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Fake news existem de verdade? Onde tudo começou… Precisamos de censura e tutela?!!!

Da virada do milênio para cá, e em todo o mundo o tema é fake news. De uma forma cínica e enviesada, discute-se apenas as fake news que têm impacto na política. Todas as demais, com os mesmos ou maiores graus de perversão e crime, permanecem à margem. Em verdade, fake news sempre existiram. Porque pessoas de péssima índole e criminosos fazem parte da história da humanidade. Pessoas para as quais os fins mais que justificam os meios e mandam ver. A versão moderna das fake news na política tem uma pré-história, e o atual momento. A pré-história aqui em nosso país vai da redemocratização do Brasil, até o advento da internet, e o florescimento das redes sociais. E a partir das redes sociais, eclodem as tais das fake news. Com a redemocratização, e a volta das eleições, pessoas desqualificadas, ou até mesmo competentes e talentosos profissionais de marketing adeptos do “tudo por dinheiro”, decidiram colocar seus préstimos e competências a serviço de poucos e bons políticos, assim como de outros políticos bandidos e criminosos. Os tais marqueteiros… Esses bons profissionais ética zero passaram a recorrer às piores formas de crimes, na tentativa de alavancarem seus candidatos, mas sem dispor, naquele momento, de uma ferramenta para escalarem nas mentiras. Com a internet e as redes sociais, tudo o que faziam exclusivamente no analógico, migrou para o digital, e chegamos ao atual momento. Até aqui a introdução. Vamos entender, agora, como tudo começou depois da www. Gianroberto Casaleggio No dia 12 de abril de 2016, uma pequena comoção nas redes sociais e nos internautas mais ligados. Morria Gianroberto Casaleggio, que durante anos trabalhou na Olivetti, e foi contratado na virada do milênio para comandar a empresa de consultoria no ambiente digital, Webegg. Em três anos a empresa amargava um prejuízo de € 20 milhões, e Casaleggio foi substituído em 2003, por Giuseppe Longo. Decidiu então empreender com sua empresa de consultoria digital a Casaleggio Associati e prosperou. Em 2005, tornou-se editor do blog Grillo. Mesmo tendo morrido relativamente jovem, com 61 anos, deixou sua marca e criou o caminho para a adoção irrestrita de práticas tóxicas no ambiente político de muitos países. Com sua empresa de consultoria prosperando, associou-se ao humorista Beppe Grillo, criando o M5S – Movimento 5 Estrelas – que acabou se convertendo numa das principais siglas da direita na Itália. Se Beppe era barulhento e aparecia, Casallegio era o cérebro, e ficava distante dos refletores. Mas de sua cabeça nasceram algumas das iniciativas que passaram a pautar o marketing político no ambiente digital. O sucesso do M5S que em poucos anos converteu-se na terceira maior força política e no maior partido individual da Itália, e acabou inspirando outras lideranças e movimentos pelo mundo. Dentre outros, o Método de Casaleggio, de monumental sucesso no M5S, foi rapidamente assimilado pelo populista britânico Nigel Farage, e possibilitou, para a perplexidade do mundo, a vitória do Brexit. Rapidamente adotado por Steve Bannon, na campanha de Donald Trump, e replicado no Brasil pelo exército Brancaleone do Messias, que conseguiu o supostamente impossível. Eleger um pangaré, sem recursos, sem tempo de TV, que o Datafolha na sua infinita incompetência garantia que perderia para todos os demais candidatos no segundo turno, e ignorado e desprezado por todos demais políticos: O Método Casaleggio elegeu ele, Jair Messias Bolsonaro. O que é como funciona o Método Casaleggio? Seu objetivo é criar a sensação de movimento ou tendência, de forma planejada e organizada, no ambiente digital. Apenas isso. Vamos explicar. Toda vez que um tema é colocado em discussão e muitas pessoas se interessam, organiza-se um pequeno grupo de uma espécie de “Pastores de Rebanho”. Meia dúzia de pessoas que irão se apossar e dirigir o debate. Cada uma dessas pessoas trabalha com aproximadamente 50 contas falsas. Muitas vezes, se existirem recursos econômicos, utilizam robôs. E aí, e diante de uma enxurrada de opiniões convergentes de supostamente diferentes autores numa mesma direção, todos os demais participantes vão aderindo, numa espécie de efeito manada, ou, e para usar a linguagem da covid-19, uma espécie de contaminação de rebanho. Ou seja, amigos, manipulação da grossa. Crime. Como se fazia antes também, mas, e sem a possibilidade da escalabilidade fulminante, em curtíssimo espaço de tempo. E que só revelou-se possível nos primeiros anos do digital, pela absoluta falta de regulamentação. Assim, e hoje, e neste momento, e em que se discute em todo o mundo e no Brasil, também, as tais de fake news, estabelece-se a maior confusão. Na tentativa de acabar com o Método de Casaleggio, aproximamo-nos de práticas lamentáveis e sem o menor