Tag: Google

Negócio

192 países numa longa fila na porta do Google

Trata-se, apenas, do começo. O Google e as demais big techs, e como temos comentado com vocês, em todos os próximos anos tentando curar e cicatrizar os supostos rombos que provocaram em cadeias de valor, e em plataformas analógicas e convencionais. Na semana passada uma decisão e um acordo, simplesmente catastróficos para o Google, com fortes e definitivas repercussões sobre as demais big techs, claro, em diferentes proporções. O Google fechou um acordo com o governo do Canadá, comprometendo-se a pagar, por ano, o equivalente a R$362 milhões para a chamada indústria de comunicação – leia-se, plataformas de mídia – pelo suposto uso de conteúdo… Mais que claro que no dia seguinte, e nos demais 192 países, rapidamente as associações das diferentes plataformas analógicas reuniram-se e exigem agora do todo poderoso Google, isonomia. Tratamento semelhante ao acordo celebrado no Canadá. Conclusão, todas as big techs, sem exceção, em maiores ou menores proporções iniciando um longo período de acordos e tentativas de atenuar os supostos estragos provocados nas demais plataformas de comunicação. Diferente do Google, e para não criar precedentes e ter que proceder da mesma maneira em outros países, a Meta deixou bem claro que não concorda com o Google, e assim não fará qualquer tipo de acordo… Isso posto, e enquanto as demais empresas na tentativa de resgatar um mínimo de competitividade tentam se desvencilhar das cargas de um passado que não faz mais o menor sentido, as big techs começam a se defrontar com os estragos de um passado recente, que acabará determinando uma mudança sensível de ritmo em suas avançadas, e, eventualmente, em algumas delas, levar a conviverem com números e desempenhos bem menos robustos que os alcançados nas últimas duas décadas…
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 26/12/2023

O Tempo de ajustes, correções de Conduta e Multas, das BIG TECHS, CHEGOU.
Negócio

A Johnson & Johnson pariu um bebê de duas toneladas…

Chega um dia, em que o melhor caminho, é a separação; amigável e necessária. Talvez na vida, e seguramente, nos negócios. Empresas que crescem de forma consistente e espetacular, e em benefício a sequência e prosperidade do negócio, realização máxima de seu potencial, de forma saudável e planejada, impõe-se a separação. E que, e no ambiente corporativo, denominamos de spin-off, ou desmembramento. Foi o que a Johnson decidiu meses atrás, parindo um bebê gigantesco, batizado de Kenvue, com 2,4 mil funcionários, e faturamento, na decolagem da ordem de R$15 bilhões, num terreno tradicional da empresa, na cidade de São José dos Campos. Para colocar a nova empresa no ar com segurança, precisou acionar todos os motores. Quem digitar Kenvue no Google vai conhecer marcas e produtos que mudaram de casa. Listerine, Neutrogena, Tylenol, Benadryl, Reactine, Motrin, Calpol, Johnson’s Baby, Sundown, Rogaine, Band-Aid, Carefree, OB, dentre outras duas dezenas… Como se toma uma decisão e se faz uma ruptura – sem romper e perder a essência – de tamanha dimensão? Com, mais que um Programa, um Projeto de RH monumental. E foi o que fez a J&J. Segundo Gisele Jakociuk, diretora de RH da Kenvue, o bebê gigante da J&J, o foco foi totalmente concentrado em todas as medidas e providências capazes de preservar a cultura, e preparar o terreno para que a nova empresa nascesse e crescesse de forma consistente. Em entrevista a Você RH, concedida a Caroline Marino, Gisele disse: “Para lidar com a gestão de tantas pessoas em tão pouco tempo, a ênfase foi focar na cultura organizacional, definindo missão e valores. Procurando garantir aos que migraram da J&J que estivessem alinhados com a missão da nova empresa, e que os novos contratados fossem compatíveis com essa cultura, na busca pela total eficácia desde os primeiros momentos. Assim, essa estratégia nos permitiu começar com uma equipe experiente e, ao mesmo tempo, e graças aos novos colaboradores, impulsionar a agilidade, a inovação, mantendo a todos e informados por igual sobre a visão da empresa, objetivos de curto, médio e longo prazo… Nossa cultura é trabalhada diariamente nos canais internos de comunicação e nas ações integradas…”. É isso, missão mais que cumprida, referência para todas as empresas gigantescas, que nasceram antes do tsunami tecnológico e disruptivo, e que obrigatoriamente levará a muitas delas a decisão semelhante. Parando com a perda de tempo, dinheiro, e idiotice monumental, que é a de tentar abrigar num mesmo teto, negócios e pessoas originárias de momentos e situações nada a ver… E com especificidades únicas, próprias e exclusivas. Abafar e constranger virtudes, potenciais, competências e talentos. O Bebê Johnson de 2023 é a Kenvue…
Negócio

E agora, pra onde venta o vento?

