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Uma nova Kopenhagen

A semana passada, conforme amplamente noticiado, a Nestlé comprou a quase centenária Kopenhagen. Criação do casal David e Anna Kopenhagen, comprada em 1996 pelo Grupo CRM – Celso Ricardo de Moraes, e que celebrou um acordo societário em 1º de outubro de 2020 com a Private Equity Advent International. Nesse período todo, preservada, fortalecida e multiplicada pela competência e talento de Renata Moraes Vichi, e que, segundo informações da Nestlé, seguirá no comando executivo da empresa. Mesmo traumatizada pela compra da Garoto, que depois de mais de 21 anos conseguiu, finalmente, ver aprovada mediante acordo com o CADE, a Nestlé decidiu dar mais um passo adiante, e assim, e de certa forma, ocupar todas as faixas e territórios do negócio do chocolate em nosso país. Nos chocolates mais populares e de entrada, Garoto, nos de valor agregado e intermediário Nestlé, e nos segmentos top, Kopenhagen. E ainda um acordo que a Kopenhagen do Advent tinha com a Lindt e que não se sabe se irá continuar. Antes da compra da Garoto, no mês de julho, a Nestlé anunciava R$2,7 bi de investimentos em suas marcas de chocolates e biscoitos em nosso país, e até o ano de 2026. Na ampliação de três fábricas, e, maior ênfase no programa de sustentabilidade de produção de cacau. E agora, e depois do acordo com o CADE para encerrar a novela Garoto, a compra da mais legendária marca de chocolates de nosso Brasil, um país que definitivamente ama chocolate, a Kopenhagen. No mais recente levantamento realizado pela ABICAB, Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas, em parceria com a KPMG, um mercado/consumo que não para de crescer: 9,8% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo trimestre de 2022. Ano em que o consumo per capita foi de 3,6 kg, contra os 3,2 kg de 2021. Mais que óbvio que o espaço que disponho para meus comentários é absolutamente insuficiente para falar sobre a importância, dimensão, e valor do negócio de chocolates no Brasil. Mas, o suficiente para importantes registros e observações: 1 – Dois jovens brasileiros mudaram a história do chocolate em nosso país. Alexandre Costa, Cacau Show, e Renata Moraes Vichi, Kopenhagen e Brasil Cacau. 2 – Na medida em que Alê e Renata investiram na popularização e disseminação do hábito, multiplicando, de forma monumental, o número de pontos de venda, fizeram pelo chocolate em nosso país, o que as gigantes jamais consideraram fazer. 3 – Com a estratégia de multiplicação de pontos de venda de chocolate, e a partir de um determinado momento, o café foi junto fortalecendo o acesso e o hábito dos brasileiros tomarem café. 4 – A partir de um determinado tamanho e dimensão, ao menos até esta semana, as grandes corporações globais chegam e compram, minimizando eventuais riscos. Como aconteceu um dia com a Lacta, com a Garoto, agora com a Kopenhagen, e quem sabe, um dia, com… todas as demais que fizerem a trajetória espetacular de Renata Moraes, e, Alê Costa… Portanto, sem surpresas!
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Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 14/09/2023

No teste cego do Estadão, LINDT, disparado, o melhor chocolate. 3 vezes mais caro que a média dos demais chocolates.
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Brasil, “o país de futuro duvidoso e passado incerto”