sentido; combater-se o veneno com um veneno maior, o de censura tosca e inaceitável. Pior ainda, em nosso país, sobre o patrocínio burro, criminoso e escatológico do Supremo, que se apequena e defeca, na maior e pior manifestação em relação às leis e aos costumes. Que literalmente caga, anda e sapateia sobre o que tem por obrigação e jurou defender, a Constituição. Aliás, e a bem da verdade, não se apequena, finalmente reduz-se às dimensões que sempre teve. De Supremo não tem nada. É insignificante, mínimo, desprezível. E aí você dirá, coberto de razões, e o que se faz? O que se faz, então, perguntamo-nos todos? Jamais proibir, apenas transferir o ônus de quem possibilita a prática desse crime de manipulação pública, as big techs, às grandes redes sociais. Como diz o ditado popular, quem pariu Mateus que o embale. Quem pariu e ganha montanhas de dinheiro com Mateus, as plataformas sociais, que as coloque em seu devido lugar e responsabilidade. Da mesma maneira que as demais plataformas de comunicação são responsáveis pelo que publicam e disseminam, que o mesmo aconteça com e dentre outros, o rei das redes sociais, Mark Zuckerberg, e com todas as demais plataformas que possibilitam essa manipulação deletéria da realidade. São as estradas, trilhas, caminhos, por onde multiplicam-se as fake news… O caminho por onde trafega a droga. Por outro lado, é um crime monumental contra a democracia proibir ou ameaçar a manifestação espontânea das pessoas e suas opiniões sobre diversos assuntos, evitando acontecimentos históricos e verdadeiros, que mudaram para sempre e para melhor a história da democracia ou sistemas políticos de diferentes países… Como aconteceu com as manifestações de junho de 2013 aqui no Brasil, com a Primavera Árabe, com o Occupy Wall Street, e dezenas de outros mais em todo o mundo. De 2019 para cá e finalmente, e no Congresso Americano, as big techs começam a ser chamadas à realidade. Ainda que tardiamente, mas, finalmente, a hora da verdade de Google, “Feice”, Apple, Amazon está chegando. E nos primeiros depoimentos, e uma vez mais as big techs tentaram tirar os delas da reta. Mentira que não tenham condição de resolver o problema que criaram na obsessão compulsiva para ganharem todo o dinheiro do mundo e converterem-se em empresas trilhonarias em dólares. Todas, sem exceção, são absolutamente dotadas das mais avançadas ferramentas de Inteligência Artificial. Inteligência que consegue rastrear, segundo a segundo, não o que sabemos que queremos, mas e até mesmo o que não imaginamos que iremos querer, mas que já se revela presente em todas as nossas movimentações. E assim, todas as big techs possuem ferramentas em excesso capazes de filtrar tudo o que flui através de suas plataformas. E dirigir de forma racional as mensagens certas para os lugares certos, e endereçar o lixo, as tais das fake news, para o lixo. De permitirem o fluxo do sangue para o cérebro e o coração, e destinarem a merda para o devido lugar. Portanto, mais que na hora de todos acordarmos. Não precisamos de regulamentação para o que quer que seja. Precisamos apenas que os irresponsáveis, as big techs, sejam devidamente enquadradas, e limpem a sujeira que fizeram e deem uma ordem na bagunça criminosa que patrocinam para entupirem-se de dinheiro. Censura nunca mais. Assim como tutela nem pensar. Portanto, mais que na hora das big techs dizerem ao que vieram, se vão assumir suas responsabilidades, ou são apenas uma espécie de novos hackers de colarinho branco. Bandidos fantasiados de mocinhos. Tirando proveito do encantamento e perplexidade da quase totalidade dos habitantes da terra. Tudo o mais é circo tosco e repugnante protagonizado por 11 prepostos de políticos da pior qualidade, fantasiados com mantas pretas às semelhanças dos urubus, defecando sobre a dignidade do Brasil e dos brasileiros. E ainda ousando nos tutelar… O lamentável, escatológico e repugnante Supremo. Sinteticamente, essa é a origem e o histórico das tais das fake news…
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Quando bate o desespero

Bateu o desespero… Até mais que compreensível em micro e pequenas empresas, mas, no mínimo estranho, em grandes corporações. Revelam-se perdidas, e sem saber o que fazer e muito menos por onde tentar recomeçar… E aí lançam mão de tudo. Os tais de filtros de viabilidade, realidade, sentido, cultura, afinidade, provisoriamente foram descartados ou esquecidos, e assim, vale tudo. Lemos, por exemplo, a entrevista do presidente da rede de hotéis Accor na América do Sul, Patrick Mendes, a Fernando Scheller e Mônica Scaramuzzo no Estadão. Os números são desesperadores. Segundo Patrick, a rede Accor está presente em 110 países, e assim, tem um termômetro consistente sobre como as diferentes economias vão reagindo. Segundo os dados que passou para o Estadão, e especificamente na região, América do Sul, a rede Accor possui 