Permanecer a distância, só em situações excepcionais, tipo, guerras, pandemias, caos… Em condições normais, e sempre, ao vivo, presencial, lado a lado.

E aí, a Folha escalou seu repórter Alfredo Henrique para entrevistar os idosos na fila da vacinação, assim que as primeiras vacinas começaram a ser aplicadas. Saber o que pretendiam fazer depois que tudo tivesse passado e pudessem retomar a vida.

José Pinheiro de Andrade, 86, aposentado: “Não vejo a hora de voltar à rotina… A primeira coisa que pretendo fazer é ir à missa. Assisto pela televisão, mas não é a mesma coisa”… E o filho de José, ao lado, comentou, “Meu pai é um trator. A pandemia jogou ele pra baixo. Sempre que posso levo ele para a chácara onde carpe o terreno e não para um segundo…”.

José Freire de Carvalho, 85 anos, “Faço caminhada na esteira ou na vila onde moro… Assim que tudo passar, a primeira coisa que pretendo fazer é um churrasco para aglomerar toda a família…”.

Manoel Afonso Araújo, 85 anos… “Sinto falta de sentar na mesa de um bar e curtir um dia preguiçoso regado a cerveja, caipirinha, e muito especialmente, um bom papo… Assim que tomar a segunda dose da vacina saio direto para um bar para, e finalmente, uma cervejinha sem preocupação…”.

Live, amigos, sempre Live!

E você fez planos para o Day After? Se fez, está chegando a hora… Fazer planos atenua a angústia, renova as esperanças, fortalece o espírito, acolhe a alma e ajuda a viver…

Como na música cantada pela Marisa Monte, composição dela e do Carlinhos Brown, com declamação de Arnaldo Antunes de um trecho do livro Primo Basílio, de Eça de Queiroz…

“Deixa eu dizer que te amo
Deixa eu pensar em você
Isso me acalma,
Me acolhe a alma
Isso me ajuda a viver…”.

Que sufoco… E pensar que em janeiro de 2000 olhávamos para frente e só víamos céu de brigadeiro… Tomara que e desta vez tenhamos um Feliz Ano Novo de verdade…

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