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GAAS – Games As A Service

Chegou lá. Meia volta, volver! E assim aconteceu. Indústria de games despedindo-se de consoles e cartuchos e tudo o mais, e produtores de games migrando para assinaturas. GAAS – Game As A Service! Rigorosamente igual ao que aconteceu com os filmes, e seguirá acontecendo, em maior ou menor velocidade e proporções, com todos os demais produtos. Que de verdade, e como nos ensinou um dia Theodore Levitt, não eram o que nós, seres humanos e consumidores, comprávamos. Sempre compramos os Serviços que os produtos prestavam e seguem prestando. E desde o momento em que passou a ser possível ter acesso ao serviço sem precisar ser o proprietário ou comprar o produto, em muitas situações nem mesmo saber exatamente qual é o produto, vamos migrando, morrendo de felicidade, para a SAAS – Sociedade As A Service. Onde tudo, ou, quase tudo, e sempre, e cada vez mais, acontece por assinaturas. Anos atrás, e numa conferência, Bill Gates foi perguntado qual seria o maior sonho ou fantasia de todo o empresário. E, na maior naturalidade, respondeu: “Descobrir antes de todos os demais qual é a próxima onda, instalar-se e estar preparado, para receber com qualidade e presteza, os primeiros que forem chegando”. Traduzindo em poucas palavras: “saber para onde venta o vento e chegar na frente de todos os demais”. Isso posto, e de cinco anos para cá, a indústria de games prepara-se para a migração. Em 2017 a Microsoft lançou seu balão mais que de ensaio, sua manifestação objetiva sobre consciência da mudança, com o Xbox Game Pass, oferecendo mais de 200 games para seus consoles e PCs, por uma taxa mensal, por assinatura, introduzindo o GAAS – Game As A Service. A primeira reação da Sony foi dizer, “bobagem, vai quebrar a cara”. Não quebrou, e assim, 4 anos depois, a Sony lançou sua plataforma de games, a Spartacus. Imediatamente seguida por Google, Apple, Amazon. Pela experiência de poucos anos, e pioneira, a Microsoft revela números exuberantes no Brasil, embora forneça apenas dados globais: 18 milhões de assinantes! Que, e segundo a empresa, assinantes que jogam 20% a mais que os que compram games para ter em casa, e são receptíveis a degustações numa proporção 40% maior que os demais gamers. E com o 5G… GAAS – Game As A Service, brevemente, em boa parte dos lares do Brasil e do mundo…
Negócio

Proteína de laboratório

Meses atrás a JBS comprou a startup espanhola BioTech Foods. Dando sequência a seus planos de assumir a liderança do território da chamada carne cultivada, isso mesmo, como se fosse uma planta. Mas, é carne! Mesmo ainda não conseguindo a chamada escala comercial, a carne cultivada é mais que uma certeza e vem atraindo investidores de diferentes territórios e em todo o mundo. Dentre outros, personalidades como Bill Gates, Richard Branson, Leonardo Di Caprio. A JBS é hoje a maior indústria global da chamada carne bovina, com um faturamento em 2021 muito próximo dos US$70 bilhões. Falando à imprensa, a propósito do investimento e aquisição, Eduardo Noronha, executivo responsável pela área de inovação da JBS e que já provou o hambúrguer da BioTech Foods e mais que aprovou, disse, “é exatamente a mesma coisa que um hambúrguer de carne”. Como sempre, o maior desafio de uma inovação como essa é alcançar uma escala econômica. A preços de hoje, o quilo de um produto como esse não sai por menos de US$600. Mas, e há 10 anos, quando um primeiro lote foi produzido, o custo de 1 kg era da ordem de US$280 mil. Assim, brasileiros, precisamos decidir com urgência o que faremos com nossa imensidão de terras, a partir de 2030/2040…
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 03/02/2022

FESTIVAL DE CANCELAMENTOS. Na chamada pandemia, ou, festival de cancelamentos, nada mais para em pé. Sempre existirá alguém cancelando. Por justas e razoáveis razões, mas, na maioria das vezes, por ignorância e estupidez. Que fase!
Negócio