400 hotéis sendo que desses, 300 estavam fechados até meses atrás. No Brasil, país com maior número de hotéis, são 300 dos quais 270 encontravam-se fechados. E dentre as alternativas e experiências que vinham fazendo com alguns de seus hotéis, a de uma unidade do hotel Ibis na cidade de São Paulo, que retirou as camas dos quartos, transformando os quartos em escritórios de uso temporário… Em Coworks… Não vai dar certo… Assim como os melhores restaurantes passaram a fornecer quentinhas… Rede Globo vendendo seus espaços a granel… E por aí vai… O vírus invadiu e tomou conta da cabeça dos gigantes. E que saíram alucinados praticando uma espécie de cosplay reverso. Gigantes travestindo-se de anões, ou, e ao invés de Cinderela, Madrasta por um dia… Simplesmente patético… Jamais nos esqueceremos que durante a pandemia do covid-19 algumas empresas precisaram recorrer a respiradores… Grandes empresas…
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Carência de abraços

Numa das edições do The New York Times de 2020, um artigo assinado pela Tara Parker-Pope, escritora especializada em saúde e bem-estar das pessoas. Tara foi atrás, ouviu cientistas e acabou por identificar quebra-galhos pela ausência provisória dos abraços. Quatro possibilidades para abraços em tempos em que o abraço verdadeiro está proibido. 1 – Jamais abrace de frente, porque os rostos ficam muito próximos. 2 – Sempre que o abraço for irrefreável e compulsivo, vire o rosto. 3 – Nunca se abaixem – se resistir, claro – para abraçar uma criança. Deixem que ela abrace suas pernas. Apenas. 4 – E na falta do abraço, beije. Beije as pessoas na nuca, nem na testa e muito menos na boca. Socorro! “Semanas atrás, num final de tarde, e depois de quase quatro meses de distância, só falando, vendo e me emocionando pelo Zoom,” conta o Madia, “reencontrei-me com meus quatro adorados netinhos e, que me desculpem os profissionais da saúde, e eventualmente outras pessoas que poderão dizer que sou irresponsável, permaneci abraçado com os quatro durante muitos, prolongados e infinitos minutos…”. Já no território dos negócios, antes da Covid e em tempos de normalidade, muitos autores escreveram livros recomendando às empresas abraçarem seus clientes. O mais conhecido de todos o de Jack Mitchell, Hugh Your Customers – Abraçe seus Clientes. Jack, chairman de uma rede de lojas – Mitchell Stores – há três gerações sob o comando de uma mesma família, e com lojas em Connecticut, New York, Califórnia, Washington e Oregon. No seu livro clássico, Abrace seus Clientes, ensina: A – A melhor maneira de abraçar sempre seus clientes é descobrindo e antecipando-se ao que verdadeiramente querem. Eles se sentirão abraçados. B – Esteja sempre disponível todas as vezes que seus clientes precisarem conversar com você. Eles se sentirão abraçados. C – Trate todos os seus clientes como se estivesse diante de reis e rainhas. Eles se sentirão abraçados. D – Facilite o acesso de seus clientes a todos os seus produtos e serviços. Eles se sentirão abraçados. E – Agora, e em tempos de digital, facilite o acesso de seus clientes a todas as informações e orientações que precisam quando distantes. Eles se sentirão abraçados. F – Ensine, treine e motive toda a sua equipe que faça rigorosamente o mesmo que você faz. Os clientes se sentirão abraçados. Ou seja, amigos, nos negócios não só não está proibido como é mais que recomendado o abraço. Ensina Jack, “Um abraço é físico, mas também pode não ser”. Existem outras maneiras de se abraçar as pessoas que amamos. Por exemplo, em relação a nossos clientes, retribuir sua preferência com nossa permanente atenção. Adote essas três letrinhas H, U, G, como o mote de seus negócios e de sua vida. Abraçar, em todos os sentidos e direções, continua sendo a melhor maneira de conquistar e preservar clientes. Assim, “abrace seus clientes sempre”. Em tempos que abraços estão proibidos jamais se esqueça de que todos os seres humanos amam serem acolhidos com simpatia e amor, sempre. E a melhor forma de acolhê-los, é através de algum dos tipos de abraços de Jack Mitchell! Já quanto as nossas vidas, amigos, pais, filhos, netos, avós, bisavôs, tataravôs, preparem-se. Mais alguns meses, espero, e ingressaremos na temporada dos abraços. A maior e mais radical temporada de abraços dos tempos modernos. Tô dentro. E a trilha musical mais que preparada. Claro, Beijinho Doce, composição antológica e monumental de Nhô Pai. Gravada pela primeira vez em 1945, pelas Irmãs Castro. E imortalizada cinco anos depois no filme Aviso aos Navegantes, cantada pela Adelaide Chiozzo e Eliana Macedo. Tínhamos escolhido a gravação do Tonico e Tinoco, mas uma matéria na CNN semanas atrás e decidimos ficar com as Irmãs Galvão para a abertura da Temporada de Abraços… Vamos nessa? “Que beijinho doce, foi ele quem trouxe de longe pra mim Se me abraça apertado, suspira dobrado, que amor sem fim…”.