Para a surpresa de muitas pessoas, e em coletiva de imprensa, no dia 21 de setembro de 2021, o Google, talvez a estrela maior do Digital, anunciou ao mundo ter comprado o edifício empresarial St. John’s Terminal, na ilha de Manhattan, região central, rua Washington 550, com 120 mil metros quadrados de construção, pela bagatela de US$2,1 bilhões, em frente ao Rio Hudson. Onde a empresa já se encontrava, mas, como locatária. E muitas outras empresas preparavam-se para o trabalho a distância… E onde trabalham, próximos, num prédio também alugado, no Chelsea, 12 mil profissionais. Uma lufada de esperança numa ilha, Manhattan, que viu seus prédios de escritórios, onde trabalhavam todos os dias mais de 1 milhão de profissionais, esvaziarem-se e permanecerem trancados, pela pandemia. Assim, e o ano entre maio de 2020 e abril de 2021 caracterizou-se como o de maior desocupação de espaços de escritório da capital do mundo, New York City, de todos os tempos. Nos planos do Google, e ao retrofitar o St. John’s Terminal, a criação de espaços híbridos de trabalho com novos espaços integrando as pessoas à natureza. Assim, o medo que muitos tinham, e ao comprar agora, o que alugava antes, e confirmando sua intenção de permanecer no analógico, o Google dá forte e consistente sinalização que continua apostando no trabalho presencial, não obstante todo o arsenal e cultura tecnológica que são partes indissociáveis de sua identidade. A decisão do Google, no mínimo, e até hoje, 2 anos depois, segue intrigando todas as demais empresas e pessoas…
1
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 20, 21 e 22/05/2023

Mais, novas e surpreendentes decorrências da CORONACRISE.
Negócio

Radiografia do gigante

Se vocês nos perguntassem, tendo em vista uma dura regulação que vem pela frente, e ainda os riscos de spin-offs – desmembramentos – das chamadas Big Techs, qual dentre todas é a mais blindada. Sem a menor dúvida, respondemos, nós, consultores da Madia, a Microsoft. Seu lastro de propriedades antecede o tsunami tecnológico e assim suas propriedades são mais sustentáveis. Diferentes do Google, Facebook, Amazon e Apple. Ou, em outras palavras, a sustentação legal dessas propriedades está mais consolidada e madura. Os números da Microsoft são exuberantes em todos os sentidos, e trabalham com índices de riscos menores que as demais big techs. Em termos de valor, não será surpresa se a Microsoft encerrar este ano próxima de US$2,5 trilhões de valor de mercado. Para vocês terem uma ideia do tamanho do valor da Microsoft, no início de setembro de 2022, era apenas 55% maior que o PIB do Brasil, na casa dos US$1,4 trilhão. E se fosse um país, em termos econômicos, seria menor apenas que Estados Unidos, China, Japão, Alemanha, Reino Unido, Índia e França, ou seja, em termos econômicos seria 9º país do mundo. Os grandes números da Microsoft, são, US$460 milhões de faturamento por dia, US$19 milhões por hora e US$320 mil por minuto. Do total de seu faturamento, US$84 bilhões são dos Estados Unidos e os outros US$84 bilhões nos demais países. O grosso da receita da Microsoft hoje vem de produtos de servidor e serviços em nuvem, assim como de produtos para escritórios. No total, US$94 bilhões, dois terços de todo o faturamento da empresa. A Microsoft tem em seu comando no Brasil, desde janeiro de 2019, Tânia Cosentino, paulistana do bairro de Santana, filha de comerciante e dona de casa, parou de trabalhar aos 24 anos para cuidar da casa e dos filhos e voltou aos 50 como gerente de recursos humanos da última empresa onde tinha trabalhado. Foi contratada para o comando da Microsoft através de uma mensagem no LinkedIn, plataforma corporativa hoje da própria Microsoft. Assim, e no comando da Microsoft desde 2019, e dentre as coisas que mais gosta, sair com amigos e viajar, gosta de dança de salão, faz ioga e pilates, leitura, gosta do conceito de “CEO ativista”, e no comando de quase 900 pessoas diz ser extremamente flexível, adaptável, mas tolerância zero no que tocante a desrespeito às regras de compliance, a qualquer tipo de assédio, e às normas de segurança. Essa, a Microsoft, e sua presidente, Tânia Cosentino.
Negócio

