Tag: Pernambucanas

Blog do Madia

Diario de um Consultor de Empresas – 10/10/2023

O BRASIL é um oceano de clientes inadimplentes. Outro dia, RIACHUELO E RENNER venderam “R$3,5 BI DE “CRÉDITOS PODRES” por e entre 2 a 3% desse total. De certa forma, “estava tudo no preço…”
1
Negócio

10 anos em 2

Na expectativa dos especialistas, o comércio eletrônico responderia por 20% das vendas de todo o comércio, apenas e a partir de 2030. Porém, veio a pandemia… Por questões emergenciais e de sobrevivência grandes empresas pisaram com os dois pés no acelerador, na medida em que venda a distância e pelo digital passou a ser a única alternativa. As grandes organizações de varejo, as maiores, do dia para noite tiveram que fechar a totalidade das lojas. Ou, no mínimo, 80%. E assim, e diante dessa nova realidade, empresas como Via, Luiza, Marisa, C&A, Renner, Pernambucanas, Americanas, e todas as demais, viram-se diante de duas alternativas. Ou improvisavam e aprendiam a vender a distância correndo todos os riscos, ou, segunda alternativa, não vendiam. Agora, os números mais recentes traduzem de forma precisa e objetiva, essa espécie de crescimento improvável e a fórceps, ou, maturação, ainda que de afogadilho, mais que precoce. Até fevereiro de 2020, o comércio eletrônico não conseguira ultrapassar, em termos de participação, a casa dos 10% no total do comércio. Segundo medida tomada pela Fundação Getúlio Vargas, e para sermos mais precisos, o recorde era de 9,2%. Em quatro meses esse percentual saltou para 19,8%, e hoje, pode se dizer consolidou-se acima de 20%. Ou seja, de cada cinco vendas, uma acontece no digital e a distância. O número preciso aferido pela FGV no mês de junho era de 21,1%. Olhando-se por um outro viés, e também sobre as medidas tomadas pela FGV, o que se observa é que antes da pandemia, 49,7% das empresas pesquisadas jamais fizera uma única venda pela internet. O índice específico é de 49,2% vendas zero pelo digital. 4 meses depois, julho de 2020, esse percentual despencou para 29,4%. E, na última medida, 20,2%. Em síntese, amigos, e como era mais que previsível na medida em que o comércio analógico, em quase a sua totalidade, fechou suas portas, e as pessoas tendo que consumir, comer, beber, manter seus hábitos de higiene, e caprichar na beleza, não restou outra alternativa às empresas do que aprender a vender a distância, assim como as pessoas de aprenderem a comprar a distância. E segue a vida, agora, e já com uma nova realidade e que só tende a encorpar em todos os próximos anos. Não existe mais volta…
Negócio

C&A à venda?

Lembram dessa notícia? Por tudo o que vem acontecendo deve ter desistido… No dia 19 de outubro de 2020, e pela enésima vez, a notícia de que a C&A encontrava-se à venda no Brasil. Segundo as notícias, e depois de se desfazer de suas operações na China e no México, a família Brenninkmeijer, controladora da C&A, também considerava vender sua operação no Brasil. Naquele momento eram 288 lojas, 550 mil metros quadrados de áreas de vendas, receita líquida de R$1,2 bi, e um valor de mercado, tendo como base a cotação de suas ações, de R$4,0 bi. E como é do conhecimento de todos, e desde então, as notícias esmoreceram, e a C&A não para de trabalhar, e vem sobrevivendo a pandemia com galhardia, competência e muita inovação. A C&A no Brasil é presidida por Paulo Correia Junior, 56 anos, engenheiro pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, e com MBA pela Duke University. Em 17 de setembro de 2021 concedeu longa entrevista para Daniele Madureira da Folha, fazendo uma espécie de balanço da C&A durante a pandemia. Sua manifestação é da maior importância na medida em que traduz a direção para onde o varejo de moda vai caminhando no Brasil, e pelo que temos comentado com vocês e de que, muito brevemente, os Shopping Centers deixarão de serem Shoppings, e se converterão em Livings. Livings Centers. Dentre os registros da C&A durante a pandemia, a migração de parcela expressiva das compras para, e no mínimo, começar a partir do celular, muito especialmente dos heavy users da rede, a classe média. Paulo disse, “Até antes da pandemia prevaleciam consumidores de maior renda no comércio eletrônico. Desde então o conforto em realizar compras pelo digital vem se generalizando. As pessoas conferem nas redes sociais o que as demais pessoas estão usando, e quando descobrem uma linda calça ou blusa começa a tal da jornada de compra. Digita alguma característica da peça e verifica se cabe em seu bolso. Tanto pode fazer um print, como ir direto para um carrinho de compra. Depois dão um pulo na loja para experimentar e concluir a compra”. E completa, “É impressionante o número de nossas clientes que chegam na loja com um print em suas mãos…”. ‒ O antes e o agora ‒ “Antigamente, comprar roupa era dar uma voltinha no shopping. Hoje as formas são várias e diferentes. Shoppings seguem importantes como lazer, mas as compras agora podem até não acabar, mas, começam, invariavelmente, no digital, nas redes sociais, no site, no WhatsApp…”. ‒ A grande mudança ‒ “Desde 2010 estava mais que claro para nós sobre a mudança a caminho, e que já aconteceu, e que é o cliente no comando. As empresas precisam se redesenhar, criar canais, produtos, ofertas, promoções, baseadas numa jornada que independe delas, e é exclusiva do cliente. Tudo o que tem que fazer é revelarem-se disponíveis na forma e no momento certo com o produto certo…”. ‒ Minha C&A ‒ “Durante a pandemia criamos a Minha C&A. Onde nossas clientes tornam-se donas de uma loja C&A hospedada em nosso site. Tem autonomia para personalizar a loja com até 24 produtos, e que divulgam da forma que quiserem. Ganham uma comissão de 8% a 10% sobre o preço final. Mesmo que a pessoa não compre um dos 24 produtos, mas compre outro produto qualquer e informe o código da nossa cliente, independentemente do valor, será devidamente comissionada”. ‒ Exército digital C&A ‒ Segundo Paulo Correa, apenas no segundo trimestre deste ano a C&A investiu 62% de toda a sua verba de comunicação no digital, totalizando um investimento no período de R$87,3 milhões. E emprega 620 profissionais nessa missão e tarefas. dentre as plataformas, no segundo trimestre deste ano, o WhatsApp representou 35% de todas as vendas online. É isso amigos, todas as organizações, em maior ou menor dimensão, de forma mais rápida ou demorada, todas sem exceção, mudaram por completo sua forma de realizar vendas, e aderindo a multicanalidade. Outro dia, quem anunciou a mudança foi a Pernambucanas, a última das grandes organizações a mudar e atualizar radicalmente seus sistemas de vendas. Mais que na hora.
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 04/03/2022