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USNS Comfort, o preço do achismo

Podemos decidir e resolver fazer o que quer que seja. Claro, desde que previsto, planejado e ativado, antes. Durante costuma dar merda. Não é em momentos de crise ou durante tempestades que se constroem abrigos. É antes, sempre antes. De preferência, muito antes. Se no passado, por falta de conhecimento e recursos, em muitas situações planejar-se antes era uma impossibilidade absoluta, hoje, não planejar-se e, se possível, fazer-se antes, é, no mínimo imprevidência, desleixo, quem sabe crime culposo. No ano passado, por exemplo, o governo brasileiro foi pressionado e chamado de incompetente por não conseguir fazer chegar aos beneficiários os tais de R$ 600,00 e outras providências mais, votadas e aprovadas para atenuar a coronacrise. Com a tecnologia mais que disponível e abundante, o Brasil, assim como todos os demais países, já deveriam ter se organizado com um cadastro único e completo de identidade de todos os seus cidadãos, onde figurassem todos os brasileiros a partir do nascimento, com os dados necessários e suficientes para que pudéssemos acioná-los sempre que preciso. Mas, como somos um “País 3Is” ‒ imprevidente, incompetente e ignorante ‒, não fizemos antes e nos açodamos em momento de crise dramática com uma única certeza: em maiores ou menores proporções, iria dar merda. E deu! Dentro dessa linha de continuar acreditando que no final tudo dará certo, que Deus se encarregará de suprir nossa imprevidência e despreparo, o governo dos Estados Unidos decidiu porque decidiu, sem ter tido a responsabilidade mínima de estressar todas as possibilidades, decidiu mandar um de seus grandes navios hospital, o USNS Comfort, para atracar em Manhattan, e aliviar todos os demais hospitais das internações de rotina, abrindo mais e muitas vagas para os pacientes da Covid-19. Construído no ano de 1975, batizado em 1976 e lançado ao mar em fevereiro de 1978, com 272 metros de cumprimento e 32 de largura, atracou em New York City no dia 30 de março de 2020, e por lá permaneceu, exatos 30 dias, partindo em 30 de abril. E o que aconteceu…? Nada! Mesmo porque nada acontece desde que não devidamente planejado. Conclusão, para a perplexidade e revolta de todos os nova-iorquinos e demais estadunidenses, a esperança-navio que atracou nos portos da cidade numa segunda-feira, até a quinta-feira, de seus 1.000 leitos, tinha apenas 20 ocupados. E as 12 salas de cirurgia com as luzes apagadas, jamais foram usadas, e os 1,2 mil médicos de braços cruzados, e profundamente incomodados, constrangidos, putos, revoltados. Jamais nos esqueçamos dessa lição uma vez mais repetida à exaustão na presente crise. Do céu só continua caindo chuva, granizos, e vez por outra, e felizmente, algum meteorito de pouco risco. Deus, para os que creem, ou, a natureza, para os agnósticos, já nos deram tudo o que poderiam nos dar. A partir daí é com a gente. Sem pensar, planejar, e agir, no tempo certo – e tempo certo é, na maioria das vezes e situações, antes – continuaremos condenados a repetir as mesmas e infinitas tolices, e depois reclamarmos de supostos e eventuais terceiros irresponsáveis…
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O fim das grandes lojas de departamento

Num processo de redução e quedas sucessivas que já dura quase duas décadas, as lojas de departamentos seguem derretendo nos Estados Unidos. Dentre outras, Neiman Marcus, J.Crew, Stage Stores, JCPenney, agonizam. Semanas atrás comentamos com vocês sobre a Neiman Marcus e seu pedido de concordata. No final do ano passado, quem seguiu o mesmo caminho foi a JCPenney. Conclusão, apenas nos cinco primeiros meses de 2020, Neiman Marcus, J.Crew, Stage Stores, e JCPenney mergulhando na crise. Apenas lembrando, há 20 anos a JCP esteve por aqui, Brasil e fez importante aquisição de participação na Renner. Anos depois, 2005, e por crises nos Estados Unidos, vendeu sua participação e tentou concentrar-se por lá. Fez mudanças radicais, mas nada deu certo. Recorrendo ao fechamento de 850 lojas nos Estados Unidos e Porto Rico. Em poucas palavras. Se a covid-19 vem se revelando fatal para pessoas que já padeciam de outros problemas de saúde, o mesmo acontece nos negócios. Muitas empresas que também estavam “doentes” por outras causas e razões veem essas outras doenças exponenciarem-se pela coronacrise. E, muitas dessas, de forma definitiva. Irão a óbito. Assim, primeiro nasceram às lojas de departamento. A que mais marcou esse tipo de comércio nos Estados Unidos foi a Sears, do ano de 1886. Antes mesmo da virada do milênio, foram revelando-se obsoletas, diante do prevalecimento dos shoppings. Os shoppings passaram a oferecer tudo o que as lojas de departamento ofereciam. E ainda, mais e melhor. E aos poucos foram sendo expulsas dos shopping centers, como aconteceu no Brasil. E agora são aniquiladas pelo comércio eletrônico e pela especialização. Faltava o empurrão final. Com a coronacrise, não faltava mais. As lojas de departamento e agora, despedem-se para sempre. E pensar que durante duas décadas as famílias abastadas da cidade de São Paulo tinham por hábito tomar o chá da tarde no salão de chás do Mappin. Isso mesmo, ali, em frente ao Teatro Municipal…
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Podcast, esquece! Livros sim, e o sol a caminho…

