Volta e meia, em intervalos de anos ou década, uma família ocupa a cena e passa a chamar a atenção de todos. Desde a crise descomunal do mercado imobiliário, 2015 a 2018, uma família pontificou pela razão que uma de suas empresas, a MRV, constituiu-se na única, exclusiva e brilhante exceção.

Enquanto quase todas as demais naufragavam, a MRV nadava em recordes e recordes de vendas e lucratividade. Enquanto as principais cravavam suas fichas em imóveis para a classe média ou mercado corporativo, a MRV apostava tudo na chamada Minha Casa Minha Vida.

De forma precisa e consistente, tomou conta do território. A trajetória de sucesso dos Menin começa em meados dos 1970. Filho de família de classe média, Rubens Menin, sempre esteve no sangue a vocação para edificar. Seu avô paterno era engenheiro especializado em hidrologia tendo construído mais de 30 pequenas centrais hidrelétricas, e seu pai Geraldo e sua mãe Moura também eram apaixonados por engenharia.

Rubens começa como estagiário na Vega Engenharia que pertencia a um de seus primos. Forma-se em engenharia civil em 1978 pela Universidade Federal de Minas Gerais, e em 1979 junta-se a própria Vega Engenharia, a seu irmão Sergio Menin Teixeira de Souza, e nasce a MRV. Hoje Rubens, presidente do conselho, 63 anos, tem a companhia de seus 3 filhos, Rafael, Maria Fernanda e João Vitor, assim como seu irmão Sergio e sobrinhos Eduardo, Sergio e Ana Tereza.

Em 1994, cria o Banco Inter, em 2009 a Log – construção e locação de galpões industriais, e no dia 9 de março, decolou com sua incursão pela mídia, sendo o franqueado da CNN para o Brasil.

Por enquanto seus negócios caminham bem. Mas a dimensão dos investimentos que vem realizando para montar e colocar no ar a CNN Brasil, num momento onde as plataformas de mídia definham, começa a gerar preocupações. Pessoas próximas à família comentam sobre a preocupação pelo fato do orçamento para a montagem ter mais que dobrado as previsões iniciais.

Ser franqueado da CNN em nosso país foi uma decisão que ele, Rubens Menin, tomou em apenas 48 horas.   No estilo Masayoshi Son, do SoftBank que investe bilhões em questão de minutos. E meses depois descobre erros sucessivos.

E muitos especialistas comentam que, se Menin respirasse, e esperasse no mínimo uma semana antes de decidir, provavelmente não teria feito negócio. Assim, continuaremos acompanhando com atenção e até torcendo pelo empresário brasileiro que apostou num dos supostamente piores e mais arriscados negócios da atualidade.

Assim, e mais que nunca, a família Menin, seus diferentes empreendimentos, é a família de empresários a ser acompanhada! Pelo retrospecto espetacular, e por um investimento, no mínimo, temerário. Repito, todos torcendo pelos Menin. Que decolaram com o mais importante investimento de suas vidas, no exato momento em que o Coronavírus invadia o Brasil: Março de 2020.

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