Um dia Pedro Malan disse a frase acima, consagrou-se como frasista e tudo ficaria assim mesmo se algumas pessoas não tivessem ouvido a mesma frase de autoria de Gustavo Loyola. Como essa dúvida persistirá para sempre, e em artigo na Folha, Sérgio Dávila repetiu essa história e concluiu, “No Brasil, até a autoria da frase de que o ‘Brasil é o país do futuro duvidoso e passado incerto’ é incerta…”. O Brasil, sobre todos os aspectos, sobre os piores, principalmente, surpreende. Conseguiu julgar um político mais que comprovadamente ladrão infinitas vezes e condenado em todas as instâncias, e mais, e mesmo assim, por obras de um supremo que é um ínfimo, um inseto desprezível e lamentável, acabou sendo absolvido e periga ainda ganhar muitas indenizações. Agora fato semelhante acaba de acontecer no território das fusões e aquisições. Depois de 20 anos, onde e finalmente tudo caminhava para uma decisão, a compra da Garoto pela Nestlé no ano de 2002 que se encontrava em final de julgamento no Cade — Conselho Administrativo de Defesa Econômica — tem tudo reaberto por decisão do presidente da instituição, Alexandre Barreto. Dentre os fatores que mais atrasam nosso país, que espantam investidores, que afugentam grandes corporações, e que só traz para cá os piores tipos de aventureiros, de longe, a insegurança jurídica é o maior de todos. O Brasil é o país do “veja bem”. E “veja bem”, o certo de ontem pode ser o incerto de anteontem, ou o certo de amanhã que se revelará incerto depois de amanhã, ou seja, como nos ensinou em sua música Caetano Veloso: “É preciso estar atento e forte, não temos tempo de temer a morte… tudo é perigoso, tudo é divino maravilhoso, é preciso ter olhos firmes para este sol, para esta escuridão…”. Rapidinho, 2002 – Nestlé anuncia ter comprado a Garoto. 2004 – Cade barra o negócio e manda que seja desfeito. 2007 – Nestlé entra com recurso na Justiça e vence. 2009 – Em segunda instância decisão que beneficiava Nestlé é anulada. 2016 – Nestlé e Cade celebram um acordo e a empresa compromete-se a vender dez de suas marcas… 2018 – Nestlé recusa-se a cumprir algumas das exigências do Cade. 2021 – Justiça nega recursos da Nestlé contra a decisão de 2009 e que determinava um novo julgamento. 2021 – Cade não apresenta recursos e tudo volta ao começo… Brasil parece aquele joguinho de tabuleiro em que se joga os dados e a ordem é, voltar tudo para o início… Complementaria a frase, “Brasil, o país do futuro duvidoso, passado incerto e presente… ‘veja bem’…”. Assim, e definitivamente, não daremos certo. Permaneceremos sendo, para sempre, como a personagem de Scott Fitzgerald no The Great Gatsby, “Barcos contra a corrente, arrastados incessantemente para o passado…”.
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Negócio

Melitta atropela Nestlé

Algumas das principais transformações no produto café dos últimos 100 anos tem a responsabilidade e levam a assinatura da Nestlé. Apenas para citar duas, a criação e lançamento do Nescafé, no século passado, e atendendo a um pedido do governo brasileiro que não sabia o que fazer com sua produção descomunal. E há 40 anos, a pesquisa, desenvolvimento, formatação e lançamento do Sistema Nespresso de café, para pessoas físicas e jurídicas também. Já a Melitta, Amalie Auguste Melitta Bentz, que nasceu na cidade de Dresden, Alemanha, filha de um editor e vendedor de livros, já dona de casa e preocupada com os desperdícios, sujeiras, e desafios de se fazer um café de qualidade, um dia teve sua epifania: fez pequenos furos no fundo de uma caneca de latão, criando uma espécie de peneira, e recorreu a um pedaço do papel borrão que seu filho Willy tinha em seu caderno escolar, acabando por inventar não apenas o primeiro filtro, mas como uma nova forma de se fazer café. Requereu patente a instituição específica da Alemanha, que reconheceu sua inovação e, no dia 20 de junho de 1908, recebeu a patente de sua descoberta. E assim nasceu o sistema Melitta de se fazer café. Hoje Melitta Group, que tem sua sede mundial na cidade de Minden na Alemanha, e com um faturamento próximo de € 2 bilhões. Hoje um grupo que atua com diferentes produtos nas diferentes etapas da cadeia de valor do café. Do pó, passando pelo filtro, pelas cápsulas, cafeterias, garrafas térmicas. E agora, como iniciamos nossos comentários, salta na frente da Nestlé, que inventou as cápsulas, mas não conseguiu cuidar do descarte das mesmas como deveria. A Melitta passa a trabalhar com cápsulas de material biodegradável e compostável. Produzidas a partir de matérias-primas de fontes renováveis, sem transgênicos, bisfenol A e alumínio, devidamente certificadas. Mas, e em nosso entendimento, está na solução que encontrou para o descarte, ou logística reversa, sua melhor iniciativa e contribuição. Contando com a colaboração e responsabilidade de seus clientes, desenvolveu um sistema em que a cada 50 cápsulas usadas, o cliente cadastra-se no site da Terracycle, e sempre que for devolver as cápsulas imprime uma etiqueta e despacha as cápsulas pelo correio, sem nenhum custo, além de ter consciência de estar dando sua contribuição inestimável para um mundo menos poluído. Aguarda-se brevemente uma forte resposta da Nestlé. E só existem vencedores, quando a concorrência é pela qualidade responsável.
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 20/08/2021