E o desespero bateu na quase totalidade das plataformas de comunicação analógicas. Exauridas, e na tentativa de segurar leitores e audiências em processo de derretimento e migração irreversível, e diante das mudanças de comportamento a partir das novas alternativas de mídia do dia para noite, e numa manifestação clara de perda de juízo e desespero, a maioria das plataformas, em comportamento típico de manada, ou de rebanho como se diz agora em tempos de pandemia, converge para uma mesma, inócua e patética solução: o velho e bom podcast. Sob a ótica de quem olha de fora, o velho e bom rádio sem propaganda e, em tese, com maior qualidade de som. Assim, parcela expressiva dos grandes players da mídia analógica: jornais, rádios, emissoras de tv, e até mesmo os portais das novas mídias, todos, sem exceção, oferecendo, milhares de alternativas de podcasts. Estadão, Folha, O Globo, a Globo, Veja, Exame, Jovem Pan, Época, centenas de revistas e jornais de bairro, rádio manicômio, murais de escolas, e muito e muito mais. Isso posto, e se a concorrência pelos olhos já era monumental, com os canais de streaming, com vídeos nas redes sociais, e com 500 mil youtubers no Brasil, por exemplo, agora com um número calculado entre 20 a 50 mil podcasts, multipliquem-se os ouvidos para se ouvir o que quer que seja. Vivemos um momento da história de causar perplexidade. Até supostamente os mais sensíveis e capazes, no desespero, cometem as maiores tolices. O que leva competentes profissionais a engrossarem a loucura e apostarem que todos vão sair pela vida e pelo mundo ouvindo podcasts? Diante de tanto ruído e barulho o grande beneficiado, depois da maior crise e diante de todas as novidades dos últimos 50 anos, e desde o advento do microchip, ano de 1971, é, repito, e em meu entendimento, o… Livro. E nestes dias de quarentena pela Covid-19 então, livros e livros redescobertos nas estantes das casas e das empresas e das escolas e das bibliotecas, e outra grande quantidade comprada pela Amazon e demais marketplaces… Nestas semanas, quem diria, o Covid-19 está resgatando leitores. Pessoas que no passado não passavam um mês sem ler um livro estão voltando com uma saudade abençoada e redentora, para os velhos, novos, e bons livros. E carregando consigo, alguns e novos leitores que vendo a felicidade no olhar de seus avós, pais, mães e tios decidem experimentar. Não todos, mas em número suficiente para que os livros voltem a ocupar o lugar que sempre mereceram em nossas vidas. O de melhor e mais consistente fonte de informação e cultura. Mas, consultores da Madia, lá vêm vocês uma vez mais em defesa dos livros… É verdade. E por uma simples e única razão. Não conhecemos nenhuma outra obra artística individual, produzida de forma tão profunda, reflexiva, sensível, no correr de anos, décadas, muitas vezes de toda uma vida, que não seja o livro. É como se alguém tivesse produzido uma mega sopa de sabedoria no correr de toda uma vida e em fogo brando, e generosamente compartilhasse conosco. E assim, e para que possamos realizar toda a sabedoria e conhecimento contido em cada uma das páginas do livro, não dá, definitivamente não dá, para ler esses mesmos textos perdidos dentre milhares de outras alternativas, por exemplo, no ambiente digital. Precisa ser físico, no papel, sensível a nossos dedos, olhos, coração. Costuma-se dizer que todas as crises, desgraças, tsunamis, acabam por trazer poucas e boas notícias. Em nosso entendimento, e além de reaproximar as famílias, além de resgatar os chamados jogos de salão, o Covid-19 dá um empurrão decisivo no processo de se resgatar o livro. Já os podcasts… Esquece! Apenas mais uma das infinitas manifestações da chamada cauda longa. Esperança amigos. Mais alguns meses, no máximo, voltaremos a ver o sol. Aos pouquinhos, mas, o sol. E poderemos voltar a ler nos parques, ruas, e cafés da cidade.
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O último jornal, ou, minha filha tem que ter ciência que sua herança vai diminuir

Semanas atrás, Carl Butz, 71, uma espécie de Velhinha de Taubaté – talvez um dos últimos seres humanos a acreditar na ressurreição dos jornais – estava decidido a realizar seu sonho, desde a morte de sua mulher 3 anos antes –, e que era uma dentre 3 alternativas: viajar à Inglaterra, à Letônia, ou conhecer a Ferrovia Transiberiana – quando soube que o mais antigo da Califórnia, do ano de 1853, o semanário Mountain Messenger ia encerrar suas atividades. O mesmo jornal que publicava as colaborações de Mark Twain, quando ele decidiu esconder-se na cidade durante uns tempos, e fugindo de problemas com a Justiça americana. Quase sempre, escrevia suas crônicas, embriagado. Num ímpeto irresistível Carl Butz comprou o jornal e suas dívidas pelo que pretendia gastar na viagem: US$ 10 mil. Na manhã seguinte, e em companhia da editora responsável, Jill Tahija – a única funcionária do jornal – Butz, sentou-se a frente do computador e começou a escrever seu primeiro editorial, ou, carta aos leitores de um semanário que tira 2.400 exemplares e que tem 700 assinantes. Digitou, “O horrível pensamento de que esta venerável instituição fecharia as portas e desapareceria depois de 166 anos de operação contínua era muito mais do que eu era capaz de suportar… sem nosso jornal, muito brevemente não nos reconheceríamos mais…”. Perguntado por um jornalista do The New York Times sobre se tinha consciência dos ônus de sua decisão absolutamente irracional e sob o império da emoção, declarou, “Não chegarei a perder US$ 1 milhão, mas estou consciente que vou ter que subsidiar o custo do jornal… e minha filha já está ciente que sua herança vai diminuir…”. Segundo as pessoas da cidade, mais que salvar o jornal, Butz comprou mais alguns anos de vida. Desde a morte da mulher, há 3 anos, agonizava… Infelizmente, queridos amigos, essa é a situação de 99,99% dos jornais sobreviventes. Sensivelmente agravada, agora, pela Covid-19. Os jornais encontram-se no chamado grupo de risco. À semelhança dos idosos. Que ou dependem de um viúvo inconsolável que compra mais alguns anos de vida ao comprar um jornal insustentável, Carl Butz; Ou da generosidade de um mago da nova economia, Jeff Bezos, que acredita ser capaz de tudo, inclusive de salvar uma das maiores instituições da história do jornalismo mundial, The Washington Post. Se a situação dos jornais e demais publicações antes do coronavírus era difícil, grave… Agora é desesperadora.
