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A marca dos países

Acaba de ser divulgado o ranking 2020 – Best Countries –, uma iniciativa do US News, do Bav Group, e da Wharthon University Pensilvania. Pela abrangência, pelo tempo que vem sendo realizado esse estudo, e quantidade de pessoas e horas envolvidas, em nosso entendimento é hoje, uma das melhores – talvez a melhor referência, fita métrica, ou, termômetro – sobre a imagem dos principais países do mundo. Portanto, que merece ser mais que levado a sério. Que deveria orientar permanentemente a Branding Police de todos os países, e a começar pelo nosso. Antes dos resultados, vamos comentar um pouco a respeito da metodologia. O estudo tem por objetivo aferir a percepção que cada um dos países – 73 no total – tem das mais de 20 mil pessoas entrevistadas em todas as partes do mundo. No ranking geral, o peso da percepção de cada país, decorre de uma soma ponderada das seguintes componentes, e por ordem alfabética, A – Adventure – um país amigável, alegre, acolhedor, clima agradável, natureza encantadora. Peso 2.0% C – Citizenship – respeito aos direitos humanos, respeito ao ambiente, igualdade de gêneros, progressista, liberdade de religião, respeito aos direitos de propriedade, confiável, equilíbrio político. Peso 15.88% CI – Cultural Influence – culturalmente rico no tocante às manifestações artísticas, moda, lazer, mix cultural, moderno, influenciador e gerador de tendência. Peso 12.96% E – Entrepreneurship – conectado e aberto ao restante do mundo, população educada e preparada para empreender, inovadora, fácil acesso ao capital, força de trabalho qualificada, competência tecnológica, transparência nos negócios, infraestrutura de qualidade, legislação amigável e atualizada. Peso 17.87% H – Heritage – cultura acessível, uma rica e consistente narrativa, rico na produção de alimentos, e diferentes atrações culturais. Peso 1.13% M – Movers – sensibilidade e receptividade a inovação, transformações, mudanças. Potencial de escalabilidade pela cultura. Peso 14.36% O – OFB – Open For Business – burocracia mínima, custos baixos de produção, corrupção tendente à zero, impostos razoáveis, práticas governamentais transparentes. Peso 11.08% P – Power – país com vocação para liderança, influenciador na economia e na política, alianças internacionais consistentes, e forças armadas qualificadas e fortes. Peso 7.95% Q – QOL – Quality of Life – bom mercado de trabalho, acessível, economicamente estável, acolhedor a profissionais e famílias, baixa desigualdade social, sistema público de saúde desenvolvido, assim como educação e transporte. Peso 16.77%. Conhecidos todos os antecedentes, critérios, e fontes de dados, vamos agora conhecer os resultados deste importante ranking. Capaz de projetar as expectativas dos países ranqueados, por, no mínimo, os próximos 20 anos. Resultados essenciais para a construção do Planejamento Estratégico dos Países, e para uma definição de uma Brand Police para cada um deles. No ranking total de 73 países, com todas as manifestações devidamente ponderadas sob a luz dos critérios que apresentei, o Brasil ocupa a 28º colocação no total. Ou seja, enquanto Marca, somos o país mais admirado na 28º posição. Ocupamos a 34ª em empreendedorismo, a 1ª em acolhimento, 30ª em cidadania, 7ª em influência cultural, 14ª em narrativa, 9ª em receptividade a inovação, 59ª em amigável e aberta aos negócios, 24ª em país com vocação para a liderança, poder, e posição 52ª em qualidade de vida. Essa é a fotografia do Brasil. No ranking geral estamos atrás de países como Suíça, Canadá, Japão, Alemanha, Austrália, Reino Unido, Estados Unidos, Suécia, Nova Zelândia, França, China, Itália, dentre outros, e a frente de Israel, México, Polônia, Turquia, África do Sul, Argentina, Chile, Peru e de todos os nossos vizinhos na América Latina. Ou seja, e em termos de imagem na região, ainda o Brasil tem a melhor dentre todos os países. No ranking das pontuações, nosso pior desempenho é no tocante a não termos um ambiente moderno e receptivo e estimulador de negócios. Mas, no geral, não estamos mal. Porém, e ainda e sempre temos e precisamos melhorar muito. Lembrando, nosso pior desempenho é no – OFB – Open for Business – burocracia mínima, custos baixos de produção, corrupção tendente a zero, impostos razoáveis, práticas governamentais transparentes. Peso 11.08% É onde mais temos que melhorar.