Tag: The New York Times

Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 04/10/2023

MORANDO EM CAIXAS…
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Diário de um Consultor de Empresas – 22/09/2023

Pesquisa de Qualidade, Conclusão Torta e Equivocada.
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Diário de um Consultor de Empresas – 02/12/2021

UBER, tudo leva a crer, jogando a toalha a respeito do “business” onde se originou. Seu CEO, entusiasmado com os ventos da pandemia, ensandeceu… E assim, o UBER, afunda mais a cada novo dia. É uma espécie de TITANIC da NOVA ECONOMIA. A diferença é que vai afundando aos poucos…
Negócio

Procurando nemos

Ou melhor, taxistas de todas as cidades do mundo procurando por nós, nemos, passageiros. Desde março de 2020, os motoristas de táxi resistentes, teimosos, e muito especialmente os que não conseguem ficar em casa parados caso contrário a cabeça esquenta e acabarão com seus casamentos, saem todas as manhãs à cata de passageiros. Normalmente, e antes de março, e mesmo com a concorrência do Uber e assemelhados, os taxistas de uma cidade como São Paulo terminavam o dia fazendo entre 12 e 22 corridas, e entre R$ 300 e R$ 400 reais de faturamento. Hoje, com sorte, uma corrida de manhã, outra ou duas à tarde, e voltam para casa com menos de R$ 10 no bolso, na medida em que gastaram o restante em alimentação e combustível. Essa não é uma realidade exclusiva de nosso país. Isso vem acontecendo em maiores ou menores proporções em todos os países e principais cidades do mundo. Em Londres, que se notabilizou pela inteligência de ter um único e mesmo modelo para todos os táxis, criado e desenvolvido exclusivamente para ser táxi, facilitando a vida dos motoristas e garantindo o maior conforto para os passageiros, os tradicionais carrinhos pretos, praticamente… Desapareceram das ruas. Diferente do que acontece nas demais cidades onde os táxis são carros comuns convertidos, as empresas proprietárias dos carrinhos pretos, donas das frotas, não têm o que fazer com os milhares de automóveis devolvidos… Falando ao The New York Times, meses atrás, Steve McNamara, secretário-geral da associação de motoristas de táxis licenciados da cidade de Londres, disse, “Somos o único ícone que sobrou de nossa cidade, Londres… E nesse ritmo, teremos desaparecido por completo em no máximo três anos…”. Impossível pensar-se em Londres sem aqueles milhares de carrinhos pretos cruzando as ruas da cidade… Impossível não nos emocionarmos e carregarmos muita tristeza em nossos corações, pelos lugares, pessoas, e momentos queridos que perdemos para sempre nesta terrível pandemia. Fernando Pessoa, décadas atrás, celebrou esses pontos de referências de nossas vidas. Lembram, numa poesia chamada Tabacaria. Dizia: “Cruz na porta da tabacaria! Quem morreu? O próprio Alves? Dou ao diabo o bem-estar que trazia. Desde ontem a cidade mudou. Quem era? Ora, era quem eu via. Todos os dias o via. Estou agora sem essa monotonia. Desde ontem a cidade mudou. Ele era o dono da tabacaria. Um ponto de referência de quem sou. Eu passava ali de noite e de dia. Desde ontem a cidade mudou. Meu coração tem pouca alegria, E isto diz que é morte aquilo onde estou. Horror fechado da tabacaria! Desde ontem a cidade mudou. Mas ao menos a ele alguém o via, Ele era fixo, eu, o que vou, se morrer, não falto, e ninguém diria. Desde ontem a cidade mudou…”. É isso, amigos. Segue a vida. Mas vamos sentir muitas saudades de todas as referências que perdemos nos últimos 18 meses. E sem essas referências, mesmos vivos, também morremos um pouco. Nós, sobreviventes da Covid–19, daqui para frente e para sempre, com a sensação de que esquecemos ou perdemos alguma referência pelo caminho, que está faltando um pedaço em nós. Quem sabe um dedo… Talvez uma perna inteira… E volta e meia nos distraindo e desejando parabéns e muitos anos de vida nas redes sociais, para queridos amigos que não moram mais aqui, mas nossa memória, sabe-se lá por quais razões, recusa-se a dar baixa.
Negócio

