Uma visão equivocada sobre a China

O festival de tolices de um mestre de Harvard, com graduação e pós em Oxford, Cambridge, e, Stanford. Uma daquelas pessoas acostumadas a olhar para o futuro através do retrovisor… Difícil…

Meses atrás, a revista Veja publicou em suas páginas amarelas uma entrevista com Niall Ferguson, que, e nas palavras da entrevistadora, Luisa Purchio, “é dono de um curriculum invejável”. E é, frequentou as melhores escolas – Oxford, Cambridge, Stanford, hoje membro sênior da Harvard, ele, Ferguson, o historiador escocês, da cidade de Gasglow. Mas, esqueceu-se de frequentar um bom oftalmologista, e corrigir seus olhos que permanecem parados no passado.

Dentre as impropriedades que disse, a maior dentre todas é a visão equivocada, esclerosada, míope que tem em relação à China. Perguntado sobre o fato de que até o final desta nova década e em termos de PIB a China vai superar os Estados Unidos e assumir a posição número 1 dentre todos os países do mundo, Ferguson respondeu:

“Em termos de PIB a China está alcançando os Estados Unidos pela simples razão que sua economia cresce mais rápido que a americana. Mas difícil prever-se onde estaremos em 10 anos. Em algum momento veremos uma redução na taxa de crescimento chinês. País tem problemas sérios como envelhecimento de sua população e a grande dívida do setor privado…”.

Melhor não ter dito nada. Definitivamente não entendeu o modelo chinês de crescimento, e que sua base está totalmente consolidada na medida em que converteu-se no maior fornecedor do mundo de componentes de tecnologia, e a dependência dos demais países e economias – especialmente a americana – é total…

Mas, não parou aí sua mente embolorada e carregada de ranços e preconceitos. Perguntado se com o avanço do dinheiro digital, se a hegemonia do dólar estava ameaçada, respondeu, “O dólar é a moeda dominante do planeta, não só em termos de reservas dos bancos centrais, mas também em termos de transações internacionais. A maior parte do comércio é feita em dólar e não existe uma moeda rival por enquanto…”, e destilando sua miopia, Festival de Lugares Comuns, e, preconceito, referiu-se ao que disse o amigo dele, Lawrence Summers, ex-secretário do tesouro americano:

“Você não pode substituir algo por nada”. Assim, não há nada para substituir o dólar quando o Japão é um lar para idosos, a Europa é um museu, e a China uma prisão. “E o bitcoin ainda é um experimento…”.

Definitivamente, o lamentável e degradado Niall Ferguson, um poço de ignorância e insensibilidade, não tem a mais pálida ideia do que aconteceu no mundo. Não levou em consideração a disrupção e o tsunami tecnológico.

E assim, segue projetando o futuro a partir de uma linha que começa no passado, passa pelo presente, e… Não vai a canto algum. Continua enxergando o velho futuro que morreu sem mesmo ter nascido. Em menos de 10 anos constatará os absurdos que disse.

E a sua absoluta incompreensão da consistência e velocidade das conquistas da China, assim com da energia adormecida na Europa, e da competência do Japão.

Não percam tempo na leitura da entrevista. É surpreendente chocante como pessoas supostamente esclarecidas caminham pela vida absolutamente insensíveis e negando as novas realidades.

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