Você já ouviu falar de algum açougueiro vegetariano? A partir de agora vá se acostumando… Não, não estamos brincando. Hoje vamos comentar sobre uma das maiores empresas do mundo, que nos últimos 10 anos vem fazendo uma bobagem atrás da outra. Hoje vamos falar sobre uma Unilever ensandecida.

Meses atrás a Unilever anunciou sua mais recente novidade em nosso país. Assim como muitas outras empresas, e considerando a oportunidade que cresce e de pessoas que decidiram abrir mão da carne, lançou uma linha de produtos para competir nessa espécie de nova categoria.

Também cometendo o mesmo e patético erro da grande maioria das empresas que decidiram investir nesse território. Recorre às denominações clássicas do território da carne, e com as quais nos acostumamos. Nós, as pessoas que continuam frequentando hamburguerias, churrascarias, restaurantes e bares, e todos os demais prestadores de serviços de alimentação em que a matéria-prima principal segue sendo a carne.

No caso da Unilever a decisão é mais absurda, patética e monumentalmente inadequada. Erro maior impossível! Decidiu denominar-se nessa nova investida, batizar sua linha de novos produtos, como, pasmem… The Vegetarian Butcher… Não, não é mentira. É isso mesmo que você acabou de ouvir, “O Açougueiro Vegetariano…”. Vamos gritar socorro infinitas vezes… Gritem conosco… Como se na cabeça das pessoas normais açougueiro remetesse a alface, berinjela e couve.

Em verdade, o comportamento medíocre em sua gênese não foi da Unilever, mas o que não isenta a empresa. Concluiu que para não perder mais tempo desenvolvendo produtos era melhor comprar quem já vinha investindo nesse território. E assim comprou, no final de 2018, a empresa fundada pelo holandês carnívoro arrependido, Jaap Korteweg, que desistiu da “carnificina”, e num ato de arrependimento e forte contrição, decidiu purgar sua culpa e dos que se entusiasmassem com seu exemplo, passando a alimentar-se de proteína texturizada de soja, óleo de girassol, óleo de coco, todos mediocremente fantasiados de bife, espetinho, hambúrguer, almôndegas.

Claro, tudo “fake”. Cosplays fajutos e de péssima qualidade. Como dizem as crianças, Eeecccaaaaa!!!!!

Ricardo Marques, VP da Unilever no Brasil, e falando pela empresa ao jornal Valor, explicou, “Você pega uma empresa que tem uma excelente ideia e um excelente produto e consegue dar escala – ou seja, acesso aos consumidores. Foi o que a Unilever fez…”.

Não deveria, Ricardo.

A oportunidade existe, pessoas que não comem carne muitas e crescendo, mas, cometer o mesmo erro dos que decidiram apostar nesse território não faz o menor sentido. Inovação zero, covardia 1000, burrice infinita!

Enquanto todas as empresas que decidirem desenvolver novas alternativas para os que fogem e evitam carne, continuarem usando designações do território da carne para batizarem seus produtos supostamente antídotos da carne permanecerão paradas no mesmíssimo lugar.

Assim, a sensação é que todas estão tomadas de forma irreversível e crônica pela infinita burrice. Como dizia com seu vozeirão roco Nelson Rodrigues, “A burrice é diferente da ignorância. A ignorância é o desconhecimento dos fatos e das possibilidades. A burrice é uma força da natureza…”.

Ou, se preferirem, “Amo a burrice porque é eterna…”.

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