Carência de abraços

Numa das edições do The New York Times de 2020, um artigo assinado pela Tara Parker-Pope, escritora especializada em saúde e bem-estar das pessoas. Tara foi atrás, ouviu cientistas e acabou por identificar quebra-galhos pela ausência provisória dos abraços. Quatro possibilidades para abraços em tempos em que o abraço verdadeiro está proibido. 1 – Jamais abrace de frente, porque os rostos ficam muito próximos. 2 – Sempre que o abraço for irrefreável e compulsivo, vire o rosto. 3 – Nunca se abaixem – se resistir, claro – para abraçar uma criança. Deixem que ela abrace suas pernas. Apenas. 4 – E na falta do abraço, beije. Beije as pessoas na nuca, nem na testa e muito menos na boca. Socorro! “Semanas atrás, num final de tarde, e depois de quase quatro meses de distância, só falando, vendo e me emocionando pelo Zoom,” conta o Madia, “reencontrei-me com meus quatro adorados netinhos e, que me desculpem os profissionais da saúde, e eventualmente outras pessoas que poderão dizer que sou irresponsável, permaneci abraçado com os quatro durante muitos, prolongados e infinitos minutos…”. Já no território dos negócios, antes da Covid e em tempos de normalidade, muitos autores escreveram livros recomendando às empresas abraçarem seus clientes. O mais conhecido de todos o de Jack Mitchell, Hugh Your Customers – Abraçe seus Clientes. Jack, chairman de uma rede de lojas – Mitchell Stores – há três gerações sob o comando de uma mesma família, e com lojas em Connecticut, New York, Califórnia, Washington e Oregon. No seu livro clássico, Abrace seus Clientes, ensina: A – A melhor maneira de abraçar sempre seus clientes é descobrindo e antecipando-se ao que verdadeiramente querem. Eles se sentirão abraçados. B – Esteja sempre disponível todas as vezes que seus clientes precisarem conversar com você. Eles se sentirão abraçados. C – Trate todos os seus clientes como se estivesse diante de reis e rainhas. Eles se sentirão abraçados. D – Facilite o acesso de seus clientes a todos os seus produtos e serviços. Eles se sentirão abraçados. E – Agora, e em tempos de digital, facilite o acesso de seus clientes a todas as informações e orientações que precisam quando distantes. Eles se sentirão abraçados. F – Ensine, treine e motive toda a sua equipe que faça rigorosamente o mesmo que você faz. Os clientes se sentirão abraçados. Ou seja, amigos, nos negócios não só não está proibido como é mais que recomendado o abraço. Ensina Jack, “Um abraço é físico, mas também pode não ser”. Existem outras maneiras de se abraçar as pessoas que amamos. Por exemplo, em relação a nossos clientes, retribuir sua preferência com nossa permanente atenção. Adote essas três letrinhas H, U, G, como o mote de seus negócios e de sua vida. Abraçar, em todos os sentidos e direções, continua sendo a melhor maneira de conquistar e preservar clientes. Assim, “abrace seus clientes sempre”. Em tempos que abraços estão proibidos jamais se esqueça de que todos os seres humanos amam serem acolhidos com simpatia e amor, sempre. E a melhor forma de acolhê-los, é através de algum dos tipos de abraços de Jack Mitchell! Já quanto as nossas vidas, amigos, pais, filhos, netos, avós, bisavôs, tataravôs, preparem-se. Mais alguns meses, espero, e ingressaremos na temporada dos abraços. A maior e mais radical temporada de abraços dos tempos modernos. Tô dentro. E a trilha musical mais que preparada. Claro, Beijinho Doce, composição antológica e monumental de Nhô Pai. Gravada pela primeira vez em 1945, pelas Irmãs Castro. E imortalizada cinco anos depois no filme Aviso aos Navegantes, cantada pela Adelaide Chiozzo e Eliana Macedo. Tínhamos escolhido a gravação do Tonico e Tinoco, mas uma matéria na CNN semanas atrás e decidimos ficar com as Irmãs Galvão para a abertura da Temporada de Abraços… Vamos nessa? “Que beijinho doce, foi ele quem trouxe de longe pra mim Se me abraça apertado, suspira dobrado, que amor sem fim…”.