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Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 20/09/2023

O IMPACTO DA CHACOALHADA! De repente, não mais que de repente, o mundo virou de cabeça pra baixo!
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Negócio

A nova versão do chamado luto prolongado

Algumas pessoas, poucas pessoas, em situações de normalidade, tinham grande dificuldade de superar a dor da perda de um ente querido. Levavam bem mais tempo que outras pessoas. Estavam dentro da chamada estatística ou curva da anormalidade. Em cada 100 pessoas, duas ou três levavam mais de dois ou três anos para se livrarem do chamado “luto fechado”. Mas, em situação natural, e dentro da média dos acontecimentos naturais da vida. E aí veio a pandemia, e milhares de mortes não previstas e muito menos com as pessoas ao redor preparadas, aconteceram. E o impacto dessas mortes fora de hora é muito forte, fazendo com que uma nova manifestação já se registre e de forma consistente. O chamado “luto prolongado”. Pessoas que perderam seus familiares, amores, amigos, vizinhos, nos primeiros meses da pandemia, em função do Covid e seguem com uma dificuldade muito grande de superar as dores e o sofrimento. Em muitas situações, as dores não se limitam exclusivamente a uma única perda. Algumas pessoas perderam dois, três familiares, amigos, conhecidos, e a carga e o peso são bem maiores. A Cláudia Collucci, da Folha foi atrás e colheu depoimentos emocionantes e duros do chamado luto prolongado. Cláudia colheu e relata a situação, por exemplo, do engenheiro agrônomo Ricardo Cruz, 44 anos, que perdeu o pai, o sogro e uma tia em decorrência do Covid. E, ainda, por outras causas, perdeu um irmão e um tio. Cinco pessoas de sua convivência permanente. E Ricardo deu o seguinte depoimento: “Parecia um facão vindo e levando todo mundo. No início segurei a bronca toda, mas minha vida virou de ponta cabeça. Fui piorando, síndrome de pânico, coração disparando, e depressão forte. Não queria nem sair de casa e nem ver ninguém…”. Um outro depoimento colhido por Cláudia é o da contadora Michelle Bressiani, 36 anos, que perdeu o pai e a mãe por Covid, em 15 dias. Hoje tenta reconstruir a vida com espiritismo e terapia quântica. Mudou-se do apartamento onde morava com os pais por incapacidade total de suportar a ausência física. Cláudia foi atrás de outros profissionais e ouviu depoimentos da maior importância para nossa reflexão e aprendizado. Da psicóloga Maria Helena Franco, professora da PUC-SP, ouviu uma espécie de alerta. Disse Maria Helena: “A patologização do luto já existe. Tem gente que vê a pessoa chorando a uma semana e acha que tem que prescrever um antidepressivo. É importante acompanhar o processo avaliando não apenas os fatores de risco, mas também fatores de proteção e redes de apoio…”. Já a psiquiatra Tânia Maria Alves faz outro alerta numa outra direção. Tânia coordena o Laboratório do Luto do IPq – Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo. Segundo Tânia, “O desafio de se diagnosticar corretamente o luto leva em consideração tanto o tempo, quando a intensidade. Quando se chega a essa conclusão passa a ser chamado e tratado como luto prolongado. Enquanto não recebe essa denominação vai ser diagnosticado com o que a pessoa relatar, tipo, arritmia…”. Ou seja, amigos, ainda durante algumas décadas, duas no mínimo, seguiremos tratando de todas as sequelas e decorrências da pandemia do Covid-19, ou, a pandemia 2020/2021, de tristes lembranças e amargas e definitivas recordações, para muitos. Essas pessoas, mesmo com as dores atenuadas, e com o passar dos anos, têm suas vidas marcadas para sempre. E isso precisa ser profundamente considerado no ambiente corporativo, e na formação do capital humano das empresas.
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Diário de um Consultor de Empresas – 03/05/2023

A situação do ensino no Brasil no pós-pandemia, segundo uma das lideranças do setor, EDUARDO PARENTE.
Negócio