BRASIL, o país até onde o passado é incerto, o futuro duvidoso, e o presente, talvez…
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 29, 30 e 31/05/2021

Francisco Madia comenta sobre MELITTA ATROPELA NESTLÉ. Algumas das principais transformações no produto café dos últimos 100 anos tem a responsabilidade e levam a assinatura da NESTLÉ. Mas agora, a MELITTA salta na frente…
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Delirius Digital Tremens

Supostamente o beato Antonio Conselheiro teria previsto, que, “o sertão vai virar mar, o mar vai virar sertão”. Quando olhamos no que se apresenta, e vemos a Nestlé e a Unilever atropelando desembestadas a cadeia de valor e vendendo direto ao tal do consumidor final, leia-se, nós, pelo Facebook, começamos a sorrir de nervosismo. Quando do dia para a noite os grandes bancos são atacados por milhares de bichinhos chamados fintechs, e que até ontem eram lojas, sites, farmácias, barracas de feira, sorveteiro da esquina e todos os Zé Manés possíveis e inimagináveis, abrimos um sorrisão, mas nossas mãos tremem. Quando as casas de leilões de móveis, geladeiras, fogões, tapetes, recusam-se a receber mercadoria porque não têm mais onde literalmente enfiar, tão grave é a ressaca da coronacrise já não conseguimos nem mesmo esboçar um sorriso. Quando João Doria e Jair Bolsonaro se estapeiam na disputa de uma luta de boxe só programada para novembro de 2022, começamos a nos coçar e ter vontade de espancar os irresponsáveis. Mas, de repente, e quando chegamos mais perto, o Doria que tem uma casa de um quarteirão nos Jardins e um Palácio no Morumbi, de dedo em riste, cuspindo fogo pelos olhos e de chicote nas mãos manda os miseráveis trancarem-se em seus barracos e cubículos, e Bolsonaro, em sua tosca normalidade, manda demitir todos os que os cercam exclusive e tão somente seus santos filhos começamos a colocar em dúvida nossa sanidade mental. Onde foram parar as almas abençoadas e generosas? As pessoas de boa-fé, dotadas de imensa compaixão e infinita empatia? O gato comeu? Em 20 anos cinco empresas, as tais das big techs apoderaram-se do mundo. Incomodava-nos, antes, vizinhos bisbilhoteiros que sempre encontravam um jeito de invadirem nossas vidas. E palpitarem… Hoje, sorrimos de felicidade, entregamos tudo, numa boa, de uma forma mais absurda do que os índios encantados com pentes e fivelas. E quando circunstancialmente, assim como no filme Awakenings, temos breves despertares e esboçando alguma reclamação, as top five nos mandam calar a boca mesmo porque elas não têm nada com isso, mesmo porque e quando perguntados se aceitávamos, dissemos, açodados e excitados, Sim! Sim! Sim! As top five são capazes de prever com uma margem de erro inferior a 1% o que vamos comprar nas próximas horas, quando soltaremos o próximo pum, e se as eleições fossem hoje, com absoluta certeza e precisão o nome dos vencedores. A AI – Artificial Intelligence – mais que encontrar todas as respostas é capaz de fazer perguntas que somos incapazes de formular, e assim, descobrir coisas sobre os carneirinhos, nós, que jamais consideramos. Mas um dia… Diminuímos na bebida e nos intoxicamos nas redes sociais. DDT – Delirius Digital Tremens! Assim, e na primeira metade desta década, o mundo passará por uma geral, acionando um megafreio de arrumação. Joana I, rainha de Nápoles e condessa da Provença, estipulou os estatutos dos bordéis de Avinhão. E notabilizou-se por ser a proprietária da casa mais famosa do mundo, a Casa da Mãe Joana. E que é onde hoje estamos todos, provisória e precariamente, morando. Assim, chegou a hora do pit stop. Para uma água, regulação, antes de seguirmos em frente. E das big techs voltarem à Terra, respeitar incautos, ingênuos e inconsequentes, e, como dizia o Pequeno Príncipe, serem responsáveis pelos tontos que cativaram com muita tralha, bugigangas, e coisas extraordinárias e espetaculares.
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O mundo das cápsulas, ou, a tríplice coroa da Nestlé