Leitura obrigatória

Não necessariamente da totalidade do livro – claro se você não quiser – nós, consultores da Madia lemos inteiro, fizemos marcas e anotações, e relemos alguns trechos – O Trabalho no século XXI – Fadiga, Ócio e Criatividade na Sociedade Pós-Industrial – de autoria do escritor e sociólogo Domenico De Masi – Editora Sextante ‒ é, em nosso entendimento, o mais importante ‒ não o melhor ‒ livro de 2022. Talvez, a mais completa retrospectiva relevante da evolução do trabalho ‒ e agora o fim ‒ desde que o mundo é mundo. Se você é daqueles que gosta de uma grande panorâmica, mais que recomendamos a leitura de todo o livro, pausada e reflexivamente, de 926 páginas, mais capa e contracapa. Agora, se você está mais interessado em temas específicos dessa longa trajetória de alguns milênios, você pode ir separando capítulos específicos que mais lhe agradem. Nesse sentido, e se você quer ter uma visão mais atual e relevante para sua compreensão dos desafios de hoje, mais que recomendamos o capítulo XI – Atenienses, profissionais da democracia, o capítulo XIX – Os dois pilares teóricos da sociedade industrial – com especial atenção nas páginas em que fala do Iluminismo, e a partir do capítulo XIX, página 385, recomendamos a leitura de todos. Domenico De Masi é sociólogo, dotado de incomum sensibilidade e fôlego, com uma cabeça mais que privilegiada de 926 páginas. Abarrotado de documentações, referências, pesquisas. 84 anos, de fevereiro de 1938, da cidade de Rotello, Itália, e que se notabilizou pela criação e disseminação do conceito do ócio criativo. Segundo De Masi, de negativo o ócio não tem nada. E talvez seja o mais poderoso aditivo na liberação da criatividade que todos temos, em menor ou maiores proporções. Sua produção intelectual começa há 65 anos, e jamais parou de pesquisar e escrever. Mergulha de cabeça, coração e sentimentos escancarados em toda a documentação que colhe e organiza, mas, eu, Madia, discordo de boa parte de suas conclusões. Por exemplo, é profundamente cruel e superficial em relação a alguns dos mestres da administração moderna, muito especialmente, em relação ao mestre dos mestres, Peter Drucker. Mas, respeitamos, mesmo não concordando, com sua opinião. É, isso. Mais que recomendamos. “O Trabalho no século XXI, Domenico De Masi, 926 páginas que valem por 100 mil. Na versão Kindle, na Amazon, por R$ 44,91. E na versão papel, de pessoas que compraram e desistiram da leitura, a partir de R$ 79,90. E que, por sinal, são muitas… E agora, um pequeno “spoiler” com 2 citações curtas de diferentes momentos do livro. Citando Michel Bosquet, e que assinava André Gorz, diz, na página 752: “A esta altura, uma coisa é certa: ninguém fará carreira na profissão que aprendeu: essa profissão será transformada, simplificada, desqualificada ou suprimida pela microeletrônica. Estamos todos, potencialmente, em excesso”. ‒ E na página 724, e falando sobre o conjunto de todos nós, os “Novos Indivíduos Sociais”, De Masi diz: “A Microsoft é de 1975, a web de 1991, o Google de 1997, o Skype de 2003, o Facebook de 2004, o Twitter de 2006. Em 2030, os digitais nascidos com a Microsoft terão 55 anos, os nascidos com a web terão 39, os nascidos com o Google 33, os com o Skype 27, os com o Facebook 26, os com o Twitter 24… Se hoje os analógicos ainda são a maioria e ocupam os vértices de todas as pirâmides – igrejas, exércitos, escolas, bancos, empresas – em 2030 os digitais serão a maioria numérica. E seus modos de pensar, trabalhar, viver, totalmente diferenciados do modo dos analógicos…”. É esse o grande desafio, amigos. Como seguir convivendo pacífica e harmoniosamente com nossos filhos, netos e bisnetos, e eles, quanta paciência terão que ter com seus pais e avós, e bisavós. Dica final, se você quer ir direto para os desafios de hoje salte para a quarta parte do livro, pág. 577. Respire fundo, tome fôlego, e ótima leitura!
1
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 26, 27 e 28/11/2022

LEMBRAM DO ORKUT! Que hoje vaga abandonado e perdido pela DIGISFERA? Será esse o destino do FEICE?
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 21/10/2022

Quando as circunstâncias mudam. Quando o ambiente é outro. Quando novas forças prevalecem. Não há nada mais a fazer. As plataformas impressas e convencionais de comunicação despedem-se.
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 06/10/2022

A HORA E A VEZ DAS BIGTECHS. Demorou, mas, chegou. Vem regulação e ordenamentos pela frente – MUITOS! Mas, discussões e aprovações atravessarão toda esta década.