Juliana Azevedo, a torcedora da Portuguesa que comanda a Procter

Das 250 maiores empresas do País menos de 10 são comandadas por mulheres. E dentre essas menos de 10, a Procter, com a última ou penúltima torcedora da Portuguesa de Desportos. Juliana, 45 anos, formada em engenharia industrial pela USP e direito, pela PUC-SP, desde o mês de fevereiro de 2018 é a presidente da Procter & Gamble do Brasil. Por enquanto uma raridade, na medida em que menos de 10 mulheres comandam alguma empresa dentre as 250 maiores em nosso país. Primeira observação, e como comentamos com vocês exaustivamente quando a decisão patética foi tomada pela Procter. A decisão absurda da Procter & Gamble se rebatizar, de forma triste e medíocre de P&G. A grande empresa não merecia tamanha barbaridade. A melhor prova da decisão equivocada é que durante toda a entrevista em nenhum momento se falou P&G. Procter o tempo todo. Mas, a história, trajetória, carreira de Juliana Azevedo são inspiradoras. A começar pela sua formação, no mínimo estranha, engenheira e advogada. No caso de Juliana, mais que deu certo. Sua história de vida, também, reúne momentos e circunstâncias únicos, como, neta do português Manoel, era levada pelo avô para assistir os jogos do time que fundou, a Portuguesa. Segundo Juliana, e em entrevista à Daniele Madureira da Folha, “No final dos 1970, início dos 1980, eu era a única menina na arquibancada”. Até hoje Juliana adora futebol, e diz que isso facilitou muito seus anos e vida na Politécnica, e que lhe garantiu um maior trânsito com os “meninos”. Agora, uma síntese das manifestações de Juliana, Prioridades na pandemia – “Três prioridades dominaram nossas atenções. Segurança das pessoas, garantir o abastecimento, e ajudar comunidades vulneráveis. No tocante à segurança das pessoas, somos 4000 funcionários diretos sendo 1000 administrativos que continua em home office. A maioria trabalha nas fábricas e assim adotamos mais de 20 protocolos diferentes – desde como preparar a comida, até como higienizar e usar o vaso sanitário. No tocante ao abastecimento tivemos que aumentar o estoque de matérias-primas, seu gerenciamento, aumentar a negociação com fornecedores, identificar e descobrir novos fornecedores… No tocante às comunidades vulneráveis, desde o início da pandemia doamos mais de R$60 milhões em produtos e criamos a Aceleradora Social, uma plataforma em que pessoas, empresas e ONGs, podem submeter projetos que são acelerados com dinheiro, trabalho voluntário ou conexões. Na primeira etapa recebemos mais de 300 projetos relacionados à Covid, dos quais aceleramos 30…”.O baque na compra por impulso – a Procter tem alguns produtos nos caixas dos supermercados, e que, enquanto as pessoas esperam para pagar, acabam comprando. Com o crescimento das compras online essa possibilidade vem caindo… Juliana comenta sobre essa nova realidade, “De verdade, existe uma queda na chamada compra por impulso. O cliente passa pelo caixa do supermercado e se lembra que precisa levar a carga do Mach3, por exemplo. Mas a compra online demanda ferramentas diferentes. Tem pop-ups, combos programados a partir da experiência de compras das pessoas. De alguma forma temos procurado usar a ciência pra replicar esse comportamento de impulso no digital…”. Essa, Juliana Azevedo, 46 anos, no comando em nosso país de uma das principais, maiores e legendárias empresas de produtos de consumo no mundo do mundo. A Procter & Gamble, que nasceu em 1837, onde as empresas líderes eram as que tinham maior acesso a matéria-prima. E viveu todo o ciclo de evolução, passando pela industrialização, pelo advento da sociedade de serviços, pelo prevalecimento da ideologia, do marketing, e agora mais que preparada para preservar seu lugar de liderança e destaque de quase 200 anos, no admirável mundo novo que começa a nascer…
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Diário de um Consultor de Empresas – 21/09/2022

GERAÇÃO PANDEMIA, 443 mil estudantes de 5º e 9º ano do ensino fundamental e do 3º. ano do ensino médio do estado de São Paulo que passaram meses estudando a distância… E todos os demais de todos os outros estados…
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Diário de um Consultor de Empresas – 14, 15 e 16/05/2022

Num país, Brasil, e até e onde o passado é incerto, Seguro não merece a denominação que tem. No Brasil, nada mais inseguro do que o Seguro…
Negócio

Amargo regresso, ou, feliz retorno?

