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Viver é perigoso

Todos sabem disso. Comprar na internet, então… Imagine se as pessoas não tivessem medo e se sentissem seguras comprando no digital. Mais que na hora das empresas orientarem e cuidarem de seus clientes. Um absurdo consentirem, por omissão, que bandidos deem golpes utilizando suas marcas como se isso não lhes dissesse respeito… Podemos estar vivos agora, e no minuto seguinte sairmos à rua e sermos atropelado, ou uma laje despencar do alto de um prédio e cair em nossa cabeça. É uma possibilidade mínima, uma espécie de azar lotérico, mas pode acontecer. De qualquer maneira, nenhum de nós, para sua vida, porque uma laje pode despencar na sua cabeça. Seguimos a vida. Assim como nenhum de nós tem a menor dúvida quando realiza uma compra numa loja. Muito especialmente se já viu a loja antes, se sempre passa em frente, se já comprou alguma vez sem nenhum problema, e não tem a menor dúvida que existe. E que se a compra não der certo sabe onde trocar, devolver, reclamar. O mesmo não acontece no ambiente digital. Se somos pós-graduados nas compras no analógico, no digital somos primários e com todas as razões e motivos desconfiados. No mínimo, uma única vez, alguém tentou dar um golpe em todos nós pelo digital. No mínimo um de cada 10 de nós já sofreu um golpe e, ou teve um trabalhão para recuperar, ou assumiu o prejuízo e tocou em frente. Curto e grosso e indo direto ao ponto. 99 em cada 100 pessoas compram pelo digital e, no mínimo, com uma pontinha de dúvida e insegurança. Por mais experiente e tranquila que seja uma pessoa, comprar no digital ainda implica em alguma tensão ou nervosismo. Até hoje, oito em cada 10 pessoas, com o carrinho virtual já quase cheio numa compra no digital, diante de qualquer dúvida saltam fora e abandonam o carrinho. A quantidade de carrinhos abandonados pelo digital é gigantesca. Para cada um que chega até o fim e concluem a compra, quatro ficam pelo caminho. E aí, muitos e mais conselhos sobre como as pessoas devem se comportar no ambiente digital. Claro, sempre é bom precaver-se, mas conselho vai até um certo ponto e para. E não existe conselho que resista a uma trombada, a um acidente ou golpe de percurso. Essa é a realidade. Se viver é inseguro, comprar no digital, mais inseguro ainda. Assim, lemos no O Globo, dia desses e sorrindo de início, mas incomodados no meio, uma série de conselhos de como as pessoas que compram no digital devem se comportar. Que cuidados devem ter. Coisas do tipo, Atenção à linguagem das pessoas que supostamente compraram e só são elogios, ou,Atenção a comentários repetidos, que certamente foram produzidos por uma mesma pessoa em nome de muitas, ou,Atenção nas imagens dos produtos. Se são reais, ou copiadas de bancos de imagem, ou,Atenção, sempre ir atrás das pessoas que assinam as avaliações, e confiram se são de verdade, ou,Atenção, olho no preço, quando o milagre é demais até santo desconfia. E por aí vai… É isso, amigos. Esse é o maior desafio das compras no digital. Da mesma maneira que levamos décadas para nos acostumarmos com a figura clássica dos vendedores, em que no início as lojas tinham um aviso em suas portas, Caveat Emptor – o comprador que se precate ou previna, na medida em que o vendedor não assume nenhuma responsabilidade sobre o que está vendendo. Mais ou menos é o que acontece agora com algumas vacinas de grandes e renomados laboratórios que adotam o mesmíssimo Caveat Emptor nos contratos que celebram com diferentes países e que se submetem a essa cláusula, ‒ não assumem a responsabilidade por nada ‒ também levaremos algumas décadas para conseguirmos, quem sabe um dia, comprarmos com a mesma segurança e tranquilidade que compramos nas lojas físicas, e, presencialmente, olho no olho. De qualquer maneira, continuamos sem entender porque todas as empresas que recorrem ao comércio eletrônico não assumem suas responsabilidades. Os golpistas estão tentando dar um golpe nas pessoas e em nome dessas empresas, usando as marcas dessas empresas. Pergunta, por que as empresas até agora não criaram um espaço em seus portais e aplicativos para que as pessoas “reenderecem” para elas, todas as mensagens, promoções, e ofertas suspeitas que recebem? Para que façam a devida filtragem, para que orientem, para que tenham consciência do que os criminosos estão fazendo com suas marcas, e tenham uma noção dos estragos que suas marcas vêm sofrendo… Um dia isso obrigatoriamente vai acontecer. E não demora muito.
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Casa de leilões e funerárias