De que adiantam salgadinhos no café…

Nos últimos dias, boa parte das pessoas passa metade do tempo querendo saber sobre as últimas do Coronavírus, e a outra metade arrumando alguma coisa para fazer. Escolas fechando, shoppings às moscas, jogos de futebol sem torcida, no início, sem jogos, agora, restaurantes à mingua e só cozinhando para entrega, e desabituada do hábito da leitura – infelizmente a maioria da população – e cansada de ver TV, Netflix, conversar e palpitar no Whatsapp ou ficar olhando na grande avenida global que é o “Feice”, começam a ter ideias e refletirem sobre o ócio, vazio, nada. E isso acontece também com a imprensa e formadores de opinião. E as teses mais esdrúxulas e sem sentido vão ganhando corpo. E se as pessoas não tiverem um mínimo de discernimento e capacidade de análise, embarcam em canoas mais que furadas. No The New York Times, Kevin Roose, colunista de tecnologia do jornal, e criando clima para o lançamento de seu novo livro, entrou no ritmo e produz uma tese. A tese da importância do canto do cafezinho nas empresas, onde executivos de diferentes áreas se encontram, e, como que por milagre, as cabeças fervilham e produzem inovações monumentais. Em território árido e desprovido de qualquer estímulo que seja só brota mediocridade e irrelevâncias. Além de piadas toscas e muito bullying. Não há canto do cafezinho capaz de produzir qualquer milagre que seja. Segundo Kevin, o home office compulsório, em decorrência do Coronavírus, e que determinou o fechamento de dezenas de milhares de espaços de trabalho nas empresas, jogou as pessoas para suas casas, para o trabalho a distância, para um compulsório Home Office. E assim, e distantes do canto do cafezinho, nos próximos períodos e quando tudo voltar ao normal, as pessoas estarão debilitadas mais que economicamente, por uma ressaca de inovação. E disse mais, “os que defendem o trabalho a distância alegam serem as pessoas, trabalhando de suas casas, mais produtivas do que os que trabalham em escritório e presencialmente…”. Mas, contrapõe, dizendo, “Pesquisas demonstram que aquilo que os trabalhadores a distância ganham em termos de produtividade perdem em benefícios mais difíceis de mensurar, como a criatividade e o pensamento inovador. Estudos constataram que pessoas que trabalham juntas em uma mesma sala tendem a resolver problemas mais rápido do que os que colaboram remotamente…”. E aí cita Bill Gates, Steve Jobs, Laszlo Bock, professores de Harvard e muito mais como pessoas adeptas do trabalho presencial. Esqueceu-se de um pequeno e decisivo detalhe. Irrelevante trabalhar juntos ou a distância, se a empresa não induz, de forma permanente, incansável, crescente e decidida, uma Cultura de Inovação independente do lugar onde trabalhem seus colaboradores. Induzir uma Cultura de Inovação é o pressuposto, a condição inicial, básica e definitiva. Pessoas podem trabalhar juntas ou separadas, presencialmente ou a distância. E o resultado pode ser rigorosamente o mesmo: medíocre. Existindo uma Cultura de Inovação, aí sim, e independente de Coronavírus ou todos os demais acidentes de percursos, todos os dias e em todos os momentos, em tudo que seu capital humano pensa, planeja e faz, sente-se o exalar do Aroma ou Perfume a Inovação. O único que garante perspectivas de sobrevivência, prosperidade, e perenização para todos os tipos de empresa de qualquer porte e inovação. Assim, antes, depois, e sempre, com o Coronavírus ou sem, presencialmente ou a distância, existindo uma Cultura de Inovação sobrevive e prospera a esperança. Sem cultura de inovação a proximidade só agrava. Apenas multiplica, escala e exponencia a mediocridade. Como nos ensinou Djavan, em Flor de Lis, e na inexistência de uma cultura de inovação, “Meu jardim da vida ressecou, morreu… do pé que brotou Maria nem margarida nasceu…”. Nem nasceu nem nascerá, por maior que seja a quantidade e variedade de salgadinhos nos cantos do café das empresas…