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Negócio

Marcas soltas, ou, os sem marcas

Em decorrência de erros e acertos, ou de um melhor desempenho dos concorrentes, ou até mesmo de outras circunstâncias, Marcas de Valor, conhecidas, reconhecidas e respeitadas, vão ficando pelo caminho. E muitas dessas marcas, e que ainda possuem um residual de força e reconhecimento grande e consistente, significam ótimas oportunidades para alguns fabricantes. Os Sem Marcas. Meses atrás, com toda a pompa e circunstância, a Positivo lançou uma campanha onde fortalece sua parceria com duas das mais importantes marcas do território de computadores e notebooks: Compaq e Vaio. A Positivo começou como Grupo Educacional, no Paraná, no ano de 1972, e mais como um curso pré-vestibular. E, tendo em anexo, uma gráfica, a Posigraf. Em 1989 é criada a Positivo Informática, por iniciativa de Hélio Bruck Rotenberg, presidente do Grupo, que inicialmente produzia computadores para seus cursos, alunos, e mercado educacional. E a partir de então passa a produzir outros gadgets mais voltados para a educação. Em 2004 passa a vender PCs no varejo e, em menos de um ano, converte-se na maior fabricante de PCs do País. Abre o capital no ano de 2006, passa a fabricar placas-mãe em 2011, celebra parceria com outras empresas, e passa a vender seus produtos ‒ desktops, notebooks e tablets ‒ em outros países, começando pela Argentina, Chile e Uruguai. Na sequência, fabrica e vende smartphones, e, de quebra, um leitor de livros… Em 2017, assumiu e incorporou a sua denominação toda essa trajetória, rebatiza-se de Positivo Tecnologia. E desde então, e através de parceria e licenciamento de marcas, procura qualificar seus computadores somando-se às marcas Compaq e Vaio, na medida em que os computadores com a marca Positivo, por razões decorrentes de seu nascimento e posicionamento, ainda carregam e têm uma percepção de gadgets acessíveis e populares, e de preços baixos. Com a disrupção, com a nova economia, centenas de empresas ainda detentoras de marcas de qualidade, decidiram jogar a toalha, desistir de determinados territórios, mesmo com essas marcas permanecendo com elevados graus de conhecimento e percepção positiva. E assim, e para monetizar essas marcas, e mesmo desistindo desses produtos e mercados, cederam essas marcas a outras empresas e fabricantes, como procederam Sony e HP, e mediante contrato, as marcas Vaio e Compaq para a Positivo Tecnologia. Uma das maneiras de tirar ainda algum – ou muito ‒ leite de marcas vacas leiteiras a caminho da aposentadoria.