Em momentos de escalabilidade de mortes de pessoas e de empresas, casa de leilões e agências funerárias prosperam. Por tristes e dolorosos motivos, mas, oportunidades são oportunidades, e serviços, por mais constrangedores e indesejáveis que sejam, fazem-se necessários. Assim, e enquanto as fábricas de móveis começavam a sentir uma queda brutal na procura por seus produtos, as empresas de leilões não tinham mais como conciliar as datas de leilões de tantos produtos que receberam nos últimos meses. Algumas nem mais aceitam por falta de espaço para guardar, e também falta de novas datas para leilões. A demanda que mais vem surpreendendo os leiloeiros, nestes tempos de pandemia, demanda de seus serviços, são a de milhares de empresas querendo colocar parte ou a totalidade de seus móveis e até mesmo equipamentos para leiloar. Isso posto, as casas de leilões de novembro para cá passaram a ser mais seletivas, e em muitas situações recusam-se a aceitar o serviço. Um dos milhares de compradores em leilão dos móveis e equipamentos que sobraram das empresas, disse, em matéria recente do jornal O Globo, “Comprei por R$ 300 uma cadeira que custa mais de R$ 1000, além de duas mesas por R$ 100, cada, e que custariam, individualmente, na faixa de R$ 500… No total das compras economizei mais de 70%…”. Enquanto isso, fábricas de móveis de escritório seguem muitas, ou com a produção sensivelmente reduzida, ou parada, e, algumas, fecharam para sempre. E sobre as funerárias quase desnecessário comentar. Dia sim outro também e em meio a dezenas ou centenas de caixões ocupam as primeiras páginas dos jornais. Se, no século passado, autores famosos diziam que enquanto as pessoas choram pelas tragédias era oportuno vender lenços. Se, em grandes ventanias nos mares, navegadores enfunavam as velas, se nosso adorado mestre e mentor Peter Drucker recomendava que nas chuvas as pessoas recorressem às bacias. Hoje, funerárias e casas de leilões prosperam absurdamente, prestam um serviço social da maior importância, ainda que e em decorrência de uma tragédia. Quem diria que um dia essas instituições iriam recusar clientes…
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Vídeo 29

Nesta série comemorativa dos 41 anos da MADIA, procuramos refletir com todos vocês sobre a necessidade mais que urgentíssima de darmos um jeito neste velho Brasil, e depois de 520 anos. De nos tornarmos um país de verdade, de nos convertemos num BRASIL MODERNO. Hoje vamos refletir sobre a morte de uma brasileira, sobre o que aconteceu com a quase totalidade da bancada de jornalistas da GLOBONEWS e do EM PAUTA, das exceções SARDENBERG e EURÍPEDES ALCÂNTARA no O GLOBO, e o lamaçal de injustiças e crimes que se converteu a suposta Justiça do Brasil.
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Vídeo 08

Hoje o oitavo episódio desta série dos 41 anos da MADIA, onde, pretendo contar com adesão de todos vocês no processo de construção de nosso legado. De deixarmos para nossos descendentes, um BRASIL NOVO. Um BRASIL DE VERDADE. Hoje, infelizmente, voltamos a comentar sobre a pedra gigantesca e tóxica que impede termos um país melhor e mais justo. A lamentável, injusta e corrupta JUSTIÇA brasileira. Como lembrou a todos nós nesta semana o jurista e acadêmico JOAQUIM FALCÃO, “CHEGA DE ADIAR O BRASIL!”