O mundo das cápsulas começa no ano de 1970, quando a Nestlé constituiu uma primeira equipe de técnicos para correr atrás de uma hipótese. A hipótese de se criar uma máquina para uso das pessoas, famílias e empresas, também, e que conseguisse produzir um café igual, ou melhor, ao tirado pelos melhores baristas. Todo o trabalho consumiu mais de uma década. Um primeiro protótipo ficou pronto em 1976, a partir do qual a Nestlé requereu a devida patente. 10 anos depois, 1986, decidiu constituir a Nespresso, na cidade suíça de Vevey, em parceria com um fabricante local, a Turmix, começando com uma operação piloto de venda do sistema Nespresso – máquinas + cápsulas – na Suíça e na Itália. Antes da virada da década foi lançado nos Estados Unidos. Exatamente na semana em que o Francisco Madia e o Fabio Madia estavam em Nova York, e conheceram o lançamento no Bloomingdale’s, da 3ª com a Lexington. “Quando fomos nos aproximando do lugar de degustação, aquelas cápsulas metálicas em caixas de madeira mais lembravam bombons…”, contam os Madias. Desde então o business das cápsulas invadiu o mundo, e escalou numa velocidade espetacular. De certa forma, e para dezenas de produtos, começamos a viver o mundo das cápsulas! Mesmo improvável, especialistas garantem que em questão de anos daremos fim às garrafas de refrigerantes, sucos, demais bebidas. O fim do transtorno da logística e distribuição para os fabricantes. O fim de garrafas e latas pesando entre 300 e 700 gramas, substituídas por cápsulas que pesam menos de 10 gramas. E com as máquinas nas casas, “tirando” as diferentes bebidas na hora. Mas, e como não poderia deixar de ser, e na medida em que as patentes da Nespresso expiraram, e hoje existem milhares de empresas que envasam cafés, chás e outras bebidas em cápsulas, vivemos o desafio do descarte. Que, pressionadas, e finalmente, as empresas começam a encarar. Semanas atrás, a Nestlé publicou um encarte nos jornais comentando sobre como vem procedendo para atenuar o acúmulo de cápsulas pela natureza. Demorou, em nosso entendimento para a Nestlé tomar essa decisão e começar a movimentar-se, mas parece que desta vez, e devido a pressões de diferentes organismos, o desafio será encarado com maior responsabilidade. Semanas atrás fez parceria com o Pão de Açúcar para receber o descarte em algumas lojas na cidade de São Paulo. De qualquer maneira, e esse mérito jamais poderá ser tirado, a Nestlé mudou para melhor, para muito melhor, a alegria e prazer de tomarmos um café de ótima qualidade, assim como a cultura de compra e consumo de bebidas. Talvez, nem mesmo a Nestlé tenha se dado conta da importância de sua inovação. E tenha demorado tanto para avançar e ocupar mais posições no território das bebidas, e muito especialmente, dos cafés. Nestlé, a mesma empresa que salvou a cafeicultura do Brasil no ano de 1929, a pedido do governo brasileiro, que não sabia o que fazer com os excedentes de café, em decorrência da quebra da bolsa em Wall Street, e com seu novo método de preparo naquele momento histórico, o Nescafé. O café solúvel. São poucas, raras mesmo, as empresas que conseguem associar de maneira consistente e forte sua marca com três alternativas de alimentos. A Nestlé conseguiu essa proeza. Relacionamos, reconhecemos e testemunhamos a autoridade da Nestlé, nos territórios do leite, do café, e do chocolate. Com total merecimento. Uma empresa tríplice coroada!
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Cleusa “Sodiê” a Cleusa que não é presentes… E que jamais considerou desistir…

