Os testes às cegas de produtos: catchup

Como temos comentado com vocês repetidamente, o chamado testes à cega, onde um grupo de especialistas reúne-se para escolher a melhor marca de uma categoria de produtos e avalia todas as componentes de cada um dos produtos sem saber quem assina, qual a Marca por trás dos produtos, é uma grande bobagem em termos de preferência do consumidor, mesmo porque e até hoje nós seguimos comprando e consumindo de olhos abertos, sem vendas e sem máscaras que nos ceguem.

Mas, e no tocante a análise específica de determinadas componentes, faz sentido esse tipo de pesquisa. E via de regra, as surpresas acontecem. Vedando ou eliminando a marca, deixando apenas o produto, embalagem, cor, aroma, consistência, e outros fatores concorrerem, via de regra, e não necessariamente, a marca de maior reputação vence.

O Estadão realizou mais uma dessas pesquisas tentando aferir qual o melhor catchup do mercado. Pela tradição, história, narrativa, pioneirismo, o Heinz deveria sagrar-se vencedor.

Mas ficou apenas na terceira posição. O vencedor foi um Ketchup Qualitá, marca genérica durante anos do Pão de Açúcar, e que se sagrou vencedora. Enquanto o preço de mercado do Ketchup Qualitá é na média de R$10,00, o da empresa pioneira e líder Heinz custa ao redor dos R$13.

De certa forma surpreendente na pesquisa a sexta colocação alcançada pelo Ketchup Hellmann´s, marca que jamais deveria ter sido usada para o vermelho e para o tomate, na medida em que se notabilizou por ser a verdadeira maionese, ovo e amarelo…

Assim, e repetindo, os chamados Blind Test valem para muitas conclusões, mas não como sentença definitiva dos potenciais de sucesso de um produto/marca. Enquanto consumidores deixarem se orientar e sensibilizar – e assim serão para sempre, pela embalagem, formato, rótulo, cor, aroma, e principalmente marca, os Blind Test tem muitas utilidades, mas, jamais, cravar o vencedor. Definir a melhor marca…

Tags:

Deixe uma resposta