o Método Casaleggio? Seu objetivo é criar a sensação de movimento ou tendência, de forma planejada e organizada, no ambiente digital. Apenas isso. Vamos explicar. Toda vez que um tema é colocado em discussão e muitas pessoas se interessam, organiza-se um pequeno grupo de uma espécie de “Pastores de Rebanho”. Meia dúzia de pessoas que irão se apossar e dirigir o debate. Cada uma dessas pessoas trabalha com aproximadamente 50 contas falsas. Muitas vezes, se existirem recursos econômicos, utilizam robôs. E aí, e diante de uma enxurrada de opiniões convergentes de supostamente diferentes autores numa mesma direção, todos os demais participantes vão aderindo, numa espécie de efeito manada, ou, e para usar a linguagem da covid-19, uma espécie de contaminação de rebanho. Ou seja, amigos, manipulação da grossa. Crime. Como se fazia antes também, mas, e sem a possibilidade da escalabilidade fulminante, em curtíssimo espaço de tempo. E que só revelou-se possível nos primeiros anos do digital, pela absoluta falta de regulamentação. Assim, e hoje, e neste momento, e em que se discute em todo o mundo e no Brasil, também, as tais de fake news, estabelece-se a maior confusão. Na tentativa de acabar com o Método de Casaleggio, aproximamo-nos de práticas lamentáveis e sem o menor sentido; combater-se o veneno com um veneno maior, o de censura tosca e inaceitável. Pior ainda, em nosso país, sobre o patrocínio burro, criminoso e escatológico do Supremo, que se apequena e defeca, na maior e pior manifestação em relação às leis e aos costumes. Que literalmente caga, anda e sapateia sobre o que tem por obrigação e jurou defender, a Constituição. Aliás, e a bem da verdade, não se apequena, finalmente reduz-se às dimensões que sempre teve. De Supremo não tem nada. É insignificante, mínimo, desprezível. E aí você dirá, coberto de razões, e o que se faz? O que se faz, então, perguntamo-nos todos? Jamais proibir, apenas transferir o ônus de quem possibilita a prática desse crime de manipulação pública, as big techs, às grandes redes sociais. Como diz o ditado popular, quem pariu Mateus que o embale. Quem pariu e ganha montanhas de dinheiro com Mateus, as plataformas sociais, que as coloque em seu devido lugar e responsabilidade. Da mesma maneira que as demais plataformas de comunicação são responsáveis pelo que publicam e disseminam, que o mesmo aconteça com e dentre outros, o rei das redes sociais, Mark Zuckerberg, e com todas as demais plataformas que possibilitam essa manipulação deletéria da realidade. São as estradas, trilhas, caminhos, por onde multiplicam-se as fake news… O caminho por onde trafega a droga. Por outro lado, é um crime monumental contra a democracia proibir ou ameaçar a manifestação espontânea das pessoas e suas opiniões sobre diversos assuntos, evitando acontecimentos históricos e verdadeiros, que mudaram para sempre e para melhor a história da democracia ou sistemas políticos de diferentes países… Como aconteceu com as manifestações de junho de 2013 aqui no Brasil, com a Primavera Árabe, com o Occupy Wall Street, e dezenas de outros mais em todo o mundo. De 2019 para cá e finalmente, e no Congresso Americano, as big techs começam a ser chamadas à realidade. Ainda que tardiamente, mas, finalmente, a hora da verdade de Google, “Feice”, Apple, Amazon está chegando. E nos primeiros depoimentos, e uma vez mais as big techs tentaram tirar os delas da reta. Mentira que não tenham condição de resolver o problema que criaram na obsessão compulsiva para ganharem todo o dinheiro do mundo e converterem-se em empresas trilhonarias em dólares. Todas, sem exceção, são absolutamente dotadas das mais avançadas ferramentas de Inteligência Artificial. Inteligência que consegue rastrear, segundo a segundo, não o que sabemos que queremos, mas e até mesmo o que não imaginamos que iremos querer, mas que já se revela presente em todas as nossas movimentações. E assim, todas as big techs possuem ferramentas em excesso capazes de filtrar tudo o que flui através de suas plataformas. E dirigir de forma racional as mensagens certas para os lugares certos, e endereçar o lixo, as tais das fake news, para o lixo. De permitirem o fluxo do sangue para o cérebro e o coração, e destinarem a merda para o devido lugar. Portanto, mais que na hora de todos acordarmos. Não precisamos de regulamentação para o que quer que seja. Precisamos apenas que os irresponsáveis, as big techs, sejam devidamente enquadradas, e limpem a sujeira que fizeram e deem uma ordem na bagunça criminosa que patrocinam para entupirem-se de dinheiro. Censura nunca mais. Assim como tutela nem pensar. Portanto, mais que na hora das big techs dizerem ao que vieram, se vão assumir suas responsabilidades, ou são apenas uma espécie de novos hackers de colarinho branco. Bandidos fantasiados de mocinhos. Tirando proveito do encantamento e perplexidade da quase totalidade dos habitantes da terra. Tudo o mais é circo tosco e repugnante protagonizado por 11 prepostos de políticos da pior qualidade, fantasiados com mantas pretas às semelhanças dos urubus, defecando sobre a dignidade do Brasil e dos brasileiros. E ainda ousando nos tutelar… O lamentável, escatológico e repugnante Supremo. Sinteticamente, essa é a origem e o histórico das tais das fake news…