Poucas mulheres empresárias tiveram sua história contada em prosa e verso, nos últimos 10 anos, como Cleusa Maria da Silva. Se vocês teclarem no Google seu nome, o buscador rei em frações de segundos registra 2.260.000 referências. Todas as das primeiras páginas do Google dizem respeito a ela. “De boia-fria a rainha dos bolos fatura R$ 290 milhões”, primeira busca a aparecer e de matéria do Uol. Na sequência vem o portal da Anamariabraga, Gazeta do Povo, Revista Claudia, Veja SP, IG, PME Estadão, e não para mais… Semanas atrás foi entrevistada pelo portal da Veja, em vídeo, e mais adiante ocupou as duas páginas da seção Primeira Pessoa da revista. E repetiu sua história de vida, emocionante e referencial, como a de milhares de pessoas, e onde a maioria fica pelo caminho, e os poucos como Cleusa que chegam lá têm o dever e a obrigação, ainda que isso resulte em benefício para o crescimento de seu negócio, de contar repetidamente para que inspire outras pessoas em situação semelhante. Como milhões de brasileiros uma infância pobre e sofrida. Morava no Paraná com pai, mãe e mais nove irmãos. Um dia o pai morreu, a mãe foi demitida e a família foi morar na casa dos avós, na cidade de Salto. Trabalhou nas lavouras de canas-de-açúcar durante 4 anos, cortando cana com as mãos e picada pelas abelhas. Um dia, uma tia pediu para a mãe deixar Cleusa ir com ela para São Paulo. Diante da recusa da mãe Cleusa ponderou “Mãe, não estou indo embora, apenas vou em busca de ajuda…”. Trabalhou como empregada doméstica em São Paulo, e mandava o salário para a mãe e a família. Fez supletivo à noite, concluiu o ensino fundamental, foi morar com um tio, arrumou emprego num escritório, mas teve que voltar para Salto. Foi trabalhar numa empresa, morre o dono, e vai ajudar a viúva. Viúva que vivia de fazer bolos para fora… Diz Cleusa, “eu comecei a ajudar, e…”. Respira fundo, cria coragem, e, abre uma primeira loja. Um dia um cliente fiel falou sobre franquia… E hoje, 2020, Cleusa Maria da Silva, 53 anos, é dona de uma empresa que aproxima-se dos R$ 300 milhões de faturamento. 300 lojas pelo Brasil e uma primeira na cidade de Orlando, Estados Unidos. Difícil dizer qual foi o tipping point de Cleusa. Ou ponto de inflexão, ou momento em que a vida muda… Foram muitos. A morte do pai, a ida para Salto, o convite da tia para mudar-se para São Paulo, a morte do marido da patroa que fazia bolos… Mas tem um específico que em nosso entendimento, consultores da Madia, coroa melhor essa história de sucesso. Conforme Cleusa contou para Gisela, do caderno Pequenas Empresas do Estadão… Diz Cleusa, “O negócio foi batizado inicialmente de Sensações Doces, mas todas as tentativas de registro do nome eram barradas por uma multinacional. Um dia descobri que essa multinacional era a Nestlé. E que obstava meu registro por causa do Chocolate Sensação… Fiquei quatro meses sem dormir… Um dia minha advogada e amiga me entrega um guardanapo de pano escrito Sodiê. Juntou o nome de meus dois filhos, Sofia e Diego. No mesmo dia o nome foi aprovado. Até hoje me emociono quando conto essa história…”. Uma encantadora história que merece ser contada sempre. Quanto à epifania do naming, raríssimas vezes caminhos como o encontrado pela Sodiê funcionam. Felizmente, Cleusa e seu negócio inserem-se no território das exceções que fortalecem a regra. Jamais brinque ou improvise com a denominação que você venha a dar ao que quer que seja. É para sempre… Cleusa, a da Sodiê, Sofia e Diego, Mais que merece! Fez por merecer. Jamais considerou jogar a toalha.