Das vitrines estáticas ao live commerce

Lá atrás, nem mesmo existiam as vitrines. Depois, entre a primeira e segunda grande guerra alguns estabelecimentos comerciais, como eram chamados na época, adotaram pequenas vitrines. Mas adiante, as vitrines foram crescendo, ocupando maior espaço, e exibindo mais e maiores produtos – geladeiras, máquinas de lavar, móveis, TVs…

Um pouco mais adiante as vitrines começaram a ganhar decoração, e, nas épocas festivas, como Natal, algumas, animação e música, também.

Um dia, fora do Brasil, alguém descobriu a possibilidade de comprar as sucatas de espaço nas emissoras de televisão nos Estados Unidos, claro, antes da avalanche de religiões, e começou a vender pelas madrugadas explicando e demonstrando.

No Brasil, pegando carona nesse insight, nasceu a Polishop, que mais adiante e no analógico converteu-se em lojas vitrines, para total exposição e demonstração de produtos que as pessoas viam e aprendiam a usar e tinham vontade de comprar pela TV, o live commerce ‒ e a B2W aderiu com seu canal 24 horas Shoptime, e nos últimos 10 anos não param de crescer as manifestações do que se convencionou denominar, repito, de, live commerce.

Talvez as primeiras e mais consistentes manifestações tenham acontecido na China onde conteúdo e vendas acontecem simultaneamente com resultados sensivelmente melhores que os dos portais ou marketplaces de produtos sem interação e vida.

Semanas atrás, a B2W fez dois movimentos. Primeiro anunciou que tudo vai virar Americanas. E, em paralelo, que acaba de fechar parceria com o aplicativo inglês de live commerce que se lê Uu e se escreve OOOOO, e que já decolou…

Antes de optar por essa plataforma, a B2W realizou, ou, simulou alguns testes, na medida em que não possuía uma plataforma originalmente criada para o live commerce, e os resultados revelaram-se mais que animadores. Dependendo do tipo de live e dos produtos, a demanda pelos mesmos chegou a ser 10 vezes maior do que num marketplace convencional.

É isso, amigos. Daqui para frente vamos acompanhar a performance das diferentes empresas que optaram por ser marketplaces temáticos ou especializados, apenas, e das que optaram por serem marketplaces genéricos, também.

E dentre essas, as que estão migrando para vendas com conteúdo e atrações, para o live commerce. Ainda é exagero dizer-se, mas, será que algum dia nos lembraremos de como realizávamos nossas compras anos atrás. Meses, dias…

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