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Negócio

Tomada de consciência. Será?

Há décadas que a indústria têxtil está mais do que cansada de saber que é dentre todas as atividades a que mais utiliza o chamado precioso líquido da vida, a água. Toda produção de tecidos, “bebe”, consome, absurdamente água, e dentre todos, e pelos processos de tingimento, o jeans, destacado, é o grande e irresponsável bebedor. É daquelas verdades que todos sabem, fingem ignorar, e mandam ver. No ano de 2017, um documentário canadense colocou o chamado dedo no problema e denunciou a orgia com a água dos fabricantes de jeans. Trata-se do documentário Riverblue, obra do diretor David Mcllvride. Que segue os caminhos de Mark Angelo, mais conhecido como o Protetor das Águas, que vai pesquisar diferentes rios da Índia, China, Reino Unido, Indonésia, Bangladesh, Zâmbia e Estados Unidos. E, é na China, que se encontra o rio mais poluído do mundo pelos fabricantes de jeans. O Pearl River Delta, cujas águas “lavam” 300 milhões de jeans por ano. A versão sobre quantos litros de água consome, por exemplo, uma calça jeans oscila entre 100 e 200 litros. Ou seja, a fabricação de uma única calça jeans consome mais água que um ser humano bebe em meses. Isso posto, a marca que conseguir agregar esse senso de responsabilidade nos jeans de sua fabricação, e conseguir que as pessoas tomem conhecimento dessa realidade, ganhará uma tremenda vantagem competitiva. E assim, a corrida para ver qual o jeans mais ambientalmente responsável segue a toda velocidade. Meses atrás a Malwee anunciou a modernização de todo o seu sistema de fabricação, prometendo que com o novo sistema o uso de água, dependendo do modelo, terá uma redução de 80% a 98%. Nas próximas semanas e meses o tema ganhará espaço e passará a ser uma das grandes discussões da próxima década, e que está começando. Um megadesafio para toda a indústria têxtil, e, simultaneamente, uma igualmente megaoportunidade para todas as indústrias que encontrarem um atalho para seguirem em seu processo produtivo de forma mais responsável, sabendo comunicar com competência, consistência e relevância, suas novas práticas.