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Podcast, esquece! Livros sim, e o sol a caminho…

E o desespero bateu na quase totalidade das plataformas de comunicação analógicas. Exauridas, e na tentativa de segurar leitores e audiências em processo de derretimento e migração irreversível, e diante das mudanças de comportamento a partir das novas alternativas de mídia do dia para noite, e numa manifestação clara de perda de juízo e desespero, a maioria das plataformas, em comportamento típico de manada, ou de rebanho como se diz agora em tempos de pandemia, converge para uma mesma, inócua e patética solução: o velho e bom podcast. Sob a ótica de quem olha de fora, o velho e bom rádio sem propaganda e, em tese, com maior qualidade de som. Assim, parcela expressiva dos grandes players da mídia analógica: jornais, rádios, emissoras de tv, e até mesmo os portais das novas mídias, todos, sem exceção, oferecendo, milhares de alternativas de podcasts. Estadão, Folha, O Globo, a Globo, Veja, Exame, Jovem Pan, Época, centenas de revistas e jornais de bairro, rádio manicômio, murais de escolas, e muito e muito mais. Isso posto, e se a concorrência pelos olhos já era monumental, com os canais de streaming, com vídeos nas redes sociais, e com 500 mil youtubers no Brasil, por exemplo, agora com um número calculado entre 20 a 50 mil podcasts, multipliquem-se os ouvidos para se ouvir o que quer que seja. Vivemos um momento da história de causar perplexidade. Até supostamente os mais sensíveis e capazes, no desespero, cometem as maiores tolices. O que leva competentes profissionais a engrossarem a loucura e apostarem que todos vão sair pela vida e pelo mundo ouvindo podcasts? Diante de tanto ruído e barulho o grande beneficiado, depois da maior crise e diante de todas as novidades dos últimos 50 anos, e desde o advento do microchip, ano de 1971, é, repito, e em meu entendimento, o… Livro. E nestes dias de quarentena pela Covid-19 então, livros e livros redescobertos nas estantes das casas e das empresas e das escolas e das bibliotecas, e outra grande quantidade comprada pela Amazon e demais marketplaces… Nestas semanas, quem diria, o Covid-19 está resgatando leitores. Pessoas que no passado não passavam um mês sem ler um livro estão voltando com uma saudade abençoada e redentora, para os velhos, novos, e bons livros. E carregando consigo, alguns e novos leitores que vendo a felicidade no olhar de seus avós, pais, mães e tios decidem experimentar. Não todos, mas em número suficiente para que os livros voltem a ocupar o lugar que sempre mereceram em nossas vidas. O de melhor e mais consistente fonte de informação e cultura. Mas, consultores da Madia, lá vêm vocês uma vez mais em defesa dos livros… É verdade. E por uma simples e única razão. Não conhecemos nenhuma outra obra artística individual, produzida de forma tão profunda, reflexiva, sensível, no correr de anos, décadas, muitas vezes de toda uma vida, que não seja o livro. É como se alguém tivesse produzido uma mega sopa de sabedoria no correr de toda uma vida e em fogo brando, e generosamente compartilhasse conosco. E assim, e para que possamos realizar toda a sabedoria e conhecimento contido em cada uma das páginas do livro, não dá, definitivamente não dá, para ler esses mesmos textos perdidos dentre milhares de outras alternativas, por exemplo, no ambiente digital. Precisa ser físico, no papel, sensível a nossos dedos, olhos, coração. Costuma-se dizer que todas as crises, desgraças, tsunamis, acabam por trazer poucas e boas notícias. Em nosso entendimento, e além de reaproximar as famílias, além de resgatar os chamados jogos de salão, o Covid-19 dá um empurrão decisivo no processo de se resgatar o livro. Já os podcasts… Esquece! Apenas mais uma das infinitas manifestações da chamada cauda longa. Esperança amigos. Mais alguns meses, no máximo, voltaremos a ver o sol. Aos pouquinhos, mas, o sol. E poderemos voltar a ler nos parques, ruas, e cafés da cidade.
