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Negócio

Os efeitos da discriminalização

Discriminadas no correr da história da humanidade, e não obstante os tímidos avanços das últimas décadas, é recorrente em parcela expressiva das mulheres a incidência da síndrome da impostora. Em algum momento começa a duvidar da própria capacidade que sabe ter, e reconhece-se impostora. Imaginava-se que nos negócios novos a presença da mulher seria mais expressiva, ou menos irrelevantes. Os números dizem ao contrário. Continuam minoria absoluta. Dentre os novos negócios dos últimos 10 anos que mais se multiplicaram e onde esperava-se encontrar no comando uma quantidade maior de mulheres, as Fintechs, os números agora divulgados não revelam qualquer evolução. Em dois estudos que acabam de ser divulgados, e realizados por diferentes metodologias, chegou-se a semelhante conclusão. Mulheres no comando muito próximo de zero. No primeiro estudo – Fintech Diversity Radar – apenas 1,5% das mulheres em todo o mundo têm mulheres como fundadoras. Já o segundo estudo, realizado no Brasil, o Female Founders Report, constatou que menos de 5% das fintechs são iniciativas exclusivas de mulheres, e em outros 5%, participam do comando. Ou seja, de cada 10, em 9 nenhum traço de mulheres no comando. Já nas estatísticas oficiais da Abfintechs – Associação Brasileira de Fintechs – a situação é crítica. Das 500 empresas associadas apenas 5% têm mulheres fundadoras e em posições de comando. Tá certo?
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 19/08/2022

QUASE NADA MUDOU. Até mesmo nas novíssimas empresas conhecidas como FINTECHS a situação das mulheres segue rigorosamente como sempre foi. Presença no comando quase zero…
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Negócio

Assimetria regulatória

Essa a denominação que os três grandes bancos, Itaú, Bradesco e Santander, e por tabela mais o Banco do Brasil e a Caixa, passaram a verbalizar para explicar o terreno que vão perdendo dia após dia para as fintechs. Não estão errados. Como as fintechs, boa parte delas, cresce e prospera nos territórios vizinhos ao mercado financeiro, conseguem driblar por um tempo as regulações que amarram e inibem ou impedem certas práticas pelas organizações tradicionais. Mas, quando chegar a hora do ataque final, e que cada dia está mais próxima, as fintechs terão que pular o muro, invadir o território, e respeitar ou enquadrarem-se, ou, serem enquadradas, na mesma legislação. De qualquer maneira, crescem os encontros e reuniões entre os grandes bancos para compartilharem ideias e estratégias sobre como enfrentar esse inimigo comum, dividido em centenas ou milhares, e denominados genericamente de fintechs. Em todo o evento que envolva os grandes bancos, em algum momento o tema ocupa a pauta. Meses atrás, num congresso de tecnologia bancária, boa parte do tempo foi utilizado para que os grandes bancos reclamassem — quem diria — das condições de desigualdade na competição. Falando em nome dos bancos, muito especialmente dos três maiores, a Febraban chegou a ser pungente em seus choramingos. Logo na abertura do evento assim se manifestou, Isaac Sidney, presidente da entidade: “Foram os bancos, e não as fintechs, que deram às famílias e as empresas volume inéditos de crédito…”. Curioso usar a palavra dar, para o que é um negócio dos bancos, e mais e verdadeiramente conhecido como empréstimos… E onde ganham muito dinheiro… Não dão nada, emprestam… e cobram… e não é pouco… Mas, o dia era pra pegar pesado, e Isaac apontou o dedo para as fintechs e as acusou de terem vergonha do que são, de padecerem de grave crise de identidade, “Não somos como alguns que estão crescendo bastante, que já alcançaram o tamanho dos bancos, parecem bancos, agem como bancos, mas preferem se dizer e apenas empresas de tecnologia…”. No mesmo evento, a resposta veio a altura, e na voz de Diego Perez, da Abfintechs, “Com as fintechs quebrando oligopólios, desafiando as estruturas do status quo, atraem a atenção dos investidores internacionais, e que chegam com cheques enormes. Isso chama a atenção dos incumbentes que agora precisam se afirmar, mostrar que seguem prestando seus serviços…”. Era sobre essa guerra que vínhamos comentando com vocês nos últimos dois anos. “O Oceano Azul dos cinco bancos vai se convertendo num mar vermelho de acusações, sangue em direção a uma batalha final, ou paz sobre muitas vítimas e perdas irreparáveis…”. Começou a guerra, agora, explicitamente. Terminaram as tais das mesuras e suposta boa educação. Vale chute na canela.
Blog do Madia

Diário de um Consultor de Empresas – 21, 22 e 23/08/2021

ASSIMETRIA REGULATÓRIA. A explicação plausível que as empresas da velha economia encontram para o sucesso de curto prazo das empresas da NOVA ECONOMIA.