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Negócio

Escalabilidade das novas fortunas. E o tempero corrosivo do coronavírus

Dentre as principais questões a serem discutidas globalmente e sob o viés ético nestes anos 2020, a possibilidade de se construir fortunas monumentais em uma ou duas décadas. O que no passado, na economia analógica, eram necessárias de 2 a 4 gerações de uma mesma família para que se chegasse a condição de bilionário, hoje, existem casos de menos de uma década, 5 anos, e até 2 anos e, ou, meses… Talvez a mais emblemática referência da escalabilidade decorrente da tecnologia, e onde se inclui a construção de fortunas em tempo recorde, é o todo poderoso Jeff Bezos, o homem mais rico do mundo, com um patrimônio pessoal que caminha de forma acelerada em direção aos US$ 200 bilhões. Tudo começou há pouco mais de 25 anos quando a Amazon foi fundada, e para vender exclusivamente livros, convertendo-se, muito rapidamente, num dos dois maiores marketplaces de todo o mundo. Assim, e sem esconder sua riqueza, semanas atrás, Jeff Bezos comprou a mansão mais cara da cidade de Los Angeles, e que se soma a uma série de outras propriedades que tem ao redor do mundo, e alguns apartamentos na ilha de Manhattan. Por US$ 165 milhões comprou uma propriedade de 1 alqueire e meio – quase 40 mil metros quadrados de terreno, toda cercada de terraços, com casa para hóspedes, piscina, quadras de tênis e campo de golfe… E no meio do caminho, e para atenuar eventuais sentimentos de culpa, tentou e vem tentando ressuscitar um dos mais importantes jornais do mundo, o The Washington Post. Ou seja, se a urgência de spinoffs – desmembramentos – das Bigtechs já constava da pauta de todas as discussões que hoje se trava em todo mundo, e diante do aumento exponencial das desigualdades, a exibição pública da pessoa mais rica do mundo – Bezos – apimenta ainda mais o tema. E é o que o mundo vai discutir em todos os próximos meses, enquanto vai se defendendo do Coronavírus. Que apimenta ainda mais os ânimos e o constrangimento sobre as desigualdades. Por outro lado, e hoje, indo direto para os finalmente, Sergey Brin, Larry Page e Mark Zuckerberg, SÃO OS DONOS DO MUNDO. Isso mesmo, vamos repetir, os três são os donos do mundo. Com exceção da China, e de poucos outros países, Sergey e Larry, Google, e Zuckerberg, “Feice”, Whatsapp e Instagram dominam o mundo. Mandam, fiscalizam, imprimem a tal de verdade, cobram por tudo isso, e dia após dia veem seus domínios e riquezas crescerem ao infinito. Assim, amigos, podem escrever, não passa de 2022 o trio ser encostado na parede, por um mundo pego de surpresas e que não soube reagir a tempo, para exigir um spinoff drástico, e enquadramento a uma nova e radical regulação. Há meses o Whatsapp comemorou 2 bilhões de usuários. Que somados aos 2,3 bi do “Feice”, e 1 bi do Instagram totalizam mais de 5 bilhões de usuários sob o domínio, controle e influência, de Mark Zuckerberg. Por maiores que sejam as superposições. Já o Google, com exceção de poucos países, tem o domínio absoluto de todas as buscas realizadas na digisfera, no chamado ambiente digital. Conhece todos os caminhos, inquietações, dúvidas, ansiedades, merdas, esquizofrenias que todos nós manifestamos, no automático, e no correr de cada novo dia, infinitas vezes por dia. Sabe, com um índice de acerto superior a 80%, o que vamos dizer, o que pretendemos comprar, e com estão nossos sentimentos. Assim, e no momento em que o Whatsapp comemora seus primeiros 2 bilhões de usuários, mais que na hora de considerarmos uma grande conferência mundial, para uma nova regulação da economia global, definitivamente destroçada por todas as conquistas maravilhosas do tsunami tecnológico, claro, com todos os exageros, absurdos e toxidades, inerentes. A última vez que o mundo parou e fez isso foi no ano de 1944, para costurar os estragos de duas Grandes guerras, e em Bretton Woods. Os estragos decorrentes do tsunami tecnológico – e claro, todas as conquistas também – sem derramar uma única gota de sangue, foram e continuam sendo infinitamente, e ainda escalando, mais devastadores que todas as guerras de todos os últimos séculos. Muito especialmente, a Primeira e a Segunda Grandes Guerras. Mais que na hora do mundo organizar a bagunça. Mais que na hora de darmos uma organizada no caos. Antes que…