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Hoje vamos falar sobre o futuro

Quando a gente falava em futuro no ano passado, estávamos falando daqui a uns 10 anos. Diante da Coronacrise, futuro são meses. 8, 10, 12 no máximo. E quando se fala sobre futuro nada melhor do que recorrer-se ao adorado mestre e mentor Peter Drucker que estressou o assunto em diferentes ensinamentos, e que agora vamos compartilhar com vocês. Sobre o futuro, Peter Drucker começou dizendo: “A melhor forma de prever o futuro é criá-lo”. E talvez esse seja seu ensinamento mais conhecido. E repetido à exaustão nas escolas, empresas, palestras e conferências. Mas tem outros, tão bons, ou, melhores. Assim, separamos e trazemos para vocês hoje, de centenas de manifestações sobre o tema, e além da mais conhecida que acabamos de falar, as oito que os consultores da Madia mais gostam, e que de certa forma repetem-se e tornando-se quase redundantes. Vamos lá. 1 – “Tudo o que sabemos sobre o futuro é que não sabemos o que será. Sabemos apenas que será diferente do que existe agora e do que gostaríamos que fosse.” Mais que aplicável a estes dias de Coronavírus. 2 – “Qualquer tentativa de basear as ações e os compromissos de hoje em predições de eventos futuros é fútil. Tudo o que temos a fazer é prever efeitos futuros de eventos que já aconteceram e são irrevogáveis.” E é onde devemos nos concentrar nas próximas semanas e meses para nos prepararmos para quando o Coronavírus tiver partido. Ou até mesmo continuar por aqui, mas, dominado. 3 – “Tentar fazer o futuro acontecer é arriscado; mas menos do que continuar a trajetória com a convicção de que nada vai mudar.” Assim, e ao olhar para frente, e sempre, uma única e mesma certeza. Que tudo vai mudar! 4 – “Construir o futuro não é decidir o que deve ser feito amanhã. É o que deve ser feito hoje para que exista o amanhã.” Portanto, ainda que no breu e na escuridão, TODOS, mãos à obra. Quanto mais rápido iniciarmos a construção do futuro, mas estaremos próximos do presente. 5 – “Construir o futuro é descobrir e explorar a lacuna temporal entre o aparecimento de uma descontinuidade na economia e na sociedade. Isso chama-se antecipar um futuro que já aconteceu. Ou, impor ao futuro, que ainda não nasceu, uma nova ideia que tende a dar uma direção e um formato ao que está por vir. Isso chama-se… fazer o futuro acontecer!” Não nos resta outra alternativa. Assim, seguir em frente. 6 – “O futuro que já aconteceu não se encontra no ambiente interno da empresa. Está no ambiente externo: uma mudança na sociedade, conhecimentos, cultura, setores ou estruturas econômicas.” Isso é tudo. E é sobre essa premissa que devemos olhar para frente. Para, depois de amanhã. 7 – “Quando uma previsão é amplamente aceita é bem provável que não seja uma previsão do futuro, mas um relatório do passado recente.” De certa forma é o que mais temos ouvido nestes meses de coronacrise. Pessoas que pensam estar falando sobre o futuro que nos espera e aguarda e, em verdade, estão apenas e tão somente brincando de projetar o passado. E, 8 – “Construir o futuro pressupõe coragem. E muito trabalho. E, ainda, fé. Aquela ideia certa e infalível é a que certamente vai falhar. A ideia sobre a qual vamos construir a empresa deve ser incerta. Ninguém poderá afirmar como será e quando se tornará realidade. Deve ser arriscada, ter probabilidade de sucesso e fracasso. Caso não seja nem incerta nem arriscada, simplesmente não é uma ideia que tenha o que quer que seja a ver com o futuro; futuro que é sempre incerto e arriscado.” E isso é tudo, amigos. E, uma vez mais, e para sempre, obrigado, adorado mestre e mentor Peter Drucker. Portanto, depois de amanhã ou quem sabe quando a primavera chegar, e a boa nova andar nos campos e nas cidades, no Day After Coronavírus, esquecer tudo o que vimos até aqui. E tentar desenvolver um novo olhar, sobre o que se apresenta. Até janeiro 2020, vínhamos no rescaldo final do furação de estupidez, burrice e incompetência dos governantes de plantão, crise conjuntural, e nos reinventando diante do tsunami tecnológico. No final de fevereiro começou a Covid-19. Portanto, quando a primavera chegar, tudo o que temos que fazer é dar sequência a travessia do velho para o novo, agora considerando todos os aditivos e temperos decorrentes da CORONACRISE. Sem jamais perder de vista a orientação de nosso adorado mestre e mentor Peter Drucker, “Construir o futuro pressupõe coragem. E muito trabalho. E, ainda, fé. Aquela ideia certa e infalível é a que certamente vai falhar.”
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O maior carnaval do Brasil… Pra tudo terminar na quarta–feira, mesmo!