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Revolução nos livros: Mercado de segunda mão!

Podem nos cobrar. Ainda um dia, não tão distante de hoje, todos nós seremos testemunhas do resgate dos livros. As pessoas voltarão para os livros como jamais aconteceu em qualquer momento. E a Amazon deu uma baita mão, uma segunda mão, nessa direção. Uma das mais importantes contribuições que a Amazon deu para o negócio dos livros foi a de garantir modernidade, acessibilidade e relevância ao mercado de livros usados. Uma espécie de mercado de segunda mão, como existe há décadas no mercado de outros produtos, como no dos automóveis. Originalmente a Amazon, apenas no início, só vendia livros novos. Rapidamente Bezos intuiu que precisava oferecer algum tipo de contribuição para dar novas e maiores dimensões ao business e a seu negócio. E, em se convertendo, gradativamente, de Amazon Books, em apenas Amazon, de livraria virtual em Marketplace, passou a vender livros para outras livrarias e pessoas, ou seja, colocando praticamente todos os livros – novos e usados, na prateleira do mundo. E mais que deu certo. E com a comercialização acessível e democrática dos livros usados, Bezos deu acesso aos livros, a uma quantidade infinitamente maior de pessoas que não dispunham de dinheiro para comprar, exclusivamente, livros novos. Ou seja, e de certa forma, reinventando o negócio dos livros, e criando uma espécie de marco divisor. O business de livros AA, e DA. Antes da Amazon, e depois da Amazon. Antes da Amazon quem quisesse livros usados tinha que descobrir os endereços dos sebos, ir até lá, tentar encontrar o livro que procurava, e ainda pagar caro por ser tratado o livro usado mais como raridade, do que livro usado. Referenciando-se na história da Amazon, e aproveitando-se da quebra da Livraria Cultura, meses atrás a Luiza decidiu seguir o mesmo caminho. Comprou em leilão por R$ 31 milhões a Estante Virtual, uma espécie de Amazon da Cultura. Assim, e pedaço a pedaço, a Luiza vai se convertendo de uma loja de departamento física e digitalmente presente, num Marketplace robusto, formado pela própria Luiza Digital, mais a Netshoes comprada no ano passado, e também, da Estante Virtual. Por que muitas empresas, em suas estratégias, consideram ser melhor comprar o que já está andando, consertar e/ou corrigir e aperfeiçoar, do que investir bem menos dinheiro e começar do zero? Pela simples razão que não existe mais tempo para se começar do zero. Em 95% das situações quando a empresa ficar pronta será tarde demais e o mercado estará completamente tomado. Portanto, e em momentos de disrupção como o que estamos vivendo, ganhar alguns anos tem um valor inestimável. Muito a comemorar com a aquisição da Magalu. E pontos e muitos pontos no processo de resgate do melhor amigo de todos nós, consultores da Madia, o livro. Vinicius, como já comentamos com vocês, dizia que o melhor amigo dele era o uísque. Segundo ele, uma espécie de cão engarrafado. Já o nosso, consultores, o livro. E parafraseando Vinicius, nosso cão encadernado. Obrigado Amazon, obrigado Luiza.