Muitas vezes, no correr dos últimos 100 anos, as publicações econômicas chamaram determinadas décadas de, “Década Perdida”. Claro, estavam referindo-se ao desempenho do PIB numa determinada década, considerando-se o desempenho em décadas anteriores.

Assim, a década 1981/1990, dentre as tais das décadas perdidas, vinha pontuando no ranking. Com um crescimento na década de 16,9%, muito abaixo dos 128,8%, por exemplo, da década de 1971/1980. No final de 2020 não existia mais nenhuma dúvida.

A década que acabamos de encerrar assume o posto de, a mais perdida das décadas de todos os tempos, com pouquíssima chance de ser superada pelas próximas.

As esperanças de uma pequena mais consistente recuperação era, nas comemorações do final do ano retrasado, o último ano da década, 2020; mas, veio a coronacrise, e… Fim de todas as esperanças.

A mais otimista das previsões, faltam os cálculos finais, registram um crescimento total na década de 1,9%.
Contra:

  • 51,4% – 1901/1910;
  • 51,5% – 1911/1920;
  • 55,65% – 1921/1930;
  • 53,6% – 1931/1940;
  • 77,3% – 1941/1950;
  • 103,9% – 1951/1960;
  • 82% – 1961/1970;
  • 128,8% – 1971/1980;
  • 16,9% – 1981/1990;
  • 29,4% – 1991/2000;
  • 43,6% – 2001/2010;

E, agora, atenção, + 1,9% – 2011/2020.

É isso, amigos, em nenhuma década anterior tivemos um crescimento abaixo de dois dígitos; agora, literalmente afundamos. E é do fundo do poço que recomeçaremos…

Tomara que Paulo Guedes tenha razão, ou um mínimo de fundamentos, quando afirma, em todas as suas falas, e à exaustão, que… “O Brasil vai surpreender o mundo…”.

Difícil, no entanto, acreditar-se que seus prognósticos se confirmarão! Mas não custa, para os de fé, não apenas acreditarem, mas, rezarem, também.

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