Tom e Vinicius cantavam, “Tristeza não tem fim, felicidade sim… pra tudo se acabar na quarta-feira”. Era assim, não é mais, não acaba mais na quarta, avança para uma ou duas semanas depois da quarta-feira de cinzas. E assim foi no Carnaval de 2020. O maior carnaval de todos os tempos da cidade de São Paulo, o da última semana de fevereiro de 2020, recorde absoluto de público e blocos, entrou para a história, na visão de muitos, e também, e agora se sabe, como o epicentro da crise do Coronavírus. Onde começou a eclodir a contaminação. Ô balancê, balancê… Sem saber, sem querer, sem planejamento de qualquer espécie, a cidade de São Paulo converteu-se, e hoje com enorme vantagem, no maior carnaval do Brasil. Não dissemos MELHOR; e, sim, MAIOR. E não vemos no horizonte qualquer outra cidade capaz de arrebatar essa conquista de São Paulo. O último Carnaval da década de 2010 – para os que seguem os fundamentos e acreditam que 2020 é o último ano da década –, Ou o primeiro Carnaval da nova década, dos 2020 – para os que como eu acreditam que a década começa agora e no zero – consagrou definitivamente a cidade de São Paulo como aquela que teve e continuará tendo, e agora que decolou, o maior carnaval do Brasil. Tudo a ver com as migrações de décadas, com as concentrações populacionais nas grandes metrópoles do mundo, com a multiplicação de tribos num mesmo espaço, e que devidamente consolidadas, e com plataformas de comunicação que as preservam conectadas 24X24, e da troca de ideias e pensamentos, blocos foram emergindo de todas as frestas, buracos, vilas, vielas, travessas, bairros da cidade, e simultaneamente, e pelo digital, mais e muitos blocos multiplicando-se por diferentes afinidades. E deu no que deu. Sem planejamento, e naturalmente, em 20 anos o túmulo do Samba, como um dia brincou Vinicius, do zero e do tédio virou uma explosão. De alegria, felicidade, bagunça, sujeira, alegria, sexo, rock´n´roll e todos os demais ritmos. Foi assim. E agora é. Ou era, até meses atrás. Será? Solitários e isolados membros de tribos que em suas cidades não passavam de meia dúzia, pegam carro, trem, avião, e vêm integrar suas tribos em outras bases, números e dimensões. E a cidade de São Paulo converte-se, durante a semana do Carnaval, no maior mosaico de cores, crenças, preferências e comportamentos de todo o Brasil, e talvez, uma das três mais completas manifestações já e agora, e em todo o mundo. Os números são superlativos. De meia dúzia de blocos 20 anos atrás para 464 em 2019 e 796 que protagonizam 861 desfiles neste pandêmico 2020. Difícil alguém com alguma preferência específica sob qualquer ângulo e aspecto não encontrar seu bloco, sua turma, sua tribo. De dezenas de milhares de 20 anos atrás para 15 milhões de pessoas, gastando, na soma de todos os dias, R$ 2,6 bilhões. É isso, amigos. Agora, a ex-terra da garoa, ex-túmulo do samba, sem querer e muito menos planejar, converteu-se no maior e mais completo Carnaval do Brasil. E pelos números, e sem medo de errar, no Maior Carnaval do Mundo. E com esse reconhecimento e repercussão, em todos os anos desta nova década crescendo ainda mais e atraindo turistas de todas as regiões da terra. Claro, depois de dar um chega pra lá definitivo no vírus. Ou seja, perigava o Carnaval espontâneo e natural de São Paulo, converter-se no magneto que estava faltando para a decolagem do turismo de passeio na cidade. Uma cidade que viveu todos os últimos 50 anos do chamado turismo de negócios. E aí, terminado o Carnaval, há pouco mais de nove meses, começaram e já pararam os planos face a pandemia. Talvez, mais que na hora dos gestores da cidade e do estado começarem a planejar o como transformar essa circunstância que brotou espontaneamente, a de São Paulo, O Maior Carnaval do Mundo, em um atrativo permanente para a cidade, muito especialmente para mais de 40 finais de semana onde os hotéis permanecem às moscas. Como aprendemos e é mais que comprovado pela história e vida, CAVALO SELADO SÓ PASSA UMA ÚNICA VEZ, ou, CAVALO DADO NÃO SE OLHA OS DENTES, ou O OLHO DO DONO É QUE ENGORDA O CAVALO, ou QUEM NASCEU PRA BURRO NÃO CHEGA A CAVALO, ou CAVALO BOM E HOMEM VALENTE A GENTE SÓ CONHECE NA CHEGADA, ou, O CAVALO É PARA O HOMEM COMO AS ASAS PARA UM PÁSSARO, ou, ENQUANTO HOUVER CAVALO SÃO JORGE NÃO ANDARÁ A PÉ… Enfim, escolha o ditado que quiser, mas mais que na hora, PENSAVAM MUITOS, das autoridades do turismo da cidade de São Paulo pegarem uma carona nesse cavalo selado que apareceu e que se chama CARNAVAL, e finalmente trazerem para a cidade e estado o turismo de passeio, alegria, diversão. Todas as semanas no ano, e não apenas e tão somente, em uma única semana. Cidade e hotéis lotados nos finais de semana, também… Mas, dias depois, e a propósito do maior Carnaval do mundo… Coronavírus… Repetindo, e segundo muitos, o lugar ideal e sonhado por um tal de Covid-19. Onde deitou e rolou. O maior Carnaval do mundo nunca mais será o mesmo. Por dois ou três anos. Mas, depois… Sai da frente! Planos de Carnaval todos os finais de semana provisoriamente adiados… Mas, vamos deixar anotado.