Como receber os clientes de volta pós-pandemia. Ou, Club Med, quando o propósito é vender momentos de emoção e felicidade. Poucas empresas em todo o mundo possuem um capital de experiências de extraordinária qualidade em oferecer momentos de intensa felicidade = prazer + diversão + alegrias do que o Club Med. Criado no mês de abril do ano de 1950, ideia e insight de Gérard Blitz, craque de polo aquático da seleção da Bélgica. A guerra chegara ao fim, pessoas mais que desejosas de diversão, lazer, e muita paz, muito especialmente os ex-combatentes e suas famílias. E assim, uma primeira iniciativa num pequeno hotel de Engelberg, na Suíça. Deu certo e seis anos depois abre o seu primeiro Village de inverno. Vinte anos depois recebe o investimento de outros nove acionistas, e, dentre esses, Gianni, Gianni Agnelli, Presidente da Fiat. Mais adiante, e com a morte de Agnelli, as ações são vendidas para o Grupo Accor. Hoje são 77 Villages pelo mundo, incluindo o Brasil. E aí veio a pandemia. Praticamente tudo fechado. E agora, a perspectiva de um retorno gradativo à normalidade a partir do segundo semestre. Em entrevista recente para a revista Veja, Henri Giscard d’Estaing, CEO Global do Club Med, não obstante os graves rombos nas finanças do Med revelou-se otimista: “Há muita gente neste momento desejando viver experiências únicas longe de casa, onde nunca passaram tanto tempo em suas vidas…”. Segundo Henri, e considerando a experiência nas unidades que já reabriram, acredita ter em seu produto diversões para os pais e para os filhos, talvez sua maior vantagem competitiva. Diz, “Depois de tantos meses distantes, as crianças querem conviver com outras crianças, e os pais agradecem porque precisam de um respiro…”. Nota curiosa da entrevista é que, dentre as vítimas do Covid-19 na França, o pai de Henri, Valéry Giscard d’Estaing, presidente da França de 1974 a 1981. Segundo Henri, o Covid foi o ponto final de uma vida feliz. Disse que seu pai tinha 94 anos e outros problemas de saúde, e morreu junto da família… Essa rápida reflexão e constatações de Henri é o tema de sucessivas reuniões no comando das empresas de todos os setores de atividade, muito especialmente das que prestam serviços de lazer e turismo, sobre como se preparar para seus clientes de sempre, ou novos clientes, ainda traumatizados pela pandemia. O que oferecer, ou não, de diferente… E você e sua empresa, estão preparados para o mais que aguardado reencontro, depois de mais de dois anos de distância? Estamos a caminho da normalidade, ou de uma nova normalidade. Mais que na hora de rever e atualizar os planos…
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Diário de um Consultor de Empresas – 09, 10 e 11/04/2022

LUTO PROLONGADO, EM NOVA, INFINITA E MAIS QUE DOLOROSA VERSÃO. TEMOS QUE COMPREENDER, E, RESPEITAR.
Negócio

“Zoofa”, a doença da moda, ou, o julgamento precoce dos aplicativos de trabalho e reuniões

Um ano e pouco depois o Zoom e demais aplicativos de reuniões, conferências e trabalho a distância são acusados e encaminhados para o banco dos réus. Estão, além de transtornarem e deprimirem as pessoas, cegando algumas. O uso excessivo está convertendo uma plataforma abençoada num criminoso em potencial. E assim, manifestações e registros em todo o mundo sobre a tal da nova doença, decorrente e filha do Covid, a “Zoofa” – Zoom Fatigue. Já no mês de abril de 2021 a revista Veja trazia a primeira denúncia: “Para os estudiosos do comportamento humano, o esgotamento pode ser explicado com facilidade. Durante um diálogo, o cérebro não se concentra apenas nas palavras. Faz uma espécie de zoom e recolhe dezenas de informações adicionais a partir de diferentes sinais e códigos. Isso cria uma percepção holística e isso requer um esforço cognitivo desproporcional e ao que nossas vistas e cérebros não estão acostumados…”. Em outubro foi a vez da Época Negócios tratar do assunto. “A pandemia do covid-19 nem bem terminou e já deu vida à outra pandemia, a Zoom Fatigue”… “Zoofa”. E o tema tomou conta das mais importantes plataformas de comunicação do mundo: BBC, New York Times, Washington Post, The Guardian, e quase todas as demais. E agora, e finalmente, Jeremy Bailenson, pesquisador da Universidade de Stanford chega a trágicas conclusões, e publica seus estudos em revista científica. Ou seja, deixou de ser especulação e virou realidade. A “Zoofa” é a filha do Covid. E o artigo de Jeremy é definitivo. Diagnostica e tipifica a doença, a síndrome, e faz quatro recomendações essenciais para tentar atenuar o problema: A – Minimizar a janela dos aplicativos e permanecer a razoável distância das telas. B – Sempre deixar fechada ou oculta a janela de vídeo que mostra a nossa imagem. C – Movimentar-se a cada dois ou três minutos, no mínimo. D – Tentar, sempre que possível, realizar reuniões exclusivamente com o áudio, esquecendo as imagens. E vai piorar. Em poucos anos os aplicativos de reuniões terão os recursos da realidade aumentada… Muito rapidamente descobriremos que continua não existindo nada melhor, mais eficaz, mais verdadeiro, mais humano, que gente com gente, live, lado a lado, física e presencialmente. Talvez o maior legado dessa terrível pandemia seja seres humanos redescobrindo o quanto gostam e são absolutamente dependentes de seres humanos.
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Diário de um Consultor de Empresas – 18/02/2022

DEPOIS DO COVID, BURNOUT! Não é que as pessoas não querem voltar ao trabalho presencial. Muitas, não querem voltar a qualquer tipo de trabalho…