Conforme mais que esperado, e talvez, até um pouco antes do previsto, as supostas empresas fantásticas da nova economia, que não criavam nada que não fosse um novo nó na cadeia de valor, que apropriavam-se de um pedaço da receita já existente sem produzir nenhuma receita nova, que alcançavam valorização estapafúrdia e absurda, convertiam espertalhões em bilionários em poucos anos, algumas vezes do dia para a noite, mais que abrir, essas empresas supostamente fantásticas, uma após a outra, vão escancarando o bico.

Nos lembrando muito da canção de roda de criança Ciranda Cirandinha, lembram?

“Ciranda Cirandinha
Vamos todos cirandar
Vamos dar a meia volta
Volta e meia vamos dar

O anel que tu me destes
Era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou
Por isso dona Rosa
Entre dentro desta roda
Diga um verso bem bonito
Diga adeus e vá se embora…”.

Assim, mais um dos supostos milagres, à semelhança do Uber, Lime, WeWork vai se desvanecendo. E, se preferirem, derretendo. Por sinal e coincidência, também mais um dos grandes investimentos de Masayoshi e seu Softbank, a Oyo. Empresa indiana de hospedagem, que celebrava parcerias com milhares de hotéis pelo mundo, e chegou a ser avaliada em US$ 10 bi.

A crise é forte, e as demissões acontecem em todo o mundo. A Ciranda Cirandinha, assim, acelera-se, e os anéis, quase todos de vidro, um a um, vão se quebrando…

Primeiro mês de 2020. Zume, startup de robôs demite 80% de seu quadro de colaboradores. Getaround, startup de aluguel de carros, despediu 25% de seu capital humano. Rappi inicia um amplo plano de demissões em todo o mundo incluindo o Brasil.

Aplicativos de patinetes e bicicletas jogam a toalha e desaparecem da e na paisagem… E por aí vai.

Assim, e conforme previsto, e por isso, dona Rosa, entre dentro desta roda, diga um verso bem bonito, diga adeus e vá se embora…

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