10 ANOS EM 2. Premido pelas circunstâncias, leia-se, pandemia, o comércio eletrônico muito especialmente as GRANDES ORGANIZAÇÕES DO VAREJO tiveram que se reinventar para sobreviver. E assim, o COMÉRCIO ELETRÔNICO abreviou e em muito, seu tempo de maturação.
Negócio

Pernambucanas, 112 anos depois

Poucas empresas do varejo brasileiro são tão longevas e mantêm-se sadias e vivas como a Pernambucanas. Fundada no dia 25 de setembro de 1908, na cidade de Recife, pelo empresário sueco Herman Theodor Lundgren. Precisava dar vazão aos tecidos que fabricava em sua tecelagem, a Companhia de Tecidos Paulista. Em 1910, abre uma primeira loja na cidade de São Paulo, no marco zero da cidade, Praça da Sé. Décadas depois um de seus comerciais tomou conta do Brasil referindo-se ao inverno… lembram?… “Quem bate? É o frio? Não adianta bater que eu não deixo você entrar… As Casas Pernambucanas é que vão aquecer o seu lar… Eu vou comprar flanelas, lãs e cobertores, eu vou comprar nas Casas Pernambucanas, e nem vou sentir o inverno passar…”. Hoje, e desde 1980, a mais tradicional loja do varejo brasileiro, e mesmo chamando-se Pernambucanas, não possui mais nenhuma loja naquele estado. Brigas de família e de herdeiros determinaram uma sucessão de crises na empresa, alguns dos braços faliram, e a que mais resiste é a Arthur Lundgren Tecidos, que tem sua base em São Paulo, e com presença em outros nove estados. E veio a pandemia, e pelas características de sua clientela, precisou correr atrás. Não só investindo fortemente em sua presença no digital, mas pegando parte expressiva de sua clientela pelas mãos no processo e em caráter de emergência de migração. Dentre outras novidades, passou a vender pelo WhatsApp, passou a oferecer frete grátis, adotou o modelo de entregas drive-thru, também, e instalou totens do lado de fora de suas lojas para pagamentos de boletos e faturas do cartão. E ainda, e em seu canal no YouTube, também replicou o tutorial. Em sucessivas entrevistas à imprensa o presidente da Pernambucanas, Sergio Borriello, reitera a disposição da empresa seguir investindo, e que a pandemia não mudou os planos. Para se capitalizar vendeu 66 das propriedades de 66 imóveis onde possui lojas para o Credit Suisse, o que lhe garantiu uma injeção de capital da ordem de R$ 450 milhões, encerrou o ano com 412 lojas, e pretende fechar 2021 com 450 lojas. Nos planos da Pernambucanas a ideia de seguir como empresa familiar, e não considerando a possibilidade de abertura de capital. A vovó das redes de varejo do País sobrevivendo com dignidade na terrível pandemia. Mas, e em algum momento, inexoravelmente, terá que reconsiderar, se reinventar, reposicionar, sob pena de… Não chegar aos 200 anos…
Blog do Madia MadiaMM

Diário de um Consultor de Empresas – 10/02/2021

Francisco Madia comenta sobre a PERNAMBUCANAS, 112 ANOS DEPOIS. Poucas empresas do varejo brasileiro são tão longevas e mantém-se sadias e vivas como a PERNAMBUCANAS. Fundada no dia 25 de setembro de 1908, na cidade de Recife, pelo empresário sueco HERMAN THEODOR LUNDGREN. “Quem bate? É o frio? Não adianta bater que eu não deixo você entrar… “