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Tad, Bad, “Take Care…” IYBS – It´s Your Brand, Stupid! Ou, de como construir, manter, ou, se possível, melhorar sua marca – uma marca chamada você ‒ a distância

Sem a menor dúvida, e por maior que seja o retorno ao pré-Covid-19, o trabalho a distância é uma nova realidade. Não necessariamente para tudo, e como muitas pessoas inocentemente vêm imaginando. Em poucas empresas, e excepcionalmente, uma nova realidade para praticamente tudo. Em boa parte das empresas um sistema híbrido que crescerá ou diminuirá de intensidade dependendo da característica do negócio. E em muitas empresas, ainda e também, nada a distância, tudo continuará presencial. De qualquer maneira, todos nós, empresários e profissionais não podemos nos esquecer dos fundamentos do trabalho à distância. Do básico, o essencial, para preservar a nossa Marca, que construímos no correr de anos e décadas, através do trabalho presencial. Assim, vamos ao básico… 1 – Escolha do local. Por menor que seja sua casa ou apartamento, dentre todos os lugares possíveis, existe um que é melhor que os outros. Esse é o lugar. Escolhido esse lugar, melhore todas as condições de iluminação, e na medida do possível, de acústica também prevenindo interrupções e barulhos. Mais que recomendável assim que possível comprar uma câmera para seu notebook ou computador com um som de qualidade – 99% dos notebooks têm uma câmera básica e meia boca ‒, e também comprar um ou dois pequenos spots para melhorar a iluminação. Faça isso antes de começar a reunião, e faça testes recorrentemente. Atenção, todo o cuidado com o fundo da imagem, com a parede atrás. Quanto mais neutra, melhor. E atenção total em relação a como você se coloca diante da câmera, como você se enquadra, especialmente em relação a sua voz. Talvez você precise melhorar o seu tom de voz, a velocidade com que fala, e a forma como diz as palavras. Mais adiante, teremos treinamentos e cursos específicos para isso, lembra, como eram no passado as escolas de caligrafia, datilografia, serão as escolas de rosto ou expressão/voz, escolas de videografia. 2 – Não é conectar-se no aplicativo, abrir a câmera e mandando ver, do jeito que você se encontra. Vista-se ou prepare-se para a reunião com muitos ou apenas com seus chefes com respeito e profissionalismo. Lembre-se que a quase totalidade da atenção vai estar concentrada em seu rosto. Portanto, cabelos mais que penteados, e alguma maquiagem. 3 – 5 minutos antes de começar a reunião a distância, avise seus filhos, pais, vizinhos, cachorro e papagaio que você não pode em hipótese alguma ser interrompido. Não importa o que aconteça. E que em hipótese alguma – inadmissível – que pessoas passem por trás de você durante as reuniões. 4 – Todo o começo de reunião é como se você estivesse se reencontrando com seus companheiros de trabalho. Nos primeiros 5 minutos, sorrir, dar bom dia, perguntar sobre como andam as coisas e a vida, e contribuir para que se estabeleça um clima profissional, mas de muita cordialidade e simpatia. A grosso modo, a reunião começa de verdade lá pelo terceiro ou quarto minuto. Gravíssimo! Atrasar-se é pecado capital. Se você ainda tinha alguma desculpa do trânsito ou da condução, fim! Já ouvi meia dúzia de histórias em que as pessoas acostumadas que estavam a dar a mesma desculpa os velhos tempos, iniciavam atrasada a reunião a distância atribuindo a culpa ao trânsito… Talvez, do banheiro para a sala… Ou o banheiro estava congestionado… 5 – Reuniões a distância são reuniões com tempo marcado. Para iniciar e para encerrar, mesmo que isso não esteja definido na convocação. Mais de 90% das reuniões a distância não ultrapassam 1 hora. E reuniões de duas horas ou mais são insuportáveis e improdutivas. Assim, não existe espaço para enrolação e “embromation”. Direto ao ponto. Opiniões claras, precisas, objetivas. Idem em relação a propostas. 6 – Assim como nas reuniões presenciais, fazer uma síntese no final de tudo o que foi decidido, repassar quem faz o que, agendar a próxima reunião, e um dos participantes, como sempre aconteceu ou deveria ter acontecido no presencial, fazendo um pró-memória ou ata da reunião. É isso, amigos, regras básicas sobre como preservar, e, se possível melhorar uma Marca Chamada Você, isso mesmo, a marca que você é e todos somos, agora em que não contamos mais, e na maioria das situações, com nosso corpo, movimentos, e aparência inteira, para nos ajudar. Para desespero dos bonitões e topetudos, e para a tristeza das decotadas… BAD – Branding A Distância e sem o chamado calor humano – calor de verdade – é um desafio a ser superado, um conhecimento a ser desenvolvido. Por isso, BAD… Por último e não em último lugar, e sem contar com a ajuda de colônias ou perfumes, ou cheiros para deixarmos um rastro de nossa presença, uma despedida cordial, simpática, amiga, e que sempre termina com um gostoso, amplo e verdadeiro sorriso. Completo! Com a boca, com os olhos, e todo o rosto. É o mínimo que se espera, nas situações e negócios em que o TAD – Trabalho a distância, e o BAD – Branding a distância, converterem-se numa nova e desafiadora realidade.